Corre-Gira Pombagira
A política do saber das Marias no Ser Mulher
Palavras-chave:
Pombagira; Mulher; Decolonialidade; Corporeidade.Resumo
O objetivo desse texto é trazer Pombagira para pensar as questões femininas. Nos colocamos na escuta deste signo para transitar por saberes subalternizados e invocá-la para pensar questões da luta feminina. A pombagira emerge para atar sobre o Ser Mulher no cotidiano da desigualdade de gênero, através do caráter livre e transgressor que traz consigo. Propondo uma abordagem a partir do diálogo de saberes, nos valendo do conceito de cruzo enquanto operação teórico-metodológica, atravessando caminhos teóricos, experiências e modos de sentir/fazer/pensar gestadas fora dos modos dominantes buscaremos questionar a estrutura hetero/patriarcal/branca e sua articulação com o modus judaico-cristão na obsessão de ajustar os indivíduos com práticas moralizantes que marcaram as mulheres e o feminino como um símbolo do mal. Incluiremos nessa trama as subjetividades que envolvem o saber corporal em inúmeras possibilidades fazendo sua leitura a partir de sua integralidade para além da materialidade. Unindo a essas abordagens a leitura dos estudos decoloniais sobre o feminismo, numa reflexão que considere a dimensão da realidade concreta e pense para além dos conceitos prontos, percorrendo vias de um feminismo que não tem nome. Pretendemos, em nossa busca de análise e questionamentos, costurar na barra das Sete Saias de Pombagira novas perguntas e avançar nas respostas à desigualdade e violência de gênero.
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Referências
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