Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 1
A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PRODUCCIÓN CIENTÍFICA SOBRE SALUD MENTAL Y EDUCACÍON SUPERIOR:
UMA REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA
SCIENTIFIC PRODUCTION ON MENTAL HEALTH AND HIGHER EDUCATION: A
BIBLIOGRAPHICAL REVIEW
Maycon Pádua REIS1
e-mail: maycon-padua@hotmail.com
Regilson Maciel BORGES2
e-mail: regilson.borges@ufla.br
Como referenciar este artigo:
REIS, M. P.; BORGES, R. M. A produção científica sobre
saúde mental e ensino superior: Uma revisão bibliográfica.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp.
1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394
| Submetido em: 20/12/2023
| Revisões requeridas em: 09/01/2024
| Aprovado em: 20/01/2024
| Publicado em: 12/07/2024
Editoras:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras MG Brasil. Mestre em Educação (UFLA). Psicólogo
(UNILAVRAS).
2
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras MG Brasil. Doutor em educação (UFSCar). Professor do
Departamento de Gestão Educacional, Teorias e Práticas de Ensino (DPE) e do Programa de Pós-Graduação em
Educação (PPGE) da UFLA.
A produção científica sobre saúde mental e ensino superior: Uma revisão bibliográfica
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RESUMO: A saúde mental dentro do contexto universitário ganha cada vez mais notoriedade
e importância devido aos altos índices de acometimento psíquico. Este artigo é parte de uma
dissertação de Mestrado Profissional em Educação que teve como objetivo discutir o sofrimento
psíquico no contexto universitário e as políticas em saúde mental oferecidas por uma
Universidade Federal do Sul de Minas Gerais. Enquanto metodologia realizou-se de uma
pesquisa bibliográfica, com o levantamento de trabalhos sobre o tema pesquisado nas bases de
dados da CAPES, SciELO, BDTD e Educ@. Com o mapeamento foram encontrados um total
de 272 trabalhos, distribuídos em 145 artigos e 127 teses e dissertações. Os resultados dos
trabalhos analisados mostram que não existe uma unanimidade nos conceitos, apesar disso, as
publicações e trabalhos científicos vêm demonstrando a importância e o papel da saúde mental
no contexto Universitário e o interesse de pesquisadores por esta área de estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental. Ambiente Universitário. Ensino Superior. Assistência
estudantil.
RESUMEN: La salud mental dentro del contexto universitario está ganando cada vez más
notoriedad e importancia debido a los altos índices de enfermedad mental. Este artículo se
basa en un extracto de la disertación del programa de posgrado de la Maestría Profesional en
Educación y tuvo como objetivo discutir el sufrimiento psicológico en el contexto universitario
y las políticas de salud mental ofrecidas por una Universidad Federal del Sur de Minas Gerais.
Como metodología se realizó una investigación bibliográfica, con levantamiento de trabajos
sobre el tema investigado a través de búsqueda bibliográfica con las bases de datos CAPES,
SciELO, BDTD y Educ@. Con el mapeo se encontraron un total de 272 trabajos, distribuidos
en 145 artículos y 127 tesis y disertaciones. Los resultados de los trabajos analizados muestran
que no existe unanimidad en los conceptos, pero a pesar de ello, publicaciones y trabajos
científicos han demostrado la importancia y el papel de la salud mental en el contexto
universitario.
PALABRAS CLAVE: Salud mental. Entorno universitario. Enseñanza superior. Asistencia al
estudiante.
ABSTRACT: Mental health within the university context is gaining more and more
notoriety and importance due to the high rates of mental illness. This article is based on
an excerpt from the dissertation of the postgraduate program of the Professional Master's
in Education and aimed to discuss psychological suffering in the university context and
the mental health policies offered by a Federal University of Southern Minas Gerais. As
a methodology, a bibliographical research was carried out, with a survey of works on the
topic researched through bibliographical research with the CAPES, SciELO, BDTD and
Educ@ databases. With the mapping, a total of 272 works were found, distributed in 145
articles and 127 theses and dissertations. The results of the analyzed works show that
there is no unanimity in the concepts, but despite this, publications and scientific works
have demonstrated the importance and role of mental health in the University context.
KEYWORDS: Mental health. University environment. University education. Student
assistance.
Maycon Pádua REIS e Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Introdução
Estima-se que na atualidade em torno de 800 mil pessoas às quais tiram sua
própria vida a cada ano, com uma taxa de mortalidade mundial de 10.7 para cada 100 mil
habitantes (World Health Organization, 2019). Essa estatística se torna mais alarmante
quando se observa que a taxa é maior entre jovens na faixa etária entre 15 a 29 anos,
período em que estão se preparando para ingressar no Ensino Superior, cursando a
graduação, pós-graduação ou se preparando para o mercado de trabalho.
Neste cenário, verifica-se um grande aumento do número de episódios suicidas e
de sofrimento psíquico que emerge dentro das universidades. As instituições de ensino
superior são locais supostamente de promoção humana e emancipação social através da
educação, o contexto universitário traz consigo muitos elementos subjetivos como
mencionam Almeida, Soares e Ferreira (2014), dentro das universidades podemos
encontrar os domínios: acadêmico, social, pessoal e vocacional. Lamentavelmente, casos
de trotes, humilhações e abusos entre colegas, sejam calouros e veteranos, ou mesmo
entre professores e orientados, podem ocorrer em ambientes universitários. Essas práticas
são prejudiciais e podem ter impactos significativos na saúde mental, no desempenho
acadêmico e, consequentemente, na qualidade de vida dos envolvidos. É importante
abordar essas questões visando a promoção de um ambiente universitário mais seguro,
dada a constatação de que a universidade nem sempre é acolhedora.
Este artigo apresenta um recorte de uma dissertação defendida no Programa de
Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que teve como
objetivo discutir o sofrimento psíquico no contexto universitário e as políticas em saúde
mental oferecidas por uma Universidade Federal do Sul de Minas Gerais.
Levantar esse temática no contexto universitário e o papel das políticas públicas
educacionais, é pertinente para aspectos pedagógicos, políticos e sociais, uma vez que
nos permite situar a especificidade da educação e psicologia ao se propor a operar com
estudantes universitários, sabendo da responsabilidade da instituição universitária em
requerer a aquisição de conhecimento e como resultado uma produção de relevância e
qualidade, contudo se recusando a aceitar que tal jornada tenha como produto transtornos
mentais graves.
Para isso, realizamos a princípio um levantamento bibliográfico que se deu a partir
de publicações dos últimos 10 anos (2010-2020), os materiais foram previamente
selecionados pela busca por meio da combinação de descritores que dialogavam com a
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temática nos bancos de dados: CAPES, BDTD, Educ@, Google acadêmico e SciELO.
Posteriormente foram filtrados utilizando o critério de afinidade com o tema de
investigação deste estudo. Este artigo tem como objetivo expor os resultados deste
levantamento.
Este trabalho tem como intuito apresentar os resultados de pesquisa bibliográfica
que se baseou nas produções científicas a respeito da temática saúde mental no contexto
universitário. O objetivo foi averiguar o estado da temática sob o aspecto teórico de outros
estudos e pesquisas já produzidos no que se refere ao objeto de estudo em questão.
Material e Métodos
Com a finalidade de reunir as produções científicas relacionadas à temática da
pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico por meio da coleta dos materiais
publicados nos últimos 10 anos, optou-se por esse recorte visto as finalidades da pesquisa
e pelo marco temporal da diretriz do decreto 7.234, de 19 de julho de 2010, que dispõe
sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), os bancos de dados foram
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Portal Educ@ publicações online de
educação da Fundação Carlos Chagas, Portal de Periódicos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Google Acadêmico e na
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD).
A partir dos procedimentos de coleta de dados apresentados, passamos para a
descrição dos trabalhos, detalhando o seu objetivo, metodologia e por fim os resultados.
Aqueles trabalhos que apresentam similaridade em algum dos itens anteriores foram
agregados, desse modo, conseguimos encontrar convergências e divergências entre os
estudos. As categorias foram sobre “ambiente universitário/universidade”, “sofrimento
psíquico” e “políticas de saúde mental/institucionais”.
Resultados
Foi levado em consideração os seguintes descritores: “ambiente universitário”,
“sofrimento psíquico”, “saúde mental”, “universidade” e “ensino superior”. O total dessa
primeira busca foi de 272 trabalhos publicados, com a intenção de obter um resultado
representativo das publicações, houve a necessidade de se realizar uma combinação entre
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os descritores, para garantir assim delimitação na busca em relação ao tema pesquisado.
A seguir detalharemos os frutos obtidos através da associação dos descritores.
Quando empregado os termos “ambiente universitário e sofrimento psíquico”,
foram encontrados um total de 22 trabalhos. para os termos “ambiente universitário e
saúde mental”, foram encontrados um total de 106 trabalhos. Para os termos
“universidade e sofrimento psíquico”, foram encontrados um total de 42 trabalhos.
Quando pesquisado “universidade e saúde mental”, foram encontrados um total de 84
artigos. Para “ensino superior e sofrimento psíquico”, foi encontrado apenas 1 trabalho.
Por fim, para “ensino superior e saúde mental”, foram encontrados 17 trabalhos. A partir
deste material, realizamos uma filtragem com aqueles trabalhos que realmente tratavam
da temática pesquisada. As publicações foram inicialmente selecionadas a partir do título
e posteriormente do resumo que totalizaram 30 trabalhos elegidos, conforme demonstra
o fluxograma abaixo:
Figura 1 Fluxograma das etapas do processo de revisão dos estudos
Fonte: Dos autores (2021)
Analisando as palavras-chave das 30 publicações, encontramos 76 palavras ou
combinação de palavras. É possível verificar a prevalência das seguintes palavras: saúde
mental com a frequência 18 nos textos (15,3%); seguida de educação médica com 6
menções (5,1%); estudantes de medicina com 6 menções (5,1%); estudantes
universitários com 5 menções (4,2%); sofrimento psíquico também com 5 menções
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(4,2%); estudantes com 3 menções (2,5%); atendimento psicológico, ensino superior,
fatores de risco, promoção da saúde, qualidade de vida, universidade com 2 menções cada
(1,7% cada); as demais 64 palavras apresentaram apenas 1 menção (0,8% cada), conforme
destacadas na nuvem de palavras apresentadas na Figura 1 abaixo:
Figura 2 Palavras-chave destacadas das publicações geradas em nuvem de palavras
Fonte: Dos autores (2021)
Observa-se que a partir do estudo das palavras-chave presentes nos trabalhos, que
os autores discutem mais questões relacionadas à saúde mental, destacada dezoito vezes
nos textos; seguida de educação médica com seis; estudantes de medicina com seis
resultados, estudantes universitários com cinco; e sofrimento psíquico também com cinco
resultados.
A etapa seguinte foi à organização das produções em planilha (Microsoft Excel),
cujos dados foram ordenados em tabelas com indicadores das produções (ano, tipo de
produção, local de publicação, autoria, título do trabalho e referências). Posteriormente
um outro documento (Microsoft Word) de ficha de leitura reuniu indicadores das
produções (identificação, objetivo, metodologia e procedimentos de coleta de dados,
resultados da pesquisa), assim como essa ficha de análise possibilitou o agrupamento dos
trabalhos selecionados na pesquisa bibliográfica pontuando os objetivos dos artigos, a
metodologia utilizada e os resultados das pesquisas.
Com o mapeamento das publicações foram encontrados um total de 272 trabalhos,
distribuídos em 145 artigos e 127 teses e dissertações. Desse montante selecionamos, com
base nos títulos e resumos, aqueles estudos que se referiam diretamente a temática de
Maycon Pádua REIS e Regilson Maciel BORGES
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interesse, restando 30 trabalhos, sendo 21 artigos científicos, 8 dissertações e 1 tese,
conforme exporto no Quadro 1. Os resultados mostram que os trabalhos se concentraram
nos anos de 2019 e 2020, com seis publicações para cada ano; seguido do ano de 2016
com quatro publicações; de 2017 com três publicações; de 2011 e 2018 com duas
publicações em cada ano e nos demais anos de 2004, 2005, 2006, 2012, 2013, 2014 e
2015 com uma publicação cada.
Os trabalhos organizados em planilhas com indicadores das produções se
encontram apresentados no quadro 1 a seguir:
Quadro 1 Seleção das produções científicas publicadas sobre a temática (2004-2020)
TIPO
LOCAL DE
PUBLICAÇÃO
BASE DE
DADOS
AUTORIA
TÍTULO DO
TRABALHO
Artigo
Estudo em
psicologia
Capes
Maria Luisa
Sandoval Schmidt
Plantão psicológico,
universidade pública e
política de saúde mental
Artigo
Psicologia:
ciência e
profissão
Capes
Cerchiari, Ednéia
Albino Nunes;
Caetano, Dorgival;
Faccenda, Odival
Utilização do serviço de
saúde mental em uma
universidade pública
Artigo
Revista eletrônica
de enfermagem
Capes
Luciane Prado
Kantorski; Leandro
Barbosa De Pinho;
Toyoko Saeki;
Maria Conceição
Bernardo De Mello
E Souza
Expectativas de docentes
sobre o ensino do
cuidado em saúde mental
Artigo
Estudo em
psicologia
campinas
Capes
Cleuser Maria
Campos Osse, Ileno
Izídio Da Costa
Saúde mental e qualidade
de vida na moradia
estudantil da
universidade de Brasília
Dissert
ação
Não consta
BDTD
Silva, Rachel Rubin
Da
O perfil de saúde de
estudantes universitários:
um estudo sob o enfoque
da psicologia da saúde
Artigo
Revista
iberoamericana de
educación
superior
Scielo
Dias, Isabel Simões
Promover a saúde no
ensino superior: o
exemplo do ppcppei
A produção científica sobre saúde mental e ensino superior: Uma revisão bibliográfica
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Dissert
ação
Fundação edson
queiroz, universi
ade de fortaleza
unifor. escola de
pós-graduação em
direito ppgd,
mestrado em
direito
constitucional
BDTD
Osse, Cleuser
Maria Campos
Saúde mental de
universitários e serviços
de assistência estudantil:
estudo multiaxial em
uma universidade
brasileira
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Educ@
Andrade, João
Brainer Clares De
et al.
Contexto de formação e
sofrimento psíquico de
estudantes de medicina
Artigo
Colloquium
humanarum
Capes
Kelly Cristina
Tesche Rozendo,
Carmen Lúcia Dias
Possibilidades de
sofrimento psíquico do
professor universitário de
uma licenciatura
Artigo
Unpublished
Capes
Maria José
Carvalho Nogueira
A saúde mental em
estudantes do ensino
superior. Relação com o
género, nível
socioeconómico e os
comportamentos de
saúde
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Scielo
Tenório, Leila
Pereira; Argolo,
Vanessa Araújo;
Sá, Helena Pinho
De; Melo, Enaldo
Vieira De; Costa,
Edméa Fontes De
Oliva.
Saúde mental de
estudantes de escolas
médicas com
diferentes modelos de
ensino
Artigo
Psicologia:
ciência e
profissão,
Scielo
Andrade, Antonio
Dos
Santos; Tiraboschi,
Gabriel
Arantes; Antunes,
Natália
Amaral; Viana,
Paulo Vinícius
Bachette
Alves; Zanoto,
Pedro
Alves; Curilla,
Rafael Trebi
Vivências acadêmicas e
sofrimento psíquico de
estudantes de psicologia
Artigo
Psic. Da ed.
Educ@
Lameu, Joelma Do
Nascimento,
Salazar, Thiene
Lívio And Souza,
Wanderson
Fernandes
Prevalência de sintomas
de stress entre
graduandos de uma
universidade pública
Maycon Pádua REIS e Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Artigo
Ciência & saúde
coletiva
Capes
Karen Mendes
Graner, Ana Teresa
De Abreu Ramos
Cerqueira
Revisão integrativa:
sofrimento psíquico
em estudantes
universitários e fatores
associados
Tese de
doutora
do
Unpublished
Capes
Maria José
Carvalho Nogueira
Saúde mental em
estudantes do ensino
superior: fatores
protetores e fatores
de vulnerabilidade
Dissert
ação
Não consta
BDTD
Bezerra, João
Ernesto Moura
Sobreira
Saúde mental de
estudantes dos cursos de
graduação em
engenharia: experiências
psicoemocionais na
universidade
Dissert
ação
Não consta
BDTD
Soraya Da Silva
Trajano
Aspectos psicossociais,
consumo de drogas e
transtorno mental
comum em ambiente
universitário
Dissert
ação
Biblioteca Digital
USP
BDTD
Ariana Celis
Alcantara
Trabalho, adoecimento e
saúde mental na
universidade de São
Paulo
Artigo
Ciência & saúde
coletiva
Capes
Thiago Ferreira De
Sousa, Mathias
Roberto Loch,
Alexandre Justo De
Oliveira Lima,
Dayana Chaves
Franco, Aline
Rodrigues Barbosa
Concorrência de fatores
de risco à saúde em
universitários de uma
instituição de ensino
superior brasileira
Artigo
Revista sociedade
e estado
Capes
José Jorge De
Carvalho, Makota
Kidoiale, Emílio
Nolasco De
Carvalho, Samira
Lima Da Costa
Sofrimento psíquico na
universidade,
psicossociologia e
encontro de saberes
Dissert
ação
Arquivos de
ciências da saúde
BDTD
Oikawa, Fabiana
Midori
Implicações do contexto
universitário na saúde
mental dos estudantes
A produção científica sobre saúde mental e ensino superior: Uma revisão bibliográfica
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Dissert
ação
Não consta
BDTD
Freitas, Maria
Rosalda Pinheiro
Os direitos à saúde
mental e o direito à
educação do discente nas
instituições de ensino
superior: o caso do
programa de apoio
psicopedagógico na
universidade de fortaleza
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Educ@
Ribeiro, Maria
Mônica Freitas,
Melo, Jordan Diego
Costa And Rocha,
Andreia Maria
Camargos
Avaliação da demanda
preliminar de
atendimento dirigida
pelo aluno ao núcleo de
apoio psicopedagógico
ao estudante da
faculdade de medicina
(napem) da universidade
federal de minas gerais.
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Educ@
Dias, Lineker
Fernandes et al.
Promoção da saúde:
coerência nas estratégias
de ensino-aprendizagem
Artigo
Colloquium
humanarum
Capes
Luciana Marolla
Garcia, Vera Lucia
Messias Fialho
Capellini, Verônica
Lima Dos Reis
Saúde mental na universi
dade: a perspectiva de
universitários da
permanência estudantil
Artigo
Psico-usf
Scielo
Marília Guimarães
Leal Jardim,
Tathyane Silva
Castro,
Carla Fernanda
Ferreira-Rodrigues
Sintomatologia
depressiva, estresse e
ansiedade em
universitários
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Scielo
Rocha, Andreia
Maria
Camargos; Carvalh
o, Maria Bernadete
De; Cypriano,
Cristina
Petersen; Ribeir,
Maria Mônica
Freitas.
Tratamento psíquico
prévio ao ingresso na
universidade experiência
de um serviço de apoio
ao estudante
Dissert
ação
Repositório
Institucional
UNESP
BDTD
Souza, João Paulo
Pereira De
Saúde mental de
universitários: relação
entre transtorno mental
comum e competência
moral
Maycon Pádua REIS e Regilson Maciel BORGES
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Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Educ@
Silva, Carlos
Emanoel Chaves
Da et al.
Saúde mental de alunos
de medicina submetidos
à aprendizagem baseada
em problemas: revisão
sistemática da literatura.
Artigo
Revista brasileira
de educação
médica
Educ@
Silva, Railly
Crisóstomo,
Pereira, Alexandre
De Araújo And
Moura, Eliane
Perlatto
Qualidade de vida e
transtornos mentais
menores dos estudantes
de medicina do centro
universitário de caratinga
(unec)
Fonte: Dos autores (2021)
Sobre os autores das produções, procuramos aqueles que se apresentam com mais
frequência e conforme exposto no Quadro 1, três autoras tiveram duas publicações cada, são
elas: Maria José Carvalho Nogueira (Universidade de Lisboa), Andreia Maria Camargos
Carvalho (UFMG) e Maria Mônica Freitas (UFMG).
Quando se observa os autores mais citados como referencial teórico das discussões
presentes nos artigos analisados, destacam-se aqueles que tiveram duas publicações citadas são:
Carmita Helena Najjar Abdo (UPS), Joel Sales Giglio (UNICAMP), Miriam Abreu
Albuquerque (FUNEC), Max André dos Santos (UFMG), Maria Cristina Pereira Lima
(UNESP), Mariana de Souza Domingues (UNESP) e Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira
(UNESP). Os que tiveram três publicações citadas foram: Rosely Moralez de Figueiredo
(UFSCar), Cleuser Maria Campos Osse (UnB), Heidi Miriam Bertolucci Coelho (UNESP) e
Rodrigo Sanches Peres (USP). Os que possuíram oito publicações citadas são: Dorgival
Caetano (UNICAMP), Ednéia Albino Nunes Cerchiari (UEMS). O autor com maior número de
publicações foi Odival Faccenda (UEMS) com nove publicações citadas.
Discussão
Segundo Minayo et al. (2002) a análise dos dados em um primeiro momento deve se
ater a organização dos dados encontrados buscando sua categorização e sua organização em
temáticas que apresentam paridade a fim de encontrar padrões. Com base nos procedimentos
de descrição dos trabalhos, detalhando o seu objetivo, metodologia e por fim os resultados, de
agora em diante apresentaremos uma breve análise de conteúdo destes trabalhos. A exposição
deste material será realizada de maneira a otimizar a compreensão, sem o interesse de
aprofundar os pormenores aspectos conceituais.
Neste sentido, propomos apresentar aqui como a temática pesquisada é abordada na
literatura. Com vistas a finalidade da pesquisa abordaremos três aspectos que consideramos ser
A produção científica sobre saúde mental e ensino superior: Uma revisão bibliográfica
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centrais para uma compreensão mais abrangente e integral do tema em questão, sendo eles:
“ambiente universitário”, “sofrimento psíquico” e “políticas de saúde mental universitária”.
Conceitualização sobre ambiente universitário
O ingresso na universidade faz parte do sonho de grande maioria dos brasileiros, é
dentro do ambiente universitário que passamos por importantes momentos que são
extremamente significativos. Rocha et al. (2020) apontam que a discussão sobre essa temática
tem sido catalisada pelo debate público e a vinculação midiática tem apurado a sensibilidade
social referente às demandas crescentes dirigidas aos profissionais de saúde mental dentro do
ambiente universitário.
Para Almeida, Soares e Ferreira (2014), neste contexto podemos encontrar não apenas
o domínio acadêmico, mas também o social, pessoal e vocacional. Apresentando visão análoga,
Garcia et al. (2020) contribuem no entendimento de que o ambiente universitário apresenta os
domínios pessoais e sociais. Segundo Graner e Cerqueira (2019a), o discente dentro do contexto
universitário vivência mudanças biológicas, psicológicas e sociais durante a vida acadêmica. É
na universidade que as vivências acadêmicas se desenrolam. Segundo Andrade et al. (2016) o
termo vivência acadêmica surge na literatura da Psicologia aplicada ao ensino superior sendo
empregado para dizer de um conjunto global de questões que se referem às experiências
universitárias, dentro do ambiente universitário que retratam o desempenho e sucesso dos
discentes.
A entrada no ambiente universitário se coloca como um momento de transição. Para
Lameu (2016), o ingresso no ambiente universitário se apresenta como uma importante e
decisiva etapa da vida, e isso pode se configurar como potencial estressor, qualificando como
fator que exige adaptação, podendo prejudicar a qualidade de vida. Andrade et al. (2014), em
uma tentativa de entender a construção da subjetividade do sofrimento mental, os autores
destacam o espaço transitório do modelo pedagógico do ensino médio e o modelo pedagógico
da graduação. Segundo Da Silva (2021), ao ingressar no ambiente universitário o discente tem
seu ritmo de vida intensificado, seja pela carga horária de estudos acentuada, pelo
distanciamento geográfico no núcleo familiar que acontece em alguns casos, cobranças externas
da sociedade e instituição, cobranças internas como sentimentos de desapontamentos,
irritabilidade, preocupação e impaciência diante a graduação.
Maycon Pádua REIS e Regilson Maciel BORGES
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Discorrendo sobre o conceito de qualidade de vida, Silva (2020) apresenta que não
um consenso nos dados da literatura no que diz respeito à qualidade de vida dos acadêmicos.
Contudo, Da Silva (2021), demonstra que o ambiente universitário dispõe de normas,
metodologias, grupos e pessoas novas, exigindo habilidades e competências profissionais e
pessoais dos discentes. Esse ambiente viabiliza novas oportunidades, reconfigurações de
interação social, colocando-se como um espaço de impactos positivos e negativos (Da Silva,
2021).
Sofrimento psíquico: convergências e unificações
Segundo Lameu et al. (2016), quando pensamos stress, precisamos revistar o conceito
de “estressor”, que diz respeito a todo evento que de alguma maneira faz com que o organismo
tenha que se adaptar, seja em eventos positivos ou negativos, internos ou externos. O ambiente
universitário pode ser estressante quando não existem normas que facilitam o desenvolvimento
saudável dos laços afetivos, comunicação efetiva entre discentes e docentes, pais e familiares,
relações sociais e ambientais.
Para Lameu (2016), no ambiente universitário encontramos alguns tipos de estressores,
sendo eles externos: atividades avaliativas, prazos de entrega, metodologias aplicadas pelo
professor, aspectos que se referem à moradia, dentre outros, e os estressores internos:
dificuldade com a assertividade, inadequação em relacionamentos, fatores relacionados à
autoestima, entre outros. Segundo o mesmo autor, o discente dentro do ambiente universitário
encara incertezas inerentes ao próprio fazer profissional que escolheu, adaptação a novas
configurações de moradia e afastamento parental.
Em consonância com essa postura, Jardim (2020) afirma que dentro de literatura os
autores entendem que o ingresso e egresso na vida universitária são agravadores do
adoecimento psíquico.
Desta maneira o stress, conforme Lameu (2016), pode se estabelecer no decorrer da
graduação, desde o início com a adaptação, até nas novas configurações de relacionamento com
docentes e outros discentes, na execução de responsabilidades, processos avaliativos, fadiga
cognitiva, desejo de conclusão do período acadêmico dentre outros.
De acordo com Figueiredo et al. (2014), a probabilidade do surgimento de
acometimentos mentais no início da vida adulta, sobretudo, no período universitário, é maior.
Jardim (2020) afirma que a literatura versa sobre as origens da alta prevalência de sofrimentos
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mentais na população de discentes, um deles é que o ambiente universitário é um momento de
transformação e transição, no qual o discente precisa se adaptar as novas formas de ensino e
aprendizagem, novas configurações afetivas e relacionais. Para Jardim (2020), o acréscimo de
novas demandas pode ocasionar inseguranças e conflitos que têm como produto ansiedade,
estresse e depressão.
A literatura encontra uma possível explicação para essa grande prevalência. Em um
primeiro momento a entrada na universidade é um período que exige do discente um alto nível
de adaptação e flexibilidade. De acordo com Jardim et al. (2020a) o discente precisa assimilar
novas formas de ensino e aprendizagem e neste interim novas configurações afetivas se
estabelecem, como a criação de novos vínculos sociais.
Segundo Jardim et al. (2020a) os discentes apontam tendências a manifestação de algum
transtorno mental no decorrer da sua vida acadêmica, dentre eles o mais recorrente é a
ansiedade. Acreditamos que, como citado anteriormente, o ambiente universitário traz consigo
as mudanças e estressores mentais inerentes ao próprio fenômeno educacional, contudo
entendemos que é também neste ambiente que ocorre o processo de amadurecimento. Sobre o
conceito de amadurecimento, salientamos que não o interpretamos apenas como substrato
biológico.
Conformem defendem Kantorski et al. (2006), é dentro dos espaços acadêmicos que se
inicia a humanização dos atendimentos em um processo de ação reflexão-ação. Esses espaços
são relevantes pois estimulam que os discentes pensem em suas possibilidades, necessidades e
particularidades. E neste sentido o docente tem o papel de continuar o inserindo como parte
desse contexto. Segundo Garcia et al. (2020), os resultados do processo de aprendizagem
compreendem a inter-relação entras as questões pessoais do discente, sendo elas: fatores
orgânicos, cognitivos, afetivos e motivacionais, também fatores que dizem respeito ao âmbito
familiar e social, estratégias pedagógicas e decretos realizados pelos órgãos governamentais
que norteiam o ensino.
Para além dos discentes, Rozendo e Dias (2014), alertam que os novos modelos de
trabalho, dentro dos contextos universitários, podem ser combustíveis para a exaustão e
adoecimento, acarretando risco a saúde física e psíquica dos trabalhadores. Sobre os
trabalhadores, neste contexto Rozendo e Dias (2014), afirmam que não existem dados na
literatura suficientes sobre esse recorte.
Segundo Graner et al. (2019), através das pesquisas foi constatado que discentes com
maior engajamento nas atividades acadêmicas podem ser uma das variáveis para obterem
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maiores níveis de saúde mental. Verificou-se também que a percepção dos discentes a respeito
de suas experiências podem refletir em sua sensação de bem-estar.
Até então, percebemos que as questões referentes à saúde mental dentro do ambiente
universitário se colocam como temáticas emergentes e que se configuram como uma questão
de saúde pública. Apesar de sua relevância, Dias (2006) afirma que os programas desta natureza
destinados aos jovens adultos do ensino superior ainda são escassos.
Políticas de assistência em saúde mental universitária
Para Andrade et al. (2014) é papel das universidades tornarem os serviços de apoio
psicológico coesos e integrados com os planos de ensino. Dias (2012) assegura que a
implementação de programas deste tipo resulta na diminuição e intensidade da sintomatologia
depressiva de discentes que participaram destes, sendo um importante instrumento no âmbito
da promoção de saúde. Dessa maneira, em conformidade com o entendimento de Tenório
(2016), depreendemos que seja atribuição das universidades a realização, de maneira contínua,
de reflexões que tenham como produto um despertar de consciência a respeito do seu papel na
promoção, prevenção e cuidado à saúde mental dos discentes.
Neste sentido, Andrade et al. (2014) enriquecem a discussão ao afirmarem que as
universidades devem intervir de forma ativa na oferta de serviços de apoio psicopedagógico, a
fim de reconhecer, mapear e avaliar os elementos estressores. Com isso há um aprimoramento
na qualidade de ensino e aperfeiçoamento pedagógico para uma melhor transição entre os
destintos períodos e ciclos. Para Garcia et al. (2020) é papel das universidades a
responsabilidade social de criar estratégias que possibilitem a integração dos discentes,
garantindo sua permanência até a conclusão do curso.
Para elucidar o exposto, pode-se fazer referência ao pensamento de Dias (2012), que
considera que a promoção de saúde mental dentro do ambiente universitário, por intermédio de
programas que municiem os acadêmicos com ferramentas para identificar comportamentos de
risco relativos ao sofrimento psíquico, tem surtido movimentos e esforços mundiais.
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Conclusões
Com o passar do tempo as questões relativas as condições de saúde mental têm ganhado
holofotes e o acesso à informação tem desmistificado muitos preconceitos sobre a temática, a
estigmatização e rotulação não cabem mais em nossas relações. Estar em uma condição de
sofrimento psíquico ou quadro psicopatológico não precisam ser motivo de constrangimento.
Encontrar-se em um estado de sofrimento psíquico não implica necessariamente na
incapacidade de viver uma vida que tenha sentido, significado e bem como cursar o ensino
superior. Contudo, a probabilidade de ocorrência de transtornos mentais no início da vida
adulta, particularmente durante o período universitário, é elevada.
A respeito da pesquisa bibliográfica apresentada neste artigo, observa-se que grande
maioria dos trabalhos publicados no período de 2010 a 2020 estão vinculados as áreas das
ciências da saúde e se concentraram nos anos de 2019 e 2020, evidenciando que ao longo do
tempo, a temática tem se tornado um foco crescente de investigação científica, adquirindo maior
relevância e reconhecimento.
A literatura encontrada na pesquisa oferece potencial explicação para essa significativa
prevalência. Inicialmente, o ingresso na universidade constitui um período que demanda do
estudante um elevado grau de adaptação e flexibilidade. Outro aspecto importante demonstram
que as pesquisas constataram que estudantes com maior envolvimento nas atividades
acadêmicas podem representar uma das variáveis associadas a níveis mais elevados de saúde
mental. Além disso, observou-se que a percepção dos estudantes sobre suas experiências
acadêmicas e pessoais pode influenciar sua sensação de bem-estar.
Em relação ao conceito de qualidade de vida, é observado que não consenso nos
dados da literatura sobre a qualidade de vida dos acadêmicos. No entanto, é evidenciado que o
ambiente universitário oferece normas, metodologias, grupos sociais, demandando habilidades
e competências profissionais e pessoais dos discentes. Esse ambiente proporciona novas
oportunidades e reconfigurações na interação social, constituindo-se como um espaço com
impactos tanto positivos quanto negativos.
No contexto universitário, deparamo-nos com diversos estressores, classificados como
externos, tais como atividades avaliativas, prazos de entrega, metodologias adotadas pelos
professores, e aspectos relacionados à moradia, entre outros. Além disso, estressores
internos, incluindo dificuldades com assertividade, inadequações em relacionamentos sociais e
fatores relacionados à autoestima, entre outros. O estudante universitário enfrenta, nesse
ambiente, incertezas inerentes à escolha profissional, cenário econômico nacional, adaptação a
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novos arranjos de moradia e distanciamento parental. Na literatura, os autores reconhecem que
o ingresso e a saída do ambiente universitário podem agravar problemas de saúde mental.
Constatamos que é função das universidades integrar os serviços de apoio psicológico aos
planos de ensino. A implementação desses programas reduz a sintomatologia depressiva em estudantes,
sendo um importante instrumento na promoção da saúde. As instituições devem intervir ativamente na
oferta de serviços psicopedagógicos para reconhecer, mapear e avaliar elementos estressores,
promovendo aprimoramento na qualidade de ensino e pedagógico para uma transição mais eficiente
entre os períodos acadêmicos. Adicionalmente, as universidades têm a responsabilidade social de criar
estratégias que facilitem a integração dos estudantes, garantindo sua permanência até a conclusão do
curso.
Em resumo, os resultados dos trabalhos analisados mostram que não existe uma
unanimidade nos conceitos, mas apesar disso as publicações e trabalhos científicos vem
demonstrando a importância e papel das universidades na criação de políticas públicas
educacionais que são endereças ao público universitário, com fins a promoção e prevenção em
saúde mental.
Por fim, enfatizamos que essa pesquisa não possui caráter generalista e nem tem a
intenção de estancar as discussões, ao contrário disso, entendemos a necessidade de constantes
estudos e aprimoramentos sobre como a universidade poderia se colocar como um agente de
transformação, emancipação social também no que diz respeito à saúde mental dos
universitários, compreendemos que saúde mental é uma questão de saúde pública e nesse
sentido a universidade poderia cumprir um papel de extrema importância para as pessoas que
enfrentam um estado de sofrimento psíquico com um olhar especial, uma ética do cuidado.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecemos a Universidade Federal de Lavras UFLA.
Financiamento: Não há fomento.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não se aplica.
Contribuições dos autores: O primeiro autor é responsável pela pesquisa, análise e redação
do artigo. O segundo autor participou na orientação, leitura de revisão e correção do artigo.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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SCIENTIFIC PRODUCTION ON MENTAL HEALTH AND HIGHER EDUCATION:
A BIBLIOGRAPHICAL REVIEW
A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE SAÚDE MENTAL E ENSINO SUPERIOR: UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PRODUCCIÓN CIENTÍFICA SOBRE SALUD MENTAL Y EDUCACÍON SUPERIOR:
UMA REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA
Maycon Pádua REIS1
e-mail: maycon-padua@hotmail.com
Regilson Maciel BORGES2
e-mail: regilson.borges@ufla.br
How to reference this paper:
REIS, M. P.; BORGES, R. M. Scientific production on
mental health and higher education: A bibliographical
review. Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9,
n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394
| Submitted: 20/12/2023
| Revisions required: 09/01/2024
| Approved: 20/01/2024
| Published: 12/07/2024
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University Federal de Lavras (UFLA), Lavras MG Brazil. Master's in Education (UFLA). Psychologist
(UNILAVRAS).
2
University Federal de Lavras (UFLA), Lavras MG Brazil. Doctorate in Education (UFSCar). Professor in the
Department of Educational Management, Teaching Theories and Practices (DPE), and the Graduate Program in
Education (PPGE) at UFLA.
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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ABSTRACT: Mental health within the university context is gaining more and more notoriety
and importance due to the high rates of mental illness. This article is based on an excerpt from
the dissertation of the postgraduate program of the Professional Master's in Education and aims
to discuss psychological suffering in the university context and the mental health policies
offered by the Federal University of Southern Minas Gerais. As a methodology, bibliographical
research was carried out, with a survey of works on the topic researched through bibliographical
research with the CAPES, SciELO, BDTD, and Educ@ databases. With the mapping, a total of
272 works were found, distributed in 145 articles and 127 theses and dissertations. The results
of the analyzed works show that there is no unanimity in the concepts, but despite this,
publications and scientific works have demonstrated the importance and role of mental health
in the University context.
KEYWORDS: Mental health. University environment. University education. Student
assistance.
RESUMO: A saúde mental dentro do contexto universitário ganha cada vez mais notoriedade
e importância devido aos altos índices de acometimento psíquico. Este artigo é parte de uma
dissertação de Mestrado Profissional em Educação que teve como objetivo discutir o
sofrimento psíquico no contexto universitário e as políticas em saúde mental oferecidas por
uma Universidade Federal do Sul de Minas Gerais. Enquanto metodologia realizou-se de uma
pesquisa bibliográfica, com o levantamento de trabalhos sobre o tema pesquisado nas bases
de dados da CAPES, SciELO, BDTD e Educ@. Com o mapeamento foram encontrados um
total de 272 trabalhos, distribuídos em 145 artigos e 127 teses e dissertações. Os resultados
dos trabalhos analisados mostram que não existe uma unanimidade nos conceitos, apesar
disso, as publicações e trabalhos científicos vêm demonstrando a importância e o papel da
saúde mental no contexto Universitário e o interesse de pesquisadores por esta área de estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental. Ambiente Universitário. Ensino Superior. Assistência
estudantil.
RESUMEN: La salud mental dentro del contexto universitario está ganando cada vez más
notoriedad e importancia debido a los altos índices de enfermedad mental. Este artículo se
basa en un extracto de la disertación del programa de posgrado de la Maestría Profesional en
Educación y tuvo como objetivo discutir el sufrimiento psicológico en el contexto universitario
y las políticas de salud mental ofrecidas por una Universidad Federal del Sur de Minas Gerais.
Como metodología se realizó una investigación bibliográfica, con levantamiento de trabajos
sobre el tema investigado a través de búsqueda bibliográfica con las bases de datos CAPES,
SciELO, BDTD y Educ@. Con el mapeo se encontraron un total de 272 trabajos, distribuidos
en 145 artículos y 127 tesis y disertaciones. Los resultados de los trabajos analizados muestran
que no existe unanimidad en los conceptos, pero a pesar de ello, publicaciones y trabajos
científicos han demostrado la importancia y el papel de la salud mental en el contexto
universitario.
PALABRAS CLAVE: Salud mental. Entorno universitario. Enseñanza superior. Asistencia al
estudiante.
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Introduction
It is estimated that currently there are around 800,000 people who take their own lives
each year, with a global mortality rate of 10.7 per 100,000 inhabitants (World Health
Organization, 2019). This statistic becomes more alarming when considering that the rate is
higher among young people aged 15 to 29 years, a period when they are preparing to enter
higher education, pursuing undergraduate or graduate studies, or preparing for the workforce.
In this scenario, there is a significant increase in the number of suicidal episodes and
psychological distress emerging within universities. Institutions of higher education are
supposed to be places for human development and social emancipation through education. As
mentioned by Almeida, Soares, and Ferreira (2014), university settings encompass academic,
social, personal, and vocational domains. Unfortunately, cases of hazing, humiliation, and
abuse among peerswhether freshmen and seniors or between professors and studentscan
occur in university environments. These practices are harmful and can have significant impacts
on mental health, academic performance, and, consequently, the quality of life of those
involved. Addressing these issues is essential for promoting a safer university environment,
given the recognition that universities are not always welcoming.
This article presents a section of a dissertation defended in the Graduate Program in
Education at the Federal University of Lavras (UFLA), which aimed to discuss psychological
distress in the university context and the mental health policies offered by a Federal University
in the South of Minas Gerais.
Raising this issue in the university context and the role of educational public policies is
pertinent for pedagogical, political, and social aspects, as it allows us to understand the
specificity of education and psychology when working with university students. It
acknowledges the responsibility of the university institution in seeking knowledge acquisition
and, as a result, producing relevant and high-quality outcomes, while refusing to accept that
this journey leads to severe mental disorders.
To achieve this, we initially conducted a bibliographic survey based on publications
from the last 10 years (2010-2020). The materials were selected through a combination of
descriptors related to the topic from databases such as CAPES, BDTD, Educ@, Google Scholar,
and SciELO. Subsequently, they were filtered using criteria relevant to the research theme. This
article aims to present the results of this survey.
This work aims to present the results of bibliographic research based on scientific
productions related to the theme of mental health in the university context. The objective was
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
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to investigate the state of the art from a theoretical perspective of other studies and research
already produced regarding the object of study in question.
Materials and Methods
In order to gather scientific productions related to the research theme, a bibliographic
survey was conducted by collecting materials published in the last 10 years. This timeframe
was chosen based on the research goals and the temporal guideline of decree no. 7,234, dated
July 19, 2010, which establishes the National Student Assistance Program (PNAES). The
databases searched included the Scientific Electronic Library Online (SciELO), the Educ@
Portal for online education publications by Fundação Carlos Chagas, the Periodicals Portal of
the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), Google
Scholar, and the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD).
Following the data collection procedures, we proceeded with the description of the
works, detailing their objectives, methodology, and, finally, the results. Works that showed
similarity in any of these aspects were grouped together, thus allowing us to identify
convergences and divergences among the studies. The categories analyzed were "university
environment/university," "psychological distress," and "mental health/institutional policies."
Results
The following descriptors were considered: "university environment," "psychological
distress," "mental health," "university," and "higher education." A total of 272 published works
were initially retrieved. To obtain a representative result of the publications, a combination of
descriptors was necessary to ensure delimitation in the search related to the researched theme.
Below, we detail the outcomes obtained through the association of descriptors.
When using the terms "university environment and psychological distress," a total of 22
works were found. For the terms "university environment and mental health," 106 works were
found. For "university and psychological distress," 42 works were found. Searching for
"university and mental health" yielded a total of 84 articles. Only 1 work was found for "higher
education and psychological distress." For "higher education and mental health," a total of 17
works were found. From this material, a filtering process was conducted to select works that
specifically addressed the researched theme. Publications were initially screened based on title
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 5
and subsequently on abstract, resulting in the selection of 30 relevant works, as depicted in the
flowchart below:
Figure 1 Flowchart of the stages of the study review process
Source: Authors (2021).
Analyzing the keywords from the 30 publications, we found 76 words or word
combinations. It is possible to observe the prevalence of the following words: mental health
with a frequency of 18 occurrences in the texts (15.3%); followed by medical education with 6
mentions (5.1%); medical students with 6 mentions (5.1%); university students with 5 mentions
(4.2%); psychological distress also with 5 mentions (4.2%); students with 3 mentions (2.5%);
psychological counseling, higher education, risk factors, health promotion, quality of life,
university with 2 mentions each (1.7% each); the remaining 64 words had only 1 mention each
(0.8% each), as highlighted in the word cloud presented in Figure 1 below:
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 6
Figure 2 Highlighted keywords from the publications depicted in a word cloud
Source: Authors (2021).
From the study of keywords present in the papers, it is observed that the authors discuss
issues related to mental health most frequently, highlighted eighteen times in the texts; followed
by medical education with six mentions; medical students with six results, university students
with five; and psychological distress also with five results.
The next step involved organizing the publications into a spreadsheet (Microsoft Excel),
with data sorted into tables indicating the productions (year, type of publication, publication
venue, authorship, title of the work, and references). Subsequently, another document
(Microsoft Word) containing a reading sheet gathered production indicators (identification,
objective, methodology, data collection procedures, and research results). This analysis sheet
allowed the grouping of selected works in the bibliographic research, highlighting the articles'
objectives, methodology, and research outcomes.
Through the mapping of publications, a total of 272 works were found, distributed as
145 articles and 127 theses and dissertations. From this total, we selected, based on titles and
abstracts, those studies directly related to the topic of interest, resulting in 30 works, comprising
21 scientific articles, 8 dissertations, and 1 thesis, as shown in Table 1. The results indicate that
the works focused predominantly on the years 2019 and 2020, with six publications each,
followed by the years 2016, with four publications, 2017 with three publications, and 2011 and
2018, with two publications each. The remaining years (2004, 2005, 2006, 2012, 2013, 2014,
and 2015) each had one publication.
The works organized in spreadsheets with indicators of productions are presented in
Table 1 below:
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 7
Table 1 Selection of scientific productions published on the topic (2004-2020)
YEAR
TYPE
PUBLICATI
ON PLACE
DATA
BASE
AUTHORITY
JOB TITLE
2004
Article
Estudo em
psicologia
Capes
Maria Luisa
Sandoval Schmidt
Plantão psicológico,
universidade pública e
política de saúde mental
2005
Article
Psicologia:
ciência e
profissão
Capes
Cerchiari, Ednéia
Albino Nunes;
Caetano,
Dorgival;
Faccenda, Odival
Utilização do serviço de
saúde mental em uma
universidade pública
2006
Article
Revista
eletrônica de
enfermagem
Capes
Luciane Prado
Kantorski;
Leandro Barbosa
De Pinho; Toyoko
Saeki; Maria
Conceição
Bernardo De
Mello E Souza
Expectativas de docentes
sobre o ensino do
cuidado em saúde mental
2011
Article
Estudo em
psicologia
campinas
Capes
Cleuser Maria
Campos Osse,
Ileno Izídio Da
Costa
Saúde mental e
qualidade de vida na
moradia estudantil da
universidade de Brasília
2011
Dissertation
Not included
BDTD
Silva, Rachel
Rubin Da
O perfil de saúde de
estudantes
universitários: um estudo
sob o enfoque da
psicologia da saúde
2012
Article
Revista
iberoamerican
a de
educación
superior
Scielo
Dias, Isabel
Simões
Promover a saúde no
ensino superior: o
exemplo do ppcppei
2013
Dissertation
Fundação
edson queiroz,
universi ade
de fortaleza
unifor. escola
de pós-
graduação em
direito ppgd,
mestrado em
direito
constitucional
BDTD
Osse, Cleuser
Maria Campos
Saúde mental de
universitários e serviços
de assistência estudantil:
estudo multiaxial em
uma universidade
brasileira
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 8
2014
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Educ@
Andrade, João
Brainer Clares De
et al.
Contexto de formação e
sofrimento psíquico de
estudantes de medicina
2015
Article
Colloquium
humanarum
Capes
Kelly Cristina
Tesche Rozendo,
Carmen Lúcia
Dias
Possibilidades de
sofrimento psíquico do
professor universitário
de uma licenciatura
2016
Article
Unpublished
Capes
Maria José
Carvalho
Nogueira
A saúde mental em
estudantes do ensino
superior. Relação com o
género, nível
socioeconómico e os
comportamentos de
saúde
2016
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Scielo
Tenório, Leila
Pereira; Argolo,
Vanessa Araújo;
Sá, Helena Pinho
De; Melo, Enaldo
Vieira De; Costa,
Edméa Fontes De
Oliva.
Saúde mental de
estudantes de escolas
médicas com
diferentes modelos de
ensino
2016
Article
Psicologia:
ciência e
profissão,
Scielo
Andrade, Antonio
Dos
Santos; Tirabosch
i, Gabriel
Arantes; Antunes,
Natália
Amaral; Viana,
Paulo Vinícius
Bachette
Alves; Zanoto,
Pedro
Alves; Curilla,
Rafael Trebi
Vivências acadêmicas e
sofrimento psíquico de
estudantes de psicologia
2016
Article
Psic. Da ed.
Educ@
Lameu, Joelma
Do Nascimento,
Salazar, Thiene
Lívio And Souza,
Wanderson
Fernandes
Prevalência de sintomas
de stress entre
graduandos de uma
universidade pública
2017
Article
Ciência &
saúde coletiva
Capes
Karen Mendes
Graner, Ana
Teresa De Abreu
Ramos Cerqueira
Revisão integrativa:
sofrimento psíquico
em estudantes
universitários e fatores
associados
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 9
2017
Doctoral
thesis
Unpublished
Capes
Maria José
Carvalho
Nogueira
Saúde mental em
estudantes do ensino
superior: fatores
protetores e fatores
de vulnerabilidade
2017
Dissertation
Not included
BDTD
Bezerra, João
Ernesto Moura
Sobreira
Saúde mental de
estudantes dos cursos de
graduação em
engenharia: experiências
psicoemocionais na
universidade
2018
Dissertation
Not included
BDTD
Soraya Da Silva
Trajano
Aspectos psicossociais,
consumo de drogas e
transtorno mental
comum em ambiente
universitário
2018
Dissertation
Biblioteca
Digital USP
BDTD
Ariana Celis
Alcantara
Trabalho, adoecimento e
saúde mental na
universidade de São
Paulo
2019
Article
Ciência &
saúde coletiva
Capes
Thiago Ferreira
De Sousa,
Mathias Roberto
Loch, Alexandre
Justo De Oliveira
Lima, Dayana
Chaves Franco,
Aline Rodrigues
Barbosa
Concorrência de fatores
de risco à saúde em
universitários de uma
instituição de ensino
superior brasileira
2019
Article
Revista
sociedade e
estado
Capes
José Jorge De
Carvalho, Makota
Kidoiale, Emílio
Nolasco De
Carvalho, Samira
Lima Da Costa
Sofrimento psíquico na
universidade,
psicossociologia e
encontro de saberes
2019
Dissertation
Arquivos de
ciências da
saúde
BDTD
Oikawa, Fabiana
Midori
Implicações do contexto
universitário na saúde
mental dos estudantes
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 10
2019
Dissertation
Not included
BDTD
Freitas, Maria
Rosalda Pinheiro
Os direitos à saúde
mental e o direito à
educação do discente nas
instituições de ensino
superior: o caso do
programa de apoio
psicopedagógico na
universidade de fortaleza
2019
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Educ@
Ribeiro, Maria
Mônica Freitas,
Melo, Jordan
Diego Costa And
Rocha, Andreia
Maria Camargos
Avaliação da demanda
preliminar de
atendimento dirigida
pelo aluno ao núcleo de
apoio psicopedagógico
ao estudante da
faculdade de medicina
(napem) da universidade
federal de minas gerais.
2019
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Educ@
Dias, Lineker
Fernandes et al.
Promoção da saúde:
coerência nas estratégias
de ensino-aprendizagem
2020
Article
Colloquium
humanarum
Capes
Luciana Marolla
Garcia, Vera
Lucia Messias
Fialho Capellini,
Verônica Lima
Dos Reis
Saúde mental na universi
dade: a perspectiva de
universitários da
permanência estudantil
2020
Article
Psico-usf
Scielo
Marília
Guimarães Leal
Jardim,
Tathyane Silva
Castro,
Carla Fernanda
Ferreira-
Rodrigues
Sintomatologia
depressiva, estresse e
ansiedade em
universitários
2020
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Scielo
Rocha, Andreia
Maria
Camargos; Carval
ho, Maria
Bernadete
De; Cypriano,
Cristina
Petersen; Ribeir,
Maria Mônica
Freitas.
Tratamento psíquico
prévio ao ingresso na
universidade experiência
de um serviço de apoio
ao estudante
2020
Dissertation
Repositório
Institucional
UNESP
BDTD
Souza, João Paulo
Pereira De
Saúde mental de
universitários: relação
entre transtorno mental
comum e competência
moral
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 11
2020
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Educ@
Silva, Carlos
Emanoel Chaves
Da et al.
Saúde mental de alunos
de medicina submetidos
à aprendizagem baseada
em problemas: revisão
sistemática da literatura.
2020
Article
Revista
brasileira de
educação
médica
Educ@
Silva, Railly
Crisóstomo,
Pereira,
Alexandre De
Araújo And
Moura, Eliane
Perlatto
Qualidade de vida e
transtornos mentais
menores dos estudantes
de medicina do centro
universitário de
caratinga (unec)
Source: Authors (2021).
Regarding the authors of the productions, we looked for those who appear most
frequently, and as shown in Table 1, three authors had two publications each: Maria José
Carvalho Nogueira (University of Lisbon), Andreia Maria Camargos Carvalho (UFMG), and
Maria Mônica Freitas (UFMG).
When examining the most cited authors as theoretical references in the discussions
present in the analyzed articles, those with two cited publications are prominently: Carmita
Helena Najjar Abdo (UPS), Joel Sales Giglio (UNICAMP), Miriam Abreu Albuquerque
(FUNEC), Max André dos Santos (UFMG), Maria Cristina Pereira Lima (UNESP), Mariana
de Souza Domingues (UNESP), and Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira (UNESP). Authors
with three cited publications include: Rosely Moralez de Figueiredo (UFSCar), Cleuser Maria
Campos Osse (UnB), Heidi Miriam Bertolucci Coelho (UNESP), and Rodrigo Sanches Peres
(USP). Authors with eight cited publications are: Dorgival Caetano (UNICAMP), Ednéia
Albino Nunes Cerchiari (UEMS). The author with the highest number of cited publications is
Odival Faccenda (UEMS), who has nine citations.
Discussion
According to Minayo et al. (2002) data analysis initially focuses on organizing the data
found, categorizing them, and organizing them into themes that show parity in order to identify
patterns. Based on the procedures of describing the works and detailing their objectives,
methodology, and results, we will now present a brief content analysis of these works. The
presentation of this material aims to optimize understanding without delving into detailed
conceptual aspects.
In this regard, we propose to present how the researched topic is addressed in the
literature. With the research purpose in mind, we will address three aspects that we consider
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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central to a comprehensive and integral understanding of the subject: "university environment,"
"psychological distress," and "university mental health policies."
Conceptualization of the University Environment
Entering university is part of the dream of the majority of Brazilians; it is within the
university environment that we experience significant and meaningful moments. Rocha et al.
(2020) point out that the discussion on this topic has been catalyzed by public debate, and media
coverage has heightened social sensitivity regarding the increasing demands placed on mental
health professionals within the university environment.
According to Almeida, Soares, and Ferreira (2014), within this context, we find not only
the academic domain but also the social, personal, and vocational domains. Similarly, Garcia
et al. (2020) contribute to the understanding that the university environment encompasses
personal and social domains. According to Graner and Cerqueira (2019a), students within the
university context undergo biological, psychological, and social changes during their academic
lives. It is in the university setting that academic experiences unfold. Andrade et al. (2016)
introduce the term "academic experience" in the literature of psychology applied to higher
education, referring to a comprehensive set of issues related to university experiences within
the university environment that reflect student performance and success.
Entry into the university environment marks a transitional moment. According to Lameu
(2016), entering the university environment represents an important and decisive stage of life,
which can potentially be stressful, qualifying as a factor that requires adaptation and may affect
the quality of life. Andrade et al. (2014), in an attempt to understand the construction of mental
suffering subjectivity, highlight the transitional space from the pedagogical model of secondary
education to the undergraduate pedagogical model. According to Da Silva (2021), entering the
university environment intensifies the student's pace of life, whether due to increased study
hours, geographic distance from the family nucleus in some cases, external pressures from
society and the institution, and internal pressures such as feelings of disappointment, irritability,
worry, and impatience regarding graduation.
Discussing the concept of quality of life, Silva (2020) notes that there is no consensus
in the literature regarding the quality of life of academics. However, Da Silva (2021)
demonstrates that the university environment involves norms, methodologies, groups, and new
people, requiring professional and personal skills and competencies from students. This
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 13
environment enables new opportunities and reconfigurations of social interaction and serves as
a space for both positive and negative impacts (Da Silva, 2021).
Psychological Distress: Convergences and Unifications
According to Lameu et al. (2016), when considering stress, it is necessary to revisit the
concept of "stressor," which refers to any event that requires the organism to adapt, whether
positive or negative, internal or external. The university environment can be stressful when
there are no norms facilitating the healthy development of affective bonds, effective
communication between students and teachers, parents and family members, and social and
environmental relationships.
Lameu (2016) identifies several types of stressors within the university environment.
External stressors include evaluative activities, deadlines, teaching methodologies, aspects
related to living arrangements, among others. Internal stressors involve difficulties with
assertiveness, relationship inadequacies, issues related to self-esteem, among others. According
to the same author, students in the university environment face uncertainties inherent in their
chosen professional path, adaptation to new living arrangements, and separation from parental
support. In line with this perspective, Jardim (2020) asserts that within the literature, authors
recognize that entering and leaving university life exacerbates psychological illness.
Therefore, stress, as described by Lameu (2016), can manifest throughout undergraduate
studies, from the initial adjustment phase to new relationships with faculty and peers, fulfilling
responsibilities, undergoing evaluations, cognitive fatigue, and the desire to complete the
academic period, among other factors.
According to Figueiredo et al. (2014), the likelihood of developing mental health issues
in early adulthood, particularly during the university years, is higher. Jardim (2020) argues that
the literature discusses the origins of the high prevalence of mental distress among student
populations, attributing it to the university environment being a time of transformation and
transition, requiring students to adapt to new teaching and learning methods, and new emotional
and relational configurations. According to Jardim (2020), the added demands can lead to
insecurities and conflicts, resulting in anxiety, stress, and depression.
The literature provides a possible explanation for this high prevalence. Initially, entering
university is a period that demands a high level of adaptation and flexibility from students.
According to Jardim et al. (2020a), students must assimilate new teaching and learning
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19394 14
methods, during which new affective configurations, such as forming new social bonds, are
established
Segundo Jardim et al. (2020a) also point out that students tend to manifest some form
of mental disorder during their academic life, with anxiety being the most common. We believe
that, as previously mentioned, the university environment brings about changes and mental
stressors inherent in the educational phenomenon; however, we also understand that it is within
this environment that the maturation process occurs. Regarding the concept of maturation, we
emphasize that we do not interpret it solely as a biological substrate.
As argued by Kantorski et al. (2006), academic spaces initiate the humanization of care
through a process of action-reflection-action. These spaces are significant as they encourage
students to consider their possibilities, needs, and particularities. In this sense, educators play a
crucial role in integrating students into this context. According to Garcia et al. (2020), the
outcomes of the learning process encompass the interrelation of the student's personal issues,
including organic, cognitive, affective, and motivational factors, as well as factors related to
family and social spheres, pedagogical strategies, and governmental decrees guiding education.
Beyond students, Rozendo and Dias (2014) caution that new work models within
university contexts can fuel exhaustion and illness, posing risks to the physical and mental
health of workers. They note a lack of sufficient literature on this specific aspect concerning
workers in this context. According to Graner et al. (2019), research has shown that students
with greater engagement in academic activities may experience higher levels of mental health.
It has also been observed that students' perceptions of their experiences can influence their sense
of well-being.
Thus far, it is evident that issues related to mental health within the university
environment are emerging themes and constitute a public health concern. Despite their
significance, Dias (2006) asserts that programs of this nature targeting young adults in higher
education remain scarce.
University Mental Health Assistance Policies
According to Andrade et al. (2014) it is the role of universities to ensure that
psychological support services are cohesive and integrated with educational plans. Dias (2012)
asserts that the implementation of such programs results in a decrease in the intensity and
symptoms of depression among students who participate, thereby serving as an essential
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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instrument in promoting mental health. Thus, in accordance with Tenório's (2016)
understanding, we deduce that universities are tasked with continually engaging in reflections
that lead to a heightened awareness of their role in promoting, preventing, and caring for
students' mental health.
In this regard, Andrade et al. (2014) enrich the discussion by stating that universities
should actively intervene in providing psycho-pedagogical support services to recognize, map,
and evaluate stressors. This enhances teaching quality and pedagogical improvement for
smoother transitions between different periods and cycles. According to Garcia et al. (2020) it
is the social responsibility of universities to create strategies that facilitate the integration of
students, ensuring their persistence until course completion.
To illustrate this point, reference can be made to Dias's (2012) perspective, which
considers that promoting mental health within the university environment through programs
that equip students with tools to identify risk behaviors related to psychological distress has
spurred global movements and efforts.
Final considerations
Over time, issues related to mental health conditions have increasingly come into focus,
and access to information has demystified many prejudices regarding the subject.
Stigmatization and labeling no longer fit into our relationships. Being in a condition of
psychological distress or psychopathological state should not be a cause for embarrassment.
Finding oneself in a state of psychological distress does not necessarily imply an inability to
lead a meaningful life or pursue higher education. However, the likelihood of experiencing
mental disorders in early adulthood, particularly during the university years, is high.
Regarding the bibliographic research presented in this article, it is noted that the vast
majority of works published from 2010 to 2020 are linked to the health sciences and focused
mainly on 2019 and 2020. This highlights that over time, the topic has increasingly become a
focal point of scientific investigation, gaining greater relevance and recognition.
The literature found in the research provides a potential explanation for this significant
prevalence. Initially, entry into university constitutes a period that demands a high degree of
adaptation and flexibility from students. Another essential aspect demonstrated by the research
is that students with greater engagement in academic activities may represent one of the
variables associated with higher levels of mental health. Furthermore, it was observed that
Scientific production on mental health and higher education: A bibliographical review
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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students' perceptions of their educational and personal experiences can influence their sense of
well-being.
Regarding the concept of quality of life, it is noted that there is no consensus in the
literature data on the quality of life of academics. However, it is evident that the university
environment offers norms, methodologies, and social groups, demanding professional and
personal skills and competencies from students. This environment provides new opportunities
and reconfigurations in social interaction, constituting a space with both positive and negative
impacts.
n the university context, we encounter various external stressors, such as assessment
activities, deadlines, methodologies adopted by professors, and housing-related aspects.
Additionally, there are internal stressors, including difficulties with assertiveness, social
relationship inadequacies, and factors related to self-esteem, among others. Within this
environment, university students face inherent uncertainties related to career choices, national
economic conditions, adaptation to new living arrangements, and separation from parental
support. Literature acknowledges that entry into and departure from the university environment
can exacerbate mental health issues.
It is recognized that universities have a role in integrating psychological support services
into educational plans. The implementation of these programs reduces depressive symptoms in
students, serving as a significant tool in health promotion. Institutions should actively intervene
in providing psychopedagogical services to recognize, map, and evaluate stress-inducing
elements, thereby enhancing teaching quality and pedagogical improvement for smoother
academic transitions. Additionally, universities have a social responsibility to create strategies
that facilitate student integration, ensuring their persistence until course completion.
In summary, the findings of the analyzed studies indicate that there is no consensus on
concepts. Nevertheless, scientific publications and studies continue to demonstrate the
importance and role of universities in developing educational public policies aimed at the
university community, focusing on mental health promotion and prevention.
Finally, we emphasize that this research is not intended to be exhaustive or definitive.
On the contrary, we acknowledge the need for ongoing studies and improvements on how
universities can act as agents of transformation and social empowerment, particularly
concerning the mental health of students. We understand that mental health is a public health
issue, and in this regard, universities could play an extremely important role in addressing the
Maycon Pádua REIS and Regilson Maciel BORGES
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024009, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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needs of individuals experiencing psychological distress with a particular focus on ethics of
care.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: We thank the Universidade Federal de Lavras UFLA.
Funding: There is no funding.
Conflicts of interest: here are no conflicts of interest.
Aprovação ética: Not applicable.
Data and material availability: Not applicable.
Author’s contributions: The first author conducted the research, analysis, and writing of
the article. The second author contributed to supervision, review, and editing of the article.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.