Chamada para Dossiê Revista Abatirá (2022.2): A autora em vida: Leitura e Escrita insurgentes de Chimamanda Adichie [ENCERRADA]

2021-08-30

A autora em vida: Leitura e Escrita insurgentes de Chimamanda Adichie

 

(Org).

Prof. Dr. Isaias Francisco de Carvalho

(Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC)

Profa. Dra. Daiana Nascimento dos Santos

(Centro de Estudios Avanzados-Universidad de Playa Ancha)

Profa. Ma. Luana Caetano Thibes

(Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC / PPGL)

 

Chimamanda Ngozi Adichie é reconhecida como uma das mais importantes jovens escritoras anglófonas da atualidade. A autora, aqui considerada uma intelectual engajada, na medida em que, junto a outras/os autoras/es pós-coloniais, proporciona uma visão mais abrangente das relações entre países considerados centrais e aqueles considerados periféricos, a partir de narrativas de alcance internacional. Ela é, também, uma personalidade com reconhecimento mundial que milita em favor de minorias – em especial, das mulheres.

Na condição de narradora pós-colonial, Adichie teria a importante tarefa de escrever sobre e sob o ponto de vista da mulher nigeriana no contexto contemporâneo, o que faz de modo hábil, devido a seu contexto de fala e a suas experiências pessoais. Longe do luxo da metáfora acadêmico-filosófica da “morte do autor”, o contexto pós-colonial (e o decolonial, por afinidade) parte do pressuposto de que as experiências pessoais fazem com que seja entregue, às/aos escritoras/es e poetas, a tarefa da delegação de voz aos silenciados da História (com H maiúsculo). Nesse sentido, Adichie pode ser considerada uma narradora que diz Nós ou uma multiplicidade de narradoras/es –, numa polifonia em que as vozes anônimas da coletividade encontram um meio possível e produtivo de expressão. Entendemo-la como pós-colonial, apesar de seu lugar de enunciação pós-moderno, devido às temáticas endereçadas pela autora, além de sua forma de se posicionar diante da influência ocidental na Nigéria. Adichie pode ser encontrada nas páginas de seus romances, seja pelas condições e oportunidades que foram oferecidas às protagonistas, seja pelas decisões que foram tomadas diante dessas oportunidades.

O dossiê a ser publicado tem por objetivo reunir artigos que abordem as implicações da figura pública de Chimamanda Adichie em suas obras, tanto a partir da experiência vivida transformada em texto literário quanto a partir do direcionamento do olhar do leitor, que não se obriga a dissociar autor e obra. Serão aceitos trabalhos que tematizem a vida e obra de Chimamanda, além das inferências de sua atuação como ativista e das polêmicas em que se envolve, as quais podem refletir na leitura de suas obras publicadas ou futuras.

 

  • Dúvidas podem ser encaminhadas para abatira@uneb.br.
  • Textos devem ser submetidos à Abatirá até 31 de agosto de 2022.