Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 1
PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO MENTAL COMUM (TMC) E FATORES
ASSOCIADOS À SAÚDE DE UNIVERSITÁRIOS PÓS-DISTANCIAMENTO SOCIAL
NA PANDEMIA DA COVID-19
PREVALENCIA DEL TRASTORNO MENTAL COMÚN (TMC) Y FACTORES
ASOCIADOS A LA SALUD DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS TRAS EL
DISTANCIAMIENTO SOCIAL EN LA PANDEMIA DE COVID-19
PREVALENCE OF COMMON MENTAL DISORDER (CMD) AND FACTORS
ASSOCIATED WITH THE HEALTH OF UNIVERSITY STUDENTS AFTER SOCIAL
DISTANCING IN THE COVID-19 PANDEMIC
Francisco Valter. M. SILVA1
e-mail: valtermiranda15@gmail.com
Ticiana M. de O. FONTENELE2
e-mail: ticimesquita@unifor.br
Ana Valeska S. e SILVA3
e-mail: ana.valeska@uece.br
Ana Paula de V. ABDON4
e-mail: paulaabdon@unifor.br
Como referenciar este artigo:
SILVA, F. V. M.; FONTENELE, T. M. de O.; SILVA, A.
V. S. e; ABDON, A. P. V. Prevalência de Transtorno
Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de
universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19. Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v.
9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406
| Submetido em: 20/12/2023
| Revisões requeridas em: 20/01/2024
| Aprovado em: 25/01/2024
| Publicado em: 12/07/2024
Editoras:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brasil. Mestre em Saúde Coletiva pela UNIFOR.
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza CE Brasil. Doutorando do Programa de Pós-graduação
em Cuidados Clínicos em Saúde (UECE).
2
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brasil. Doutoranda do Programa de Pós-graduação
em Saúde Coletiva.
3
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza CE Brasil. Professora do Programa de Pós-graduação
em Cuidados Clínicos em Saúde (UECE).
4
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brasil. Professora do Programa de Pós-graduação em
Saúde Coletiva da UNIFOR.
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 2
RESUMO: Objetivou-se investigar a prevalência de Transtorno Mental Comum e sua relação
com fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na pandemia da
COVID-19. Trata-se de um estudo transversal, em duas universidades de Fortaleza-CE,
Brasil. Participaram 358 universitários dos centros de ciências da saúde e de tecnologias.
Aplicou-se a regressão logística múltipla através do SPSS Statistics. A prevalência de TMC
foi 59,3% e apresentou relação com idade <25 anos (OR=2,18; p=0,029), autoavaliação de
saúde ruim (OR=4,29; p<0,001), tabagismo (OR=3,02; p=0,028), dependência do celular
(OR=3,10; p<0,001), qualidade do sono ruim (OR=3,92; p<0,001), dor musculoesquelética no
ombro (OR=2,46; p=0,001) e cotovelo (OR=2,96; p=0,012). Constatou-se elevada
prevalência de TMC e sua associação com múltiplos fatores relacionados à saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Mental Comum. Universitários. Fatores Associados.
COVID-19.
RESUMEN: El objetivo fue investigar la prevalencia del Trastorno Mental Común y su
relación con factores asociados a la salud de los estudiantes universitarios y al
distanciamiento social durante la pandemia de COVID-19. Se trata de un estudio transversal,
en universidades de Fortaleza-CE, Brasil. Participaron 358 estudiantes universitarios de
centros científicos y tecnológicos de la salud. Se aplicó regresión logística múltiple mediante
SPSS Statistics. La prevalencia de TMC fue de 59,3% y se relacionó con edad <25 años
(OR=2,18; p=0,029), mala autoevaluación de salud (OR=4,29; p<0,001), tabaquismo
(OR=3,02; p= 0,028), dependencia del teléfono celular (OR=3,10; p<0,001), mala calidad
del sudor (OR=3,92; p<0,001), dolor musculoesquelético en el hombro (OR=2,46; p=0,001)
y código (OR=2,96; p=0,012). Se encontró una alta prevalencia de TMC y su asociación con
múltiples factores relacionados con la salud.
PALABRAS CLAVE: Trastorno mental común. Estudiantes universitarios. Factores
asociados. COVID-19.
ABSTRACT: The objective was to investigate the prevalence of Common Mental Disorder
and its relationship with factors associated with the health of university students after social
distancing in the COVID-19 pandemic. This is a cross-sectional study, at two universities in
Fortaleza-CE, Brazil. 358 university students from health sciences and technology centers
participated. Multiple logistic regression was applied using SPSS Statistic. The prevalence of
CMD was 59.3% and was related to age <25 years (OR=2.18; p=0.029), poor self-rated
health (OR=4.29; p<0.001), smoking (OR=3.02; p=0.028), cell phone dependence
(OR=3.10; p<0.001), poor sleep quality (OR=3.92; p<0.001), musculoskeletal pain in the
shoulder (OR=2.46; p=0.001) and elbow (OR=2.96; p=0.012). A high prevalence of CMD
and its association with multiple health-related factors was found.
KEYWORDS: Common Mental Disorder. College students. Associated Factors. COVID-19.
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA e Ana Paula de Vasconcelos
ABDON
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Introdução
A pandemia da COVID-19 trouxe mudanças inesperadas no modo de vida das
pessoas, como a adoção do trabalho remoto, restrições em atividades cotidianas e a suspensão
de saídas não essenciais, como idas ao supermercado e aulas presenciais, gerando efeitos
colaterais duradouros, como angústia, ansiedade e medo (Couto; Couto; Cruz, 2020). Essa
nova realidade se reflete na saúde mental, na qual a COVID-19 atua como um estressor
global, que se caracteriza como um estímulo ambiental, gerando uma resposta psicológica e
fisiológica particular, desencadeando reações únicas em cada indivíduo devido à incerteza
associada ao cenário desconhecido. O estresse psicológico severo pode, inclusive, levar a
distúrbios do sono e desconforto físico (Kaparounaki et al., 2020).
Em diversos países, a pandemia gerou uma crise significativa na saúde mental,
resultando em um aumento substancial do sofrimento psíquico. Uma pesquisa no Reino
Unido, com 53.351 participantes, relatou um aumento de 19% para 27% neste aspecto (Pierce
et al., 2020). Além disso, uma meta-análise destacou elevados níveis de transtorno de estresse
pós-traumático, depressão e ansiedade em diversas populações (Vindegaard; Benros, 2020).
Essa crise não se limitou à saúde mental e se estendeu para várias áreas, incluindo impactos
econômicos, industriais, profissionais e educacionais. Globalmente, mais de 1,5 bilhão de
estudantes foram afetados, passando para aulas online, inclusive no Brasil (Unesco, 2022).
Dentre as repercussões desencadeadas na saúde mental pela pandemia, encontra-se o
Transtorno Mental Comum (TMC), que corresponde a um padrão de sofrimento psicológico
de significação clínica que costuma estar associado a um mal-estar ou a uma incapacidade. É
caracterizado como transtorno de sofrimento psíquico, de casos clínicos agudos com remissão
espontânea, de natureza depressiva, ansiosa e dissociativa, tendo como principais sintomas a
insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas
(Moraes et al., 2017).
De acordo com Steel et al. (2014), a prevalência mundial do TMC apresenta uma taxa
de 29,2% com maior predomínio no sexo feminino em virtude de obrigações domésticas,
trabalho e família (Steel et al., 2014). No Brasil, a prevalência pode variar de 39% (Almeida;
Barbosa; Avena, 2022) a 71,52% (Barros; Peixoto, 2023). Em estudantes universitários, os
transtornos mentais são comumente diagnosticados, sendo a ansiedade o mais proeminente,
relacionada a rotina acadêmica em detrimento de atividades como provas, seminários,
trabalhos e estágios (Mclafferty et al., 2017).
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
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Dessa maneira, destaca-se que a vida universitária é marcada como um período
desafiador, repleto de oportunidades de aprendizado e ampliação de habilidades e
competências profissionais e pessoais. No entanto, considerando que em muitos casos a
transição e adaptação ao Ensino Superior está atrelada à fase do desenvolvimento psicossocial
da adolescência ou do jovem adulto, ela também pode levar a um cenário de vulnerabilidade,
sendo também um momento de grande estresse e pressão, que somado ao contexto pandêmico
pode desencadear o TMC (Lopes et al., 2022). Fatores como pressão acadêmica, baixa
qualidade do sono (Al-Khani et al., 2019), má alimentação (Sousa et al., 2021), queixa de dor
(Serbic; Friedrich; Murray, 2023) e uso de dispositivos móveis (Grant; Lust; Chamberlain,
2019) têm sido descritos individualmente na literatura como possíveis preditores para o TMC.
Apesar do exposto, que seja de conhecimento dos autores, são poucas as pesquisas que
avaliam a suspeita de TMC e possíveis fatores associados em universitários no Brasil pós-
distanciamento social. Portanto, o presente estudo tem como objetivo investigar a prevalência
de Transtorno Mental Comum e sua relação com fatores associados à saúde de universitários
pós-distanciamento social na pandemia da COVID-19.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado em duas universidades (pública
e privada) localizadas na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, sendo ambas reconhecidas como
referência no estado. Caracteriza-se um recorte de um projeto maior intitulado “Uso do
smartphone e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social durante a
pandemia da Covid-19”. A coleta de dados ocorreu entre os mês es de setembro e dezembro
de 2022 de forma virtual.
A população do estudo foi composta por universitários dos cursos dos Centros de
Ciências da Saúde (CCS) e de Tecnologia (CCT), e a escolha destes centros justifica-se por
terem mantido as aulas no formato remoto/híbrido durante os anos de 2020 até a metade de
2021, a fim de cumprir os decretos de distanciamento social. Estimou-se 358 participantes
para a representatividade da população, a partir de cálculo amostral para estudos transversais
baseado em uma população finita (N) de 12.677 universitários, desvio padrão (σ) de 3,2 h na
variável tempo de uso do smartphone (Callou Filho, 2021), margem de erro (E) de 20 min
(0,33h) e intervalo de confiança de 95%, utilizando a fórmula (Martins,
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ABDON
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2010). Para respeitar as proporções, 155 eram da instituição pública e 203 eram da instituição
privada.
Os critérios de inclusão foram: estar matriculado em um dos cursos dos centros
supracitados e ter participado das aulas on-line ofertadas nos anos de 2020 e 2021. Foram
excluídos aqueles que se ausentaram das aulas por licença saúde ou por trancamento de
matrícula no período dos anos de 2020 e 2021, além dos universitários com deficiência visual
pela não adaptabilidade do instrumento de coleta utilizado no estudo.
O recrutamento ocorreu por convite presencial nos campi das instituições
selecionadas. Após devidas explicações do estudo, o participante poderia acessar o QR code
para ser direcionado ao formulário eletrônico.
A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário elaborado no Google
Forms®, contendo os seguintes instrumentos: 1) questionário socioeconômico e avaliação
geral de saúde; 2) Self-Report Questionnaire (SRQ-20) para detectar suspeita de transtornos
mentais comuns (TMC); 3) Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR) para investigar a
dependência do celular; 4) Questionário Internacional de Atividade Física versão curta
(International Physical Activity Questionnaire - IPAQ) para avaliar o nível de atividade
física; 5) Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR) para avaliar a qualidade do sono e 6)
Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos para avaliar a ocorrência de dor
musculoesquelética (Nordic Musculoskeletal Questionnaire NMQ).
No questionário socioeconômica e avaliação geral de saúde foram coletadas variáveis
com base nas informações extraídas da Pesquisa Nacional de Saúde (Ibge, 2019), incluindo
idade, sexo, cor da pele autorreferida, classe social, atividade remunerada, tipo de instituição
de ensino, centro do curso, autoavaliação de saúde, consumo de bebidas alcoólicas e
tabagismo.
O SRQ-20 possui 20 questões com resposta binária, sim (1 ponto) e não (zero ponto),
sobre sintomas psicossomáticos para rastreamento de Transtornos Mentais Comuns (TMC),
validado para o Brasil (Moraes et al., 2017). A pontuação é obtida pela soma das respostas,
sendo o ponto de corte ideal os valores de 7/8, com sensibilidade de 86,3% e especificidade
de 89,3%. Neste estudo, o ponto de corte adotado para suspeita de TMC foi de 8,
independente do sexo e fundamentado em outros estudos no Brasil (Moraes et al., 2017). Esta
variável é o desfecho deste estudo.
O SPAI-BR possui 26 questões que avaliam a dependência do celular com resposta
sim (1) e não (0), sendo validado para o português com estudantes universitários. A pontuação
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
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final é obtida pela soma das respostas, sendo o ponto de corte 7 utilizado para identificar a
dependência do celular, tendo sensibilidade de 90,54% e especificidade de 59,93% (Khoury et
al., 2017).
O IPAQ versão curta possui oito questões abertas que estimam o tempo dedicado
semanalmente a diferentes dimensões de atividade física, como caminhadas e exercícios de
intensidade moderada e vigorosa, além do tempo gasto em comportamento sedentário, como
períodos sentados (Matsudo et al., 2001). Este instrumento foi validado para o português
(Pinto Guedes; Correa Lopes; Pinto Guedes, 2005). Neste estudo, o nível de atividade física
foi categorizado como ativo (>150 min/semana de alguma atividade física) e sedentário (≤
150 min/semana de alguma atividade física (Franco et al., 2021).
O NMQ possui uma figura humana dividida em nove áreas anatômicas, abrangendo
todas as partes do corpo: região cervical, ombros, região torácica, cotovelos, punhos/mãos,
região lombar, quadris/coxas, joelhos, tornozelos/pés. Apresenta uma resposta binária, sim ou
não, para a ocorrência de dor crônica musculoesquelética em cada região anatômica nos
últimos doze meses. Este instrumento foi adaptado para o português (Pinheiro; Tróccoli;
Carvalho, 2002).
O PSQI-BR possui 19 questões autoavaliadas, distribuídas em 7 componentes: 1)
qualidade do sono, 2) latência do sono, 3) duração do sono, 4) eficiência do sono, 5)
distúrbios do sono, 6) uso de medicamentos para dormir e 7) morte diurna. Cada componente
recebe uma pontuação variando de 0 a 3, totalizando uma pontuação global que pode variar de
0 a 21. O ponto de corte para considerar uma boa qualidade de sono é 5, enquanto uma
pontuação acima de 5 indica má qualidade (Bertolazi et al., 2011).
Os dados foram analisados pela estatística descritiva e inferencial pelo programa SPSS
Statistic versão 23.0 IBM®. As variáveis categóricas foram apresentadas por meio da
frequência absoluta (n) e relativa (%) e as variáveis numéricas por meio da média ± desvio
padrão (DP). Na análise inferencial entre o desfecho TMC em comparação com as variáveis
de interesse, foi aplicado o teste de Qui-quadrado de Pearson, seguido do cálculo da razão de
chances (odds ratio) e os respectivos intervalos de confiança.
Posteriormente, foi realizada a análise de regressão logística múltipla para construção
do modelo final, utilizando o método stepwise backward com inclusão de associações que
apresentaram significância até <0,10 na análise inferencial. Foram estimados o OR ajustado e
seus respectivos intervalos de confiança (IC). Foi adotado nível de significância de 5%
(p<0,05).
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA e Ana Paula de Vasconcelos
ABDON
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Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos de
ambas as instituições pública e privada (pareceres de 5.526.758 e 5.739.427,
respectivamente). Ressalta-se que os participantes deram seu consentimento mediante
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
Em relação às características socioeconômicas, a maioria dos universitários
encontrava-se na faixa etária abaixo de 25 anos (81,8%, n=293), com uma média de idade de
22,7 (±4,5) anos. Destacavam-se as proporções do sexo feminino (57,5%, n=206), cor
autorreferida parda (46,9%, n=168), classe social D (33,0%, n=118) e com atividade
remunerada (37,7%, n=135). Quanto à instituição de ensino, 56,7% (n=203) era de instituição
particular e 43,3% (n=155) de instituição pública, sendo 41,6% (n=149) dos cursos de saúde e
58,4% (n=209) de tecnologia (Tabela 1).
Em relação a avaliação geral de saúde, 39,9% (n=143) avaliaram sua saúde como
ruim, 54,2% (n=194) consumiam bebida alcoólica e 9,5% (n=34) eram tabagistas. Do total,
68,9% (n=250) tinham dependência do celular 15,1% (n=54) foram classificados como
sedentários e 69,6% (n=249) apresentavam qualidade do sono. As queixas de dor crônica
musculoesquelética e suas respectivas proporções nas regiões do corpo foram: 69,0% (n=247)
no pescoço, 52,2% (n=187) nos ombros, 58,9% (n=211) na região superior das costas, 15,9%
(n=57) nos cotovelos e 50,8% (n=182) nos punhos/mãos (Tabela 1).
Tabela 1 - Distribuição das variáveis socioeconômica e avaliação geral de saúde dos
estudantes universitários. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2022
n
%
65
18,2
293
81,8
152
42,5
206
57,5
168
46,9
153
42,7
27
7,5
7
2,0
3
0,9
20
5,8
67
18,4
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
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DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 8
n
%
98
27,4
118
33,0
55
15,4
135
37,7
203
56,7
155
43,3
149
41,6
209
58,4
143
39,9
164
48,8
34
9,5
250
68,9
54
15,1
249
69,6
247
69,0
187
52,2
211
58,9
57
15,9
182
50,8
Nota: n=frequência absoluta; %=percentual; DP=desvio padrão. *salário-mínimo de R$ 1.212,00
Fonte: Dados da pesquisa.
A prevalência de Transtorno de Mental Comum foi de 53,9% (n=193) nos estudantes
universitários. Nas análises das respostas do instrumento, foi verificado que 67% (n=240)
sentiam-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado(a), 58,9% (n=211) se cansavam com
facilidade, 54,7% (n=196) tinham dificuldades para tomar decisões e 51,4% (n=184) sentiam-
se triste ultimamente (Tabela 2).
Tabela 2 - Distribuição das questões para rastreamento de Transtorno Mental Comum dos
universitários. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2022
Variáveis
n
%
Questões para rastreamento
Sim
Tem dores de cabeça frequentes
156
43,6
Tem falta de apetite
76
21,2
Dorme mal
189
52,8
Assusta-se com facilidade
156
43,6
Tem tremores de mão
94
26,3
Sente-se nervoso (a), tenso (a) ou preocupado (a)
240
67,0
Tem má digestão
101
28,2
Tem dificuldade de pensar com clareza
143
39,9
Tem se sentido triste ultimamente
184
51,4
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA e Ana Paula de Vasconcelos
ABDON
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DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 9
Tem chorado mais do que de costume
117
32,7
Encontra dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias
179
50,0
Tem dificuldade para tomar decisões
196
54,7
Tem dificuldades no serviço (seu trabalho é penoso, causa sofrimento)
1
0,3
É incapaz de desempenhar um papel útil em sua vida
76
21,2
Tem perdido o interesse pelas coisas
149
41,6
Você se sente uma pessoa inútil sem préstimo
101
28,2
Tem tido ideias de acabar com a vida
53
14,8
Sente-se cansado (a) o tempo todo
203
56,7
Tem sensações desagradáveis no estômago
127
35,5
Você se cansa com facilidade
211
58,9
Transtorno Mental Comum (TMC) (sim)
193
53,9
Nota: n=frequência absoluta; %=percentual; DP=desvio padrão. *salário-mínimo de R$ 1.212,00
Fonte: Dados da pesquisa.
Na análise inferencial entre TMC com as variáveis de interesse, verificou-se
associações significativas entre sexo feminino (OR=1,58; p=0,033), autoavaliação de saúde
ruim (OR=4,45; p<0,001), tabagismo (OR=3,69; p=0,002), dependência do celular (OR=4,04;
p<0,001), qualidade do sono ruim (OR=6,50; p<0,001) e dor crônica musculoesquelética no
pescoço (OR=2,88; p<0,001), ombros (OR=2,40; p<0,001), região superior das costas
(OR=2,59; p<0,001), cotovelos (OR=3,87; p<0,001), punhos/mão (OR=3,00; p<0,001) e
região inferior das costas (OR=1,83; p=0,003) (Tabela 3).
Tabela 3 - Análise bivariada entre TMC e fatores associados à saúde dos universitários.
Fortaleza, Ceará, Brasil, 2022
Variáveis
TMC
OR bruto (IC95%)
p-valor
Não
n (%)
Sim
n (%)
Idade
0,097
≥ 25 anos
36 (21,8)
29 (15,0)
1
< 25 anos
129 (78,6)
164 (85,0)
1,57 (0,919-2,710)
Sexo
0,033*
masculino
80 (48,5)
72 (37,3)
1
feminino
58 (51,5)
121 (62,7)
1,58 (1,037-2,413)
Atividade remunerada
0,055
não
94 (57,0)
129 (66,8)
1
sim
71 (43,0)
64 (33,2)
0,65 (0,427-1,010)
Tipo de instituição
particular
101 (61,2)
102 (52,8)
1
0,111
pública
64 (38,8)
91 (47,2)
1,40 (0,923-2,147)
Centro do curso
0,617
Ciências da Saúde
71 (43,0)
78 (40,4)
1
Ciências Tecnológicas
97 (57,0)
115 (59,6)
1,11 (0,731-1,697)
Autoavaliação de saúde
<0,001*
Boa
129 (78,2)
86 (44,6)
1
Ruim
36 (21,8)
107 (55,4)
4,45 (2,798-7,104)
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
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Consumo de bebida alcoólica
0,234
Não
95 (57,6)
99 (51,3)
1
Sim
70 (42,4)
98 (48,7)
1,28 (0,848-1,958)
Tabagismo
0,002*
Não
158 (95,8)
165 (85,9)
1
Sim
7 (4,2)
27 (14,1)
3,69 (1,564-8,724)
Nível de atividade física
0,392
Ativo
143 (86,7)
161 (83,4)
1
Sedentário
22 (13,3)
32 (16,6)
1,29 (0,718-2,325)
Dependência do celular
<0,001*
Não
75 (45,5)
33 (17,1)
1
Sim
90 (54,5)
160 (82,9)
4,04 (2,490-6,556)
Qualidade do sono
<0,001*
Boa
83 (50,9)
26 (15,5)
1
Ruim
82 (49,7)
167 (86,5)
6,50 (3,890-10,867)
Queixa de dor crônica
musculoesquelética
Pescoço
<0,001*
Não
71 (43,0)
40 (20,7)
1
Sim
94 (57,0)
153 (79,3)
2,88 (1,815-4,599)
Ombros
Não
98 (59,4)
73 (38,7)
1
<0,001*
Sim
67 (40,6)
120 (62,2)
2,40 (1,571-3,680)
Região superior das costas
<0,001*
Não
88 (53,3)
59 (30,6)
1
Sim
77 (46,7)
134 (69,4)
2,59 (1,684-4,001)
Cotovelos
Não
153 (92,7)
148 (76,7)
1
<0,001*
Sim
12 (7,3)
45 (23,3)
3,87 (1,972-7,619)
Punhos/mão
<0,001*
Não
105 (63,6)
71 (36,8)
1
Sim
60 (36,4)
122 (63,2)
3,00 (1,953-4,630)
Região inferior das costas
0,003*
Não
87 (52,7)
73 (37,8)
1
Sim
78 (47,3)
120 (62,2)
1,83 (1,202-2,796)
OR=odds ratio; IC95%= Intervalo de confiança 95%; *p<0,05.
Fonte: Dados da pesquisa.
Na análise múltipla, TMC apresentou associação significativa com faixa etária <25
anos (OR=2,18; p=0,029), autoavaliação de saúde ruim (OR=4,29; p<0,001), tabagismo
(OR=3,02; p=0,028), dependência do celular (OR=3,10; p<0,001), qualidade do sono ruim
(OR=3,92; p<0,001) e com queixa de dor crônica musculoesquelética nas regiões do ombro
(OR 2,46; p=0,001) e cotovelo (OR 2,96; p=0,012) (Tabela 4).
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Tabela 4 - Análise de regressão logística múltipla entre o Transtorno Mental Comum e
fatores associados à saúde dos universitários. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2022
Variáveis
TMC
p-valor
OR ajustado (IC95%)
Idade (<25 anos)
2,18 (1,084-4,408)
0,029
Autoavaliação de saúde (ruim)
4,19 (2,396-7,331)
<0,001
Tabagismo (sim)
3,02 (1,125-8,147)
0,028
Dependência do celular (sim)
3,10 (1,726-5,571)
<0,001
Qualidade do sono (ruim)
3,92 (2,206-6,998)
<0,001
Queixa de dor crônica musculoesquelética (sim)
ombro
2,46 (1,449-4,200)
0,001
cotovelo
2,96 (1,273-6,881)
0,012
OR=odds ratio; IC95%= Intervalo de confiança 95%.
Fonte: Dados da pesquisa.
Discussão
Este estudo teve como propósito investigar a prevalência de TMC e sua associação
com fatores relacionados à saúde pós-distanciamento social decorrente da COVID-19 em
estudantes universitários. O ambiente universitário, embora seja um período de descobertas
intelectuais e crescimento pessoal, também apresenta desafios significativos que podem
impactar a saúde mental dos estudantes. Esse período, quando somado ao contexto pandêmico
como o da COVID-19, é um potencial estressor para o adoecimento psíquico. Preocupada
com essas questões, a OMS reconhece que a pandemia da COVID-19 predispõe o surgimento
da sindemia relacionada a saúde mental, caracterizada como problema de saúde pública
mundial, e incentiva pesquisas científicas sobre os fatores envolvidos, para fomentar a criação
de políticas públicas para o enfrentamento desta questão (WHO, 2022).
No presente estudo, constatou-se elevada prevalência de TMC (53,9%) entre os
universitários. A fim de viabilizar a comparação dos resultados obtidos é importante
considerar estudos que foram desenvolvidos no contexto pandêmico. Isto posto, um estudo de
meta-análise, que avaliou a prevalência global e os fatores de risco para problemas mentais,
identificou altas taxas de depressão (37%-45%), ansiedade (34%-42%) e estresse (27%-42%)
entre universitários de diferentes países (Peng et al., 2022). Outras pesquisas apontam que são
consideráveis os impactos psicológicos decorrentes da pandemia da COVID-19 nesta
população, sobretudo nos agravos da sintomatologia de ansiedade e depressão, como
evidenciado em estudos conduzidos na China (Cao et al., 2020), Estados Unidos (Wang et al.,
2020) e Polônia (Debowska et al., 2022).
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Covid-19
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No cenário brasileiro, a prevalência de TMC reportada varia entre 58,5% e 66,9%, em
universitários de diferentes áreas do conhecimento durante a pandemia (Mota et al., 2021;
Arar et al., 2023). Desta forma, constata-se o agravamento da saúde mental, tendo como
estressores o isolamento social, o afastamento de atividades acadêmicas presenciais, as
incertezas quanto ao processo acadêmico entre outros. Ademais, a vida acadêmica requer
responsabilidades e exigências, que associadas a rotina de estudos, prazos e deveres a serem
cumpridos podem desencadear problemas de saúde (Mclafferty et al., 2017), sobretudo o
mental (Rathakrishnan et al., 2021).
Ao analisar os fatores de saúde e TMC nos universitários, foi constatado relação com a
faixa etária inferior aos 25 anos, autoavaliação de saúde ruim, tabagismo, dependência do
celular, qualidade do sono ruim e com dor crônica musculoesquelética, nas regiões do ombro
e cotovelo.
estreita relação entre a autopercepção de saúde ruim com sinais de sofrimento
psicológico em universitários, que podem predispor ao desenvolvimento de transtornos
mentais, sendo uma importante variável para descrever o estado de saúde atual do indivíduo
(Ramos et al., 2023). No presente estudo foi verificado que 39,4% dos universitários
avaliaram sua saúde ruim pós-distanciamento social, e uma associação quatro vezes maior
para a ocorrência de TMC. Ademais, um discreto aumento na autoavaliação de saúde negativa
foi constatado ao comparar com outros estudos realizados na região Sudeste (Ramos et al.,
2023) e Sul do Brasil (Carlos et al., 2023), que variaram entre 32,7% a 32,4%,
respectivamente. Tal achado pode ser explicado por possíveis efeitos tardios da pandemia e
das aulas online, uma vez que o período da coleta dos dados da presente pesquisa ocorreu em
2022 e os outros estudos nos anos de 2020 e 2021.
Outro fator que demonstrou relação com o TMC foi o consumo de cigarro. A literatura
ainda apresenta limitação no entendimento das repercussões da pandemia nos processos
relacionados com a dependência. No que diz a respeito ao uso do tabaco, uma substância
fortemente viciante e amplamente utilizada, estudos indicam que os problemas de saúde
mental, destacadamente os sintomas depressivos e de hostilidade em fumantes são
significativamente maiores do que em não fumantes durante a pandemia da COVID-19 (Taş;
Üneri, 2023). Como antecedente, uma pesquisa multinacional realizada em países de baixa e
média renda, verificou-se considerável prevalência de tabagismo e sua associação com
sofrimento psíquico em jovens (Berg et al., 2018).
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Conforme apontado na literatura, uma relação bidirecional entre tabagismo e
problemas de saúde mental, e essa associação concentra-se em múltiplos mecanismos para
explicá-la. Dois desses mecanismos incluem o ato de fumar para reduzir sintomas depressivos
e a teoria da automedicação, que envolve o tabagismo como uma forma de aumentar a
vulnerabilidade ao estresse, gerando assim um efeito neurocíclico (Taş; Üneri, 2023).
Evidenciou-se também a associação do desfecho com a dependência do celular. De
maneira abrupta, durante a pandemia, os estudos presenciais foram substituídos por aulas
online. Nesse contexto, para adaptação da nova rotina e do modelo de ensino, o smartphone
emergiu como dispositivo mais utilizado (Cetic, 2022). Quanto aos impactos do uso do
celular na saúde mental, estudos conduzidos na China constataram problemas de ansiedade e
depressão associados ao uso excessivo do dispositivo durante o período pandêmico (Cao et
al., 2020). Anteriormente, pesquisas realizadas na Hungria (Körmendi, 2015) e na Turquia
(Fischer-Grote; Kothgassner; Felnhofer, 2019) verificaram que o tempo de utilização do
smartphone está diretamente relacionado com a impulsividade, a ansiedade, a depressão e
com os sintomas de hostilidade. Este corrobora com estudos no Japão (Nishida; Tamura;
Sakakibara, 2019) e na Coreia (Kim et al., 2020), onde se observou que quanto maior o tempo
de uso, maior é o risco de ocorrência de sintomas depressivos e pensamentos suicidas.
No presente estudo foi verificado que 69,6% dos universitários apresentavam
qualidade do sono ruim, associado a quatro vezes mais chance de TMC. Além disso, 52,8%
informaram que dormiam mal, o que caracteriza uma autopercepção ruim do sono. Em
concordância com estes achados, uma pesquisa conduzida em sete países revelou uma alta
prevalência de sono insatisfatório (55,3%) e uma duração inadequada do sono (7,5 horas) (Du
et al., 2021). Os riscos para a saúde, as rigorosas medidas preventivas e as mudanças radicais
no estilo de vida, características marcantes do período de isolamento social são possíveis
fatores que interferem na qualidade do sono e no estado mental dos estudantes (Eleftheriou et
al., 2021).
A queixa de dor crônica musculoesquelética apresentou associação com o TMC.
Estudo ressalta que o isolamento social e mudanças nas rotinas diárias têm contribuído para o
surgimento ou agravamento da dor musculoesquelética e problemas de saúde mental em
estudantes universitários. O aumento significativo na prevalência de dores no pescoço e
ombros na faixa etária de 20 a 34 anos nas últimas décadas é atribuído, em grande parte, ao
cenário pandêmico. Os movimentos repetitivos e o uso prolongado de dispositivos portáteis
durante as atividades educacionais em home office são apontados como fatores contribuintes.
Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
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Esse padrão de comportamento torna essa população mais suscetível a lesões
musculoesqueléticas, manifestando-se por meio de sintomas como fadiga, dores nos ombros,
pescoço e mãos, assim como observado no presente estudo (Oliveira et al., 2022).
Diante aos resultados encontrados, alerta-se para os possíveis impactos da pandemia
da COVID-19 na saúde mental de universitários. Dentre os efeitos observados, estão o
aumento da prevalência de TMC e possíveis fatores relacionados. Acredita-se que a
sobrecarga de responsabilidades, as altas expectativas acadêmicas e a necessidade de
equilibrar vida pessoal e estudos podem criar uma pressão intensa, contribuindo para o
surgimento e agravamento desses transtornos. Nesta perspectiva, explorar e compreender essa
dinâmica é essencial, para desenvolver estratégias de apoio à saúde mental eficazes e
promover ambientes acadêmicos que considerem os desafios específicos enfrentados pelos
estudantes durante a pandemia, pois mesmo com remissão da crise sanitária, suas
repercussões na saúde mental podem estendesse por longos prazos.
Ademais, este estudo reconhece limitações como a coleta de dados que se restringiu à
universitários de apenas duas áreas (Ciências da Saúde e Tecnológicas) e a falta de adaptação
dos instrumentos para deficientes visuais, que podem dificultar a generalização dos resultados
para outras populações. Além disso, fragilidade do desenho do estudo, que impede
inferências causais. Contudo, os resultados apresentados podem contribuir para a discussão do
tema e incentivar pesquisas futuras.
Conclusão
Constatou-se elevada prevalência de suspeita de TMC e sua possível associação com
múltiplos fatores relacionados à saúde dos universitários pós-distanciamento social na
pandemia da COVID-19. Verificou-se que a idade inferior a 25 anos, o tabagismo, a
dependência do smartphone, a qualidade do sono ruim e a queixa de dor crônica
musculoesquelética apresentam relação significativa com o TMC. Diante destes achados,
alerta-se para o monitoramento do TMC nas universidades e possíveis fatores relacionados,
para que possam ser adotadas estratégias de enfrentamento desta questão de saúde em
cenários de crise sanitária.
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA e Ana Paula de Vasconcelos
ABDON
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Prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na Pandemia da
Covid-19
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAPES pelo apoio à pesquisa por meio da concessão de bolsa de estudos PROSUP. Aos
alunos de iniciação cientifica. As instituições e seus respectivos universitários pela
participação na pesquisa.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres
Humanos de ambas as instituições participantes Universidade Federal do Ceará e
Universidade de Fortaleza com pareceres de nº 5.526.758 e nº 5.739.427, respectivamente.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Francisco Valter Miranda Silva (Concepção, coleta de dados,
escrita e revisão final do manuscrito); Ticiana Mesquita de Oliveira Fontenele (escrita e
revisão crítica do manuscrito); Ana Valeska Siebra e Silva (revisão crítica do manuscrito)
Ana Paula Vasconcellos Abdon (Concepção, análise dos dados e revisão crítica do
manuscrito).
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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PREVALENCE OF COMMON MENTAL DISORDER (CMD) AND FACTORS
ASSOCIATED WITH THE HEALTH OF UNIVERSITY STUDENTS AFTER
SOCIAL DISTANCING IN THE COVID-19 PANDEMIC
PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO MENTAL COMUM (TMC) E FATORES
ASSOCIADOS À SAÚDE DE UNIVERSITÁRIOS PÓS-DISTANCIAMENTO SOCIAL
NA PANDEMIA DA COVID-19
PREVALENCIA DEL TRASTORNO MENTAL COMÚN (TMC) Y FACTORES
ASOCIADOS A LA SALUD DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS TRAS EL
DISTANCIAMIENTO SOCIAL EN LA PANDEMIA DE COVID-19
Francisco Valter. M. SILVA1
e-mail: valtermiranda15@gmail.com
Ticiana M. de O. FONTENELE2
e-mail: ticimesquita@unifor.br
Ana Valeska S. e SILVA3
e-mail: ana.valeska@uece.br
Ana Paula de V. ABDON4
e-mail: paulaabdon@unifor.br
How to reference this paper:
SILVA, F. V. M.; FONTENELE, T. M. de O.; SILVA, A.
V. S. e; ABDON, A. P. V. Prevalence of Common Mental
Disorder (CMD) and factors associated with the health of
university students after social distancing in the COVID-19
pandemic. Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v.
9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406
| Submitted: 20/12/2023
| Revisions required: 20/01/2024
| Approved: 25/01/2024
| Published: 12/07/2024
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University of Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brazil. Master's degree in Public Health from UNIFOR.
State University of Ceará (UECE), Fortaleza CE Brazil. Doctoral degree candidate in the Postgraduate
Program in Clinical Health Care (UECE).
2
University of Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brazil. Doctoral degree candidate in the Postgraduate
Program in Public Health.
3
State University of Ceará (UECE), Fortaleza CE Brazil. Professor in the Postgraduate Program in Clinical
Health Care (UECE).
4
University of Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza CE Brazil. Professor in the Postgraduate Program in Public
Health at UNIFOR.
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 2
ABSTRACT: The objective was to investigate the prevalence of Common Mental Disorders
and their relationship with factors associated with the health of university students after social
distancing during the COVID-19 pandemic. This is a cross-sectional study, at two universities
in Fortaleza-CE, Brazil. 358 university students from health sciences and technology centers
participated. Multiple logistic regression was applied using SPSS Statistics. The prevalence of
CMD was 59.3% and was related to age <25 years (OR=2.18; p=0.029), poor self-rated health
(OR=4.29; p<0.001), smoking (OR=3.02; p=0.028), cell phone dependence (OR=3.10;
p<0.001), poor sleep quality (OR=3.92; p<0.001), musculoskeletal pain in the shoulder
(OR=2.46; p=0.001) and elbow (OR=2.96; p=0.012). A high prevalence of CMD and its
association with multiple health-related factors was found.
KEYWORDS: Common Mental Disorder. College students. Associated Factors. COVID-19.
RESUMO: Objetivou-se investigar a prevalência de Transtorno Mental Comum e sua
relação com fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na
pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo transversal, em duas universidades de
Fortaleza-CE, Brasil. Participaram 358 universitários dos centros de ciências da saúde e de
tecnologias. Aplicou-se a regressão logística múltipla através do SPSS Statistics. A
prevalência de TMC foi 59,3% e apresentou relação com idade <25 anos (OR=2,18;
p=0,029), autoavaliação de saúde ruim (OR=4,29; p<0,001), tabagismo (OR=3,02;
p=0,028), dependência do celular (OR=3,10; p<0,001), qualidade do sono ruim (OR=3,92;
p<0,001), dor musculoesquelética no ombro (OR=2,46; p=0,001) e cotovelo (OR=2,96;
p=0,012). Constatou-se elevada prevalência de TMC e sua associação com múltiplos fatores
relacionados à saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Mental Comum. Universitários. Fatores Associados.
COVID-19.
RESUMEN: El objetivo fue investigar la prevalencia del Trastorno Mental Común y su
relación con factores asociados a la salud de los estudiantes universitarios y al
distanciamiento social durante la pandemia de COVID-19. Se trata de un estudio transversal,
en universidades de Fortaleza-CE, Brasil. Participaron 358 estudiantes universitarios de
centros científicos y tecnológicos de la salud. Se apliregresión logística múltiple mediante
SPSS Statistics. La prevalencia de TMC fue de 59,3% y se relacionó con edad <25 años
(OR=2,18; p=0,029), mala autoevaluación de salud (OR=4,29; p<0,001), tabaquismo
(OR=3,02; p= 0,028), dependencia del teléfono celular (OR=3,10; p<0,001), mala calidad
del sudor (OR=3,92; p<0,001), dolor musculoesquelético en el hombro (OR=2,46; p=0,001)
y código (OR=2,96; p=0,012). Se encontró una alta prevalencia de TMC y su asociación con
múltiples factores relacionados con la salud.
PALABRAS CLAVE: Trastorno mental común. Estudiantes universitarios. Factores
asociados. COVID-19.
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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Introduction
The COVID-19 pandemic has brought unexpected changes to people's lifestyles, such
as the adoption of remote work, restrictions on daily activities, and the suspension of non-
essential outings such as trips to the supermarket and in-person classes, resulting in lasting
side effects such as distress, anxiety, and fear (Couto; Couto; Cruz, 2020). This new reality is
reflected in mental health, where COVID-19 acts as a global stressor, characterized as an
environmental stimulus generating a unique psychological and physiological response,
triggering individual reactions due to uncertainty associated with the unknown scenario.
Severe psychological stress can even lead to sleep disturbances and physical discomfort
(Kaparounaki et al., 2020).
In various countries, the pandemic has caused a significant mental health crisis,
resulting in a substantial increase in psychological suffering. A study in the United Kingdom,
involving 53,351 participants, reported an increase from 19% to 27% in this aspect (Pierce et
al., 2020). Furthermore, a meta-analysis highlighted high levels of post-traumatic stress
disorder, depression, and anxiety across various populations (Vindegaard; Benros, 2020). This
crisis has not been limited to mental health and has extended to various areas, including
economic, industrial, professional, and educational impacts. Globally, over 1.5 billion
students have been affected, transitioning to online classes, including in Brazil (Unesco,
2022).
Among the mental health repercussions triggered by the pandemic is Common Mental
Disorders (CMD), which corresponds to a pattern of psychological suffering of clinical
significance often associated with distress or incapacity. It is characterized by disorders of
psychological distress, acute clinical cases with spontaneous remission, of a depressive,
anxious, and dissociative nature, with main symptoms including insomnia, fatigue, irritability,
forgetfulness, difficulty concentrating, and somatic complaints (Moraes et al., 2017).
According to Steel et al. (2014), the global prevalence of CMD stands at a rate of
29.2%, with a higher prevalence among females due to domestic obligations, work, and
family (Steel et al., 2014). In Brazil, prevalence ranges from 39% (Almeida; Barbosa; Avena,
2022) to 71.52% (Barros; Peixoto, 2023). Mental disorders are commonly diagnosed in
university students, with anxiety being the most prominent, related to the academic routine
involving exams, seminars, assignments, and internships (Mclafferty et al., 2017).
Thus, university life is marked as a challenging period, full of learning opportunities
and the expansion of professional and personal skills and competencies. However,
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
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considering that in many cases, the transition and adaptation to higher education are linked to
the psychosocial development phase of adolescence or young adulthood, it can also lead to a
scenario of vulnerability, being a time of high stress and pressure, exacerbated by the
pandemic context, which can trigger CMD (Lopes et al., 2022). Factors such as academic
pressure, poor sleep quality (Al-Khani et al., 2019), poor nutrition (Sousa et al., 2021),
complaints of pain (Serbic; Friedrich; Murray, 2023) and mobile device use (Grant; Lust;
Chamberlain, 2019) have been individually described in the literature as possible predictors of
CMD.
Despite the above, to the best knowledge of the authors, there is limited research
assessing suspected CMD and associated factors in Brazilian university students post-social
distancing. Therefore, the present study aims to investigate the prevalence of Common Mental
Disorders and their relationship with associated factors in the health of university students
post-social distancing during the COVID-19 pandemic.
Methodology
This is a cross-sectional and analytical study conducted at two universities (public and
private) located in Fortaleza, Ceará, Brazil, both recognized as state references. It constitutes a
segment of a larger project titled "Smartphone Use and Associated Factors in the Health of
University Students Post-Social Distancing during the Covid-19 Pandemic." Data collection
took place virtually between September and December 2022.
The study population consisted of university students from the Health Sciences (CCS)
and Technology (CCT) Centers. These centers were chosen because they maintained classes
in remote/hybrid formats from 2020 until mid-2021 to comply with social distancing decrees.
A sample size of 358 participants was estimated to represent the population, based on finite
population sampling calculation (N = 12,677 university students), standard deviation (σ) of
3.2 hours in the smartphone usage variable (Callou Filho, 2021), margin of error (E) of 20
minutes (0.33 hours), and a 95% confidence interval, using the formula
(Martins, 2010). To maintain proportions, 155 participants were from the public institution
and 203 from the private institution.
Inclusion criteria were enrollment in courses from the aforementioned centers and
participation in online classes offered from 2020 to 2021. Exclusion criteria included absence
from classes due to medical leave or enrollment suspension during the 2020-2021 period, and
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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visually impaired students due to the inadaptability of the data collection instrument used in
the study. Recruitment was conducted through in-person invitations on the campuses of the
selected institutions. After providing study explanations, participants could access a QR code
to be directed to the electronic form.
Data collection was conducted through a Google Forms® questionnaire, comprising
the following instruments: 1) Socioeconomic and general health questionnaire; 2) Self-Report
Questionnaire (SRQ-20) to detect suspicion of Common Mental Disorders (CMD); 3)
Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR) to investigate cellphone dependency; 4)
International Physical Activity Questionnaire - short form (IPAQ) to assess physical activity
levels; 5) Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR) to evaluate sleep quality; 6) Nordic
Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) to assess musculoskeletal symptoms.
The socioeconomic and general health questionnaire collected variables based on data
extracted from the National Health Survey (IBGE, 2019), including age, gender, self-reported
skin color, socioeconomic status, employment status, type of educational institution, course
center, self-rated health, alcohol consumption, and smoking habits.
The SRQ-20 consists of 20 binary questions (yes = 1 point, no = 0 points) assessing
psychosomatic symptoms to screen for Common Mental Disorders (CMD), validated for
Brazil (Moraes et al., 2017). Scores are summed, with an optimal cutoff point of 7/8,
demonstrating a sensitivity of 86.3% and specificity of 89.3%. In this study, a cutoff score of
8 was adopted for suspicion of CMD, irrespective of gender, based on other studies in Brazil
(Moraes et al., 2017). This variable serves as the outcome measure in this study.
The SPAI-BR comprises 26 questions assessing cellphone dependency, with responses
of yes (1) or no (0), validated in Portuguese with university students. The final score is the
sum of responses, with a cutoff of 7 indicating cellphone dependency, demonstrating a
sensitivity of 90.54% and specificity of 59.93% (Khoury et al., 2017).
The short form IPAQ includes eight open-ended questions estimating weekly time
spent on different dimensions of physical activity, such as walking and moderate-to-vigorous
intensity exercises, as well as time spent in sedentary behavior, such as sitting periods
(Matsudo et al., 2001). This instrument was validated in Portuguese (Pinto Guedes; Correa
Lopes; Pinto Guedes, 2005). Physical activity levels were categorized in this study as active
(>150 minutes/week of any physical activity) and sedentary (≤ 150 minutes/week of any
physical activity) (Franco et al., 2021).
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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The Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) consists of a human figure divided
into nine anatomical areas, covering all parts of the body: cervical region, shoulders, thoracic
region, elbows, wrists/hands, lumbar region, hips/thighs, knees, ankles/feet. It provides a
binary response, yes or no, for the occurrence of chronic musculoskeletal pain in each
anatomical region over the past twelve months. This instrument was adapted into Portuguese
(Pinheiro; Tróccoli; Carvalho, 2002).
The Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR) comprises 19 self-rated questions
distributed across 7 components: 1) sleep quality, 2) sleep latency, 3) sleep duration, 4) sleep
efficiency, 5) sleep disturbances, 6) use of sleeping medication, and 7) daytime dysfunction.
Each component is scored from 0 to 3, totaling a global score ranging from 0 to 21. A cutoff
score of 5 indicates good sleep quality, while a score above 5 indicates poor quality
(Bertolazi et al., 2011).
Data were analyzed using descriptive and inferential statistics with IBM® SPSS
Statistics version 23.0. Categorical variables were presented as absolute frequency (n) and
relative frequency (%), while numerical variables were presented as mean ± standard
deviation (SD). Pearson's chi-square test was applied for inferential analysis, comparing the
CMD outcome with variables of interest, followed by the calculation of odds ratios (OR) and
their respective confidence intervals.
Subsequently, multiple logistic regression analysis was performed to build the final
model using the stepwise backward method, including associations with significance up to
<0.10 in the inferential analysis. Adjusted ORs and their respective confidence intervals (CI)
were estimated. A significance level of 5% (p < 0.05) was adopted.
This study was approved by the Research Ethics Committee of both public and private
institutions (approval numbers 5,526,758 and 5,739,427, respectively). Participants provided
informed consent by signing the Informed Consent Form.
Results
Regarding socioeconomic characteristics, the majority of university students were
below 25 years of age (81.8%, n=293), with a mean age of 22.7 (±4.5) years. Females
constituted a significant proportion (57.5%, n=206), self-reported race as mixed (46.9%,
n=168), socioeconomic class D (33.0%, n=118), and engaged in remunerative activities
(37.7%, n=135). Regarding the type of educational institution, 56.7% (n=203) attended
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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private institutions, and 43.3% (n=155) attended public institutions, with 41.6% (n=149)
enrolled in health courses and 58.4% (n=209) in technology courses (Table 1).
In terms of overall health assessment, 39.9% (n=143) rated their health as poor, 54.2%
(n=194) reported alcohol consumption, and 9.5% (n=34) were smokers. Among the total,
68.9% (n=250) exhibited smartphone dependency, 15.1% (n=54) were classified as sedentary,
and 69.6% (n=249) reported poor sleep quality. Complaints of chronic musculoskeletal pain
and their respective proportions in body regions were as follows: 69.0% (n=247) in the neck,
52.2% (n=187) in the shoulders, 58.9% (n=211) in the upper back region, 15.9% (n=57) in the
elbows, and 50.8% (n=182) in the wrists/hands (Table 1).
Table 1 - Distribution of socioeconomic variables and general health assessment among
university students. Fortaleza, Ceará, Brazil, 2022
n
%
65
18,2
293
81,8
152
42,5
206
57,5
168
46,9
153
42,7
27
7,5
7
2,0
3
0,9
20
5,8
67
18,4
98
27,4
118
33,0
55
15,4
135
37,7
203
56,7
155
43,3
149
41,6
209
58,4
143
39,9
164
48,8
34
9,5
250
68,9
54
15,1
249
69,6
247
69,0
187
52,2
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024014, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 8
n
%
211
58,9
57
15,9
182
50,8
*Note: n=absolute frequency; %=percentage; SD=standard deviation. minimum wage of R$ 1,212.00.
Source: Research data.
The prevalence of Common Mental Disorder was 53.9% (n=193) among university
students. Analysis of instrument responses revealed that 67% (n=240) felt nervous, tense, or
worried, 58.9% (n=211) easily became tired, 54.7% (n=196) had difficulty making decisions,
and 51.4% (n=184) felt sad recently (Table 2).
Table 2 - Distribution of questions for screening Common Mental Disorders among
university students. Fortaleza, Ceará, Brazil, 2022
Variables
n
%
Tracking questions
Yes
Have frequent headaches
156
43,6
Has a lack of appetite
76
21,2
Sleep poorly
189
52,8
Scares easily
156
43,6
Has hand tremors
94
26,3
Feeling nervous, tense, or worried
240
67,0
Have poor digestion
101
28,2
Has difficulty thinking clearly
143
39,9
Have you been feeling sad lately
184
51,4
Been crying more than usual
117
32,7
You find it difficult to carry out your daily activities satisfactorily
179
50,0
Has difficulty making decisions
196
54,7
Has difficulties at work (his work is painful, and causes suffering)
1
0,3
Is unable to play a useful role in your life
76
21,2
You have lost interest in things
149
41,6
You feel like a worthless, useless person
101
28,2
Have you had ideas about ending your life?
53
14,8
Feel tired all the time
203
56,7
You have unpleasant sensations in your stomach
127
35,5
You get tired easily
211
58,9
Common Mental Disorder (CMD) (yes)
193
53,9
*Note: n=absolute frequency; %=percentage; SD=standard deviation. minimum wage of R$ 1,212.00.
Source: Research data.
In inferential analysis between Common Mental Disorder (CMD) and the variables of
interest, significant associations were found with the female sex (OR=1.58; p=0.033), self-
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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rated poor health (OR=4.45; p<0.001), smoking (OR=3.69; p=0.002), cell phone dependence
(OR=4.04; p<0.001), poor sleep quality (OR=6.50; p<0.001), and chronic musculoskeletal
pain in the neck (OR=2.88; p<0.001), shoulders (OR=2.40; p<0.001), upper back (OR=2.59;
p<0.001), elbows (OR=3.87; p<0.001), wrists/hands (OR=3.00; p<0.001), and lower back
(OR=1.83; p=0.003) (Table 3).
Table 3 - Bivariate analysis between CMD and associated factors in university students'
health. Fortaleza, Ceará, Brazil, 2022
Variables
TMC
crude OR (IC95%)
p-value
No
n (%)
Yes
n (%)
Age
0,097
≥ 25 years
36 (21,8)
29 (15,0)
1
< 25 years
129 (78,6)
164 (85,0)
1,57 (0,919-2,710)
Sex
0,033*
masculine
80 (48,5)
72 (37,3)
1
feminine
58 (51,5)
121 (62,7)
1,58 (1,037-2,413)
Paid activity
0,055
no
94 (57,0)
129 (66,8)
1
Yes
71 (43,0)
64 (33,2)
0,65 (0,427-1,010)
Type of institution
particular
101 (61,2)
102 (52,8)
1
0,111
public
64 (38,8)
91 (47,2)
1,40 (0,923-2,147)
Course center
0,617
Health Sciences
71 (43,0)
78 (40,4)
1
Technological Sciences
97 (57,0)
115 (59,6)
1,11 (0,731-1,697)
Health self-assessment
<0,001*
Good
129 (78,2)
86 (44,6)
1
Bad
36 (21,8)
107 (55,4)
4,45 (2,798-7,104)
Alcohol consumption
0,234
No
95 (57,6)
99 (51,3)
1
Yes
70 (42,4)
98 (48,7)
1,28 (0,848-1,958)
Smoking
0,002*
No
158 (95,8)
165 (85,9)
1
Yes
7 (4,2)
27 (14,1)
3,69 (1,564-8,724)
Level of physical activity
0,392
Active
143 (86,7)
161 (83,4)
1
Sedentary
22 (13,3)
32 (16,6)
1,29 (0,718-2,325)
Cell phone dependence
<0,001*
No
75 (45,5)
33 (17,1)
1
Yes
90 (54,5)
160 (82,9)
4,04 (2,490-6,556)
Sleep quality
<0,001*
Good
83 (50,9)
26 (15,5)
1
Bad
82 (49,7)
167 (86,5)
6,50 (3,890-10,867)
Complaint of chronic
musculoskeletal pain
Neck
<0,001*
No
71 (43,0)
40 (20,7)
1
Yes
94 (57,0)
153 (79,3)
2,88 (1,815-4,599)
Shoulders
No
98 (59,4)
73 (38,7)
1
<0,001*
Yes
67 (40,6)
120 (62,2)
2,40 (1,571-3,680)
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
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Upper back region
<0,001*
No
88 (53,3)
59 (30,6)
1
Yes
77 (46,7)
134 (69,4)
2,59 (1,684-4,001)
Elbows
No
153 (92,7)
148 (76,7)
1
<0,001*
Yes
12 (7,3)
45 (23,3)
3,87 (1,972-7,619)
Fists/hand
<0,001*
No
105 (63,6)
71 (36,8)
1
Yes
60 (36,4)
122 (63,2)
3,00 (1,953-4,630)
Lower back region
0,003*
No
87 (52,7)
73 (37,8)
1
Yes
78 (47,3)
120 (62,2)
1,83 (1,202-2,796)
*OR=odds ratio; 95% CI=95% Confidence Interval; p<0.05.
Source: Research data.
In multiple regression analysis, CMD showed significant associations with age <25
years (OR=2.18; p=0.029), self-rated poor health (OR=4.29; p<0.001), smoking (OR=3.02;
p=0.028), cell phone dependence (OR=3.10; p<0.001), poor sleep quality (OR=3.92;
p<0.001), and chronic musculoskeletal pain complaints in the shoulder (OR=2.46; p=0.001)
and elbow (OR=2.96; p=0.012) regions (Table 4).
Table 4 - Multiple logistic regression analysis between Common Mental Disorders and
associated factors in university students' health. Fortaleza, Ceará, Brazil, 2022
Variables
TMC
p-value
Adjusted OR (95%CI)
Age (<25 years)
2,18 (1,084-4,408)
0,029
Self-rated health (poor)
4,19 (2,396-7,331)
<0,001
Smoking (yes)
3,02 (1,125-8,147)
0,028
Cell phone dependence (yes)
3,10 (1,726-5,571)
<0,001
Sleep quality (poor)
3,92 (2,206-6,998)
<0,001
Complaint of chronic musculoskeletal pain (yes)
shoulder
2,46 (1,449-4,200)
0,001
elbow
2,96 (1,273-6,881)
0,012
OR=odds ratio; 95% CI=95% Confidence Interval.
Source: Research data.
Discussion
This study aimed to investigate the prevalence of CMD and its association with health-
related factors following social distancing measures due to COVID-19 among university
students. The university environment, while a time of intellectual exploration and personal
growth, also presents significant challenges that can impact students' mental health. This
period, compounded by the COVID-19 pandemic context, serves as a potential stressor
contributing to mental health issues. Addressing these concerns, the WHO recognizes that the
COVID-19 pandemic predisposes the emergence of a syndemic related to mental health,
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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characterized as a global public health issue, and encourages scientific research on
contributing factors to inform public policy interventions (WHO, 2022).
In this study, a high prevalence of CMD (53.9%) was observed among university
students. To facilitate comparison with findings from similar studies conducted during the
pandemic, it is important to consider global studies. For instance, a meta-analysis assessing
global prevalence and risk factors for mental health issues identified high rates of depression
(37%-45%), anxiety (34%-42%), and stress (27%-42%) among university students across
various countries (Peng et al., 2022). Other research highlights significant psychological
impacts stemming from the COVID-19 pandemic in this population, particularly heightened
symptoms of anxiety and depression, as evidenced in studies conducted in China (Cao et al.,
2020), the United States (Wang et al., 2020) and Poland (Debowska et al., 2022).
In the Brazilian context, the reported prevalence of CMD ranges between 58.5% and
66.9% among university students across different fields of study during the pandemic (Mota
et al., 2021; Arar et al., 2023). underscores the worsening of mental health, exacerbated by
social isolation, the shift away from in-person academic activities, uncertainties regarding the
academic process, and other stressors. Furthermore, academic life demands responsibilities
and pressures, compounded by study routines, deadlines, and obligations, which can trigger
health issues (Mclafferty et al., 2017), particularly mental health concerns (Rathakrishnan et
al., 2021).
Analyzing health factors and CMD among university students revealed associations
with age under 25 years, poor self-rated health, smoking, cell phone dependency, poor sleep
quality, and chronic musculoskeletal pain in the shoulder and elbow regions.
There is a close relationship between poor self-perceived health and signs of
psychological distress in university students, which may predispose them to developing
mental disorders, making it an essential variable for describing the current health status of
individuals (Ramos et al., 2023). In this study, it was found that 39.4% of university students
rated their health as poor post-social distancing, with a fourfold increased likelihood of CMD
occurrence. Furthermore, a slight increase in negative self-rated health was observed
compared to other studies conducted in the Southeast (Ramos et al., 2023) and South Brazil
(Carlos et al., 2023), ranging from 32.7% to 32.4%, respectively. This finding may be
explained by the potential delayed effects of the pandemic and online classes, given that data
collection for the present study occurred in 2022, whereas other studies were conducted in
2020 and 2021.
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
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Another factor that showed an association with CMD was cigarette smoking. The
literature still presents limitations in understanding the repercussions of the pandemic on
dependency-related processes. Regarding tobacco use, a highly addictive substance widely
used, studies indicate that mental health issues, notably depressive symptoms, and hostility in
smokers, are significantly higher than in non-smokers during the COVID-19 pandemic (Taş;
Üneri, 2023). As a precedent, a multinational survey conducted in low- and middle-income
countries found a considerable prevalence of smoking and its association with psychological
distress in young people (Berg et al., 2018).
As highlighted in the literature, there is a bidirectional relationship between smoking
and mental health problems, focusing on multiple mechanisms to explain it. Two of these
mechanisms include smoking to alleviate depressive symptoms and the self-medication
theory, which posits smoking as a way to increase vulnerability to stress, thereby generating a
neurocyclic effect (Taş; Üneri, 2023).
The study also evidenced an association with the outcome of cell phone dependency.
Abruptly, during the pandemic, in-person studies were replaced by online classes. In this
context, to adapt to the new routine and teaching model, the smartphone emerged as the most
used device (Cetic, 2022). Regarding the impacts of cell phone use on mental health, studies
conducted in China have identified anxiety and depression problems associated with
excessive device use during the pandemic period (Cao et al., 2020). Earlier research in
Hungary (Körmendi, 2015) and Turkey (Fischer-Grote; Kothgassner; Felnhofer, 2019) found
that smartphone usage time is directly related to impulsivity, anxiety, depression, and hostility
symptoms. This is consistent with studies in Japan (Nishida; Tamura; Sakakibara, 2019) and
Korea (Kim et al., 2020), where longer usage times were associated with higher risks of
depressive symptoms and suicidal thoughts.
In the present study, it was found that 69.6% of university students reported poor sleep
quality, associated with a fourfold increased chance of CMD. Additionally, 52.8% reported
sleeping poorly, indicating a negative self-perception of sleep. Consistent with these findings,
a study conducted across seven countries revealed a high prevalence of unsatisfactory sleep
(55.3%) and inadequate sleep duration (7.5 hours) (Du et al., 2021). Health risks, stringent
preventive measures, and radical lifestyle changes, characteristic of the period of social
isolation, are possible factors that interfere with sleep quality and the mental state of students
(Eleftheriou et al., 2021).
Francisco Valter Miranda SILVA; Ticiana Mesquita de Oliveira FONTENELE; Ana Valeska Siebra e SILVA and Ana Paula de Vasconcelos
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The complaint of musculoskeletal chronic pain showed an association with CMD.
Studies highlight that social isolation and changes in daily routines have contributed to the
onset or worsening of musculoskeletal pain and mental health problems in university students.
The significant increase in the prevalence of neck and shoulder pain among individuals aged
20 to 34 in recent decades is largely attributed to the pandemic scenario. Repetitive
movements and prolonged use of portable devices during home-office educational activities
are identified as contributing factors. This behavioral pattern makes this population more
susceptible to musculoskeletal injuries, manifested through symptoms such as fatigue and
shoulder, neck, and hand pain, as observed in the present study (Oliveira et al., 2022).
Given the findings, attention is drawn to the potential impacts of the COVID-19
pandemic on the mental health of university students. Among the observed effects are the
increased prevalence of CMD and possible related factors. It is believed that the burden of
responsibilities, high academic expectations, and the need to balance personal life and studies
can create intense pressure, contributing to the onset and worsening of these disorders. From
this perspective, exploring and understanding this dynamic is essential for developing
effective mental health support strategies and promoting academic environments that consider
the specific challenges faced by students during the pandemic. Even with the easing of the
health crisis, its repercussions on mental health may extend for long periods.
Additionally, this study acknowledges limitations such as data collection restricted to
students from only two fields (Health Sciences and Technology) and the lack of adaptation of
instruments for visually impaired individuals, which may hinder the generalization of results
to other populations. Moreover, the study design has weaknesses that preclude causal
inferences. However, the presented results can contribute to the discussion of the topic and
encourage future research.
Final considerations
A high prevalence of suspected CMD and its possible association with multiple factors
related to the health of university students post-social distancing during the COVID-19
pandemic was observed. It was found that age under 25 years, smoking, smartphone
dependency, poor sleep quality, and complaints of musculoskeletal chronic pain are
significantly related to CMD. In light of these findings, monitoring CMD in universities and
Prevalence of Common Mental Disorder (CMD) and factors associated with the health of university students after social distancing in the
COVID-19 pandemic
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possible related factors is advised so that strategies can be adopted to address this health issue
in crisis scenarios.
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DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19406 18
CRediT Author Statement
Acknowledgements: To the Coordination for the Improvement of Higher Education
Personnel (CAPES) for supporting this research through the PROSUP scholarship. To the
students involved in scientific initiation. To the institutions and their respective university
students for participating in the research.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: This study was approved by the Ethics Committee on Human Research
of both participating institutions, Federal University of Ceará and University of Fortaleza,
under opinions No. 5,526,758 and No. 5,739,427, respectively.
Data and material availability: Not applicable.
Author’s contributions: Francisco Valter Miranda Silva (Conception, data collection,
writing, and final manuscript revision); Ticiana Mesquita de Oliveira Fontenele (writing
and critical manuscript revision); Ana Valeska Siebra e Silva (critical manuscript
revision); Ana Paula Vasconcellos Abdon (Conception, data analysis, and critical
manuscript revision).
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.