Gestão estratégica: uma análise do primeiro ciclo de implementação em uma Instituição de
Ensino Superior Confessional da Bahia [2014-2018]
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Salvador, v. 5, n. 1, p. 68-95, jan./abr. 2020
A literatura que trata da implantação da gestão estratégica na educação ainda está em desen-
volvimento com um adjetivo de novidade, no entanto, os casos de implantação da metodologia em
algumas IES no Brasil, revelam que estas instituições provaram mudanças de melhoria da gestão e
ainda contribuíram com subsídios inovadores para a gestão mediante a adoção de uma metodologia
de elaboração participativa, o que oportunizou a realização de um trabalho mais competente de
direcionamento da escola e da efetivação de seus objetivos. Estudos revelam o uso das ferramentas
de gestão estratégica pelas universidades, sejam elas públicas ou privadas (ZAINKO, 1999). As
vantagens encontradas nessas IES, que adotaram a gestão estratégica, apontam para um clarea-
mento das perspectivas institucionais de futuro, o enfrentamento dos desaos e o aproveitamento
das oportunidades engajando as pessoas no alcance dos objetivos.
A gestão estratégica, nesse campo, caminha por um viés característico da complexidade
inerente ao dia-a-dia de “práxis” dos educadores, alunos, colaboradores, público que atende,
diversidade de formação de seus recursos humanos, tecnologias, infraestrutura e muito mais.
Associam-se também os processos de aprendizagem que se conguram dentro de uma dimensão
de poder que são concomitantemente enfatizados. As instituições também se organizam de acordo
com seus níveis de poder (formal, cultural e expertise). Esse fato amplia ainda mais a assertividade
da adoção de ferramentas de gestão estratégica em ambientes diversicados das relações humanas
como no caso da educação (CECÍLIO, 2001).
Para Boaventura e Pimenta (2018), há uma interdependência das áreas nalística (acadê-
mica) e meio (manutenção), requerendo uma estrutura organizacional e um processo decisório
compatível com tais características e que lidem de forma direta com os seguintes tópicos inerentes
ao processo de gestão, a saber: formação, conhecimento, tecnologia, qualidade, cultura, descen-
tralização, priorização, comunidade, inclusão, eciência, ecácia, efetividade, competitividade,
diversidade, inclusão, repetência, cidadania, questões acadêmicas e pedagógicas, evasão e equipe.
O grande foco da gestão é demonstrar que a ausência de informações conáveis limita a tomada
de decisões internas e externas e que, a médio e longo prazo, isso compromete a permanência da
IES. Mintzberg (2009), destaca que a universidade é um tipo particular de organização que sofre
inuências e pressões externas, o que gera a necessidade e obrigação de reestruturação de suas
metas, objetivos e foco, e isso exige uma gestão estratégica.