O QUE PODE O HOMEM NEGRO SENTIR? PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES, VIOLÊNCIA E MODOS DE RESISTIR/EXISTIR
Mots-clés :
Racismo, Saúde Mental, População Negra, ViolênciaRésumé
Introdução: O presente trabalho apresenta perspectivas teóricas que problematizam as representações homogeneizadoras de homens negros como insensíveis, agressivos e ignorantes. A pergunta que dá nome ao artigo nos convoca a observar de que maneira os processos de produção de subjetividade de homens negros são constituídos pela violência. Tomando a política de Guerra às Drogas como referência de violência institucional, tal incursão se deve pela presença dos autores no campo da pesquisa e estudos acadêmicos sobre política de drogas e saúde mental. Objetivo: O objetivo desse artigo é propor uma ação-reflexão da questão da saúde mental de homens negros, denunciando as práticas do genocídio e o racismo estrutural como produtores de sofrimento psíquico desse grupo. Resultados: Para dar conta dessa trama, foram realizadas revisões de literatura a fim de propor uma virada epistemológica no campo de saúde mental, observando especificamente a situação de homens negros. Neste ensaio, buscamos dar conta de duas vias de análise. A primeira articula a violência como forma de subjetivação de homens negros com a política de drogas, em especial com a Guerra às Drogas. A segunda busca conectar o conceito de imagens de controle ao de necropolítica, problematizando sobre como o dispositivo racialidade se reatualiza constantemente através de representações homogeneizantes e sustentação de práticas de violência e extermínio. Conclusão: Entendendo a indissociabilidade entre as violências institucionais e estruturais produzidas contra masculinidades negras e os efeitos na vida desse grupo heterogêneo, propomos algumas reflexões sobre as formas de existir e resistir.
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