Candomblé and the deconstruction of the notion of religious syncretism

Between utopias of the body and heterotopias of spaces in the Black Diaspora

Authors

Abstract

This work reflects on the way our black ancestors resisted the colonial necropolitics, mobilizing knowledge to recreate their religious spaces in Brazil under the name of Candomblé terreiros. But the main objective of the discussion is to deal with the notions of religious syncretism, theoretically deconstructing it according to decoloniality applies this Derridian concept. As a way to contribute to the current debate and, at the same time, make a diagnosis of the present, the discussion is also justified because the issue of religious syncretism has been the target of many questions by the black movements and by the theorists of the decoloniality.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Alex Pereira de Araújo, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Doutor em Memória: Linguagem e Sociedade pelo PPGMLS da UESB com estágio doutoral na Sorbonne Nouvelle (Paris III) e com bolsa do PDSE da CAPES; é Mestre em Letras: Linguagens e Representações pela UESC, onde concluiu a licenciatura em Letras Português/Francês, tendo participado dos Programas Connaissence de la France e Profs en France do Ministério das Relações Exteriores da República Francesa. Orcid: http://orcid.org/0000-0003-4818-0912  

References

AMADO, Jorge. Entrevista biográfica: É preciso viver ardentemente. In.: AMADO, Jorge. Jorge Amado. Seleção de textos, notas, estudos biográficos, história e crítico e exercícios por Álvaro Cardoso Gomes. – São Paulo: Abril Educação, 1981.

ARAÚJO, Alex Pereira de. Exu: the language as a crossroad in black diasporic culture(s). Academia Letters, article 3098. Doi: 10.20935/AL3098. Disponível em: <https://www.academia.edu/51100240/EXU_THE_LANGUAGE_AS_A_CROSSROAD_IN_BLACK_DIASPORIC_CULTURE?email_work_card=thumbnail>. Acesso em out./2021.

BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. Tradução Maria Isaura Pereira de Queiroz. – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.

BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. – 7 ª edição – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1998. (Série Pesquisas).

CARNEIRO, Edison. Candomblés da Bahia. – 6ª edição – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

CUNHA, Euclides da. Os sertões. – São Paulo: Nova Cultural, 2003.

D’OSOGIYAN, Fernando. A origem do nome candomblé. CEERT, 25 out.2016. Disponível: <https://ceert.org.br/noticias/liberdade-de-crenca/14036/a-origem-do-nome-candomble>. Acesso em 17 set.2021.

FANON, Frantz. Pele negra, máscara branca. Tradução de Renato da Silveira. – Salvador: EDUFBA, 2008.

FERRETTI, Sérgio F. Notas sobre o sincretismo no Brasil. modelos, limitações e possibilidades. Revista Tempo, Universidade Federal Fluminense Niterói, Brasil, vol. 6, núm. 11, julho, 2001, pp. 13-26.

FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Apresentação Fernando Henrique Cardoso. – 48ª edição. – São Paulo: Global, 2003 (Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil; 1).

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Tradução Salma. – São Paulo: Martins Fontes, 1981.

FOUCAULT, Michel. O Sujeito e o poder. In.: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Tradução de Vera Portocarrero. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

FOUCAULT, Michel. Outros espaços. In.: FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Organização e seleção de textos Manoel Barros da Motta; tradução: Inês Autran Dourado Barbosa. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.

FOUCAULT, Michel. O corpo utópico: as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert; Tradução de Salma Tannus Muchail. – São Paulo: N-1, 2013.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Tradução Cid Knipel Moreira. – 2ª edição (2ª reimpressão). São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: Caminhos Abertos pela lei 10.639. – Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o reinado do Rosário no Jatobá. São Paulo: Perspectiva,1997.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte e Ensaio – Revista do PPGAV/EBA/UFRJ, Rio de Janeiro, n.32, dez/2016, p.123.

MBEMBE, Achille. Sair da grande noite: ensaios sobre a África descolonizada. Tradução de Fábio Ribeiro. Petrópolis-RJ: Vozes, 2019.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra.3ª edição – Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

NINA RODRIGUES, Raimundo. As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil. – Salvador: Livraria Progresso Editora, 1957.

NINA RODRIGUES, Raimundo. O animismo fetichista dos negros baianos. 2ed. – Salvador: P55 Edições, 2021.

RAMOS, Artur. Aculturação negra no Brasil: uma Escola Brasileira. Boletim Geográfico, São Paulo, ano IV, n.44, nov.1946.

SANTANA, Tiganá. Tradução, interações e cosmologias africanas. Card. Trad., Florianópolis, v. 38, nº esp., p.65-77), set-dez, 2019.

SILVEIRA, Marialda Jovita. A educação pelo silêncio: o feitiço da linguagem no candomblé. – Ilhéus-BA: Editus, 2004.

SILVEIRA, Renato da. Os selvagens e a massa: papel da montagem do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, Salvador, n. 23, p. 87-144, 1999.

SILVEIRA. Renato da. Do Calundu ao Candomblé. Dossiê África Reinventada. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 1. n. 6, dez.2005.

SILVEIRA, Renato. O Candomblé da Barroquinha: Processo de constituição do primeiro terreiro baiano de keto. Salvador: Edições Mainanga, 2006.

VERGER, P. F. Orixás: deuses iorubas na África e no Novo Mundo. Salvador: Corrupio, 1997.

Published

2021-12-15

How to Cite

Araújo, A. P. de. (2021). Candomblé and the deconstruction of the notion of religious syncretism: Between utopias of the body and heterotopias of spaces in the Black Diaspora . Abatirá - Revista De Ciências Humanas E Linguagens, 2(4), 357–388. Retrieved from https://revistas.uneb.br/index.php/abatira/article/view/13036

Issue

Section

Dossiê: Os saberes dos povos e a desconstrução