Da criação de corpos, famílias e conhecimentos do axé (Belmonte-Bahia)
Palavras-chave:
Ancestralidade, Corpos, Conhecimento, GêneroResumo
A partir de quatro relatos de experiência de adeptos do candomblé na cidade de Belmonte/BA, sendo três mulheres da mesma família biológica e do mesmo terreiro, e um Babalorixá de outra família biológica e de outro terreiro, o artigo investiga como os processos de inserção no candomblé se relacionam com a transmissão de conhecimentos baseados na ancestralidade. Assim, mostra-se que tais processos caracterizam-se por trajetórias de cura de doenças físicas, psicoemocionais e espirituais agenciadas na criação de corpos e vínculos familiares que se dá no ambiente dos terreiros, junto com práticas de transmissão de conhecimentos não redutíveis à lógica da biologia e da medicina modernas. Por este caminho, aponta-se para outras formas de entendimento das categorias de gênero que não as dominantes na sociedade abrangente.
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