@article{Soeiro_2022, title={Cordilheira de amora II: detritos de infância Guarani-Kaiowá}, volume={16}, url={https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/14041}, DOI={10.35499/tl.v16i1.14041}, abstractNote={<p><em>Cordilheira de amora II </em>é um documentário/curta-metragem produzido pela cineasta Jamille Fortunato, no ano de 2015. Gravado na aldeia Amambai, no Mato Grosso do Sul, o curta acompanha a garotinha Guarani Kaiowá Cariane Martins, de nove anos de idade. Em meio às ruínas de tijolos, barro seco, madeira velha e eletrodomésticos abandonados, Cariane cria a sua realidade imaginária. A partir de objetos descartáveis — detritos da existência adulta — faz do seu quintal um experimento do mundo. Tomando como ponto de partida a narrativa e a voz da criança, interessa-nos neste artigo debruçarmo-nos sobre o saber infantil simultaneamente associado ao saber indígena, ambos saberes tidos como “menores” frente a um sistema-mundo moderno que privilegia o conhecimento europeu — e, evidentemente, o conhecimento adulto —, alçando-o ao falso patamar de conhecimento universal, pretensamente capaz de abarcar toda a história e subjetividade dos povos. A fantasia aparece aqui não mais como antítese da objetividade, racionalidade, exatidão; surge, antes, como vetor potencial do que chamamos uma “poética infantil-indígena”, combativa, em sua própria singularidade, na resposta contra as amarras de uma “colonização da imaginação”.</p> <p>Palavras-chave: Cordilheira de amora II; Guarani Kaiowá; Poética infantil-indígena</p>}, number={1}, journal={Tabuleiro de Letras}, author={Soeiro, Bárbara}, year={2022}, month={jun.}, pages={34–44} }