@article{Eyler_2015, title={O papel do parvo no teatro de Gil Vicente}, volume={9}, url={https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/1493}, DOI={10.35499/tl.v9i1.1493}, abstractNote={<p>Este artigo aborda a função discursiva do parvo vicentino no teatro da Corte Portuguesa do século XVI. O paradigma medieval de Deus como único autor da criação é questionado diante da abertura do mundo e sua secularização. Neste caso, o conceito de <em>cronotopo</em> permite uma reflexão sobre a possibilidade do teatro de condensar desacordos que partem da razão humana e aparecem como expressão discursiva. O personagem do parvo, com seus gestos e palavras sem nexo, implica em estranhamentos e gargalhadas, mas também exige reflexões. Seu pertencimento à ordem discursiva mundana possibilita a sátira e, sobretudo, a ironia. A loucura encenada ganha corpo e, ao mesmo tempo em que espelha os contornos entre o real e o ilusório, entre a ordem e o caos, também conduz a licenciosidade da comicidade da tradição popular medieval, para uma autoironia como figura de pensamento, tão cara ao homem moderno.</p>}, number={1}, journal={Tabuleiro de Letras}, author={Eyler, Flávia Maria Schlee}, year={2015}, month={nov.}, pages={18–35} }