INTERDISCURSO E MEMÓRIA NO CARNAVAL DA ESCOLA DE SAMBA PARAÍSO DO TUIUTI – DESFILE 2018
Palavras-chave:
Análise de Discurso, Memória discursive, Resistência, Paraíso do TuiutiResumo
O objetivo primeiro deste estudo foi analisar como são produzidos, pela escola de samba Paraíso do Tuiuti no desfile carioca de 2018, sentidos de resistência. Após a leitura do arquivo que compusemos pela transmissão ao vivo da Rede Globo e por textos dados a circular depois do desfile, constituímos o corpus analítico por textos verbais, verbo-imagéticos e imagéticos, principalmente o samba-enredo e fotografias de alas temáticas do desfile. Como referencial teórico, utilizamos: i) Pêcheux (1990; 1995) e Orlandi (2015), no tangente à Análise de Discurso; ii) Bakhtin (1999), a respeito do conceito “carnavalização” e DaMatta (1997), sobre carnaval e fantasia; iii) Freud (1996), contribuição da psicanálise no que tange à fantasia; iv) Canevacci (1988), acerca de “máscaras”. Neste artigo, consideramos os modos como, por meio de expressões artísticas (fantasia, música, poesia), acontecimentos históricos são reatualizados e ressignificados no sambódromo. E constatamos que as materializações artísticas em pauta inscrevem-se, no contexto de alegria e de festa do carnaval brasileiro, em formações discursivas de denúncias e de lutas sociais.