TY - JOUR AU - Silva, Thayana Victoria Santos AU - Aquino, Talita Rocha de AU - Travassos, Ana Gabriela Alvares PY - 2022/11/18 Y2 - 2024/03/29 TI - A PERCEPÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA POR MULHERES NEGRAS EM UMA USF EM SALVADOR (BA) E OS IMPACTOS OBSERVADOS JF - Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva JA - Prát. Cuid. Rev. Saude Colet. VL - 3 IS - SE - Dossiê Temático SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: PRÁTICAS E REFLEXÕES CONTRA-HEGEMÔNICA DO - UR - https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14539 SP - e14539 AB - <p><strong>Introdução</strong>: Diante do racismo obstétrico observado em nossa sociedade, esse trabalho buscou compreender a percepção e os impactos da violência obstétrica em mulheres negras. <strong>Metodologia</strong>: Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quanti-qualitativa com mulheres numa Unidade de Saúde da Família de Salvador-BA. Foram realizadas duas etapas: Aplicação de questionário sociodemográfico, sobre o atendimento recebido no ciclo gravídico-puerperal, em seguida uma entrevista semiestruturada com aquelas autodeclaradas negras. Foram construídas frequências simples correlacionando os dados com o quesito raça/cor na etapa um, enquanto os dados da etapa dois foram analisados pela Teoria da Análise de Discurso de Minayo. <strong>Resultados/Discussões:</strong> Participaram 20 mulheres, sendo 17(85%) negras e 3(15%) não negras. A idade variou entre 18-25 anos, a renda média ≤ um salário-mínimo, e parto em maternidades públicas. Com a análise de dados foram criadas três categorias de discussão: As faces da violência obstétrica, Reconhecendo o racismo obstétrico e Os impactos da violência. As participantes conseguiram perceber a prática de violência obstétrica nos serviços, correlacionando-a à sua raça/cor e condição social, resultando no desejo de não gestar novamente e expondo à depressão pós-parto. <strong>Conclusão:</strong> A pesquisa demonstrou a necessidade em aprimorar o atendimento nas maternidades. Os achados sugerem a necessidade de maior capacitação das equipes quanto ao racismo e de intervenção mínima no ciclo gravídico-puerperal, com exercício da equidade e compreensão de como as interseccionalidades atuam no corpo feminino negro, além de maior educação das mulheres sobre seus direitos para que lutem para assegurá-los.</p> ER -