O saber dos microempreendedores/as: (re)pensando os saberes estéticos, econômicos, culturais acionados pelos microempreendedores(as) para montar um salão de beleza
Résumé
O presente paper tem como proposta apresentar a necessidade de se investigar os saberes e as vivências acionadas pelos microempreendedores/as para montar um salão de beleza na cidade de Alagoinhas – Bahia. Tomo como ponto de partida para a reflexão teórica os estudos de relações raciais, relações de gênero e o mundo do trabalho desenvolvido por Ângela Davis (2013) e Suely Carneiro (2009). Para entender as práticas econômicas no âmbito cultural, investiremos no conceito alternativo de homo situs e na teoria dos Sítios Simbólicos de Pertencimento de Hassan Zaoual (2010) e questões de estéticas corporais de Luciana Maia. O procedimento metodológico será quali-quanti com aplicação de questionários e entrevistas aprofundadas sobre a vida dos microempreendedores/as sob perspectiva cultural. Deste modo, espera-se identificar os saberes estéticos mobilizados por microempreendedores/as, bem como redefinir um salão de beleza como um modo de produção cultural. Em suma, só uma perspectiva de crítica cultural pode repensar um salão de beleza como um lugar estético-cultural, e de impacto identitário, indo além de um mero lugar econômico.