Instrumentos de avaliação de cursos: indícios que denem a qualidade de um curso de graduação na
perspectiva do SINAES
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Salvador, v. 5, n. 1, p. 17-34, jan./abr. 2020
O art. 4º da Lei 10.861/2004 – Lei do SINAES dispõe que a avaliação dos cursos de gradu-
ação tem por objetivo “identicar as condições de ensino oferecidas aos estudantes, em especial as
relativas ao perl do corpo docente, as instalações físicas e a organização didático-pedagógica”. Em
seu Parágrafo 1º arma que “utilizará procedimentos e instrumentos diversicados, dentre os quais
obrigatoriamente as visitas por comissões de especialistas das respectivas áreas do conhecimento”.
Em consonância com o dispositivo legal, as Portarias MEC – 300, de 30 de janeiro, e 563,
de 21 de fevereiro de 2006, instituíram os Instrumentos de Avaliação Externa e o de Avaliação de
Cursos de Graduação do SINAES, respectivamente, que passariam a disciplinar a concretização
das ações propostas pela política de avaliação, conforme já expresso no documento “Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES): bases para uma nova proposta da educa-
ção superior”, e reproduzido como “Apresentação da 1ª. Edição,” na 4ª edição ampliada do livro
“SINAES: da concepção à regulamentação”:
Desse processo avaliativo, articulado com mecanismos regulatórios do Estado
decorrem ações de fomento e medidas de natureza corretiva e planos de
expansão qualicada que assegurem o desenvolvimento da Educação Superior
em patamares compatíveis com metas de curto e longo prazos, de acordo com
diagnósticos de necessidades nacionais e regionais, de avanço do conhecimento
e de atuação acadêmico prossional (BRASIL, 2007, p. 15).
Em sua decorrência foram identicados três documentos similares
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editados em março, maio
e junho do mesmo ano com “Apresentação”
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do, então, Ministro da Educação, Fernando Hadad,
que os denem enquanto instrumentos únicos a ser...,
(...), utilizado para o reconhecimento e renovação de reconhecimento dos
cursos de Bacharelado, Licenciatura e Tecnológicos, nas modalidades
presencial e a distância. Neste sentido, tem como características a abrangência
e a exibilização necessárias para assegurar avaliação dedigna destes cursos,
respeitando suas peculiaridades contempladas nas DCN de cada curso, a
diversidade regional e a identidade institucional.
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No mesmo texto há a preocupação em conceituar os termos: categorias, grupo de indica-
dores, indicadores e critérios, com a nalidade de orientar os avaliadores e as próprias IES. Neste
3 Apenas a edição de maio apresenta um sistema de numeração de seus itens diferenciado dos demais.
4 Instrumento de Avaliação de Curso de Graduação, Brasília, DF, março de 2006, Apresentação.
5 Instrumento de Avaliação de Curso de Graduação, Brasília, DF, março de 2006, Apresentação.