Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 1
E FOI PARA ISSO QUE ESTUDEI?: MAL-ESTAR SUBJETIVO EM ESTUDANTES
DE ENFERMAGEM QUE ESTÃO NA MODALIDADE CONTRATO DE
APRENDIZAGEM
¿Y PARA ESTO ESTUDIÉ?: MALESTAR SUBJETIVO EN ESTUDIANTES DE
ENFERMERÍA QUE SE ENCUENTRAN BAJO MODALIDAD DE CONTRATO DE
APRENDIZAJE
AND THIS IS WHAT I STUDIED FOR?: SUBJECTIVE DISCOMFORT IN NURSING
STUDENTS WHO ARE UNDER A LEARNING CONTRACT MODALITY
María Juliana G. ROMERO1
e-mail: mjgalindor@eafit.edu.co
Johnny OREJUELA2
e-mail: jorejue2@eafit.edu.co
Como fazer referência a este artigo:
ROMERO, M. J. G.; OREJUELA, J. E foi para isso que
estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de
enfermagem que estão na modalidade contrato de
aprendizagem. Plurais - Revista Multidisciplinar,
Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-
5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433
| Submetido em: 05/01/2024
| Revisões requeridas em: 09/01/2024
| Aprovado em: 20/02/2024
| Publicado em: 12/07/2024
Editores:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade EAFIT, Universidade San Buenaventura de Cali, Medellín Colômbia. Especialista em Psicologia
Clínica com Orientação Psicanalítica pela Universidade San Buenaventura de Cali
2
Universidade EAFIT, Medellín Colômbia. Professor na Universidade Eafit.
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 2
RESUMO: O artigo objetiva caracterizar experiências de mal-estar subjetivo em 10 alunos do curso
técnico de enfermagem de um instituto técnico da cidade de Cali, Colômbia, no período de prática
profissional. É um estudo qualitativo, descritivo e transversal; estudo de caso, que utilizo a técnica
de análises categorial de conteúdo. Foi identificado mal-estar subjetivo em decorrência de fatores
internos e externos. São desencadeados sintomas psicológicos, físicos e relacionais. Diante desse
mal-estar defesas, principalmente com o diálogo coletivo entre aprendizes e demais
colaboradores, mecanismo de fuga e/ou evitação em momentos de alto nível de adversidade,
indicando poucas estratégias de defesa. As experiências de mal-estar subjetivo estão principalmente
ligadas à impossibilidade de colocar em prática o que aprenderam durante o processo de formação
acadêmica, convertendo a condição contratual numa posição turva em nível organizacional, com
repercussões psicológicas, físicas, relacionais e principalmente, nas projeções acadêmicas e
profissionais. O exposto tem diversas consequências, como modificações significativas nos projetos
de vida acadêmica e profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Mal-estar subjetivo. Fase produtiva. Contrato de aprendizagem. Ensino
técnico. Prática profissional.
RESUMEN: El artículo tiene como objetivo caracterizar experiencias de malestar subjetivo en 10
estudiantes del curso técnico de enfermería de un instituto técnico de la ciudad de Cali, Colombia,
durante el período de práctica profesional. Es un estudio cualitativo, descriptivo y transversal;
estudio de caso, que utilizo la técnica de análisis categorial de contenido. Se identificó malestar
subjetivo como resultado de factores internos y externos. Se desencadenan síntomas psicológicos,
físicos y relacionales. Frente a este malestar existen defensas, principalmente con el diálogo
colectivo entre aprendices y otros empleados, un mecanismo de escape y/o evitación en momentos
de altos niveles de adversidad, indicando pocas estrategias de defensa. Las experiencias de
malestar subjetivo están vinculadas principalmente a la imposibilidad de poner en práctica lo
aprendido durante el proceso de formación académica, convirtiendo la condición contractual en
una posición ambigua a nivel organizacional, con repercusiones psicológicas, físicas, relacionales
y, principalmente, en las proyecciones académicas y profesionales. Lo anterior tiene varias
consecuencias, como cambios significativos en los proyectos de vida académicos y profesionales.
PALABRAS CLAVE: Malestar subjetivo. Fase productiva. Contrato de aprendizaje. Formación
técnica. Práctica profesional.
ABSTRACT: The article aims to characterize experiences of subjective discomfort in 10 students
of the technical nursing course at a technical institute in the city of Cali, Colombia, during the
period of professional practice. It is a qualitative, descriptive, and cross-sectional case study using
the categorical content analysis technique. Subjective discomfort was identified as a result of
internal and external factors. Psychological, physical, and relational symptoms are triggered.
Faced with this discomfort, there are defenses, mainly with collective dialogue between apprentices
and other employees, an escape and/or avoidance mechanism in moments of high levels of
adversity, indicating few defense strategies. Experiences of subjective discomfort are mainly linked
to the impossibility of putting into practice what they learned during the academic training process,
converting the contractual condition into a cloudy position at an organizational level, with
psychological, physical, and relational repercussions, and mainly, on educational and professional
projections. The above has several consequences, such as significant changes in academic and
professional life projects.
KEYWORDS: Subjective discomfort. Production phase. Learning contract. Technical education.
Professional practice.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 3
Introdução
Perguntar sobre o mal-estar subjetivo causado pelo trabalho é pertinente em termos da
evidente necessidade de entender que estamos diante de um cenário de mudanças frequentes e
é apropriado antecipar muitas outras que estão por vir abruptamente. Agora, quanto ao presente
trabalho, faz-se necessário indagar sobre as experiências de mal-estar que giram em torno do
desenvolvimento da etapa produtiva de um grupo de alunos do curso técnico auxiliar em
enfermagem de um determinado Instituto de Formação para o Trabalho, considerando que esse
primeiro encontro com o contexto de trabalho, pode trazer consigo uma série de implicações
em termos de um ajustamento psicológico que, por sua vez, envolve sintomas, consequências
e defesas, onde entram em jogo desejos, medos, desejos, necessidades e um grande número de
outras demandas subjetivas e psicodinâmicas (Orejuela, 2020; Dejours, 2012). digno de
reconhecimento, além de compreender que a realidade do cenário laboral pode levar a uma
ruptura com os anseios daqueles que depositam em tal ação, uma possibilidade de identidade
(Dejours, 2005), especialmente na definição de sua posição profissional a curto e médio prazo,
o que amplia o panorama no campo de pesquisa em termos de uma perspectiva clínica do
trabalho que inclui, aqueles processos contratuais que foram deixados de lado para,
posteriormente, estabelecer dinâmicas de trabalho que permitam aos alunos na fase produtiva
(modalidade de contrato de aprendizagem), gerar uma melhor adaptação às demandas de um
ambiente que, como mencionado, é altamente imprevisível (Celedonio, 2009; Gómez;
Peñaranda, 2020; Andreozzi, 2011).
Percebe-se que ainda são poucos os estudos relacionados ao processo de exercício
profissional e inserção laboral, inclusive dos auxiliares de enfermagem, no município de Cali
(Rengifo, 2020); É, portanto, oportuno desenvolver estudos que levem a nos representar melhor,
a fim de podermos intervir efetivamente, qual é a realidade objetiva e subjetiva da experiência
de prática profissional e inserção laboral de jovens graduados de instituições de ensino técnico
e superior, e assim poder produzir novos conhecimentos a esse respeito. Os poucos estudos
sobre inserção de jovens na cidade de Cali, como a maior parte da América Latina, ainda se
referem a variáveis duras como tipo de contrato, salários e tempos de inserção, mas é notável a
ausência de estudos que enfoquem o mal-estar subjetivo e os efeitos na saúde mental derivados
do processo de estágio e inserção laboral; De fato, o processo de prática como parte da etapa
formativa ainda é pouco estudado e aqueles que se referem a variáveis de saúde mental no
processo de prática são ainda mais escassos, para não dizer nulos.
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 4
A problemática da saúde mental em estudantes da área da saúde (médicos, enfermeiros,
dentistas, fisioterapeutas etc.) é cada vez mais relevante e preocupante, pois esses estudantes
apresentam cada vez mais sintomas de comprometimento da saúde mental, bem como aumento
das tentativas de suicídio ou suicídio efetivo (Franceschi; Souto, 2017; Palácios, 2023; Pérez,
S., 2022; Payá; Bracamonte, 2019). Daí a importância de pensar sobre esse mal-estar, a coisa
afetiva e os efeitos correlativos à saúde mental que podem ser vivenciados naquele primeiro
encontro com o contexto de trabalho como parte de seu processo de formação acadêmica, onde
o aluno de formação técnica, que por sinal implica uma passagem muito rápida pela academia,
mesmo vinculada a uma dinâmica de aprendizagem, deve estar inserida em uma organização
sob um contrato precário como o contrato de aprendizagem.
De acordo com o exposto, o objetivo que norteou esta pesquisa foi caracterizar as
experiências de mal-estar subjetivo vivenciadas durante a fase produtiva em um grupo de
estudantes do curso técnico de enfermagem de uma instituição de ensino na cidade de Cali,
Colômbia, que estão na modalidade de contrato de aprendizagem. Para o alcance efetivo desse
objetivo geral, foram propostos os seguintes objetivos específicos: 1. Identificar as causas de
mal-estar vivenciadas durante a fase produtiva em um grupo de estudantes do curso técnico de
enfermagem de uma instituição de ensino técnico da cidade de Cali que se encontram na
modalidade de contrato de aprendizagem; 2. Descrever os sintomas de mal-estar
experimentados durante a fase produtiva em um grupo de estudantes do curso de técnico de
enfermagem de um instituto de ensino técnico da cidade de Cali que estão sob contrato de
aprendizagem; 3. Identificar as estratégias de defesa utilizadas para reduzir o mal-estar durante
a fase produtiva em um grupo de estudantes do curso técnico de enfermagem de um instituto
de ensino técnico da cidade de Cali que estão na modalidade de contrato de aprendizagem; 4.
Identificar as consequências do mal-estar vivenciado durante a fase produtiva em um grupo de
estudantes do curso técnico de enfermagem de uma instituição de ensino técnico da cidade de
Cali que se encontram na modalidade de contrato de aprendizagem.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 5
O mal-estar subjetivo no trabalho: Causas, sintomas e consequências
O conceito de mal-estar está presente na literatura em um grande número de estudos há
um tempo considerável, o que implica uma reflexão constante sobre seu uso em termos do
contexto social, cultural, histórico e até político em que o ser humano se desenvolve, uma vez
que carrega uma conotação que promove a possibilidade de pensar o sujeito como um agente
capaz de experimentar e ao mesmo tempo, manifestar sobre aquele sentimento generalizado,
mas difuso, do qual se pode falar, mas que claramente, deve encontrar uma forma de ser
canalizado para promover, dessa forma, um ajuste às demandas externas e uma boa saúde
mental. (Dejours, 2012; 2005; Orejuela 2018: 2020).
No que se refere à presente pesquisa, foi oportuno trabalhar o conceito de mal-estar a
partir da psicodinâmica do trabalho, afastando-se, assim, de uma definição médica que gera
exclusividade em termos de um mal-estar puramente físico, permeado por uma conotação de
ordem patológica, mas como "um estado de tensão difusa, psíquica, indeterminada, mas
tolerável, relacionada ao trabalho (tarefa) e seus fatores associados (organização, condições e
relações, etc.)" (Orejuela et al., 2020, p. 8). Levando-se em conta essa clareza, o mal-estar deve
ser compreendido a partir de sua subjetividade, interpretando-o a partir da relação de cada
sujeito com sua experiência, distante de uma tendência à generalização, com suas
particularidades, analisando, por sua vez, o contexto histórico, social, político e econômico.
Caso contrário, pode-se cair em um discurso padronizado, que busca reduzir toda ação a uma
análise de variáveis que podem ser aplicadas a grandes grupos de sujeitos. Para esclarecer,
quando falamos sobre a função psicodinâmica do trabalho, estamos nos referindo à centralidade
do trabalho como organizador psíquico (Orejuela et al., 2020).
Etimologicamente, pode-se entender que o mal-estar tende a ser difuso, mas mais
assimilável do que o sofrimento em termos simbólicos; nas palavras de Orejuela (2018), "os
limites entre uma experiência e outra residem no fato de que o mal-estar é uma experiência
difusa e tolerável, passível de ser simbolizada e de baixa intensidade, que se encontra no registro
pré-consciente ou inconsciente (pode-se ou não saber)" (p. 107). Daí a importância de
compreender o mal-estar subjetivo como uma experiência que, embora possa ser de baixa
intensidade em termos de seu nível de tolerância, implica uma necessidade latente de ser
simbolizada, e suas causas podem residir tanto em agentes internos, inerentes à organização
quanto nas dinâmicas que ali se estabelecem, além da construção subjetiva que é executada por
cada um dos presentes. bem como naqueles eventos externos que, de uma forma ou de outra,
estão inter-relacionados e causam esse sentimento. O mal-estar é então considerado subjetivo,
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 6
mas fica claro que uma situação que envolve ação coletiva pode implicar em perturbação,
alteração da capacidade de adaptação e, portanto, de enfrentamento de uma situação que
envolve angústia, aborrecimento e desacordo.
Ajustando o que foi mencionado acima sobre o mal-estar no trabalho e a psicodinâmica
do trabalho, é importante mencionar Dejours (2009), que afirma que "o sentimento de
inutilidade, outra experiência não menos presente que a indignidade, refere-se primeiro à
ausência de um nome e destino para o trabalho" (p. 55). Compreender, dessa forma, que a falta
de coerência entre o que se espera com base na execução das funções atribuídas e o que é
efetivamente executado, pode levar a um sentimento de inutilidade que está relacionado ao
desejo de dignidade pelo conhecimento adquirido anteriormente, além do valor que é
socialmente dado ao objetivo alcançado.
O exposto abertura à necessidade de mencionar os conceitos de trabalho prescrito,
trabalho real e real de trabalho (Orejuela, 2018), que ao mesmo tempo está ligado ao real,
simbólico e imaginário, uma vez que há, por um lado, o que a organização espera (contexto de
trabalho), ser executado, alcançado e, portanto, alcançado, e da mesma forma, o sujeito que
executa uma determinada função, estabelece um imaginário do que vai alcançar, onde podem
se manifestar ambivalências entre o que se esperava inicialmente alcançar e o que realmente se
realiza no processo como tal.
Na mesma linha, são reconhecidas outras fontes de mal-estar, onde a não autonomia
(Dejours, 1999) implica um controle absoluto que, por sua vez, pode gerar limitações em termos
do livre desenvolvimento de seu desejo de um sentimento de utilidade, o desejo de
reconhecimento e o desejo de demonstrar conhecimento, causando ao mesmo tempo
insuficiência na realização de uma determinada tarefa. Por outro lado, a intensificação do
trabalho provoca a exposição à necessidade frequente de emitir uma resposta a muitas
demandas, onde a individualização implica, por sua vez, a falta de recursos coletivos que lhes
permitam enfrentar a diminuição de recursos subjetivos que lhes permitam atender às demandas
de um ambiente em mudança e pouco estruturado. Por fim, é a necessidade de reconhecimento
e, portanto, a ausência dele, que pode reforçar esse sentimento de inutilidade, causando mal-
estar no trabalho; como menciona Orejuela (2018), "os sintomas são a articulação discursiva do
mal-estar que aspira ao reconhecimento" (p. 113), entendendo o sintoma como uma possível
estratégia de ordem inconsciente, utilizada para adquirir admiração pelo trabalho que aponta
para um posicionamento na sociedade por meio de nível de trabalho; Em suma, todo sofrimento
geralmente aponta para o reconhecimento.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 7
Para complementar o descrito, vale destacar o medo da incompetência, termo
desenvolvido por Dejours (2005), que implica pensar em uma lacuna entre a organização
prescrita do trabalho e a organização real do trabalho, onde o desenvolvimento de atividades na
dinâmica do contexto atual promove a necessidade de executar independentemente das
condições de um cenário amplamente precário, onde o respeito pelas prescrições é geralmente
anulado, o que pode causar mal-estar. Está ligado a isso, um sofrimento ético, onde o sujeito
deve trabalhar contra os valores do mesmo e assim cumprir as funções atribuídas, buscando a
permanência no trabalho e é o forte medo da incompetência, que limita a possibilidade de
verificar as habilidades diante da tarefa atribuída. Este último pode causar dificuldade em
estabelecer o amor-próprio como um sinal mínimo de narcisismo, autorrespeito e autocuidado
(Dejours, 2005).
Quanto aos sintomas de mal-estar, gerando um pouso mais concreto em torno do que já
foi exposto anteriormente, pode-se entender que essas manifestações sintomáticas costumam
ser subdivididas em três formas de expressão, (Orejuela, 2018): física, psicológica e relacional,
onde as mencionadas, primeiro, podem ser evidenciadas em torno de alterações no nível
orgânico. distúrbios fisiológicos; em relação aos sintomas psíquicos, Orejuela (2018)
menciona:
Existem experiências de exaustão emocional, como depressão,
autodesconfiança, sensação de vazio ou falta de sentido, sensação de incerteza
e risco insuportável, experiência de emoções negativas (medo, irritabilidade,
desamparo e ressentimento) e, em geral, o que tem sido chamado de patologias
da solidão, entre as mais dramáticas está o suicídio no trabalho (p. 116).
Por fim, os sintomas relacionais podem ser permeados por uma ruptura de vínculos
previamente estabelecidos e/ou pelo enfraquecimento do laço social (Orejuela, 2018). Onde o
reconhecimento de habilidades entre colegas de trabalho e a solidariedade podem ser
perturbados, possivelmente, como um aumento da individualização permeado por um
sentimento de competição frequente, em busca de maior e melhor posicionamento no trabalho
em termos de atendimento de demandas sociais cada vez mais elevadas e não condizentes com
a mesma realidade laboral.
No entanto, tudo isso gera indiscutivelmente consequências para o sujeito trabalhador,
entendendo que "a organização do trabalho exerce uma ação específica sobre o homem, cujo
ponto de impacto é o aparelho psíquico" (Dejours, 1980, p. 133), portanto, pode-se gerar um
impacto na dinâmica psicológica dos sujeitos que, por sua vez, envolve alterações relacionais e
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 8
conflitos no estabelecimento de objetivos e/ou projeções vinculadas a motivações e/ou desejos
em relação à vida profissional.
É importante, então, nos perguntarmos sobre o custo do mal-estar no trabalho e suas
implicações, onde se gera uma luta constante pela insatisfação, permeada por uma busca de
utilidade, dignidade, reconhecimento e satisfação, assim, "as frustrações que derivam de um
conteúdo significativo e inadequado às potencialidades e necessidades da personalidade podem
gerar esforços consideráveis de adaptação" (Dejours, 2009, pág. 59). O que, por sua vez, está
ligado a essas consequências psicológicas, relacionais e baseadas no trabalho.
Estratégias de defesa contra o mal-estar no trabalho
Como recurso para lidar com uma situação que gera mal-estar, os sujeitos buscam várias
formas de reduzir o impacto negativo no ambiente subjetivo de uma determinada situação e
evitar tudo o que não está intimamente relacionado às experiências de prazer, por isso é
importante compreender a forma como certas experiências de trabalho, sob certas condições
contratuais, Esses diferentes mecanismos, estratégias e/ou recursos, tanto internos
(intrapsíquicos, subjetivos) quanto externos (contextuais: condições, organização, relações de
trabalho, etc.) são mobilizados ou implantados com inteligência prática para enfrentar qualquer
sensação que implique mal-estar e risco de perda de saúde mental. As formas de aliviar o mal-
estar podem ser por vários caminhos, onde, nas palavras de Lhuilier (2006), "o corpo carrega
os traços da cadência imposta, mas também o que permanece não elaborado, o que não é
verbalizado, e de uma auto aceleração a serviço da anestesia do pensamento" (p. 93). Isso deixa
claro que compreender a forma como as pessoas se defendem do mal-estar implica uma análise
não apenas da palavra, mas também das manifestações e/ou mudanças do corpo, do pensamento
e das relações.
Essas estratégias podem então ser individuais e/ou coletivas e visam reduzir as
condições de insatisfação (pulsão) que comprometem a vida psíquica do sujeito e que provocam
uma luta constante no sentido de gerar um processo adaptativo em condições inadequadas de
trabalho a partir da análise subjetiva do trabalhador (Orejuela, 2018). Portanto, as estratégias
defensivas tornam-se mecanismos de proteção em torno da saúde mental, promovendo
tolerância ao mal-estar decorrente de muitas variáveis que ocorrem no cenário de trabalho.
Assim, gera-se uma luta individual e coletiva para manter um equilíbrio psíquico em meio a
esse caos que pode surgir em termos de demandas do trabalho. Na tradição da psicodinâmica
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 9
do trabalho desenvolvida pela pesquisa de C, Dejour (2005), algumas dessas estratégias de
defesa, mais reconhecidas, são: auto aceleração, defesa viril, grupos de escuta e deliberação,
círculos de palavras, ações de reorganização e flexibilização do trabalho, servidão voluntária,
entre muitas outras. (Dutra de Moraes, 2013; Dejours, 2005).
É então, nessa relação consigo mesmo e com os outros, em um cenário permeado por
demandas, especialmente no que se refere ao ajuste imediato das próprias necessidades, que se
elaboram imaginários, medos, desejos, prazer, sintomas, mal-estar, entre outros. Para Dejours,
citado por Orejuela (2018) "o mal-estar no trabalho é determinado pela impossibilidade de
trabalhar de forma autônoma, em cooperação e sem reconhecimento, ou forçado a trabalhar
contra os próprios princípios morais" (p. 278). Essa é a chave para entender o mal-estar derivado
da dinâmica de trabalho.
Contrato de aprendizagem: a fase de estágio profissional
Entre os vários tipos de contratação existentes na Colômbia, o que diz respeito a esta
pesquisa é o conhecido como contrato de aprendizagem que, segundo o Ministério da
Educação:
É aquele pelo qual um empregado é obrigado a prestar serviço a um
empregador, em troca de este lhe fornecer os meios para adquirir uma
formação profissional metódica e completa na arte ou ofício para o qual foi
contratado, por um determinado tempo, e pagar-lhe o salário acordado (Lei
188 de 1959, Artigo 1) (Colombia, 1959).
Como evidenciado, esse tempo de contratação não inclui apenas um benefício salarial
para o funcionário, mas também um espaço para treinamento permanente sobre o que o sujeito
está estudando ou concluiu em termos de seu processo de aquisição de conhecimentos teóricos.
Entende-se, portanto, que o contrato de aprendizagem promove um possível benefício para o
aluno que o adquire, possibilitando o acesso a apoios e, ao mesmo tempo, tendo um cenário de
trabalho que lhe permite continuar a formação em termos de conhecimento e, por sua vez,
promove a inserção laboral. Apesar disso, é oportuno ter em mente as razões pelas quais uma
determinada entidade deve assumir a contratação de aprendizes, quando:
As empresas reguladas com mais de 15 trabalhadores devem contratar 1
aprendiz por cada 20 trabalhadores, e 1 adicional por fração entre 10 e 20. A
empresa obrigada a contratar aprendizes que decida não assinar um ou mais
contratos de sua cota, poderá pagar a monetização mensal, informando ao
SENA essa decisão. Como regra geral, o valor pago ao SENA pela
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 10
monetização é de 1 salário-mínimo mensal para cada contrato que não for
firmado (Unidade de Atenção Integral ao Empreendedor UAIE. s.d.).
Refletindo com o exposto, clareza quanto a um possível sentimento de obrigação por
parte das empresas no processo de contratação de aprendizes, o que possivelmente poderia
incorrer, no tratamento gerado a eles, nas possibilidades de desenvolver um sentimento de
pertencimento, identidade de trabalho, atribuição de tarefas e motivação em termos do
cumprimento de objetivos.
Se falarmos do que ouvimos em nosso dia a dia, podemos pensar que o contrato de
aprendizagem permite que muitos jovens acessem rapidamente o mercado de trabalho na
Colômbia, recebendo também apoio que pode ser de apoio para concluir seus estudos ou
fornecer ajuda em seu próprio sustento. No entanto, é oportuno gerar pesquisas que abranjam o
possível mal-estar que essa condição contratual traz consigo, entendendo que é provável que as
políticas contratuais e/ou a própria visão das empresas em relação aos trainees, não estejam de
acordo com o esperado.
Agora, analisando o que tem sido mencionado em relação ao contexto de trabalho e suas
implicações no psiquismo dos sujeitos, vale a pena ter em mente que "hoje no mundo
organizacional mais do que nunca um discurso de responsabilidade social no qual seus
próprios funcionários parecem não estar incluídos, pois não têm escrúpulos em marginalizá-los
e preconizá-los (Orejuela, 2018, p. 183), onde é possível ter como ponto de análise, estudantes
na modalidade de contrato de aprendizagem em termos de sua possível precariedade.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 11
Método
Tipo de estudo
O presente estudo é descritivo, tendo em vista que permite identificar características do
universo da pesquisa, verificando a associação entre as variáveis (Méndez, 2007). Portanto,
uma descrição deles é gerada, sem procurar causalidade. Caracterizou-se, então, utilizando o
método qualitativo, uma vez que produz, como mencionado anteriormente, dados descritivos,
onde são analisadas as próprias palavras das pessoas, faladas e/ou escritas. Em relação ao
tempo, trata-se de um estudo transversal, pois uma única amostra dos dados será tomada ao
longo do tempo.
O desenho da pesquisa será caracterizado por ser um estudo de caso , uma vez que se
pretende gerar uma análise intensiva com um grupo de alunos de formação técnica na etapa
produtiva, coletando o máximo de informações possível para identificar e descrever os
diferentes fatores que exercem influência sobre o fenômeno estudado (Martínez, 2006):
experiências de mal-estar vivenciadas durante a fase produtiva em um grupo de alunos da
enfermagem de um instituto de educação técnica da cidade de Cali que estão na modalidade de
contrato de aprendizagem.
Participantes
Os sujeitos participantes desta pesquisa foram 10 estudantes do programa de auxiliar
técnico de enfermagem de um Instituto de Educação Técnica da cidade de Cali, Colômbia, que
possuem contrato de aprendizagem e, portanto, estão cursando seu último período de
treinamento onde são obrigados a realizar sua etapa produtiva, equivalente ao período de prática
profissional. em diferentes empresas naquela cidade. A amostra foi selecionada
intencionalmente e não foram considerados o sexo nem a idade. (Veja a Tabela 2.)
Instrumentos
A coleta de informações foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, levando
em consideração as seguintes categorias de rastreamento e posterior análise: Causas de mal-
estar no trabalho durante a fase produtiva, sintomas de mal-estar no trabalho durante a fase
produtiva, estratégias de defesa contra o mal-estar no trabalho durante a fase produtiva e
consequências do mal-estar no trabalho durante a fase produtiva. (ver Tabela 1 abaixo)
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 12
Tabela 1 Relação entre objetivos específicos e categorias de informações de rastreamento
Categorias de Rastreamento/Análise de Dados
Causas de mal-estar no trabalho durante a fase
produtiva mal-estar
Sintomas de mal-estar no trabalho durante a fase
produtiva
Estratégias de defesa utilizadas para reduzir o mal-
estar durante a fase produtiva
Consequências do mal-estar experimentado durante a
fase produtiva
Fonte: Elaboração própria
Procedimento
A pesquisa foi realizada em três fases. A primeira consistiu na contextualização teórica
que permitiu estabelecer o estado da arte em questão, ou seja, captar por meio de uma matriz a
pesquisa que vem sendo desenvolvida em relação à mudança organizacional e, em seguida,
construir o referencial teórico. A segunda fase consistiu em trabalho de campo, no qual o
instrumento de coleta de dados foi construído e aplicado aos sujeitos participantes. A terceira
fase baseou-se na organização, apresentação e análise dos dados e foi realizada sob a
modalidade de análise categorial de conteúdo e significado com base em um conjunto de
matrizes de análise estruturadas em estrita relação com os objetivos específicos e o referencial
conceitual, o que facilitará a análise sistemática do conteúdo. Isso envolverá primeiro a
transcrição das entrevistas, depois a discriminação dos conteúdos para localizá-los e agrupá-los
de acordo com as categorias pré-estabelecidas. Por fim, os dados serão analisados
categoricamente e alguns dos fragmentos mais significativos do discurso serão tomados como
evidência empírica de cada uma das categorias a serem analisadas; e a partir do qual será
organizada a estrutura narrativa dos resultados. Será encerrado com a discussão dos resultados
e conclusões do estudo.
Com relación a las consideraciones éticas cabe aclarar que esta es una investigación que
corresponden a las denominadas de bajo o ningún nivel de daño; la participación en el estudio
fue totalmente voluntaria y anónima, de manera que la identidad se mantuvo y se mantendrá en
estricta confidencialidad. Para efectos de esto, los participantes diligenciaron y firmaron
voluntariamente un consentimiento informado. Los datos de los participantes han sido
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 13
anonimizados y están bajo celosa custodia de uno de los autores del estudio. Esta investigación
paso por el proceso de revisión ética del Comité de la Maestría en Psicología del Trabajo y las
Organizaciones de la Universidad Eafit, Medellín, Colombia.
Resultados
O trabalho de campo realizado nesta pesquisa é realizado de acordo com os dados e
procedimentos estabelecidos no protocolo de entrevista, os dados sociodemográficos dos
sujeitos participantes e a análise dos dados coletados são detalhados a seguir:
Tabela 2 Dados sociodemográficos
#
Idade
Gênero
Estado
civil
Nível
acadêmi
co
Área atribuída
na empresa
Funções atribuídas na
prática profissional
Tempo
decorrido
desde a
assinatura do
contrato de
aprendizage
m
1
25
M
Bachare
l
Bacharel
Emergência
Explicação dos direitos e
deveres para com o paciente
4 meses
Orientação ao paciente
Fornecimento de
medicamentos
Educação do paciente
2
28
F
Único
Técnico
Emergência
Processos de saúde em geral
2 meses
3
20
F
Único
Bacharel
Hospitalização
Medição de sinais vitais
3 meses
Canalização
Eletrocardiogramas
Fornecimento de
medicamentos
Processos administrativos
4
19
M
Bachare
l
Bacharel
UTI
Surtir medicamentos
2 meses
Processos de saúde
Processos administrativos
5
23
F
Único
Bacharel
Hospitalização
Processos de saúde em geral
3 meses
6
20
F
Bachare
l
Bacharel
Recepção
ortopédica
Imprima e envie registros
médicos
4 meses
Desinfectar insumos
médicos
Relatórios
Verifique as ordens médicas
na recepção
7
18
F
Único
Bacharel
Hospitalização e
emergências
Cura e tomada de sinais
vitais
5 meses e
meio
8
20
F
Único
Bacharel
EPS
Processos administrativos
4 meses
9
18
F
Único
Bacharel
Hospitalização
Processos administrativos
3 meses
Apoio de enfermeira-chefe
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 14
10
19
F
Único
Bacharel
Recuperação/pó
s-cirúrgica
Canal
5 meses
Atendimento diário ao
paciente
Educação do paciente
Causas do mal-estar subjetivo
Analisa-se em primeira instância que a tarefa estabelecida para alguns dos estagiários,
gera um estado de tensão emocional que, embora seja suportável e, portanto, lhes permita
continuar com o seu desempenho diário, as condições geradas não são bem aceites por eles;
isso fica evidente na seguinte narração:
Participante 4
Na clínica onde estou, eles nos dão um caderno de tarefas onde estão listadas
as tarefas que temos que fazer ao longo do dia, então eu tenho algumas
tarefas, e as outras têm outras tarefas, cada coisa é diferente, então, um
colega me disse, você deu banho no 510, e eu disse a ela que não porque
esse é o seu paciente, Eu dei banho em toda a área de 501 a 506, e dei
banho em mais dois pacientes, que são seus, te deixei um, e ele me disse,
ah, mas você deveria dar banho nele porque você é o aluno.
Parte do discurso do participante 3 (detalhado no parágrafo seguinte) permite evidenciar
o medo da incompetência, conceito utilizado por Dejours (2005), onde o real do trabalho é
definido como "aquilo que resiste ao saber, ao saber, ao saber fazer e, globalmente, ao controle"
(p.42). Entendendo dessa forma que um embate entre o que é exigido, o que é realmente
permitido e o mal-estar em torno de um possível sentimento de incompetência, que, como
aprendiz, pode ser exacerbado no próprio desejo de demonstrar suas habilidades em um cenário
totalmente novo como parte de seu próprio processo de formação e que, por sua vez, Está
ligada ao conceito de subemprego subjetivo, pois mostra que as condições de trabalho a que
estão sujeitos tendem a ser inferiores à qualificação acadêmica e, portanto, à preparação
recebida.
Recebo instruções de duas pessoas e ambas me dizem coisas diferentes. Um
me deixa fazer várias atividades, mas outro que me repreende por tudo,
então não sei o que fazer. Eu tenho o conhecimento, mas como sou aprendiz
às vezes eles não querem me deixar fazer nada, preferem que o paciente morra
e eu também tenho medo de fazer errado.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 15
Da mesma forma, um dos participantes refere-se às dinâmicas relacionais que são
geradas no interior da área de trabalho, identificando o mal-estar em termos do senso de
competição e rivalidade permanente, que enfraquecem a solidariedade e o reconhecimento
como condições que garantem o bem-estar subjetivo no trabalho (Dejours, 2005).
Participante 5
Você não a camaradagem, você chega na sala de cirurgia e os que estão
na sala de cirurgia destroem qualquer um, e eles são amigos, essa é uma área
que é normal em qualquer empresa, que eles estão descascando os dentes
como dizem, mas não é verdade. Eu experimentei isso na sala de cirurgia
O sentimento de inutilidade é reconhecido como uma experiência que se relaciona com
a indignidade, que se baseia na ausência de denominação e do próprio destino do trabalho
(Dejours, 2015), entendendo, assim, que a ausência de coerência entre o que se espera a partir
da execução de funções como aprendiz e o que é efetivamente executado, leva a um sentimento
de inutilidade que se relaciona com o desejo de dignidade pelos conhecimentos previamente
adquiridos. além disso, "o trabalho torna-se fonte de sofrimento quando o trabalhador percebe
que não contribui para nenhuma transcendência sociocultural" (Orejuela, 2018, p. 95). Isso
pode ser percebido na história do participante 4:
Não tenho que fazer muitas coisas assim, quer dizer, sim, é pesado, mas
comparado aos assistentes que têm mais carga, às vezes até me sento lá, como
se não houvesse mais nada para fazer, já fizemos tudo
Evidencia-se uma dificuldade em encontrar sentido nos esforços gerados, uma
discrepância entre as competências pessoais e as necessidades do cargo e as imposições da
empresa em termos do desejo de realização, o que está indiscutivelmente relacionado com o
conceito de subemprego subjetivo, onde "há uma tendência para destacar, como característica
comum, o número de horas de trabalho aquém do desejado, níveis educacionais mais altos do
que os exigidos e super qualificação em termos de habilidades e experiências" (Ocampo, 2015,
p. 23).
Participante 4
Eu sou inútil aqui, eu me sinto como um incômodo
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 16
Em relação às causas externas da agitação, é evidente que as condições de transporte da
cidade, exacerbadas após a greve nacional vivida em maio de 2021, também ligadas às
adversidades econômicas que o país atravessa atualmente, são as principais causas dessa
agitação. Isso é evidenciado no relato de alguns dos entrevistados:
Participante 1
É que você faz as contas e a tarifa é 2.500, se chover já é 8.000 uber, então
você faz as contas, e eu também tenho que fazer as contas de segunda a
sábado, sou o único com esse horário, porque todo mundo vai até sexta-feira
Sintomas de mal-estar subjetivo
Em relação aos sintomas psíquicos ou psicológicos do mal-estar inicial, é oportuno
mencionar que é evidente nos participantes uma demanda de trabalho que leva ao esforço
excessivo baseado no desejo de permanecer após o término de sua fase produtiva, que, por sua
vez, está relacionada ao sentimento permanente de incerteza e risco. O acima pode ser validado
na seguinte história:
Participante 1
Às vezes, o chefe me diz se posso ficar mais horas e me sinto obrigado a dizer
sim por que quero continuar trabalhando lá quando terminar como aprendiz.
Se eu disser que eles não vão dizer que não quero aprender, eles sempre
olham para o mal, eles não vão dizer oh e ela se mata o dia todo
A humilhação, como ação contrária ao reconhecimento, produz, nas palavras de
Orejuela (2018) "vergonha, aquele sentimento de que se é indigno ou causou algum dano
irreparável" (p. 230), o que implica nos aprendizes um sentimento de ignorância, de
desvantagem em termos de conhecimento e uma posição de inferioridade em relação aos demais
trabalhadores:
Participante 3
Sinto raiva quando sou repreendido por algo injusto ou obrigado a fazer
coisas que não me correspondem. Estresse também.
Quanto aos sintomas físicos de mal-estar, vale lembrar que para que um dos aprendizes
se ausente de seu local de trabalho, ele deve fazê-lo exclusivamente sob uma condição médica
justificada pelo pessoal de saúde, caso contrário, pode ser uma causa radical de rescisão do
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 17
contrato e, portanto, perda de seu semestre acadêmico. Muito semelhante ao que Dejours (2009)
faz quando gera uma análise em torno de uma solução para o sofrimento ligado ao adoecimento
físico, camuflando assim o referido sofrimento mental, que é justificado sob um atestado
médico, evidencia-se o seguinte relato:
Participante 1
A asma piorou agora, como no início de fevereiro. Isso não acontecia comigo
desde os 5 anos de idade.
Reconhece-se uma tendência à somatização, possivelmente devido à dificuldade latente
dos aprendizes em encontrar uma saída diferente para o mal-estar, entendendo que "dizer que
está doente" pode ser mais aceito socialmente do que passar por um conflito psíquico, o que,
por sua vez, poderia implicar em uma rejeição não apenas pelo Instituto de Educação como
agente simbólico do mérito, mas também pelo Instituto de Educação. esforço e dedicação, mas
por parte de seus colegas, professores e outros colaboradores da empresa designada.
Quanto aos sintomas relacionais, eles poderiam ser particularmente acentuados, em um
sentimento de competição frequente e, ao mesmo tempo, de isolamento social, entendendo que
"a individualização do trabalho é entendida como o empurrão de responsabilidades para os
indivíduos enfrentarem as demandas do trabalho e a realidade do trabalho em um contexto de
competição entre pares e perda de proteções" (Orejuela, et al., 2020, p. 113)
Participante 2
Gera um pouco de frustração, insatisfação entre os companheiros de equipe
porque estamos sob pressão constante, isso além do fato de termos um
cansaço físico entre aspas, também há cansaço mental e recepção de ordens,
e tudo isso nos leva a ser competitivos entre nós. Temos que socializar e
trabalhar com aprendizes de outros institutos e eles estão procurando a nossa
queda, fazem reclamações e todos querem se destacar para o chefe.
A constante humilhação externa é exacerbada pelo fato de serem aprendizes, o que
implica uma tendência a impor superioridade e refletir maior conhecimento, trajetória e
experiência por parte dos que os cercam, onde o egoísmo diante do aprendizado se torna uma
forma possível de manipulação psicológica, onde o aprendiz é visto como uma obrigação
contratual imposta por um sistema governamental que implica que toda empresa com um
determinado número de trabalhadores deve ter esse valor contratual. Também gera uma
precariedade de cooperação, uma perda de solidariedade e apreço, um regime de indiferença
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 18
que desencadeia as patologias da solidão (Orejuela, 2018). Isso pode ser evidenciado nos
seguintes relatos:
Participante 1
Às vezes eles me chamam de garotinha e eu sou mais velha, não gosto que
sejam depreciativas. Eu sempre espero respeito. Às vezes é como oh você,
garotinha e não, meu nome é Carla
3
.
Em conclusão, é evidente que são gerados sintomas psicológicos, fisiológicos e
relacionais nos aprendizes que as empresas omitem e, portanto, geram pouca importância no
que diz respeito à relação com seu desempenho com base nos objetivos traçados. A
sintomatologia fisiológica implica uma forte tendência à somatização, que ao mesmo tempo
implica o medo de manifestar tal mal-estar como parte da rejeição do trabalho e o constante
sentimento de ameaça com base no cancelamento do contrato e, portanto, na perda do terceiro
período de formação acadêmica.
Estratégias de defesa contra o mal-estar subjetivo no contexto da prática profissional
Na presente pesquisa, foram determinadas várias formas de assumir o mal-estar no
trabalho, onde prevalece a necessidade de gerar diálogos constantes com outros aprendizes que
estão realizando processos semelhantes, o que pode proporcionar uma sensação de calma,
evidenciando que eles compartilham histórias semelhantes em relação ao que os incomoda, o
que se torna uma estratégia de defesa coletiva significativa. Conforme mencionado no assunto
5:
Somos um grupo de 4 estagiários, sempre nos reunimos para conversar sobre
o que fazemos, desabafar, também às vezes, e saímos muito para comer e tudo
mais.
Na mesma linha, e considerando as defesas individuais, percebe-se então que, em sua
maioria, os aprendizes entrevistados assumem uma ação de fuga e evitação do problema,
reconhecendo a possível ausência de estratégias para lidar com o mal-estar no trabalho
vivenciado, o que ao mesmo tempo acarreta uma repressão pulsional (Dejours, 2005), além
3
Deve-se esclarecer que aqui o nome "Carla" é um pseudônimo usado para reservar a identidade, não
corresponde ao nome real do Participante 1.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 19
disso, os sentimentos diante dos acontecimentos devem ser suprimidos para evitar a rejeição
externa e a possibilidade de ser julgado em si mesmo processo de formação, o que pode se
tornar uma limitação para optar pela graduação; Isso é evidenciado nos seguintes relatos:
Participante 3
Eu apenas tento fazer as coisas certas, ir embora, ignorar, não dizer nada
sobre o que sinto.
Consequências do mal-estar no trabalho
Em relação às consequências subjetivas ou psicológicas, há evidências de um aumento
considerável dos sentimentos de frustração em relação ao papel no campo da ação laboral, o
que ao mesmo tempo tem impacto no desejo de realizar tarefas semelhantes a curto, médio e
longo prazo. Também gera uma ausência de tempo livre que permite a realização de tarefas
recreativas e, por sua vez, envolvem interação social. Portanto, esse uso do tempo longe do
trabalho implica que muito poucos trabalhadores podem organizar seus intervalos de acordo
com seus desejos e necessidades (Dejours, 1980); isso se reflete abaixo:
Participante 1
Talvez sim, isso não me faz querer fazer nada, apenas descansar. Eu não
tenho vida social. Eu quero minha casa e dormir. Não é como antigamente,
não vou mais festejar e adoro dançar, já fiz isso e não, no domingo vou ficar
doente e não bebo licor. É que todos os dias eu me levanto às 4 da manhã e
terminou às 2 da tarde e certo. E ele veio à minha casa para almoçar por
volta das 15h.
Como consequência significativa, é necessário destacar os movimentos que se geram
em torno da reestruturação do sentido do trabalho em relação ao processo formativo realizado,
onde o cenário da prática, ao invés de ser um agente de motivação e validação dos desejos de
trabalho, torna-se uma limitação, onde a representação desse sentido é alterada. Orejuela
(2018), em sua análise do significado do trabalho na modernidade, menciona que "novas formas
de organização do trabalho têm efeitos sobre as trajetórias de trabalho e os projetos de vida dos
indivíduos" (p.206). Isso fica evidente no seguinte discurso:
Participante 6
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 20
Pensa-se: isso é realmente para mim no nível do trabalho? Porque quando
você conhece pessoas tão difíceis, isso é um choque forte, que faz você sentir
que não quer continuar com sua carreira, e pensei em continuar como
enfermeira sênior, mas não.
No que diz respeito às consequências relacionais, evidencia-se como a necessidade de
se ajustar às demandas do trabalho em seu papel de aprendizes, altera o bom processo de
relacionamento fora do contexto de trabalho, gerando falta de utilidade social, sentimento de
apoio, falta de interação e, portanto, distanciamento da possibilidade de estabelecer uma rede
de apoio sólida em momentos de adversidade. da mesma forma, no nível familiar. Agora a
prioridade é responder exclusivamente às necessidades da empresa contratante. Há, portanto,
uma fragilidade no laço social e a possibilidade de construção de dinâmicas relacionais
significativas; isso é evidenciado abaixo.
Participante 4
Não há mais os mesmos passeios com os amigos, porque como eu disse, vo
vai tentar descansar, antes de eu sair no fim de semana, estudávamos
de segunda a sexta de manhã, havia muito tempo livre. Você viu seu parceiro,
não mais, e isso afeta você. Não mais liberdade, como quando eu era
simplesmente um estudante.
Discussão e conclusões
Em relação às causas de mal-estar no trabalho em auxiliares de enfermagem, fica
evidente em primeira instância que as tarefas estabelecidas pelas empresas contratantes não são,
em sua maioria, de grau total para esses aprendizes ou, pelo menos, algumas delas tendem a
causar tensão em nível emocional e, portanto, o aceitação, entendendo que, em geral, não
estão totalmente vinculados ao que aprenderam durante seu processo de formação técnica,
despertando assim uma ausência de sentimento de utilidade e desigualdade, especialmente com
base em benefícios contratuais e aquilo que implica uma recompensa emocional. A ausência de
reconhecimento com base nas funções e/ou atividades desempenhadas, que por sua vez está
relacionada a um sentimento de incompetência, iniquidade nos benefícios contratuais e o
próprio medo da incompetência, implicam em uma causa latente de mal-estar nos aprendizes,
ocasionando uma perda de sentido no que diz respeito ao tempo dedicado aos seus estudos e às
condições econômicas, econômicas e econômicas, psíquico que isso representa.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 21
Gera-se, então, um embate entre o ideal estabelecido durante o processo de formação
como auxiliar de enfermagem em relação à etapa produtiva e seu significado de desempenhar
funções intimamente ligadas ao que foi aprendido e ao que, na realidade, é executado como
parte das demandas do ambiente de trabalho e, portanto, da empresa designada. causando, em
suma, ambivalência em torno do trabalho prescrito, do trabalho real e do real do trabalho
(Orejuela, 2018). A rivalidade também é evidenciada como parte do estabelecimento de
vínculos com os demais membros da equipe de trabalho, tanto aprendizes de outras instituições
de formação, quanto com o quadro direto da empresa, que se enquadra na ação de competição
permanente, causando mal-estar trabalhista nos aprendizes. Portanto, o subemprego subjetivo
vivenciado pelos estagiários de enfermagem, que está ligado a esse mal-estar a partir das
funções atribuídas, em relação ao que eles prepararam em seu processo de formação, é um dos
mais significativos desencadeadores de mal-estar evidenciados nesta pesquisa.
Em relação às causas externas de mal-estar no trabalho, pode-se evidenciar que os
estagiários de enfermagem coincidem em termos de condições econômicas adversas que
alteram o bem-estar emocional, e que possivelmente estão ligadas à sua condição
socioeconômica e às mesmas adversidades que o país atravessa nessa variável, entendendo-se
que, além disso, o sistema de transporte da cidade é bastante restrito, aspecto que foi agravado
pelas ações que resultaram da Greve Nacional de 2021, limitando assim a conexão no referido
sistema, o que, ao mesmo tempo, leva a um aumento da insegurança social na cidade.
Como resposta sintomática identificada no discurso dos estagiários de enfermagem,
reconhece-se uma forte tendência à somatização a partir da dimensão fisiológica,
compreendendo a evidente dificuldade em processar o mal-estar por meio das palavras,
possivelmente devido ao medo latente de serem rejeitados, julgados e/ou não considerados para
futuros processos contratuais com a mesma empresa, uma vez finalizados seu processo como
aprendizes. Portanto, enxaquecas, tiques nervosos, asma e dores no corpo, tornam-se sintomas
recorrentes, evidenciando que o corpo se torna o mecanismo de manifestação, além disso, o
esforço excessivo com base em certas tarefas atribuídas, onde não são consideradas
particularidades, também é um fator desencadeante. Vale ressaltar a forte tendência de
adiamento do atendimento médico, atrelada ao medo de ser rejeitado pela doença e, portanto,
gerar o descumprimento de seu processo como aprendizes, como se adoecer implicasse uma
proibição durante os 6 meses da fase produtiva.
No entanto, os sintomas psicológicos imersos no discurso dos estudantes na fase
produtiva do curso técnico de enfermagem indicam, principalmente, sentimentos de medo,
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 22
desamparo e irritabilidade, isso como parte de um sentimento quase permanente de incerteza e
risco, e é esse mesmo desejo de reconhecimento e a ausência dele, que indica um sintoma latente
de medo. Sentir-se inferior em relação a pessoas que não têm um status contratual semelhante
exacerba o sentimento de impotência, deficiência e raiva, o que também implica um conflito
ético em relação ao que às vezes são solicitados a fazer. Os sintomas relacionais estão ligados,
neste caso, a sentimentos de injustiça em relação ao papel que ocupam como aprendizes, o que
ao mesmo tempo se conclui em frequentes competições e rivalidades, não só entre os próprios
alunos na fase produtiva, mas também com pessoas contratadas diretamente pela empresa,
desencadeando sentimentos de solidão, falta de solidariedade e indiferença.
As estratégias de defesa utilizadas, no nível coletivo, mostram uma forte necessidade de
interação e, portanto, de processar através da palavra, aquilo que gera mal-estar, mas que na
maioria das vezes, implica uma impossibilidade devido ao mesmo medo de rejeição. Dessa
forma, a busca por espaços de troca de experiências entre os trainees talvez seja a maior
estratégia para lidar com os mal-estar s que são vivenciados. Como estratégias individuais,
reconhece-se principalmente uma forte tendência a gerar ações de fuga, onde ignorar o
sentimento, abandonar o cenário que gera mal-estar e omitir pensamentos que possam alterar a
estabilidade psíquica, o ações que reprimem a pulsão e, ao mesmo tempo, são responsáveis
por uma considerável ausência de mecanismos de enfrentamento em relação às situações de
trabalho que implicam mal-estar.
Por fim, identifica-se que as consequências do mal-estar ocupacional envolvido no
processo de desenvolvimento da fase produtiva dos auxiliares de enfermagem estão
relacionadas às projeções laborais, uma vez que é evidente a perda do desejo quanto à
continuidade de seus estudos acadêmicos em relação ao que estão realizando durante sua fase
produtiva. Portanto, em vez de ser um cenário de motivação e paixão acrescida no que diz
respeito à construção de um projeto de vida académica e laboral, implica a perda do desejo por
aquilo que tanto desejo implicou e que há apenas um ano, era largamente forte da sua energia
libidinal. As relações sociais também são afetadas em decorrência do mal-estar no trabalho,
evidenciando uma perda de vínculos significativos devido à ausência de tempo de lazer e
recreação, ocasionada pelas longas jornadas de trabalho geradas. O tempo para realizar a
continuidade dos estudos também é alterado, o que tem impacto na dimensão motivacional dos
formandos deste programa de formação.
Por fim, é importante considerar que na medida em que as empresas posicionam o
aprendiz como figura contratual vinculada a uma obrigação por parte do Estado, como indica a
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 23
Unidade de Atenção Integral ao Empreendedor ao afirmar que empresas com mais de 15
empregados devem contratar um aprendiz para cada 20 pessoas contratadas em modalidade
diferente, caso contrário, terão que gerar um processo de monetização ao SENA, o papel do
referido aluno na fase produtiva será amplamente borrado, desvalorizado e com baixo senso de
utilidade, o que se refletiu claramente no discurso dos 10 auxiliares de enfermagem
participantes.
A presente pesquisa foi limitada pela ausência de estudos sobre o contrato de
aprendizagem e suas implicações em diferentes esferas subjetivas e sociais, considerando que
os alunos em fase produtiva são uma população de pouco interesse de pesquisa. No entanto,
isso, por sua vez, torna-se um fator de novidade, o que gera um passo importante em termos da
necessidade de posicionar essa população na lupa da pesquisa, entendendo que essa modalidade
contratual aborda grande parte da população educacional do país. Em relação ao valor prático
do estudo, pode-se dizer que ele permite, justamente, ampliar a pesquisa sobre o mal-estar no
trabalho em uma população não abordada anteriormente e que pode abrir caminho para
possíveis modificações nesse processo contratual e no mesmo sentido de utilidade que é
concedido ao aprendiz dentro de diferentes organizações. entendendo, por sua vez, que essa é
uma base importante na construção de um projeto de vida acadêmica e profissional,
especialmente no campo da saúde. A pesquisa tem se debruçado principalmente sobre o
processo de inserção laboral de jovens universitários, deixando de lado o processo da etapa
produtiva como aquele primeiro encontro com o contexto laboral, o que também, considerando
as condições contratuais, implica a necessidade de enfrentar o mal-estar presente nesse
procedimento.
E foi para isso que estudei?: Mal-estar subjetivo em estudantes de enfermagem que estão na modalidade contrato de aprendizagem.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 24
REFERÊNCIAS
COLOMBIA. Ley 188 de 1959, 30 de diciembre. Congreso de la República, 1959.
Disponível em: https://www.mineducacion.gov.co/1621/articles-103813_archivo_pdf.pdf.
Acesso em: 10 out. 2023.
DEJOURS, C. Trabajo y desgaste mental. Una contribución a la psicopatología del trabajo.
Buenos Aires: Grupo Editorial Lumen, 1980.
DEJOURS, C. A banalizacao da injusticia social. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
DEJOURS, C. Trabajo y sufrimiento: cuando la injusticia se hace banal. Madrid:
ModusLaborandi, 2005.
DEJOURS, C. El desgaste mental en el trabajo. Madrid: Colección, Trabajo y sociedad,
2009.
DEJOURS, C. El sufrimiento en el trabajo. Buenos Aires: Topia, 2015.
MARTÍNEZ, M. La investigación cualitativa (síntesis conceptual). Revista IIPSI, [S. l.], v. 9,
n. 1, p. 123-146, 2006. Disponível em:
https://sisbib.unmsm.edu.pe/bvrevistas/investigacion_psicologia/v09_n1/pdf/a09v9n1.pdf.
Acceso em: 10 out.2023.
MÉNDEZ, I. Metodologías y técnicas de investigación aplicadas a la comunicación.
Venezuela: Luz, 2007.
OCAMPO, J. Caracterizacin de jvenes egresados que perciben subempleo y evaluacin
de condiciones de bienestar y malestar asociadas a esta percepcin. 2015. Tesis (Maestría)
Universidad de los Andes, 2015. Disponível em:
https://actacolombianapsicologia.ucatolica.edu.co/article/view/3210. Acceso em: 10 out.
2023.
OREJUELA, J. Clínica del trabajo: el malestar subjetivo derivado de la fragmentación
laboral. San Pablo-Eafit, 2018.
OREJUELA, J.; MALVEZZI, S.; VÁSQUEZ, A.; MENDES, A. Las clínicas del trabajo: una
visión alternativa de la salud ocupacional. int.j.psychol.res, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 109-117,
2020. DOI: 10.21500/20112084.4737.
UAIE. Unidad de Atención Integral al Empresario. Conoce lo que es el contrato de
aprendizaje y los beneficios para tu empresa. Disponível em: https://www.sena.edu.co/es-
co/Empresarios/Documents/Conozca_que_es_contrato_de_aprendizaje_y_sus_ventajas-
SENA.pdf. Acceso em: 10 out.2023.
María Juliana G. ROMERO e Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 25
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 1
¿Y PARA ESTO ESTUDIÉ?: MALESTAR SUBJETIVO EN ESTUDIANTES DE
ENFERMERÍA QUE SE ENCUENTRAN BAJO MODALIDAD DE CONTRATO DE
APRENDIZAJE
E FOI PARA ISSO QUE ESTUDEI?: MAL-ESTAR SUBJETIVO EM ESTUDANTES DE
ENFERMAGEM QUE ESTÃO NA MODALIDADE CONTRATO DE APRENDIZAGEM
AND THIS IS WHAT I STUDIED FOR?: SUBJECTIVE DISCOMFORT IN NURSING
STUDENTS WHO ARE UNDER A LEARNING CONTRACT MODALITY
María Juliana G. ROMERO1
e-mail: mjgalindor@eafit.edu.co
Johnny OREJUELA2
e-mail: jorejue2@eafit.edu.co
Cómo hacer referencia a este artículo:
ROMERO, M. J. G.; OREJUELA, J. ¿Y para esto estudié?:
Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se
encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp.
1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433
| Presentado en: 05/01/2024
| Revisiones requeridas en: 09/01/2024
| Aprobado en: 20/02/2024
| Publicado en: 12/07/2024
Editores:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad EAFIT, Universidad San Buenaventura de Cali, Medellín Colombia. Especialista en Psicología
Clínica con Orientación Psicoanalítica de la Universidad San Buenaventura de Cali
2
Universidad EAFIT, Medellín Colombia. Professor Titular de la Universidad Eafit.
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 2
RESUMEN: El artículo tiene como objetivo caracterizar experiencias de malestar subjetivo en 10
estudiantes del curso técnico de enfermería de un instituto técnico de la ciudad de Cali, Colombia,
durante el período de práctica profesional. Es un estudio cualitativo, descriptivo y transversal;
estudio de caso, que utilizo la técnica de análisis categorial de contenido. Se identificó malestar
subjetivo como resultado de factores internos y externos. Se desencadenan síntomas psicológicos,
físicos y relacionales. Frente a este malestar existen defensas, principalmente con el diálogo
colectivo entre aprendices y otros empleados, un mecanismo de escape y/o evitación en momentos
de altos niveles de adversidad, indicando pocas estrategias de defensa. Las experiencias de malestar
subjetivo están vinculadas principalmente a la imposibilidad de poner en práctica lo aprendido
durante el proceso de formación académica, convirtiendo la condición contractual en una posición
ambigua a nivel organizacional, con repercusiones psicológicas, físicas, relacionales y,
principalmente, en las proyecciones académicas y profesionales. Lo anterior tiene varias
consecuencias, como cambios significativos en los proyectos de vida académicos y profesionales.
PALABRAS CLAVE: Malestar subjetivo. Fase productiva. Contrato de aprendizaje. Formacion
técnica. Práctica profesional.
RESUMO: O artigo objetiva caracterizar experiências de mal-estar subjetivo em 10 alunos do
curso técnico de enfermagem de um instituto técnico da cidade de Cali, Colômbia, no período de
prática profissional. É um estudo qualitativo, descritivo e transversal; estudo de caso, que utilizo
a técnica de analises categorial de conteudo. Foi identificado desconforto subjetivo em decorrência
de fatores internos e externos. São desencadeados sintomas psicológicos, físicos e relacionais.
Diante desse desconforto defesas, principalmente com o diálogo coletivo entre aprendizes e
demais colaboradores, mecanismo de fuga e/ou evitação em momentos de alto nível de adversidade,
indicando poucas estratégias de defesa. As experiências de desconforto subjetivo estão
principalmente ligadas à impossibilidade de colocar em prática o que aprenderam durante o
processo de formação acadêmica, convertendo a condição contratual numa posição turva em nível
organizacional, com repercussões psicológicas, físicas, relacionais e principalmente, nas
projeções acadêmicas e profissionais. O exposto tem diversas consequências, como modificações
significativas nos projetos de vida acadêmica e profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Mal-estar subjetivo. Fase produtiva. Contrato de aprendizagem. Ensino
técnico. Prática profissional.
ABSTRACT: The article aims to characterize experiences of subjective discomfort in 10 students
of the technical nursing course at a technical institute in the city of Cali, Colombia, during the
period of professional practice. It is a qualitative, descriptive, and cross-sectional case study using
the categorical content analysis technique. Subjective discomfort was identified as a result of
internal and external factors. Psychological, physical, and relational symptoms are triggered.
Faced with this discomfort, there are defenses, mainly with collective dialogue between apprentices
and other employees, an escape and/or avoidance mechanism in moments of high levels of
adversity, indicating few defense strategies. Experiences of subjective discomfort are mainly linked
to the impossibility of putting into practice what they learned during the academic training process,
converting the contractual condition into a cloudy position at an organizational level, with
psychological, physical, and relational repercussions, and mainly, on educational and professional
projections. The above has several consequences, such as significant changes in academic and
professional life projects.
KEYWORDS: Subjective discomfort. Production phase. Learning contract. Technical education.
Professional practice.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 3
Introducción
Preguntarse por el malestar subjetivo provocado por el trabajo, resulta pertinente en
cuanto a la evidente necesidad de comprender que nos encontramos ante un escenario de
cambios frecuentes y es oportuno anticiparse a muchos más que de manera abrupta, están por
llegar. Ahora bien, en cuanto al presente trabajo, se hace necesario indagar en torno a las
vivencias de malestar que giran en torno al desarrollo de la etapa productiva de un grupo de
estudiantes del programa técnico auxiliar en enfermería de determinado Instituto de Formación
para el trabajo, considerando que ese primer encuentro con el contexto laboral, puede traer
consigo, una serie de implicaciones en cuanto a un ajuste psicológico que a su vez, implica unos
síntomas, unas consecuencias y unas defensas, en donde entran en juego deseos, miedos,
anhelos, necesidades y otro gran numero de demandas subjetivas, psicodinâmicas (Orejuela,
2020; Dejours, 2012). dignas de reconocimiento, además de entender que la realidad del
escenario laboral puede llevar inmersa una ruptura con los anhelos de aquellos que depositan
en dicho actuar, una posibilidad de identidade (Dejours, 2005), especialmente, en la definición
de su posición profesional a corto y mediano plazo, lo que amplia el panorama en el ámbito
investigativo en cuanto a una perspectiva clínica del trabajo que incluya, aquellos procesos
contractuales que se han dejado a un lado para así mismo, establecer posteriormente, dinámicas
laborales que permitan que los estudiantes en etapa productiva (modalidad de contrato de
aprendizaje), generen un mejor ajuste a las exigencias de un entorno, que como se ha
mencionado, es altamente impredecible (Celedonio, 2009; Gómez; Peñaranda, 2020;
Andreozzi, 2011).
Se puede evidenciar que los estudios relacionados com el proceso de practica
profesional e insercion laboral, incluídos los de auxiliar de infermeria, em la ciudad de Cali son
aun pocos (Rengifo, 2020); siendo entonces oportuno desarrollar estúdios que den lugar a
representarnos mejor, para poder intervenir eficazmente, cual es la realidad objetiva y subjetiva
de la experiencia de practica professional e insercion laboral de los jovenes egresados de
instituciuones de educacion tectica y superior, y lograr producir asi nuevo conocimiento al
respecto. Los pocos estúdios de insercion de jovenes en la ciudad de Cali, como la mayoria de
Latinoamerica, se remiten aun a variables duras como tipo de contrato, salários y tiempos de
insercion, pero es notable la ausenciade estúdios que se enfoquen en el malestar subjetivo y las
afectacionesde la salud mental derivadas del processo de practica e insercion laboral; de hecho
los processo de practica como parte de la etapa formativa es poco estudiado aun y los que se
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 4
refieren a las variables de salud mental en el processo de practica son aun mas escasos todavia,
para no decir nulos.
El problema de la salud mental en estudiantes de área asistencial en salud (medicos,
enfermeras, odontólogos, fisioterapeutas, etc.) es cada vez, mas relevante y preocupante, pues
estos estudiantes presentan cada vez mas sintomas de afectacion de su salud mental, asi como
aumento de intentos de suicídio o de suicídio efectivo (Franceschi; Souto, 2017; Palácios, 2023;
Pérez, S., 2022; Payá; Bracamonte, 2019). De ahi la importancia de pensarse sobre aquel
malestar, el cosyo afectivo, y las afectaciones de la salud mental correlativas que se puede
experimentar en ese primer encuentro con el contexto laboral como parte de su proceso de
formación académica, en donde el estudiante de formación técnica, que a propósito implica un
paso muy rápido por la academia, aún vinculado a una dinámica de aprendizaje, debe insertarse
en una organización bajo un contrato precário cono lo es el contrato de aprendizaje.
De acuerdo a lo anterior, el propósito que guio esta investigación fue caracterizar las
vivencias de malestar subjetivo experimentadas durante la etapa productiva en un grupo de
estudiantes del programa técnico en enfermería de un instituto de educación de la ciudad de
Cali, Colombia, que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje. Para el logro
efectivo de este propósito general se plantearon los siguientes objetivos específicos: 1.
Identificar las causas de malestar experimentadas durante la etapa productiva en un grupo de
estudiantes del programa técnico en enfermería de un instituto de educación técnica de la ciudad
de Cali que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje; 2. Describir los síntomas
de malestar experimentados durante la etapa productiva en un grupo de estudiantes del
programa técnico en enfermería de un instituto de educación técnica de la ciudad de Cali que
se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje; 3. Identificar las estrategias de
defensa utilizadas para la reducción del malestar durante la etapa productiva en un grupo de
estudiantes del programa técnico en enfermería de un instituto de educación técnica de la ciudad
de Cali que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje; 4. Identificar las
consecuencias del malestar experimentado durante la etapa productiva en un grupo de
estudiantes del programa técnico en enfermería de un instituto de educación técnica de la ciudad
de Cali que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 5
El alestar subjetivo em el trabajo: causas, síntomas y consecuencias
El concepto de malestar ha estado presente en la literatura en un gran número de
investigaciones desde hace tiempo considerable, lo cual implica una reflexión constante acerca
de su uso en cuanto al contexto social, cultural, histórico y hasta político en el que se
desenvuelven los seres humanos, ya que lleva inmersa una connotación que promueve la
posibilidad de pensarse al sujeto como agente capaz de experimentar y al mismo tiempo,
manifestarse sobre aquel sentir generalizado pero difuso, del cual, se es capaz de hablar pero
que claramente, debe encontrar la manera de ser canalizado para promover de esta manera, un
ajuste a las demandas externas y una buena salud mental. (Dejours, 2012; 2005; Orejuela 2018:
2020).
En lo que respecta a la presente investigación, fue oportuno trabajar el concepto de
malestar desde la psicodinámica del trabajo, alejándose así, de una definición médica que
genera exclusividad en cuanto a una molestia netamente física, permeada de una connotación
de orden patológico, sino como “un estado de tensión difusa, psíquica, indeterminada pero
tolerable relacionada con el trabajo (tarea) y sus factores asociados (organización, condiciones
y relaciones etc.)” (Orejuela et al., 2020, p. 8). Teniendo en cuenta esta claridad, el malestar
debe comprenderse desde su subjetividad, interpretándolo a partir de la relación de cada sujeto
con su experiencia, distante de una tendencia a la generalización, con sus particularidades,
analizando a su vez, el contexto histórico, social, político y económico. De lo contrario, se
puede caer en un discurso estandarizado, que busca reducir todo actuar a un análisis de variables
que puedan ser aplicadas a grupos extensos de sujetos. Para aclarar, cuando se habla de función
psicodinámica del trabajo, se hace alusión a la centralidad del trabajo como organizador
psíquico (Orejuela et al., 2020).
Etimológicamente, se puede comprender que el malestar tiende a ser difuso, pero más
asimilable que el sufrimiento en términos simbólicos; en palabras de Orejuela (2018), “los
límites entre una experiencia y otra radican en que el malestar es una experiencia difusa y
tolerable, susceptible de simbolizarse y de baja intensidad, que se encuentra en el registro
preconsciente o inconsciente (se puede o no saber)” (p. 107). De ahí la importancia de
comprender el malestar subjetivo como una experiencia que, aunque puede ser de baja
intensidad en cuanto a su nivel de tolerancia, implica una necesidad latente de ser simbolizada,
y sus causas pueden radicar tanto en agentes internos, inherentes a la organización y la dinámica
que allí se establece, además de la construcción subjetiva que se ejecuta por parte de cada uno
de los presentes, como en aquellos eventos externos que de una u otra manera, se interrelacionan
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 6
y ocasionan dicho sentir. El malestar se considera entonces, subjetivo, pero es claro que una
situación que lleva inmersa un actuar colectivo, puede implicar perturbación, alteración de la
capacidad de adaptación y, por ende, de hacerle frente a una situación que implica angustia,
molestia e inconformidad.
Ajustando lo mencionado previamente en torno al malestar laboral y a la psicodinámica
del trabajo, resulta importante mencionar a Dejours (2009), quien manifiesta que “el
sentimiento de inutilidad, otra vivencia no menos presente que la indignidad, remite primero a
la ausencia de denominación y de destino del trabajo” (p. 55). Comprendiendo de esta manera,
que aquella carencia de coherencia entre lo esperado en base a la ejecución de funciones
asignadas y lo verdaderamente ejecutado, puede conllevar a un sentimiento de no utilidad que
está relacionado al deseo de dignidad por el conocimiento previamente adquirido, además del
valor que socialmente, se le otorgue al objetivo alcanzado.
Lo anterior, brinda apertura a la necesidad de mencionar los conceptos de el trabajo
prescrito, el trabajo real y lo real del trabajo (Orejuela, 2018), que al mismo tiempo se vincula
con lo real, simbólico e imaginario, ya que se encuentra, por un lado, aquello que espera la
organización (contexto del trabajo), sea ejecutado, alcanzado y por ende, logrado, y así mismo,
el sujeto que ejecuta determinada función, establece un imaginario de aquello que va a alcanzar,
en donde pueden manifestarse ambivalencias entre aquello que en un inicio, se esperaba realizar
y lo que verdaderamente se lleva a cabo en el proceso como tal.
Por la misma línea, se reconocen otras fuentes de malestar, en donde la no autonomía
(Dejours, 1999), implica un control absoluto que, a su vez, puede generar limitaciones en cuanto
al libre desarrollo de su deseo referente a un sentimiento de utilidad, al deseo de reconocimiento
y el anhelo de demostrar un saber, ocasionando al mismo tiempo insuficiencia al momento de
llevar a cabo determinada tarea. Por otra parte, la intensificación laboral ocasiona una
exposición a la exigencia frecuente de emitir una respuesta ante un gran número de demandas,
en donde la individualización implica a su vez, la carencia de recursos colectivos que permitan
hacerle frente a la disminución de recursos subjetivos que permitan cumplir con las exigencias
de un entorno cambiante y poco estructurado. Finalmente, es la necesidad de reconocimiento
y, por lo tanto, la ausencia del mismo, lo que puede reforzar dicho sentimiento de inutilidad,
ocasionando malestar laboral; tal como lo menciona Orejuela (2018), “los síntomas son la
articulación discursiva del malestar que aspira al reconocimiento” (p. 113), comprendiendo al
síntoma como una posible estrategia de orden inconsciente, utilizada para adquirir la
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 7
admiración laboral que apunta a un posicionamiento en la sociedad a nivel laboral; en síntesis,
todo sufrimiento suele apuntar al reconocimiento.
Para complementar lo mencionado, cabe resaltar el temor a la incompetencia, termino
desarrollado por Dejours (2005), lo cual implica pensarse un desfase entre la organización
prescrita del trabajo y la organización real del trabajo, en donde el desarrollo de actividades en
la dinámica del contexto actual promueve la necesidad de ejecutar sin importar las condiciones
de un escenario en gran parte precarizado, en donde el respeto por las prescripciones suele verse
anulado lo que podría desencadenar en malestar. Se vincula con esto, un sufrimiento ético, el
dónde el sujeto debe trabajar en contra de los valores del mismo y así dar cumplimiento a las
funciones asignadas, buscando permanencia laboral y es el fuerte temor a la incompetencia, lo
que limita la posibilidad de comprobar las capacidades frente a la tarea asignada. Esto ultimo
puede ocasionar dificultad para establecer amor propio como signo mínimo de narcisismo,
autorrespeto y autocuidado (Dejours, 2005).
En cuanto a los síntomas del malestar, generando un aterrizaje más concreto en torno a
lo ya expuesto previamente, puede comprenderse que dichas manifestaciones sintomáticas
suelen ser subdivididas en tres formas de expresión, (Orejuela, 2018): físicas, psicológicas, y
relacionales, en donde las mencionadas, primeramente, pueden ser puestas en evidencia en
torno a cambios a nivel orgánico, trastornos fisiológicos; en relación a los síntomas psíquicos,
menciona Orejuela (2018):
Se registran experiencias de desgaste emocional, como la depresión, la
desconfianza en sí mismo, la sensación de vacío o sinsentido, la sensación de
incertidumbre y riesgo insoportable, la vivencia de emociones negativas
(temor, irritabilidad, impotencia y resentimiento), y, en general, lo que ha
convenido llamar las patologías de la soledad, dentro de las más dramáticas es
el suicidio en el trabajo (p. 116).
Finalmente, los síntomas relacionales pueden estar permeados de un quiebre en los
vínculos previamente establecidos y/o la fragilización del lazo social (Orejuela, 2018). En
donde el reconocimiento de las capacidades entre compañeros de trabajo y la solidaridad, se
pueden mostrar perturbados, posiblemente, como aumento de la individualización permeada de
un sentido de competencia frecuente, en búsqueda de mayor y mejor posicionamiento laboral
en cuanto al cumplimiento de unas demandas sociales cada vez más altas y poco acordes a la
misma realidad laboral.
Ahora bien, todo lo mencionado genera indiscutiblemente, unas consecuencias para el
sujeto trabajador, comprendiendo que “la organización del trabajo ejerce sobre el hombre una
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 8
acción especifica, cuyo punto de impacto es el aparato psíquico” (Dejours, 1980, p. 133), por
ende, se puede generar un impacto en la dinámica psicológica de los sujetos que a su vez,
implica alteraciones de orden relacional y conflictos en cuanto al establecimiento de objetivos
y/o proyecciones vinculadas a motivaciones y/o deseos en relación a la vida laboral.
Es importante entonces, preguntarse sobre el costo del malestar laboral y sus
implicaciones, en donde se genera una lucha constante por la insatisfacción, permeado por una
búsqueda de utilidad, de dignidad, de reconocimiento y de satisfacción, así, “las frustraciones
que se derivan de un contenido significativo inadecuado a las potencialidades y necesidad de la
personalidad pueden generar unos esfuerzos de adaptación considerables” (Dejours, 2009, p.
59). Lo que, a su vez, se vincula con dichas consecuencias psicológicas, relacionales y en base
a las proyecciones laborales.
Estrategias de defensa frente al malestar en el Trabajo
Como recurso para hacerle frente a una situación que genera malestar, los sujetos buscan
diversas maneras para así rediucir el impacto negativo em el amboto subjetiovo de determinada
situación y evitar todo aquello que no se encuentre estrechamente relacionado con vivencias de
placer, por lo que resulta importante comprender la forma como ciertas experiencias laborales,
bajo determinadas condiciones contractuales, son mobilizadoras de la subjetiva para
enfrentarlas, combatirlas, estos diferentes mecanismos, estrategias y/o recursos, tanto a nivel
interno (intrapsíquico, subjetivo) como externo (contextual: condiciones, organizacion,
relaciones de trabajo, etc.) son mobilizados o desplegados com inyeligencia practica para
afrontar toda sensación que implique malestar y riesgo de perder la salud mental. Las vías
entonces para aliviar el malestar, pueden ser por varios caminos, en donde, en palabras de
Lhuilier (2006), “el cuerpo porta los trazos de la cadencia impuesta, pero también lo que resta
sin elaborar, lo que no se verbaliza, y de una auto aceleración al servicio de la anestesia del
pensamiento” (p. 93). Lo que deja claro que, entender la forma como se defienden las personas
del malestar, implica un análisis no solo de la palabra, sino también de las manifestaciones y/o
cambios corporales, de pensamiento y de relacionamiento.
Dichas estrategias pueden ser entonces individuales y/o colectivas y tiene como objetivo
reducir las condiciones de insatisfacción (pulsional) que comprometen la vida psíquica del
sujeto y que ocasionan una lucha constante en ánimo de generar un proceso adaptativo en
condiciones laborales inapropiadas desde el análisis subjetivo del trabajador (Orejuela, 2018).
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 9
Por lo tanto, las estrategias defensivas se convierten en mecanismos de protección entorno a la
salud mental, promoviendo tolerancia frente al malestar producto de un gran número de
variables que se producen al interior del escenario laboral. Se genera así, una lucha tanto
individual como colectiva para lograr mantener un equilibrio psíquico en medio de aquel caos
que se puede presentar en cuanto a las exigencias del trabajo. En la tradicion de la psicodinâmica
del trabajo desarrollada por la investigacion de C, Dejour (2005) algunos de estas estratégias
de defensa, mas reconocidas son: la autoaceleracion, la defensa viril, grupos de escucha y
deliberacion, círculos de palabra, acciones de reorganizacion y flexibilizacion del trabajo, y la
servidumbre voluntaria, entre muchas otras. (Dutra de Moraes, 2013; Dejours, 2005).
Es entonces, en esa relación consigo mismo y con los otros, en un escenario permeado
de exigencias, especialmente en cuanto al ajuste inmediato de las necesidades del mismo, en
donde se elaboran imaginarios, temores, deseos, placer, síntomas, malestar, entre otros. Para
Dejours, citado por Orejuela (2018) “el malestar en el trabajo está determinado por la
imposibilidad de trabajar con autonomía, en cooperación y sin reconocimiento, o forzados a
trabajar en contra de los propios principios morales” (p. 278). En esto está la clave para
comprender el malestar derivado la dinámica laboral.
Contrato de aprendizaje: la etapa de práctica profesional
Entre las diversas modalidades de contratación existentes en Colombia, el que compete
la presente investigación es aquel conocido como contrato de aprendizaje el cual, según el
Ministerio de Educación:
Es aquel por el cual un empleado se obliga a prestar servicio a un empleador,
a cambio de que éste le proporcione los medios para adquirir formación
profesional metódica y completa del arte u oficio para cuyo desempeño ha
sido contratado, por un tiempo determinado, y le pague el salario convenido
(ley 188 de 1959, articulo 1) (Colombia, 1959).
Como se evidencia, este tiempo de contratación, no solo incluye un beneficio salarial
para el empleado, sino también un espacio de formación permanente sobre aquello que el sujeto
se encuentra estudiando o ha culminado en cuanto a su proceso de adquisición de conocimientos
teóricos. Se entiende entonces que el contrato de aprendizaje promueve un posible beneficio
para aquel estudiante que lo adquiera, posibilitando el acceso a un apoyo de sostenimiento y al
mismo tiempo, contando con un escenario laboral que le permita continuar formándose en
cuanto a conocimientos y a su vez, promueva la inserción laboral. Pese a esto, resulta oportuno
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 10
tener presente las razones por las cuales determinada entidad debe asumir la contratación de
aprendices, en donde:
Las empresas reguladas con más de 15 trabajadores deben contratar 1 aprendiz
por cada 20 trabajadores, y 1 adicional por fracción entre 10 y 20. La empresa
obligada a contratar aprendices que decida no firmar uno o varios contratos de
su cuota, puede pagar la monetización mensual, informando al SENA esa
decisión. Por regla general el valor que se le paga al SENA por la
monetización es de 1 salario mínimo mensual por cada contrato que no firme
(Unidad de atención integral al empresario UAIE. s.f).
Reflejando con lo anterior, claridad en cuanto a un posible sentimiento de obligación de
parte de las empresas en el proceso de contratación de los aprendices, lo cual podría incurrir
posiblemente, en el trato generado hacia los mismos, las posibilidades de desarrollar sentido de
pertenencia, la identidad laboral, la asignación de tareas y la motivación en cuanto al
cumplimiento de objetivos.
Si se habla desde aquello que se escucha en lo cotidiano, se puede pensar que el contrato
de aprendizaje permite que muchos jóvenes accedan rápidamente al mercado laboral en
Colombia, recibiendo, además, un apoyo de sostenimiento que puede ser de soporte para
culminar con sus estudios o para brindar una ayuda en su propio sustento. Sin embargo, es
oportuno generar investigaciones que abarquen el posible malestar que dicha condición
contractual trae consigo, comprendiendo que es probable, que las políticas contractuales y/o la
misma visión de las empresas frente a los aprendices, no se acorde a lo esperado.
Ahora bien, analizando lo mencionado en relación con el contexto laboral y sus
implicaciones en la psique de los sujetos, vale la pena tener presente que “hoy en el mundo
organizacional más que nunca se eleva un discurso de la responsabilidad social en el que
parecen no estar incluidos sus propios empleados, pues a estos no tiene ningún reparo en
marginalizarlos y precarizarlos (Orejuela, 2018, p. 183), en donde cabe tener como punto de
análisis, los estudiantes bajo modalidad de contrato de aprendizaje en cuanto a una posible
precarización de los mismos.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 11
Método
Tipo de estudio
El presente estudio es de tipo descriptivo considerando que esto permite identificar
características del universo de investigación, comprobando la asociación entre variables
(Méndez, 2007). Por lo tanto, se genera una descripción de las mismas, sin buscar causalidad.
Se caracterizó entonces, por utilizar el método cualitativo ya que produce, como se mencionó
previamente, datos descriptivos, en donde se analizan las propias palabras de las personas,
habladas y/o escritas. Con relación al tiempo, se trata de un estudio transversal debido a que se
tomará una única muestra de los datos en el tiempo.
El diseño de la investigación se caracterizará por ser un estudio de caso ya que se
pretende genera un análisis intensivo con un grupo de estudiantes de formación técnica en etapa
productiva, recolectando la mayor información posible para identificar y describir los distintos
factores que ejercen influencia en el fenómeno estudiado (Martínez, 2006): vivencias de
malestar experimentadas durante la etapa productiva en un grupo de estudiantes del programa
de enfermería de un instituto de educación técnica de la ciudad de Cali que se encuentran bajo
modalidad de contrato de aprendizaje.
Participantes
Los sujetos a participantes en la presente investigación, fueron 10 estudiantes del
programa técnico auxiliar en enfermería de un Instituto de Educación técnica de la ciudad de
Cali, Colombia, los cuales cuentan con contrato de aprendizaje y, por ende, se encuentran
cursando su último periodo de formación donde se les exige realizar su etapa productiva,
equivalente al periodo de práctica profesional. en diferentes empresas de dicha ciudad. La
muestra se seleccionó de manera intencional y no se consideró ni el sexo ni la edad. (Ver Tabla
2.)
Instrumentos
La recolección de información se realizó a través de entrevistas semi-estructuradas
teniendo en cuenta las siguientes categorías de rastreo y posterior análisis: Causas de malestar
en el trabajo durante la etapa productiva, síntomas de malestar en el trabajo durante la etapa
productiva, estrategias de defensa ante el malestar en el trabajo durante la etapa productiva y
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 12
consecuencias del malestar en el trabajo durante la etapa productiva. (ver Tabla 1 a
continuacion)
Tabla 1 Relación entre objetivos específicos y categorías de rastreo de la información
Categorías de rastreo /análisis de datos
Causas de malestar en el trabajo durante la etapa
productiva
Síntomas de malestar en el trabajo durante la etapa
productiva
Estrategias de defensa utilizadas para la reducción del
malestar durante la etapa productiva
Consecuencias del malestar experimentado durante la
etapa productiva
Fuente: Elaboración propia
Procedimiento
La investigación se desarrolló en tres fases. La primera consistió en la Contextualización
teórica que permitió establecer el estado del arte en cuestión, es decir, plasmar a través de una
matriz las investigaciones que se han desarrollado en relación al cambio organizacional y
seguidamente construir el marco teórico. La segunda fase consistió en el trabajo de campo, en
la cual se construyó el instrumento para la recolección de datos y se realizó la aplicación del
mismo a los sujetos participantes. La tercera fase se basó en la organización, presentación y
análisis de los datos y se llevó a cabo bajo la modalidad de análisis categorial de contenido y
sentido a partir de un conjunto de matrices de análisis estructuradas en estricta relación con los
objetivos específicos y el marco conceptual, lo que facilitará el análisis sistemático del
contenido. Lo anterior, implicará en primera medida la transcripción de las entrevistas, luego
la discriminación de los contenidos para lograr ubicarlos y agruparlos de acuerdo a las
categorías preestablecidas. Finalmente, se analizarán categorialmente los datos y se tomarán
algunos de los fragmentos de discurso más significativos como evidencia empírica de cada una
de las categorías a analizar; y a partir de la cual se organizará la estructura narrativa de los
resultados. Se cerrará con la discusión de los resultados y las conclusiones del estudio.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 13
Com relación a las consideraciones éticas cabe aclarar que esta es una investigación que
corresponden a las denominadas de bajo o ningún nivel de daño; la participación en el estudio
fue totalmente voluntaria y anónima, de manera que la identidad se mantuvo y se mantendrá en
estricta confidencialidad. Para efectos de esto, los participantes diligenciaron y firmaron
voluntariamente un consentimiento informado. Los datos de los participantes han sido
anonimizados y están bajo celosa custodia de uno de los autores del estudio. Esta investigación
paso por el proceso de revisión ética del Comité de la Maestría en Psicología del Trabajo y las
Organizaciones de la Universidad Eafit, Medellín, Colombia.
Resultados
El trabajo de campo efectuado en esta investigación se realiza según los datos y
procedimientos establecidos en el protocolo de entrevista, se detalla a continuación los datos
sociodemográficos de los sujetos participantes y el análisis de los datos recolectados:
Tabla 2 Datos sociodemográficos
#
Edad
Género
Estado
civil
Nivel
académi
co
Área asignada
en la empresa
Funciones asignadas en la
práctica professional
Tiempo
transcurrido
desde la
firma del
contrato de
aprendizaje
1
25
M
Soltero
Bachiller
Urgencias
Explicación de derechos y
deberes al paciente
4 meses
Orientación al paciente
Suministro de medicamentos
Educación al paciente
2
28
F
Soltera
Técnico
Urgencias
Procesos asistenciales en
general
2 meses
3
20
F
Soltera
Bachiller
Hospitalización
Toma de signos vitales
3 meses
Canalización
Electrocardiogramas
Suministro medicamentos
Procesos administrativos
4
19
M
Soltero
Bachiller
UCI
Surtir medicamentos
2 meses
Procesos asistenciales
Procesos administrativos
5
23
F
Soltera
Bachiller
Hospitalización
Procesos asistenciales en
general
3 meses
6
20
F
Soltero
Bachiller
Recepción
ortopedia
Imprimir y entregar historias
clínicas
4 meses
Desinfectar insumos
médicos
Informes
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 14
Verificar en recepción las
órdenes médicas
7
18
F
Soltera
Bachiller
Hospitalización
y urgencias
Curaciones y toma de signos
vitales
5 meses y
medio
8
20
F
Soltera
Bachiller
EPS
Procesos administrativos
4 meses
9
18
F
Soltera
Bachiller
Hospitalización
Procesos administrativos
3 meses
Apoyo al enfermero jefe
10
19
F
Soltera
Bachiller
Recuperación/p
ostquirúrgico
Canalizar
5 meses
Cuidado diario al paciente
Educación al paciente
Causas del malestar subjetivo
Se analiza en primera instancia, que la tarea establecida para algunos de los aprendices,
genera un estado de tensión emocional que, aunque es soportable y por ende, les permite
continuar con su desempeño cotidiano, las condiciones generadas no son bien aceptadas por los
mismos; así se hace evidente en la siguiente narración:
Participante 4
En la clínica en la que yo estoy nos dan un libro de asignaciones donde están
las tareas que tenemos que realizar durante todo el día, entonces yo tengo
algunas tareas, y las otras tienen otras tareas, cada cosa es diferente,
entonces, una compañera me dijo, ya bañaste al de 510, y yo le dije no
porque ese es paciente, yo ya bañé toda el área de la 501 a la 506, y te bañé
dos pacientes más, que son tuyos, yo solo te dejé uno, y me dijo, ay pero es
que usted debe bañarlo porque usted es la estudiante.
Parte del discurso del participante 3 (se detalla en el siguiente párrafo), permite
evidenciar el temor a la incompetencia, concepto empleado por Dejours (2005), en donde lo
real del trabajo se define como “aquello que resiste a los conocimientos, los saberes, el saber
hacer y, globalmente, al control” (p.42). Comprendiendo de este modo que existe un choque
entre aquello que se exige, lo que realmente se permite y el malestar entorno a un posible
sentimiento de incompetencia, que, como aprendiz, se puede agudizar en el deseo mismo de
demostrar sus capacidades en un escenario totalmente nuevo como parte de su proceso mismo
de formación y que a su vez, se vincula con el concepto de subempleo subjetivo, al poner en
evidencia que las condiciones laborales a las que se someten tienden a ser menores a la
calificación académica y por ende, la preparación recibida.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 15
Recibo instrucciones de dos personas y los dos me dicen cosas distintas. Uno
me deja hacer varias actividades, pero hay otro que me regaña por todo,
entonces no se que hacer. Yo tengo el conocimiento, pero por ser aprendiz a
veces no me quieren dejar hacer nada, prefieren que se muera el paciente y
me da miedo también, hacerlo mal.
Así mismo, uno de los participantes hace referencia a la dinámica relacional que se
genera al interior del área de trabajo, identificando de esta manera, malestar en cuanto al sentido
de competencia y rivalidad permanente, lo cual debilitan la solidaridad y el reconocimiento,
como condiciones garantes del bienestar subjetivo en el trabajo (Dejours, 2005).
Participante 5
No se ve el compañerismo, tu llegas al quirófano y las de quirófano destruyen
a cualquiera, y eso que son amigas, eso es un ámbito que se ve normal en
cualquier empresa, que se están pelando la muela como dicen, pero no es
verdad. Eso lo viví yo en quirófano
El sentimiento de inutilidad, se reconoce como una vivencia que se relaciona con la
indignidad, que parte de una ausencia de denominación y de destino mismo del trabajo
(Dejours, 2015), comprendiendo de esta manera, que aquella ausencia de coherencia entre lo
esperado en base a la ejecución de funciones como aprendiz y lo verdaderamente ejecutado,
conllevan a un sentimiento de no utilidad que está relacionado al deseo de dignidad por el
conocimiento previamente adquirido, además, “el trabajo se vuelve fuente de sufrimiento
cuando el sujeto trabajador percibe que no contribuye con lo que hace a ninguna trascendencia
sociocultural” (Orejuela, 2018, p. 95). Esto se puede percibir en el relato del participante 4:
No me toca así hacer muchas cosas, o sea, sí, pues es pesado, pero pues
comparando con los auxiliares que les toca más carga, a veces yo me quedo
incluso ahí sentada, como que no hay nada más que hacer, ya hemos realizado
todo
Se reconoce una evidente dificultad para encontrarle sentido a los esfuerzos generados,
una discrepancia entre las habilidades personales y las necesidades del cargo y las imposiciones
de la empresa en cuanto a deseo de cumplimiento, lo que se relaciona indiscutiblemente con el
concepto de subempleo subjetivo, en donde “se tienden a resaltar, como característica común,
el número de horas de trabajo inferior al deseado, niveles educativos superiores a los requeridos
y sobrecalificación en términos de habilidades y experiencias” (Ocampo, 2015, p. 23).
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 16
Participante 4
No sirvo aquí nada, me siento como un estorbo
Referente a las causas externas del malestar, se hace evidente que las condiciones de
transporte de la ciudad, agudizado posterior al paro nacional vivido en el mes de mayo del año
2021, vinculado además con las adversidades de orden económico por las que atraviesa el país
en la actualidad, son los causantes principales de dicho malestar. Así se evidencia en el relato
de algunos de los entrevistados:
Participante 1
Es que uno hace cuentas y el pasaje esta a 2.500, si llueve ya son 8.000 de
uber, entonces uno hace cuentas, y además me toca de lunes a sábado, yo soy
la única con ese horario, por que todo el mundo va hasta el viernes
Síntomas del malestar subjetivo
En relación a los síntomas psíquicos o psicológicos del malestar inicialmente, resulta
oportuno mencionar que se hace evidente en los participantes una exigencia laboral que
conllevan a que se genere un sobreesfuerzo en base a un deseo de permanencia posterior a que
culmine su etapa productiva lo que, a su vez, se relaciona con el sentimiento permanente de
incertidumbre y de riesgo. Lo anterior, se puede validar en el siguiente relato:
Participante 1
A veces la jefe me dice que si me puedo quedar más horas y yo me siento
obligada a decirle que si por que me quiero quedar trabajando ahí cuando
acabe como aprendiz. Si digo que no van a decir que no quiero aprender,
siempre miran lo malo, no van a decir ay ella se mata todo el día
La humillación, como acción contraria al reconocimiento, produce, en palabras de
Orejuela (2018) “vergüenza, esa sensación de que es indigno o se ha hecho algún daño
irreparable” (p. 230), lo cual, implica en los aprendices una sensación de desconocimiento, de
desventaja en cuanto al saber y una posición de inferioridad respecto a los demás trabajadores:
Participante 3
Siento rabia, cuando me regañan por algo injusto o me ponen hacer cosas
que no me corresponden. Estrés también.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 17
En cuanto a los síntomas físicos de malestar, vale la pena tener presente que para que
uno de los aprendices pueda ausentarse de su lugar de trabajo, debe, exclusivamente, hacerlo
bajo una condición médica que sea justificada por personal de la salud, de lo contrario, puede
ser causal radical de terminación de contrato y, por ende, perdida de su semestre académico.
Muy similar a lo que realiza Dejours (2009) al generar un análisis entorno a una solución ante
el sufrimiento vinculada con la enfermedad física, camuflando de esta manera dicho sufrimiento
de orden mental, lo cual es justificado bajo un certificado médico, se evidencia el siguiente
relato:
Participante 1
El asma se agudizo ahora, como a principios de febrero. Desde los 5 años no
me había pasado.
Se reconoce entonces, una tendencia a la somatización, posiblemente por la dificultad
latente de los aprendices de encontrar una salida diferente al malestar, comprendiendo que el
“decir estar enfermos”, puede ser más aceptado socialmente que el hecho de atravesar por un
conflicto psíquico, lo que a su vez, podría implicar un rechazo por parte, no solo del Instituto
de Educación como agente simbólico de mérito, esfuerzo y dedicación, sino por parte de sus
compañeros de estudio, docentes y demás colaboradores de la empresa asignada.
En cuanto a los síntomas relacionales, podrían acentuarse particularmente, en un
sentimiento de competencia frecuente y al mismo tiempo, un aislamiento de orden social,
comprendiendo que la individualización laboral es entendida como el empuje de las
responsabilidades a los individuos para enfrentar las exigencias de trabajo, y lo real del trabajo
en un contexto de competencia entre pares y de perdida de las protecciones” (Orejuela, et al.,
2020, p. 113)
Participante 2
Se genera un poco de frustración, inconformidad entre compañeros por que
estamos bajo presión constantemente, esto fuera de que tenemos un cansancio
entre comillas físico, también hay un cansancio mental y un recibimiento de
ordenes, y todo esto nos lleva a ser competitivos entre nosotros. Tenemos que
socializar y trabajar con aprendices de otros institutos y nos están buscando
la caída, ponen quejas y todos quieren sobresalir ante el jefe.
La constante de humillación externa se agudiza con el hecho de ser aprendices, lo que
implica una tendencia a imponer superioridad y reflejar mayor conocimiento, trayectoria y
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 18
experiencia por parte de quienes los rodean, en donde el egoísmo frente al aprendizaje se
convierte en una posible forma de manipulación psicológica, en donde el aprendiz es visto como
una obligación contractual impuesta por un sistema gubernamental que implica que toda
empresa con cierto número de trabajadores debe contar con dicha figura contractual. Se genera
así mismo, una precarización de cooperación, una perdida de solidaridad y de aprecio, un
régimen de indiferencia que desencadena a las patologías de la soledad (Orejuela, 2018). Esto
puede se evidenciado en los siguientes relatos:
Participante 1
A veces me dicen niñita y yo soy mas grande, no me gusta que sean despectiva.
Espero siempre el respeto. A veces es como ay usted, niñita y no, yo me llamo
Carla
3
.
En conclusión, se hace evidente que en los aprendices se generan síntomas tanto
psicológicos, como fisiológicos y relacionales que las empresas omiten y, por ende, generan
poca importancia respecto a la relación con su desempeño en base a los objetivos planteados.
La sintomatología fisiológica, implica una fuerte tendencia a la somatización, que a la vez
implica un temor a manifestar dicho malestar como parte del rechazo laboral y la constante
sensación de amenaza en base a la cancelación del contrato y, por ende, la perdida de su tercer
periodo de formación académica.
Estrategias de defensa contra el malestar subjetivo en el contexto de práctica professional
En la presente investigación, se determinaron diversas formas de asumir el malestar
laboral, en donde prima la necesidad de genera diálogos constantes con otros aprendices que se
encuentran realizando procesos similares, lo cual puede otorgar una sensación de calma,
evidenciando que comparten historias afines respecto a aquello que les molesta, lo que se
convierte en estrategia de defensa colectiva significativa. Tal como lo menciona el sujeto 5:
Somos un grupo de 4 aprendices, siempre nos reunimos para charlar lo que
hacemos, desahogarnos, también a veces, y salimos bastante a comer y todo.
3
Cabe aclara que aquíel nombre “Carla” es un seudónimo utilizado para reservar la identidad, no corresponde
con el nombre real de la Participante 1.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 19
Por la misma línea, y considerando las defensas individuales, se percibe entonces que,
en su mayoría, los aprendices entrevistados asumen una acción de huida y evitación del
problema, reconociendo posible ausencia de estrategias para hacerle frente al malestar laboral
experimentado, que conlleva al mismo tiempo una represión pulsional (Dejours, 2005), además,
los sentimientos frente a los sucesos deben ser suprimidos para evitar el rechazo externo y la
posibilidad de ser juzgados en su mismo proceso de formación, lo que podría convertirse en un
limitante para optar por su graduación; así se evidencia en los siguientes relatos:
Participante 3
Trato simplemente de hacer las cosas bien, de alejarme, ignorar, no decir
nada de lo que siento.
Consecuencias del malestar en el Trabajo
Referente a las consecuencias subjetivas o psicológicas, se pone en evidencia un
aumento considerable de sentimientos de frustración respecto al rol en el campo de acción
laboral, lo que al mismo tiempo repercute en el deseo de ejecución de labores similares a corto,
mediano y largo plazo. Se genera también, una ausencia de tiempo libre que permita realizar
tareas recreativas y que, a su vez, impliquen interacción social. Por ende, dicha utilización del
tiempo fuera del trabajo, implica que muy pocos trabajadores pueden organizar sus descansos
conforme a sus deseos y necesidades (Dejours, 1980); esto se ve reflejado a continuación:
Participante 1
Tal vez sí, no me dan ganas de hacer nada, solo descansar. No tengo vida
social. Quiero mi casa y dormir. Ya no es como antes, ya no voy a rumbear y
eso que me encanta bailar, lo he hecho y no, el domingo llego enferma y eso
que no consumo licor. Es que todos los días me levanto a las 4 am y termino
a las 2 pm y derecho. Y llegó a almorzar a mi casa tipo 3 pm.
Como consecuencia significativa, se debe resaltar los movimientos que se generan en
torno a la reestructuración del sentido del trabajo en relación al proceso de formación realizado,
en donde el escenario de practica, más que se un agente de motivación y validación de los
deseos laborales, se convierte en un limitante, en donde la representación de dicho sentido se
altera. Menciona Orejuela (2018), en su análisis sobre el significado del trabajo en la
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 20
modernidad, que “las nuevas formas de organización del trabajo tienen efectos sobre las
trayectorias laborales y los proyectos de vida de los individuos” (p.206). Esto se hace evidente
en el siguiente discurso:
Participante 6
Uno piensa ¿Esto es verdaderamente para a nivel laboral? Porque cuando
te encuentras con personas tan difíciles, eso es un choque fuerte, que lo hace
sentir a uno que no quiere seguir con la carrera, y yo pensaba seguir la
enfermera superior, pero no.
Respecto a las consecuencias relacionales, es evidente como la necesidad de ajuste a las
demandas laborales en su rol de aprendices, altera el buen proceso de relacionamiento por fuera
del contexto de trabajo, generando una falta de utilidad social, de sentimiento de apoyo, de
carencia de interacción y, por ende, una distancia con la posibilidad de establecer una sólida
red de apoyo en momentos de adversidad, igualmente, a nivel familiar. Ahora la prioridad es
responder exclusivamente a las necesidades de la empresa contratante. Hay entonces, una
fragilidad en el lazo social y la posibilidad de construir dinámicas de relacionamiento
significativas; así se evidencia a continuación.
Participante 4
Ya no hay las mismas salidas con los amigos, por que como te digo, solo vas
a tratar de descansar, antes salía el fin de semana, es que solo estudiábamos
de lunes a viernes por las mañanas, había mucho tiempo libre. Uno se veía
con la pareja, ya no, y esto afecta. Ya no hay libertad, como cuando era un
estudiante simplemente.
Discusión y conclusiones
En relación con las causas del malestar en el trabajo en los auxiliares de enfermería, se
evidencia en primera instancia, que las tarea establecidas por parte de las empresas contratantes
no son, en su mayoría, de total grado para dichos aprendices o por lo menos, algunas de ellas
suelen provocar tensión a nivel emocional y por ende, no aceptación, comprendiendo que por
lo general, no se vinculan en su totalidad con aquello aprendido durante su proceso de
formación técnica, despertando así, una ausencia de sentimiento de utilidad e inequidad,
especialmente, en base a los beneficios de orden contractual y aquello que implica una
recompensa de orden emocional. La ausencia de reconocimiento en base a las funciones y/o
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 21
actividades ejecutadas, lo que a su vez de relaciona con sentimiento de incompetencia,
inequidad en beneficios contractuales y el temor mismo a la incompetencia, implican una causa
latente de malestar en los aprendices, ocasionando una perdida de sentido respecto al tiempo
dedicado a sus estudios y el esfuerzo tanto económico, como psíquico que esto representa.
Se genera entonces, un choque entre el ideal instaurado durante el proceso de formación
como auxiliares de enfermería respecto a la etapa productiva y su significado de realización de
funciones estrechamente vinculadas a lo aprendido y aquello que, en realidad, se ejecuta como
parte de las exigencias del entorno de trabajo y, por ende, la empresa asignada, ocasionando,
en síntesis, ambivalencia en torno al trabajo prescrito, el trabajo real y lo real del trabajo
(Orejuela, 2018). Se evidencia también, la rivalidad como parte del establecimiento de los
vínculos con los otros miembros del equipo de trabajo, tanto aprendices de otros institutos de
formación, como el personal directo de la empresa, lo cual está enmarcado en la acción de
competencia permanente, ocasionando malestar laboral en los aprendices. Es entonces, el
subempleo subjetivo experimentado por los aprendices de enfermería, lo cual se vincula a aquel
malestar en base a las funciones asignadas, en relación con aquello para lo que se han preparado
en su proceso de formación, uno de los detonantes de malestar más significativos evidenciados
entonces en la presente investigación.
Respecto a las causas externas de malestar en el trabajo, se puede evidenciar que los
aprendices de enfermería coinciden en cuanto a condiciones económicas adversas que alteran a
su vez, el bienestar emocional, y que están posiblemente vinculadas a su condición
socioeconómica y las mismas adversidades por las que atraviesa el país en dicha variable,
comprendiendo que, además, el sistema de transporte de la ciudad se encuentra bastante
restringido, aspecto que se agudizó con las acciones que resultaron del paro Nacional del año
2021, limitando así, la conexión en dicho sistema, lo que al mismo tiempo, conlleva a un
aumento de la inseguridad social en la ciudad.
Como respuesta sintomática identificada en el discurso de los aprendices de enfermería,
se reconoce desde la dimensión fisiológica, una fuerte tendencia a la somatización,
comprendiendo la evidente dificultad para tramitar el malestar por medio de la palabra,
posiblemente por el temor latente a ser rechazados, juzgados y/o no considerados para futuros
procesos contractuales con la misma compañía una vez finalicen su proceso como aprendices.
Por ende, las migrañas, tics nerviosos, el asma y el dolor corporal, se convierten en síntomas
recurrentes, evidenciando que el cuerpo se convierte en el mecanismo de manifestación,
además, el sobreesfuerzo en base a ciertas tareas asignadas, en donde no se consideran
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 22
particularidad, también es un factor detonante. Cabe mencionar la fuerte tendencia respecto a
la postergación de la asistencia médica, vinculado a aquel temor a ser rechazados por la
enfermedad y, por ende, generar incumplimiento de su proceso como aprendices, como si
enfermarse, implicara una prohibición durante los 6 meses de etapa productiva.
Ahora bien, los síntomas psicológicos inmersos en el discurso de los estudiantes en
etapa productiva del programa técnico en enfermería, indican, principalmente, sentimientos de
temor, impotencia e irritabilidad, esto como parte de una sensación casi permanente de
incertidumbre y riesgo, y es ese mismo deseo de reconocimiento y la ausencia del mismo, lo
que indica un síntoma latente de miedo. El sentirse inferior respecto a las personas que no
cuenta con una condición contractual similar, agudiza el sentimiento de impotencia, minusvalía
y rabia, lo que implica también un conflicto ético respecto a aquello que, en ocasiones, les
solicitan realizar. Los síntomas relacionales se encuentran vinculados en este caso, a
sentimientos de injusticia respecto al rol que ocupan como aprendices, lo que al mismo tiempo
concluye en una competencia y rivalidad frecuente, no solo entre los mismos estudiantes en
etapa productiva, sino también con personas contratadas directamente por la empresa,
desencadenando en sentimientos de soledad, ausencia de solidaridad e indiferencia.
Las estrategias de defensa empleadas, a nivel colectivo, dan muestra de una fuerte
necesidad de interacción y, por ende, de tramitar por medio de la palabra, aquello que genera
malestar pero que la mayor parte del tiempo, implica una imposibilidad por el mismo temor al
rechazo. De esta manera, la búsqueda de espacios de intercambio de experiencias entre
aprendices, es tal vez la mayor estrategia para hacerle frente a las molestias que se
experimentan. Como estrategias de orden individual, se reconoce principalmente, una fuerte
tendencia a generar acciones de huida, en donde ignorar el sentimiento, abandonar el escenario
que genera malestar y omitir pensamientos que puedan alterar la estabilidad psíquica, son
acciones que reprimen la pulsión y que, al mismo tiempo, dan cuenta de una ausencia
considerable de mecanismos de afrontamiento respecto a situaciones laborales que impliquen
malestar.
Finalmente, se identifica que las consecuencias del malestar laboral implicadas en el
proceso de desarrollo de etapa productiva de los auxiliares de enfermería, están relacionadas
con las proyecciones laborales, ya que se hace evidente la perdida del deseo respecto a la
continuidad de sus estudios académicos en relación a aquello que se encuentran desempeñando
durante su etapa productiva, por lo que, en vez de ser un escenario de motivación y aumento de
la pasión respecto a la construcción de un proyecto de vida académico y laboral, implica la
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 23
perdida del deseo sobre aquello que tanto anhelo implicaba y que tan solo un año atrás, era en
gran parte fuerte de su energía libidinal. Las relaciones sociales también se ven afectadas como
consecuencia del malestar laboral, evidenciado una perdida de nculos significativos por la
ausencia de tiempo de ocio y recreación, lo que es ocasionado por las largas jornadas de trabajo
generadas. El tiempo para llevar a cabo la continuidad de estudios se ve también alterada, lo
que repercute en la dimensión motivacional de los aprendices de dicho programa de formación.
Finalmente, es importante considerar que en la medida en que las empresas posicionen
al aprendiz como una figura contractual ligada a una obligación por parte del Estado, tal como
lo indica la unidad de atención integral al empresario al manifestar que las empresas que
cuenten con más de 15 colaboradores deben contratar un aprendiz por cada 20 personas
contratadas bajo otra modalidad distinta, de lo contrario, deberán generar un proceso de
monetización al SENA, el rol de dicho estudiante en etapa productiva se verá en gran parte,
desdibujada, poco valorada y con un bajo sentido de utilidad, lo cual claramente ha quedado
plasmado en el discurso de los 10 auxiliares en enfermería participantes.
La presente investigación estuvo limitada por la ausencia de estudios entorno al contrato
de aprendizaje y sus implicaciones en diferentes esferas subjetivas y sociales, considerando que
los estudiantes en etapa productiva son una población de poco interés investigativo. Sin
embargo, esto a su vez, se convierte en un factor de novedad, que genera un paso importante en
cuanto a la necesidad de posicionar a dicha población en la lupa de las investigaciones,
comprendiendo que dicha modalidad contractual, aborda gran parte de la población educativa
del país. Respecto del valor practico del estudio, se puede decir que este permite, precisamente,
ampliar las investigaciones en torno al malestar en el trabajo en una población no abordada con
anterioridad y que podría abrir camino a posibles modificaciones en dicho proceso contractual
y en el mismo sentido de utilidad que se le otorga al aprendiz al interior de diferentes
organizaciones, comprendiendo a su vez, que esto es base importante en la construcción de un
proyecto de vida académico y profesional, esepcialmente en el campo de la salud. Las
investigaciones se han centrado en el proceso de insercion laboral de jovenes universitarios
principalmente, dejando de lado el proceso de etapa productiva como ese primer encuentro con
el contexto laboral, lo que además, considerando las condiciones contractuales, implica la
necesidad de abordar el malestar presente en dicho proceder.
¿Y para esto estudié?: Malestar subjetivo en estudiantes de enfermería que se encuentran bajo modalidad de contrato de aprendizaje
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 24
REFERENCIAS
COLOMBIA. Ley 188 de 1959, 30 de diciembre. Congreso de la República, 1959.
Disponible en: https://www.mineducacion.gov.co/1621/articles-103813_archivo_pdf.pdf.
Acceso em: 10 oct. 2023.
DEJOURS, C. Trabajo y desgaste mental. Una contribución a la psicopatología del trabajo.
Buenos Aires: Grupo Editorial Lumen, 1980.
DEJOURS, C. A banalizacao da injusticia social. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
DEJOURS, C. Trabajo y sufrimiento: cuando la injusticia se hace banal. Madrid:
ModusLaborandi, 2005.
DEJOURS, C. El desgaste mental en el trabajo. Madrid: Colección, Trabajo y sociedad,
2009.
DEJOURS, C. El sufrimiento en el trabajo. Buenos Aires: Topia, 2015.
MARTÍNEZ, M. La investigación cualitativa (síntesis conceptual). Revista IIPSI, [S. l.], v. 9,
n. 1, p. 123-146, 2006. Disponível em:
https://sisbib.unmsm.edu.pe/bvrevistas/investigacion_psicologia/v09_n1/pdf/a09v9n1.pdf.
Acceso em: 10 oct. 2023.
MÉNDEZ, I. Metodologías y técnicas de investigación aplicadas a la comunicación.
Venezuela: Luz, 2007.
OCAMPO, J. Caracterizacin de jvenes egresados que perciben subempleo y evaluacin
de condiciones de bienestar y malestar asociadas a esta percepcin. 2015. Tesis (Maestría)
Universidad de los Andes, 2015. Disponível em:
https://actacolombianapsicologia.ucatolica.edu.co/article/view/3210. Acceso em: 10 oct.
2023.
OREJUELA, J. Clínica del trabajo: el malestar subjetivo derivado de la fragmentación
laboral. San Pablo-Eafit, 2018.
OREJUELA, J.; MALVEZZI, S.; VÁSQUEZ, A.; MENDES, A. Las clínicas del trabajo: una
visión alternativa de la salud ocupacional. int.j.psychol.res, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 109-117,
2020. DOI: 10.21500/20112084.4737.
UAIE. Unidad de Atención Integral al Empresario. Conoce lo que es el contrato de
aprendizaje y los beneficios para tu empresa. Disponível em: https://www.sena.edu.co/es-
co/Empresarios/Documents/Conozca_que_es_contrato_de_aprendizaje_y_sus_ventajas-
SENA.pdf. Acceso em: 10 oct. 2023.
María Juliana G. ROMERO y Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 25
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 1
AND THIS IS WHAT I STUDIED FOR?: SUBJECTIVE DISCOMFORT IN
NURSING STUDENTS WHO ARE UNDER A LEARNING CONTRACT MODALITY
E FOI PARA ISSO QUE ESTUDEI?: MAL-ESTAR SUBJETIVO EM ESTUDANTES DE
ENFERMAGEM QUE ESTÃO NA MODALIDADE CONTRATO DE APRENDIZAGEM
¿Y PARA ESTO ESTUDIÉ?: MALESTAR SUBJETIVO EN ESTUDIANTES DE
ENFERMERÍA QUE SE ENCUENTRAN BAJO MODALIDAD DE CONTRATO DE
APRENDIZAJE
María Juliana G. ROMERO1
e-mail: mjgalindor@eafit.edu.co
Johnny OREJUELA2
e-mail: jorejue2@eafit.edu.co
How to reference this paper:
ROMERO, M. J. G.; OREJUELA, J. And this is what I
studied for?: subjective discomfort in nursing students who
are under a learning contract modality. Plurais - Revista
Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024.
e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433
| Submitted: 05/01/2024
| Revisions required: 09/01/2024
| Approved: 20/02/2024
| Published: 12/07/2024
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
EAFIT University, San Buenaventura University of Cali, Medellín, Colombia. Specialist in Clinical Psychology
with Psychoanalytic Orientation from San Buenaventura University of Cali.
2
EAFIT University, Medellín, Colombia. Professor at EAFIT University.
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 2
ABSTRACT: The article aims to characterize experiences of subjective discomfort in 10 students
of the technical nursing course at a technical institute in the city of Cali, Colombia, during the period
of professional practice. It is a qualitative, descriptive, and cross-sectional case study using the
categorical content analysis technique. Subjective discomfort was identified as a result of internal
and external factors. Psychological, physical, and relational symptoms are triggered. Faced with
this discomfort, there are defenses, mainly with collective dialogue between apprentices and other
employees, an escape and/or avoidance mechanism in moments of high levels of adversity,
indicating few defense strategies. Experiences of subjective discomfort are mainly linked to the
impossibility of putting into practice what they learned during the academic training process,
converting the contractual condition into a cloudy position at an organizational level, with
psychological, physical, and relational repercussions, and mainly, on educational and professional
projections. The above has several consequences, such as significant changes in academic and
professional life projects.
KEYWORDS: Subjective discomfort. Production phase. Learning contract. Technical education.
Professional practice.
RESUMO: O artigo objetiva caracterizar experiências de mal-estar subjetivo em 10 alunos do curso
técnico de enfermagem de um instituto técnico da cidade de Cali, Colômbia, no período de prática
profissional. É um estudo qualitativo, descritivo e transversal; estudo de caso, que utilizo a técnica
de análises categorial de conteúdo. Foi identificado mal-estar subjetivo em decorrência de fatores
internos e externos. São desencadeados sintomas psicológicos, físicos e relacionais. Diante desse
mal-estar defesas, principalmente com o diálogo coletivo entre aprendizes e demais
colaboradores, mecanismo de fuga e/ou evitação em momentos de alto vel de adversidade,
indicando poucas estratégias de defesa. As experiências de mal-estar subjetivo estão principalmente
ligadas à impossibilidade de colocar em prática o que aprenderam durante o processo de formação
acadêmica, convertendo a condição contratual numa posição turva em nível organizacional, com
repercussões psicológicas, sicas, relacionais e principalmente, nas projeções acadêmicas e
profissionais. O exposto tem diversas consequências, como modificações significativas nos projetos
de vida acadêmica e profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Mal-estar subjetivo. Fase produtiva. Contrato de aprendizagem. Ensino
técnico. Prática profissional.
RESUMEN: El artículo tiene como objetivo caracterizar experiencias de malestar subjetivo en 10
estudiantes del curso técnico de enfermería de un instituto técnico de la ciudad de Cali, Colombia,
durante el período de práctica profesional. Es un estudio cualitativo, descriptivo y transversal;
estudio de caso, que utilizo la técnica de análisis categorial de contenido. Se identificó malestar
subjetivo como resultado de factores internos y externos. Se desencadenan síntomas psicológicos,
físicos y relacionales. Frente a este malestar existen defensas, principalmente con el diálogo
colectivo entre aprendices y otros empleados, un mecanismo de escape y/o evitación en momentos
de altos niveles de adversidad, indicando pocas estrategias de defensa. Las experiencias de
malestar subjetivo están vinculadas principalmente a la imposibilidad de poner en práctica lo
aprendido durante el proceso de formación académica, convirtiendo la condición contractual en
una posición ambigua a nivel organizacional, con repercusiones psicológicas, físicas, relacionales
y, principalmente, en las proyecciones académicas y profesionales. Lo anterior tiene varias
consecuencias, como cambios significativos en los proyectos de vida académicos y profesionales.
PALABRAS CLAVE: Malestar subjetivo. Fase productiva. Contrato de aprendizaje. Formación
técnica. Práctica profesional.
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 3
Introduction
Asking about the subjective distress caused by work is pertinent given the evident need
to understand that we are facing a scenario of frequent changes, and it is appropriate to
anticipate many others that may come abruptly. Regarding the present study, it is necessary to
inquire about the experiences of distress revolving around the development of the productive
stage of a group of students in the auxiliary nursing technician course at a specific Vocational
Training Institute. This first encounter with the work context may entail a series of implications
in terms of psychological adjustment, involving symptoms, consequences, and defenses, where
desires, fears, needs, and a myriad of other subjective and psychodynamic demands come into
play (Orejuela, 2020; Dejours, 2012). It is worth noting, and understanding, that the reality of
the work setting can lead to a rupture with the aspirations of those who invest in such action, a
possibility of identity (Dejours, 2005), especially in defining their professional position in the
short and medium term, which broadens the research panorama in terms of a clinical perspective
of work that includes those contractual processes that have been overlooked, subsequently
establishing work dynamics that enable students in the productive phase (apprenticeship
contract modality) to better adapt to the demands of an environment that, as mentioned, is
highly unpredictable (Celedonio, 2009; Gómez; Peñaranda, 2020; Andreozzi, 2011).
It is evident that there are still few studies related to the process of professional practice
and labor insertion, including nursing assistants, in the municipality of Cali (Rengifo, 2020);
Therefore, it is timely to develop studies that better represent us in order to intervene effectively,
to understand the objective and subjective reality of the professional practice experience and
labor insertion of young graduates from technical and higher education institutions, and thus
generate new knowledge in this regard. The few studies on the insertion of young people in the
city of Cali, like most of Latin America, still focus on hard variables such as contract type,
salaries, and insertion times, but there is a notable absence of studies focusing on subjective
distress and the effects on mental health derived from the internship and labor insertion process.
Indeed, the practice process as part of the formative stage is still under-studied, and those that
address mental health variables in the practice process are even scarcer, if not nonexistent.
The issue of mental health among students in the health field (doctors, nurses, dentists,
physiotherapists, etc.) is increasingly relevant and concerning, as these students show
increasing symptoms of mental health impairment, as well as an increase in suicide attempts or
effective suicide (Franceschi; Souto, 2017; Palácios, 2023; Pérez, S., 2022; Payá; Bracamonte,
2019). Hence, it is important to reflect on this distress, the affective aspect, and the correlative
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 4
effects on mental health that may be experienced in that initial encounter with the work context
as part of their academic formation process, where the technical training student, which by its
nature implies a very rapid passage through academia, even linked to a learning dynamic, must
be inserted into an organization under a precarious contract such as the apprenticeship contract.
According to the aforementioned, the objective that guided this research was to
characterize the experiences of subjective discomfort experienced during the productive phase
in a group of nursing technical course students at an educational institution in the city of Cali,
Colombia, who are enrolled in an apprenticeship contract modality. To effectively achieve this
general objective, the following specific objectives were proposed: 1. Identify the causes of
discomfort experienced during the productive phase in a group of nursing technical course
students at a technical educational institution in the city of Cali under an apprenticeship
contract. 2. Describe the symptoms of discomfort experienced during the productive phase in a
group of nursing technical course students at a technical educational institution in the city of
Cali under an apprenticeship contract. 3. Identify the coping strategies used to reduce
discomfort during the productive phase in a group of nursing technical course students at a
technical educational institution in the city of Cali under an apprenticeship contract. 4. Identify
the consequences of discomfort experienced during the productive phase in a group of nursing
technical course students at a technical educational institution in the city of Cali under an
apprenticeship contract.
Subjective discomfort at work: Causes, symptoms, and consequences
The concept of discomfort has been present in the literature across a considerable
number of studies for some time, implying a constant reflection on its usage in terms of the
social, cultural, historical, and even political context in which humans develop. It carries a
connotation that allows for the consideration of the individual as an agent capable of
experiencing and simultaneously manifesting that generalized yet diffuse feeling, about which
one can speak, but which clearly must find a way to be channeled to promote adjustment to
external demands and good mental health (Dejours, 2012; 2005; Orejuela 2018: 2020).
Regarding this research, it was opportune to work with the concept of discomfort from
the perspective of work psychodynamics, moving away from a medical definition that implies
exclusivity in terms of purely physical discomfort, permeated by a pathological connotation,
but rather as "a state of diffuse, psychic tension, indeterminate yet tolerable, related to work
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 5
(task) and its associated factors (organization, conditions, and relationships, etc.)" (Orejuela et
al., 2020, p. 8, our translation). With this clarity in mind, discomfort should be understood from
its subjectivity, interpreted through each individual's relationship with their experience,
avoiding a tendency towards generalization, and considering its particularities, along with
analyzing the historical, social, political, and economic context. Otherwise, one might fall into
a standardized discourse that seeks to reduce all actions to an analysis of variables applicable
to large groups of individuals. To clarify, when referring to the psychodynamic function of
work, we are addressing the centrality of work as a psychic organizer (Orejuela et al., 2020).
Etymologically, it can be understood that discomfort tends to be diffuse but more
assimilable than suffering in symbolic terms; in the words of Orejuela (2018), "the boundaries
between one experience and another lie in the fact that discomfort is a diffuse and tolerable
experience, capable of being symbolized and of low intensity, which is found in the pre-
conscious or unconscious register (one may or may not be aware)" (p. 107, our translation).
Hence, it is essential to understand subjective discomfort as an experience that, although it may
be of low intensity in terms of its tolerance level, implies a latent need to be symbolized, and
its causes can reside in internal agents inherent to the organization as well as in the dynamics
established there, in addition to the subjective construction performed by each individual
present, as well as in those external events that, in one way or another, are interrelated and cause
this feeling. Discomfort is thus considered subjective, but it is clear that a situation involving
collective action can imply disturbance, alteration of the capacity for adaptation and, therefore,
coping with a situation involving distress, annoyance and disagreement.
Adjusting what was mentioned above about discomfort at work and the psychodynamics
of work, it is essential to mention Dejours (2009), who states that "the feeling of uselessness,
another no less present experience than indignity, refers first to the absence of a name and
destiny for work" (p. 55, our translation). Understanding, in this way, that the lack of coherence
between what is expected based on the execution of assigned functions and what is effectively
performed can lead to a feeling of uselessness that is related to the desire for dignity through
previously acquired knowledge, in addition to the value that is socially attributed to the
achieved goal.
The above opens the need to mention the concepts of prescribed work, honest work, and
real work (Orejuela, 2018), which are simultaneously linked to the real, symbolic, and
imaginary, since on one hand, there is what the organization expects (work context) to be
executed, achieved, and therefore accomplished, and similarly, the subject executing a certain
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 6
function establishes an imaginary of what will be achieved, where ambivalences between what
was initially expected to achieve and what is actually realized in the process as such can
manifest.
Along the same lines, other sources of discomfort are recognized, where lack of
autonomy (Dejours, 1999) implies absolute control, which in turn can generate limitations in
terms of the free development of one's desire for a sense of usefulness, the desire for
recognition, and the desire to demonstrate knowledge, simultaneously causing inadequacy in
accomplishing a given task. On the other hand, work intensification leads to frequent exposure
to the need to respond to numerous demands, whereas individualization implies a lack of
collective resources that would enable coping with diminishing subjective resources to meet
the demands of a changing and poorly structured environment. Ultimately, it is the need for
recognition and hence its absence that can reinforce this sense of uselessness, causing
discomfort at work; as Orejuela (2018) mentions, "the symptoms are the discursive articulation
of discomfort that aspires to recognition" (p. 113, our translation), understanding the symptom
as a possible unconscious strategy used to gain admiration for work that points towards a
position in society through work level; In short, all suffering generally points towards
recognition.
To complement the above, it is worth highlighting the fear of incompetence, a term
developed by Dejours (2005), which implies thinking about a gap between the prescribed
organization of work and the actual organization of work, where the development of activities
in the dynamics of the current context promotes the need to perform independently of the
conditions of a largely precarious scenario, where respect for prescriptions is often nullified,
which can cause discomfort. Linked to this is ethical suffering, where the individual must work
against their values and thus fulfill assigned functions, seeking to remain in work, and it is the
strong fear of incompetence that limits the possibility of verifying skills in the face of the
assigned task. The latter can cause difficulty in establishing self-esteem as a minimal sign of
narcissism, self-respect, and self-care (Dejours, 2005).
Regarding symptoms of discomfort, focusing more concretely on what has been
previously discussed, it can be understood that these symptomatic manifestations are often
subdivided into three forms of expression (Orejuela, 2018): physical, psychological, and
relational, where the former can be evidenced first around changes at the organic level,
physiological disturbances. Regarding psychological symptoms, Orejuela (2018) mentions:
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 7
There are experiences of emotional exhaustion, such as depression, self-doubt,
feelings of emptiness or lack of meaning, a sense of uncertainty and
unbearable risk, experience of negative emotions (fear, irritability,
helplessness, and resentment), and in general, what has been called
pathologies of loneliness, among the most dramatic is work-related suicide (p.
116, our translation).
Lastly, relational symptoms can be permeated by a rupture of previously established
bonds and/or by the weakening of social ties (Orejuela, 2018). Recognition of skills among
coworkers and solidarity can be disrupted, possibly due to increased individualization marked
by a frequent sense of competition, aiming for greater and better positioning in work in terms
of meeting increasingly high social demands that do not correspond to the same work reality.
However, all of this undoubtedly generates consequences for the working individual,
understanding that "the organization of work exerts a specific action on man, whose point of
impact is the psychic apparatus" (Dejours, 1980, p. 133, our translation). Thus, it can impact
the psychological dynamics of individuals, which in turn involves relational changes and
conflicts in establishing goals and/or projections linked to motivations and/or desires regarding
professional life.
It is important, then, to question the cost of discomfort at work and its implications,
where there is a constant struggle due to dissatisfaction, marked by a quest for usefulness,
dignity, recognition, and satisfaction, thus, "the frustrations arising from significant content
inadequate to the potentialities and needs of the personality can generate considerable
adaptation efforts" (Dejours, 2009, p. 59, our translation). This, in turn, is linked to
psychological, relational, and work-based consequences.
Defense Strategies Against Workplace Discomfort
As a means to deal with situations causing discomfort, individuals seek various ways to
reduce the negative impact on the subjective environment of a given situation and avoid
everything that is not closely related to pleasurable experiences. Therefore, it is important to
understand how certain work experiences, under certain contractual conditions, These different
mechanisms, strategies, and/or resources, both internal (intrapsychic, subjective) and external
(contextual: conditions, organization, work relationships, etc.), are mobilized or deployed with
practical intelligence to confront any sensation implying discomfort and the risk of mental
health loss. Ways to alleviate discomfort can vary, where, in the words of Lhuillier (2006), "the
body bears the traces of imposed cadence, but also what remains unprocessed, what is not
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 8
verbalized, and a self-acceleration in service of thought anesthesia" (p. 93, our translation). This
makes it clear that understanding how people defend themselves against discomfort involves
an analysis not only of words but also of manifestations and/or changes in the body, thought,
and relationships.
These strategies can then be individual and/or collective, aiming to reduce
dissatisfaction conditions (drive) that compromise the subject's psychic life and provoke a
constant struggle to generate an adaptive process under inadequate working conditions, based
on the worker's subjective analysis (Orejuela, 2018). Therefore, defensive strategies become
mechanisms of protection around mental health, promoting tolerance to discomfort arising from
various factors in the workplace setting. Thus, an individual and collective struggle is generated
to maintain psychic balance amidst the chaos that may arise in terms of work demands. In the
tradition of work psychodynamics developed through C. Dejour's research (2005), some of
these better-recognized defense strategies include: self-acceleration, virile defense, listening
and deliberation groups, circles of words, actions for work reorganization and flexibility,
voluntary servitude, among many others (Dutra de Moraes, 2013; Dejours, 2005).
It is in this relationship with oneself and others, within a scenario permeated by
demands, especially concerning the immediate adjustment of one's own needs, that imaginaries,
fears, desires, pleasure, symptoms, malaise, among others, are elaborated. According to
Dejours, cited by Orejuela (2018), "Work malaise is determined by the impossibility of working
autonomously, in cooperation and without recognition, or being forced to work against one's
moral principles" (p. 278, our translation). This is the key to understanding the malaise derived
from work dynamics.
Apprenticeship Contract: Professional Internship Phase
Among the various types of contracts in Colombia, the one relevant to this research is
known as the apprenticeship contract, which, according to the Ministry of Education:
It is one by which an employee is obligated to render services to an employer,
in exchange for the latter providing the means to acquire a methodical and
comprehensive professional training in the art or craft for which they were
hired, for a specified time, and paying them the agreed-upon salary (Lei 188
de 1959, Article 1) (Colombia, 1959, our translation).
As evidenced, this contractual period not only includes a salary benefit for the employee
but also provides a space for continuous training related to what the individual is studying or
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 9
has completed in terms of their knowledge acquisition process. It is understood, therefore, that
the apprenticeship contract promotes a potential benefit for the learner, enabling access to
support and, at the same time, providing a work environment that allows ongoing education in
terms of knowledge, thereby promoting labor insertion. Despite this, it is pertinent to consider
the reasons why a particular entity should undertake the hiring of apprentices, when:
Regulated companies with more than 15 employees must hire 1 apprentice for
every 20 workers, and an additional apprentice for every fraction between 10
and 20. An obligated company that decides not to sign one or more contracts
from its quota may opt to pay monthly monetization, notifying SENA of this
decision. As a general rule, the amount paid to SENA for monetization is
equivalent to 1 monthly minimum wage for each contract not executed (Unit
for Comprehensive Entrepreneurship Support - UAIE, n.d., our translation).
Reflecting on the above, clarity regarding a potential sense of obligation on the part of
companies in the apprenticeship hiring process may lead to the treatment they receive, fostering
possibilities for developing a sense of belonging, work identity, task assignment, and
motivation toward achieving goals.
In everyday discussions, the apprenticeship contract is seen as providing many young
people with rapid access to the job market in Colombia and also offers support to complete their
studies or provide assistance for their livelihood. However, it is pertinent to conduct research
that addresses the potential discomfort this contractual condition may bring, understanding that
company policies and/or their view of trainees may not always align with expectations.
Now, analyzing what has been mentioned regarding the work context and its
implications on individuals' psyche, it is worth considering that "today, in the organizational
world more than ever, there is a discourse of social responsibility in which their own employees
seem not to be included, as they have no scruples in marginalizing and prejudicing them"
(Orejuela, 2018, p. 183, our translation), where students under the apprenticeship contract
modality can be analyzed in terms of their potential precariousness.
Method
Study Type
This study is descriptive, aiming to identify characteristics within the research universe,
examining the association between variables (Méndez, 2007). Therefore, it generates a
description of these variables without seeking causality. It is characterized using qualitative
methods, as it produces descriptive data from people's own spoken and/or written words. In
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 10
terms of time, it is a cross-sectional study, as a single sample of data will be taken at one point
in time.
The research design will be characterized as a case study, aiming to conduct an intensive
analysis with a group of technical training students in the production phase, collecting as much
information as possible to identify and describe the various factors influencing the studied
phenomenon (Martínez, 2006): experiences of discomfort encountered during the production
phase among a group of nursing students at a technical education institute in the city of Cali
who are under the apprenticeship contract modality.
Participants
The participants in this research were 10 students from the nursing assistant program at
a Technical Education Institute in the city of Cali, Colombia, who are under apprenticeship
contracts and are, therefore, in their final training period, required to complete their production
phase equivalent to professional practice in various companies in the city. The sample was
intentionally selected without regard to gender or age (See Table 2).
Instruments
Information was collected through semi-structured interviews, considering the
following tracking categories for subsequent analysis: Causes of workplace discomfort during
the production phase, symptoms of workplace discomfort during the production phase,
defensive strategies against workplace discomfort during the production phase, and
consequences of workplace discomfort during the production phase (see Table 1 below).
Table 1 Relationship between specific objectives and tracking information categories
Data Tracking/Analysis Categories
Causes of malaise at work during the productive
phase malaise
Symptoms of malaise at work during the productive
phase
Defense strategies used to reduce discomfort during
the production phase
Consequences of discomfort experienced during the
production phase
Source: Author's elaboration.
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 11
Procedure
The research was conducted in three phases. The first phase involved theoretical
contextualization, which allowed for establishing the state of the art concerning organizational
change, capturing research developments through a matrix, and subsequently constructing the
theoretical framework. The second phase consisted of fieldwork, during which the data
collection instrument was developed and applied to the participant subjects. The third phase
focused on organizing, presenting, and analyzing the data, employing categorical content and
meaning analysis based on a set of structured analysis matrices closely related to the specific
objectives and conceptual framework. This systematic content analysis will begin with
transcribing interviews, followed by content discrimination, to locate and group them according
to pre-established categories. Finally, data will be analyzed categorically, with significant
discourse fragments taken as empirical evidence for each category to structure the narrative of
the results. The study will conclude with a discussion of the findings and study conclusions.
Regarding ethical considerations, it is important to clarify that this research falls under
the category of low or no harm studies. Participation in the study was entirely voluntary and
anonymous, ensuring strict confidentiality of identity. Participants voluntarily completed and
signed an informed consent form. Participant data have been anonymized and are securely held
by one of the study authors. This research underwent ethical review by the Master's Committee
in Work and Organizational Psychology at Universidad EAFIT, Medellín, Colombia.
Results
The fieldwork conducted in this research adheres to the data and procedures outlined in
the interview protocol. The sociodemographic data of the participant subjects and the analysis
of the collected data are detailed below:
Table 2 Sociodemographic Data
#
Age
Gende
r
Marital
status
Academ
ic level
Area assigned
in the company
Functions assigned in
professional practice
Time elapsed
since signing
the learning
contract
1
25
M
Bachelo
r
Bachelor
Emergency
Explanation of rights and
duties towards the patient
4 months
Patient guidance
Supply of medicines
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 12
Patient education
2
28
F
Single
Technici
an
Emergency
General health processes
2 months
3
20
F
Single
Bachelor
Hospitalization
Vital signs measurement
3 months
Plumbing
Electrocardiograms
Supply of medicines
Administrative procedures
4
19
M
Bachelo
r
Bachelor
ICU
Get rid of medicines
2 months
Health processes
Administrative procedures
5
23
F
Single
Bachelor
Hospitalization
General health processes
3 months
6
20
F
Bachelo
r
Bachelor
Orthopedic
reception
Print and send medical
records
Four months
Disinfect medical supplies
Reports
Check doctor's orders at
reception
7
18
F
Single
Bachelor
Hospitalization
and emergencies
Healing and taking vital
signs
5 and a half
months
8
20
F
Single
Bachelor
EPS
Administrative procedures
Four months
9
18
F
Single
Bachelor
Hospitalization
Administrative procedures
3 months
Head nurse support
10
19
F
Single
Bachelor
Recovery/post-
surgery
Channel
5 months
Daily patient care
Patient education
Source: Author's elaboration.
Causes of Subjective Discomfort
Initially, it is analyzed that the tasks assigned to some interns generate a state of
emotional tension. Although this tension is bearable and allows them to continue their daily
performance, the conditions created are not well accepted by them; this is evident in the
following narrative:
Participant 4
In the clinic where I am, they give us a task notebook listing the tasks we have
to do throughout the day. So, I have some tasks, and others have different
tasks. Once, a colleague asked me, 'Have you bathed patient 510?' I told her
no because that's her patient. I've already bathed patients in areas 501 to 506
and two more patients who are hers. I left you one, and she said to me, 'Ah,
but you should bathe him because you're the student.'
Part of Participant 3's discourse (detailed in the following paragraph) allows us to
highlight the fear of incompetence, a concept used by Dejours (2005), where the reality of work
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 13
is defined as "that which resists knowledge, knowing how to do, and overall control" (p. 42,
our translation). Understanding in this way that there is a conflict between what is demanded,
what is actually allowed, and the discomfort around a possible sense of incompetence, which,
as an apprentice, can be exacerbated in the desire to demonstrate skills in a completely new
scenario as part of their training process. This is also linked to the concept of subjective
underemployment, as it shows that the working conditions they are subjected to tend to be
below their academic qualifications and the preparation they have received.
I receive instructions from two people, and they both tell me different things.
One lets me perform various activities, but the other reprimands me for
everything, so I don't know what to do. I have the knowledge, but as an
apprentice, sometimes they don't want to let me do anything. They prefer the
patient to suffer, and I am also afraid of making mistakes.
Similarly, one of the participants refers to the relational dynamics generated within the
workplace, identifying discomfort in terms of a sense of competition and permanent rivalry,
which weaken solidarity and recognition as conditions that ensure subjective well-being at work
(Dejours, 2005).
Participant 5
You don't see camaraderie; you enter the operating room, and those in the
operating room tear down anyone, and they are friends. This is an area that
is normal in any company, where they are peeling teeth, as they say, but it's
not true. I experienced this in the operating room.
The feeling of uselessness is recognized as an experience related to indignity, stemming
from the absence of recognition and the purpose of the work itself (Dejours, 2015). Thus,
understanding that the lack of coherence between expectations from performing tasks as an
apprentice and what is actually done leads to a feeling of uselessness related to the desire for
dignity based on previously acquired knowledge. Additionally, "work becomes a source of
suffering when the worker perceives that it does not contribute to any socio-cultural
transcendence" (Orejuela, 2018, p. 95, our translation). This can be observed in Participant 4's
story:
I don't have to do many things like that, I mean, yes, it's heavy, but compared
to the assistants who have more workload, sometimes I even sit there as if
there's nothing else to do, we've done everything.
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 14
There is evident difficulty in finding meaning in the efforts made, a discrepancy between
personal skills and job requirements, and company impositions in terms of achievement desire,
which is undeniably related to the concept of subjective underemployment, where "there is a
tendency to highlight, as a common characteristic, the number of working hours below desired
levels, higher educational qualifications than required, and over-qualification in terms of skills
and experiences" (Ocampo, 2015, p. 23, our translation).
Participant 4:
I am useless here; I feel like a bother.
Regarding external causes of agitation, it is evident that transportation conditions in the
city, exacerbated after the national strike in May 2021 and linked to the economic adversities
the country is currently facing, are the main causes of this agitation. This is evident in the
accounts of some of the interviewees:
Participant 1:
You do the math and the fare is 2,500, if it rains it's already 8,000 uber, so
you do the math, and I also have to do the math from Monday to Saturday, I'm
the only one with this schedule because everyone goes until Friday.
Symptoms of Subjective Discomfort
Regarding the psychological symptoms of initial discomfort, it is pertinent to mention
that participants show a work demand leading to excessive effort based on the desire to remain
after the end of their productive phase, which in turn is related to a permanent feeling of
uncertainty and risk. This can be validated in the following account:
Participant 1
Sometimes, the boss asks me if I can stay longer hours, and I feel obligated to
say yes because I want to continue working there after finishing as an
apprentice. If I say no, they won't say that I don't want to learn, they always
look at the bad, they won't say oh and she kills herself all day long.
Humiliation, as an action contrary to recognition, produces, in the words of Orejuela
(2018), "shame, that feeling of being unworthy or having caused some irreparable harm" (p.
230, our translation), which implies in apprentices a feeling of ignorance, disadvantage in terms
of knowledge, and a position of inferiority compared to other workers:
Participant 3
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 15
I feel angry when I am reprimanded for something unfair or forced to do
things that are not my responsibility. Stress as well.
Regarding the physical symptoms of discomfort, it is worth noting that for an apprentice
to be absent from their workplace, they must do so exclusively under a medical condition
justified by health personnel; otherwise, it may be a radical cause for contract termination and,
thus, loss of their academic semester. Similar to what Dejours (2009) does when generating an
analysis around a solution for suffering linked to physical illness, thus masking the
aforementioned mental suffering, which is justified under a medical certificate, the following
account is evidenced:
Participant 1
My asthma has worsened now, like it did in early February. This hasn't
happened to me since I was 5 years old.
There is a recognized tendency towards somatization, possibly due to the apprentices'
latent difficulty in finding a different outlet for discomfort, understanding that "claiming to be
ill" may be more socially accepted than undergoing a psychological conflict, which in turn
could imply rejection not only by the Education Institute as a symbolic agent of merit, but also
by the effort and dedication, but also by their peers, teachers, and other collaborators of the
designated company.
Regarding relational symptoms, they could be particularly pronounced in a frequent
sense of competition and, simultaneously, social isolation, understanding that "the
individualization of work is understood as the pushing of responsibilities onto individuals to
face the demands of work and the reality of work in a context of peer competition and loss of
protections" (Orejuela, et al., 2020, p. 113, our translation)
Participant 2
It generates a bit of frustration, dissatisfaction among teammates because we
are under constant pressure, this in addition to the fact that we have physical
fatigue in quotes, there is also mental fatigue and receiving orders, and all
this leads us to be competitive among ourselves. We have to socialize and
work with apprentices from other institutes and they are looking for our
downfall, they make complaints and everyone wants to stand out to the boss.
The constant external humiliation is exacerbated by the fact of being apprentices, which
implies a tendency to impose superiority and reflect greater knowledge, trajectory, and
experience on the part of those around them, where selfishness in the face of learning becomes
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 16
a possible form of psychological manipulation, where the apprentice is seen as a contractual
obligation imposed by a governmental system that implies every company with a certain
number of workers must have this contractual value. It also generates a precariousness of
cooperation, a loss of solidarity and appreciation, a regime of indifference that triggers
loneliness pathologies (Orejuela, 2018). This can be evidenced in the following accounts:
Participant 1
Sometimes they call me 'little girl,' and I am older; I don't like them to be
demeaning. I always expect respect. Sometimes it's like 'oh you, little girl' and
no, my name is Carla
3
.
In conclusion, it is evident that psychological, physiological, and relational symptoms
are generated in apprentices that companies overlook, thus placing little importance on their
performance in relation to the goals set. Physiological symptomatology implies a strong
tendency towards somatization, which simultaneously involves the fear of manifesting such
discomfort as part of work rejection and the constant feeling of threat based on contract
cancellation and thus loss of the third period of academic training.
Strategies for Coping with Subjective Discomfort in the Context of Professional Practice
This research identifies various ways of addressing workplace discomfort, emphasizing
the necessity of maintaining ongoing dialogues with fellow learners undergoing similar
processes. Such interactions can provide a sense of calm by revealing shared stories regarding
what troubles them, thereby serving as a significant collective defense strategy. As mentioned
in item 5:
We are a group of 4 interns, we always get together to talk about what we do,
vent sometimes, and go out to eat and everything.
Similarly, in considering individual defenses, it is observed that most interviewed
apprentices resort to actions of escape and avoidance, acknowledging a potential lack of
strategies to cope with experienced workplace discomfort. This often leads to emotional
repression (Dejours, 2005). Furthermore, feelings about events must be suppressed to avoid
3
It should be clarified that the name "Carla" here is a pseudonym used to reserve identity, it does not correspond
to Participant 1's real name.
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 17
external rejection and potential self-judgment during the training process, which may hinder
academic progression. This is evidenced in the following accounts:
Participant 3:
I just try to do the right things, leave, ignore, not say anything about what I
feel.
Consequences of Workplace Discomfort
Regarding subjective or psychological consequences, there is substantial evidence of
increased frustration regarding one's role in the work environment. This, in turn, impacts the
desire to engage in similar tasks in the short, medium, and long term. It also results in a lack of
leisure time for recreational activities and social interaction. Therefore, the use of time away
from work implies that very few workers can organize their breaks according to their desires
and needs (Dejours, 1980, our translation). This is reflected below:
Participant 1
Maybe yes, it doesn't make me want to do anything, just rest. I have no social
life. I want my home and sleep. It's not like before, I won't party anymore, and
I love to dance; I've done that, and no, on Sunday I'll get sick and not drink
liquor. It's just that every day I wake up at 4 a.m. and it ends at 2 p.m. and
that's right. And he came to my house for lunch around 3 p.m.
As a significant consequence, it is essential to highlight the shifts that arise around
restructuring the meaning of work in relation to the training process undertaken. Here, the
practice setting, instead of being a source of motivation and validation for career aspirations,
becomes a limitation where this sense of purpose is altered. Orejuela (2018), in his analysis of
the meaning of work in modernity, mentions that "new forms of work organization have effects
on individuals' work trajectories and life projects" (p. 206, our translation). This is evident in
the following discourse:
Participant 6
One thinks: is this really for me at the work level? When you meet such
complex people, it's a strong shock that makes you feel like you don't want to
continue your career. I thought about continuing as a senior nurse, but no.
Regarding relational consequences, it becomes clear how the need to adapt to work
demands as apprentices disrupt healthy relationship processes outside the work context. This
leads to a lack of social utility and a sense of support, reduced interaction, and thus, distancing
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 18
from the possibility of establishing a solid support network during times of adversity, including
within the family sphere. Now, the priority is solely responding to the needs of the employing
company. There is therefore a fragility in social bonds and the possibility of building
meaningful relational dynamics; this is evidenced below.
Participant 4
There are no more outings with friends like before, because as I said, you only
try to rest. Before, on weekends, we only studied Monday to Friday mornings,
and there was plenty of free time. You used to see your partner, not anymore,
and that affects you. There's no more freedom, like when I was just a student.
Discussion and Conclusions
Regarding the causes of workplace discomfort among nursing assistants, it becomes
evident initially that the tasks assigned by employing companies are not, for the most part, fully
aligned with these apprentices' skill levels or, at least, some tasks tend to induce emotional
tension and thus lack acceptance. Generally, they are not entirely connected to what they
learned during their technical training process, thereby prompting a sense of utility deficiency
and inequality, especially concerning contractual benefits and emotional rewards. The lack of
recognition based on their roles and/or activities performed, which in turn relates to feelings of
incompetence, inequity in contractual benefits, and fear of incompetence, constitutes a latent
cause of discomfort among apprentices, resulting in a loss of meaning regarding the time
dedicated to their studies and the economic and psychological conditions this entails.
This sets up a conflict between the ideals established during the nursing assistant
training process regarding productive stages and the significance of performing tasks closely
linked to what was learned versus what is actually executed as part of workplace demands and
thus designated by the company, ultimately causing ambivalence around prescribed work,
actual work, and the reality of work (Orejuela, 2018). Rivalry is also evidenced as part of
establishing connections with other team members, both apprentices from other training
institutions and direct staff of the company, which falls into a cycle of continuous competition,
leading to workplace discomfort among apprentices. Therefore, the subjective
underemployment experienced by nursing interns, linked to this discomfort arising from
assigned duties versus what they prepared for in their training process, is one of the most
significant triggers of discomfort identified in this research.
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 19
Regarding external causes of workplace discomfort, it can be observed that nursing
interns coincide in terms of adverse economic conditions that impact emotional well-being,
likely linked to their socioeconomic status and the country's ongoing adversities in this regard.
Furthermore, the city's transportation system is notably restricted, a factor exacerbated by
actions stemming from the 2021 National Strike, thereby limiting connectivity within the
system and concurrently heightening social insecurity in the city.
As a symptomatic response identified in the discourse of nursing interns, there is a
strong tendency towards somatization from a physiological perspective. This entails evident
difficulty in processing discomfort through words, possibly due to a latent fear of rejection,
judgment, and/or not being considered for future contractual processes with the same company
once their apprenticeship concludes. Hence, recurring symptoms such as migraines, nervous
tics, asthma, and body pains manifest, indicating that the body becomes the mechanism of
expression. Additionally, excessive effort based on assigned tasks, where individual
particularities are not considered, also acts as a triggering factor. It's noteworthy that there is a
strong tendency to postpone seeking medical attention, linked to the fear of being rejected due
to illness and thereby jeopardizing their apprenticeship process, as if falling ill would result in
prohibition during the 6-month productive phase.
However, the psychological symptoms embedded in the discourse of students during
the productive phase of their nursing technical course primarily indicate feelings of fear,
helplessness, and irritability. This is part of an almost constant sense of uncertainty and risk,
where the desire for recognition and its absence indicates a latent symptom of fear. Feeling
inferior compared to individuals without similar contractual status exacerbates feelings of
powerlessness, inadequacy, and anger, leading to ethical conflicts regarding tasks they are
sometimes asked to perform. Relational symptoms are linked, in this case, to feelings of
injustice regarding their role as apprentices, culminating in frequent competitions and rivalries
not only among students themselves in the productive phase but also with individuals directly
employed by the company, triggering feelings of loneliness, lack of solidarity, and indifference.
Collectively, the defense strategies employed highlight a strong need for interaction and,
therefore, processing through verbal communication, which generates discomfort. However,
this is often impossible due to the fear of rejection. Thus, seeking spaces for sharing experiences
among trainees perhaps stands as the primary strategy for coping with the experienced
discomfort. On an individual level, there is a predominant tendency to resort to escape actions,
where ignoring feelings, abandoning situations that cause discomfort, and suppressing thoughts
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 20
that may disrupt mental stability are actions that repress impulses and concurrently result in a
significant lack of coping mechanisms for work situations involving discomfort.
Finally, it is identified that the consequences of occupational discomfort involved in the
development process during the productive phase of nursing assistants are related to career
projections. It is evident that there is a loss of desire to continue their academic studies in
relation to what they are performing during their productive phase. Therefore, instead of being
a scenario of motivation and added passion towards building an educational and professional
life project, it implies a loss of desire for what previously involved so much enthusiasm and
was a strong focus of their libidinal energy just a year ago.
Social relationships are also affected due to workplace discomfort, showing a loss of
significant bonds due to the lack of leisure time and recreation caused by long working hours.
The time available to continue studies is also altered, impacting the motivational dimension of
participants in this training program.
Lastly, it is essential to consider that companies position the apprentice as a contractual
figure linked to an obligation by the State, as indicated by the Integral Attention Unit to the
Entrepreneur, stating that companies with more than 15 employees must hire one apprentice for
every 20 employees under a different scheme, otherwise they will have to undergo a
monetization process with SENA, the role of said student in the productive phase will be greatly
blurred, undervalued, and with a low sense of utility, as clearly reflected in the discourse of the
10 participating nursing assistants.
This study was limited by the lack of research on the apprenticeship contract and its
implications in different subjective and social spheres, considering that students in the
productive phase are a population of limited research interest. However, this, in turn, becomes
a novel factor, which represents an important step toward the need to focus research on this
population, understanding that this contractual modality covers a large part of the country's
educational population. In terms of practical value, the study allows for the expansion of
research on workplace discomfort in a previously unaddressed population, potentially paving
the way for modifications in this contractual process and enhancing the sense of utility granted
to apprentices within different organizations. This is crucial in building an academic and
professional life project, especially in the healthcare field. The research has mainly focused on
the labor market integration process of young university students, overlooking the productive
phase as their first encounter with the work context, which also, considering the contractual
conditions, implies the need to address the discomfort present in this process.
María Juliana G. ROMERO and Johnny OREJUELA
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 21
REFERENCES
COLOMBIA. Ley 188 de 1959, 30 de diciembre. Congreso de la República, 1959. Available
at: https://www.mineducacion.gov.co/1621/articles-103813_archivo_pdf.pdf. Accessed in: 10
oct. 2023.
DEJOURS, C. Trabajo y desgaste mental. Una contribución a la psicopatología del trabajo.
Buenos Aires: Grupo Editorial Lumen, 1980.
DEJOURS, C. A banalizacao da injusticia social. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
DEJOURS, C. Trabajo y sufrimiento: cuando la injusticia se hace banal. Madrid:
ModusLaborandi, 2005.
DEJOURS, C. El desgaste mental en el trabajo. Madrid: Colección, Trabajo y sociedad,
2009.
DEJOURS, C. El sufrimiento en el trabajo. Buenos Aires: Topia, 2015.
MARTÍNEZ, M. La investigación cualitativa (síntesis conceptual). Revista IIPSI, [S. l.], v. 9,
n. 1, p. 123-146, 2006. Available at:
https://sisbib.unmsm.edu.pe/bvrevistas/investigacion_psicologia/v09_n1/pdf/a09v9n1.pdf.
Accessed in:10 Oct. 2023.
MÉNDEZ, I. Metodologías y técnicas de investigación aplicadas a la comunicación.
Venezuela: Luz, 2007.
OCAMPO, J. Caracterizacin de jvenes egresados que perciben subempleo y evaluacin
de condiciones de bienestar y malestar asociadas a esta percepcin. 2015. Tesis (Maestría)
Universidad de los Andes, 2015. Available at:
https://actacolombianapsicologia.ucatolica.edu.co/article/view/3210. Accessed in:10
Oct.2023.
OREJUELA, J. Clínica del trabajo: el malestar subjetivo derivado de la fragmentación
laboral. San Pablo-Eafit, 2018.
OREJUELA, J.; MALVEZZI, S.; VÁSQUEZ, A.; MENDES, A. Las clínicas del trabajo: una
visión alternativa de la salud ocupacional. int.j.psychol.res, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 109-117,
2020. DOI: 10.21500/20112084.4737.
UAIE. Unidad de Atención Integral al Empresario. Conoce lo que es el contrato de
aprendizaje y los beneficios para tu empresa. Available at: https://www.sena.edu.co/es-
co/Empresarios/Documents/Conozca_que_es_contrato_de_aprendizaje_y_sus_ventajas-
SENA.pdf. Accessed in:10 Oct. 2023.
And this is what I studied for?: subjective discomfort in nursing students who are under a learning contract modality
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024012, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19433 22
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.