TY - JOUR AU - Pina, Melissa Martins AU - Parreira, Fernanda Ramos PY - 2022/11/19 Y2 - 2024/03/29 TI - O (NÃO)LUGAR DE UMA PSICÓLOGA NEGRA NA SAÚDE MENTAL: UMA ANÁLISE CRÍTICA DE PRÁTICAS (NEO)COLONIAIS EM CAPS AD III JF - Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva JA - Prát. Cuid. Rev. Saude Colet. VL - 3 IS - SE - Dossiê Temático SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: PRÁTICAS E REFLEXÕES CONTRA-HEGEMÔNICA DO - UR - https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14193 SP - e14193 AB - <p><strong>Introdução</strong>: Neste período pandêmico, a situação de saúde mental da população negra tem se agravado; ademais, são as pessoas negras que mais procuram acolhimento e necessitam de intervenções no Caps AD III. <strong>Objetivo</strong>: discutir as práticas (neo)coloniais vivenciadas por uma psicóloga negra em sua trajetória de trabalho na Saúde Mental, bem como evidenciar a importância de estudos e pesquisas que considerem as variáveis raça e gênero, de forma interseccional. <strong>Método</strong>: Relato de experiência de uma psicóloga negra em dois Caps AD, por meio de três episódios descritos que foram silenciados, negados e negligenciados, compreendidos como ofensas ao sujeito e a seus privilégios da branquitude. Essas vivências foram contextualizadas com a concepção de saúde mental e racismo, o perfil dos usuários de Caps AD, o preconceito e o estereótipo do usuário de álcool e de outras drogas, além do papel das psicólogas na desconstrução de práticas coloniais na saúde mental. <strong>Resultados</strong>: Numa análise crítica teórica, as discussões apontam a existência de racismo estrutural e institucional, estabelecidas pelas relações raciais entre integrantes da equipe multiprofissional com os sujeitos que procuram muito mais que o tratamento para a dependência química, mas o resgate de sua dignidade. <strong>Conclusão:</strong> A negação da ocorrência de racismo institucional e de práticas que inserem a presença do colonialismo explora a relevância dos profissionais e usuários, sejam negros ou brancos, levando-os a tirarem suas “máscaras simbólicas” e a se tornarem protagonistas nesta reparação histórica geradora de intenso sofrimento psíquico.</p> ER -