Homoafrosolidão: Leituras Discursivas da Hipersexualização e sua Naturalização

Autores

  • Américo Paes Landin Neto UFOB

Palavras-chave:

Homoafrosolidão, negros-gay, hipersexualização, interseccionalidade

Resumo

Este artigo pretende teorizar sobre a Homoafrosolidão: solidão emocional do homem negro, especialmente no contexto da interseccionalidade com a homossexualidade. Para isso usamos como aporte teórico metodológico a AD(Análise de Discurso materialista) à partir de dois suportes literários com recortes sincrônicos distintos; uma crítica de Valentim Magalhães sobre o Bom-Crioulo (1895) e o livro Contos Negreiros(2005). Começamos por pensar que historicamente, a imagem do homem negro (heterossexual ou não) foi visto e interpretado como um ser de força física e sexual, enquanto o homem homossexual foi estigmatizado como frágil ou promíscuo. Aqui, destacamos como os estereótipos coloniais e raciais reforçam a hipersexualização e objetificação desses sujeitos. Esses discursos, enraizados no racismo e na homofobia, desumanizam e excluem o homem negro gay de relações afetivas genuínas, reforçando sua marginalização. Neste artigo, dizemos que a sociedade, ao priorizar o homem branco heterossexual como ideal, empurra o homem negro e gay para uma solidão ampliada, negando-lhe o direito ao amor e à expressão emocional. Neste sentido, pensamos que sujeitos (não racializados,) (re)produzem processos discursivos que hipersexualizam o sujeito negro/gay pondo-os na condição de sujeitos que não merecem amar, nem serem amados.

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Biografia do Autor

Américo Paes Landin Neto, UFOB

Licenciado em Letras-Língua portuguesa e literaturas(UNEB), mestrando em Ciências Humanas e Sociais-PPGCHS(UFOB), Professor na rede municipal de Educação de São Desidério.

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Publicado

2024-11-28

Como Citar

PAES LANDIN NETO, A. Homoafrosolidão: Leituras Discursivas da Hipersexualização e sua Naturalização. Revista Coletivo SECONBA, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 177–193, 2024. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/seconba/article/view/22096. Acesso em: 4 dez. 2024.