Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19320 1
PRAZER E SOFRIMENTO NA VIDA UNIVERSITÁRIA EM ESTUDANTES DE
ADMINISTRAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO TOCANTINS
PLACER Y SUFRIMIENTO EN LA VIDA UNIVERSITARIA DE ESTUDIANTES DE
ADMINISTRACIÓN EN UNA UNIVERSIDAD PÚBLICA DE TOCANTINS
PLEASURE AND SUFFERING IN THE UNIVERSITY LIFE OF STUDENTS FROM A
PUBLIC UNIVERSITY OF TOCANTINS
Liliam Deisy GHIZONI1
e-mail: ldghizoni@gmail.com
Eduardo Breno Nascimento BEZERRA2
e-mail: eduardobreno@hotmail.com
Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA3
e-mail: jjrl.brasil@gmail.com
Roberto Moraes CRUZ4
e-mail: robertocruzdr@gmail.com
Como referenciar este artigo:
GHIZONI, L. D.; BEZERRA, E. B. N.; RAMIREZ-
LANDAETA, J. J.; CRUZ R. M. Prazer e sofrimento
na vida universitária em estudantes de administração
de uma universidade pública do Tocantins. Plurais -
Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1,
e024013, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19320
| Submetido em: 11/12/2023
| Revisões requeridas em: 28/12/2023
| Aprovado em: 25/01/2024
| Publicado em: 12/07/2024
Editoras:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas TO Brasil. Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das
Organizações, pós-doutorado em Administração, Professora no Curso de Administração e no Programa de Pós-
Graduação em Comunicação e Sociedade. Cursando pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da
UFSC. Líder do Grupo de Pesquisa Trabalho e Emancipação (UFT)
2
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brasil. Doutor em Psicologia, Professor no Departamento
de Psicologia
3
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis SC Brasil. Doutor em Educação, cursando pós-
doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC.
4
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis SC Brasil. Doutor em Engenharia de produção, pós-
doutorado em Métodos e Diagnóstico em Psicologia e em Saúde Coletiva, Professor e pesquisador do Departamento e
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC. Líder do Laboratório Fator Humano (UFSC).
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA e Roberto Moraes CRUZ
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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RESUMO: Este estudo investigou as experiências de prazer e sofrimento de estudantes de
Administração na Universidade Federal do Tocantins. Sob a perspectiva de que ser estudante
universitário implica ser um trabalhador na dimensão subjetiva do trabalho acadêmico, a
Psicodinâmica do Trabalho foi adotada como base teórica. Um questionário online foi
respondido por 135 estudantes, predominantemente mulheres (58,5%), heterossexuais (78,5%),
pardos (59,3%) e sem filhos (84,4%). Fontes de prazer incluíram a formação de coletivos de
trabalho e laços de cooperação, enquanto sentimentos de improdutividade, falta de identificação
com as atividades do curso e desmotivação foram apontados como fontes de sofrimento.
Alarmantemente, 46,7% relataram sentimentos de adoecimento mental. Diante desses
resultados, é crucial que as universidades abordem estrategicamente o desgaste provocado pelo
trabalho acadêmico, direcionando uma atenção especial aos sentimentos de desânimo,
frustração, sofrimento e insatisfação dos estudantes.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental em estudantes. Prazer-sofrimento. Organização do
Trabalho acadêmico.
RESUMEN: Este estudio investigó las experiencias de placer y sufrimiento de estudiantes de
Administración en la Universidad Federal de Tocantins. Desde la perspectiva de que ser
estudiante universitario implica ser un trabajador en la dimensión subjetiva del trabajo
académico, se adoptó la Psicodinámica del Trabajo como base teórica. Un cuestionario en
línea fue respondido por 135 estudiantes, predominantemente mujeres (58,5%), heterosexuales
(78,5%), pardos (59,3%) y sin hijos (84,4%). Las fuentes de placer incluyeron la formación de
colectivos de trabajo y lazos de cooperación, mientras que los sentimientos de improductividad,
falta de identificación con las actividades del curso y desmotivación fueron señalados como
fuentes de sufrimiento. Alarmantemente, el 46,7% reportó sentimientos de enfermedad mental.
Ante estos resultados, es crucial que las universidades aborden estratégicamente el desgaste
provocado por el trabajo académico, prestando especial atención a los sentimientos de
desánimo, frustración, sufrimiento e insatisfacción de los estudiantes.
PALABRAS CLAVE: Salud mental en estudiantes. Placer-sufrimiento. Organización del
trabajo académico.
ABSTRACT: This study investigated the pleasure and suffering experiences of Administration
students at the Federal University of Tocantins. Considering that being a university student
implies being a worker in the subjective dimension of academic work, Work Psychodynamics
was adopted as the theoretical basis. An online questionnaire was answered by 135 students,
predominantly women (58.5%), heterosexuals (78.5%), mixed-race (59.3%), and childless
(84.4%). Sources of pleasure included the formation of work collectives and cooperation bonds,
while feelings of unproductivity, lack of identification with course activities, and demotivation
were pointed out as sources of suffering. Alarmingly, 46.7% reported feelings of mental illness.
Faced with these results, it is crucial for universities to strategically address the burnout caused
by academic work, directing special attention to students' feelings of discouragement,
frustration, suffering, and dissatisfaction.
KEYWORDS: Mental Health in Students. Pleasure- Suffering. Organization of academic work.
Prazer e sofrimento na vida universitária em estudantes de administração de uma universidade pública do Tocantins
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Introdução
Neste artigo partimos da premissa de que ser um estudante universitário equivale a ser
um trabalhador, não apenas pelo fato de realizar tarefas especificas sob determinadas exigências
funcionais, mas pela equivalência entre a organização e as relações de trabalho com o modus
operandi da vida universitária, que envolve pressões, prazos e responsabilidades associados a
resultados e desempenho acadêmicos. Além desses aspectos, a necessidade de busca
permanente de conciliação entre o trabalho universitário com as outras dimensões da vida,
administrar conflitos e desenvolver habilidades para lidar com os desafios da carreira
profissional (Niquini et al., 2015; Moraes et al., 2021; Silva; Ghizoni; Cecchin, 2022).
Essa premissa encontra respaldo nas contribuições teóricas da Psicodinâmica do
Trabalho, disseminada no Brasil, na década de 1980, por meio da obra "A loucura do trabalho:
estudo de psicopatologia do trabalho" (Dejours, 1987) e, na década de 1990, em “Psicodinâmica
do trabalho: contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e
trabalho” (Dejours; Abdoucheli; Jayet, 1994). O núcleo das contribuições da Psicodinâmica do
Trabalho, reside na análise das relações entre sofrimento e prazer no trabalho, com base na
escuta e na compreensão dos processos subjetivos dos trabalhadores e na identificação dos
mecanismos de defesa psíquica acionados pelos trabalhadores frente às exigências e condições
de trabalho (Mendes, 2007).
Com base na Psicodinâmica do Trabalho, a organização do trabalho na universidade
impõe uma clara divisão de tarefas e responsabilidades sobre os estudantes, refletida em
controles prescritos, tais como horários de aulas, frequência mínima, elaboração de trabalhos e
provas, prazos de entregas, além de outros elementos inerentes à vida acadêmica (Silva;
Ghizoni; Cecchin, 2022; Ariño, 2023). Segundo a Psicodinâmica do Trabalho, o conceito de
trabalho transcende a execução de tarefas, sendo compreendido como um processo de
transformação do sujeito, mediado pelo trabalho, desempenhando um papel crucial na
construção da identidade e na preservação da saúde mental (Dejours, 2011; Mendes, 2007).
A dinâmica do ensino superior evidencia o prazer no trabalho com o reconhecimento
profissional dos professores, autonomia, solidariedade entre colegas e o desenvolvimento de
professores e alunos. Neste contexto acadêmico o sofrimento relaciona-se ao estresse, desgaste
emocional e insatisfação dos professores, levando este público a apresentar problemas de saúde
mental, como ansiedade e esgotamento profissional (Silva, 2023). As estratégias de
enfrentamento tem sido: buscar apoio entre os colegas da universidade, desenvolver habilidades
de comunicação e cooperação, e priorizar aspectos do trabalho que proporcionam prazer e
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA e Roberto Moraes CRUZ
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satisfação (Silva, 2023). A universidade, como qualquer outro espaço de trabalho, é promotora
de saúde, mas também de adoecimento, por isso é importante que estudantes, professores,
técnicos e terceirizados estejam atentos, criando lugares para falar sobre o seu trabalhar, tecendo
laços de solidariedade e cooperação entre os pares para lidar com as vivências características
deste espaço de trabalho.
Na prática acadêmica, o estudante não apenas se dedica aos estudos como um meio de
contribuir para a transformação do mundo, mas também se envolve em um processo de
transformação pessoal (Hartley, 2011; Kraft, 2011, Ariño; Bardagi, 2018; Ariño; Cruz; Ródio-
Trevisan; Gai, 2023). Esse envolvimento é intrinsecamente vinculado à produção e revelação
da própria identidade, forjada nas complexas teias das relações sociais estabelecidas e no
reconhecimento vivenciado. Nessa perspectiva, com base na concepção de sujeito da
Psicodinâmica do Trabalho, o estudante é aquele que busca da preservação da saúde mental,
navegando por contradições e conflitos internos, impulsionado pela inventividade, criatividade
e inteligência prática diante das limitações das máquinas (Facas; Silva; Araujo, 2013).
Além de o ato de estudar não ser devidamente reconhecido socialmente como uma
forma de trabalho, especialmente no contexto brasileiro, essa invisibilidade também se estende
ao ambiente universitário (Moraes et al., 2021). É importante considerar que a vida universitária
significa um processo de adaptação ao ambiente, pois as atividades universitárias são
permeadas por novidades e expectativas pessoais e profissionais, mas, também por dúvidas e
inseguranças sobre como corresponder às exigências do meio acadêmico, tendo em vista,
inclusive o desempenho escolar anterior (Ariño et al., 2023). Nesse contexto, ocorrem
ressignificações, reconfigurações e recrudescimentos dos sofrimentos e vulnerabilidades,
assemelhando-se, em alguns aspectos, à experiência do trabalhador remunerado
contemporâneo.
Os estudantes, em geral, ou ocupando papeis complementares de estagiários,
extensionistas ou iniciantes em pesquisa, veem suas atividades muitas vezes negligenciadas,
contribuindo para uma situação de transição identitária-social. Trata-se, particularmente nesses
casos, do desenvolvimento de trabalhos criativos, cujas consequências ultrapassam
significativamente a resposta a uma tarefa e à obtenção de um certificado. Essa dificuldade em
reconhecer plenamente o valor do estudar como trabalho criativo revela a necessidade de uma
reflexão mais profunda sobre o papel da universidade na sociedade e a importância de
reconhecimento e valorização das atividades acadêmicas pelos diversos atores envolvidos no
contexto universitário (Moraes et al., 2021).
Prazer e sofrimento na vida universitária em estudantes de administração de uma universidade pública do Tocantins
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A atividade de estudar se revela como uma experiência carregada de dualidade,
permeada por momentos de prazer e sofrimento. O prazer não é apenas uma vivência, mas
também um impulso fundamental para o trabalho, representando uma experiência de
autorrealização (Mendes; Muller, 2013). Podemos citar três facetas relacionadas ao prazer: a
alegria da invenção e significação, a satisfação do encontro com o outro e o prazer oriundo da
dissonância (Ferreira, 2011). A criação amplifica a produção de sentido no trabalho,
contribuindo para a promoção da saúde no processo laboral.
Por outro lado, o sofrimento é inerente à atividade laboral, surgindo do conflito entre as
normas da organização do trabalho e as demandas psíquicas do sujeito, orientadas pelo desejo
(Dejours, 2011; Moraes, 2013). Quando o estudante enfrenta experiências de fracasso, o
sofrimento emerge. No entanto, esse sofrimento pode desencadear dois caminhos distintos: o
do medo paralisante e patogênico, e o da ação, onde o estudante, diante de desafios, busca
soluções para aliviar o sofrimento. Esse movimento subjetivo de luta do sujeito em sofrimento,
aplicando sua inteligência para superar obstáculos, representa a transformação do sofrimento
em prazer e a busca pela saúde (Cunha; Ghizoni, 2018; Ferreira; Ghizoni, 2018; Moraes, 2013;
Schlindwein et al., 2019).
A população universitária apresenta uma vulnerabilidade para o desenvolvimento de
transtornos mentais, particularmente, a manifestação de ansiedade, depressão, estresse e
burnout (Kraft, 2011; Hartley, 2011; Beiter et al., 2015; Pedrelli, et al., 2015; Ariño; Bardagi,
2018; Ariño et al., 2023). Estudantes de uma universidade pública brasileira apresentaram
elevada prevalência (71,52%, N = 5133) de Transtornos Mentais Comuns (TMC) (Barros;
Peixoto, 2023). Para estes autores as condições de vida e os eventos produtores de estresse,
entre universitários, acabam se associando aos TMC. Destarte não é algo específico da
população universitária brasileira. Estudantes universitários de Ohio apresentaram três
principais preocupações: desempenho acadêmico, pressão para ter sucesso e planos de pós-
graduação. Observou-se neste estudo que os estudantes mais estressados, ansiosos e deprimidos
eram os transferidos, veteranos e os que moravam fora do campus (Beiter et al., 2015). Os
estudantes universitários turcos apresentaram escores de ansiedade e estresse maiores entre as
mulheres. Observaram que os estudantes do primeiro e segundo ano tiveram escores mais altos
de depressão, ansiedade e estresse do que os demais. Os participantes que estavam satisfeitos
com a sua educação apresentaram menores escores de depressão, ansiedade e estresse do que
aqueles que não estavam satisfeitos (Bayram; Bilgel, 2008).
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA e Roberto Moraes CRUZ
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Com base nas contribuições da Psicodinâmica do Trabalho, direcionamos nossa atenção
para as experiências de prazer-sofrimento na vida acadêmica. Por um lado, processos criativos,
satisfação com a escolha da carreira, expectativas de desenvolvimento profissional. Por outro,
vivências de sofrimento, associadas a afastamentos dos estudos, prolongamento da vida
acadêmica e, em casos extremos, suicídios (Silva; Todaro; Reis, 2020; Liu et al., 2019). A
compreensão dessa dinâmica é essencial para abordar e mitigar os impactos negativos no bem-
estar dos estudantes universitários e potencializar o processo de saúde e bem-estar na atividade
acadêmica.
As vivências de prazer na universidade podem estar ligadas a satisfação em relação ao
curso (75,6%) e ao orientador (75%), ao passo que as vivências de sofrimento se encontram na
dificuldade em conciliar os estudos com um trabalho remunerado, a pressão pela produção
científica, as dificuldades financeiras, autocobrança e sentimentos negativos quanto ao
desempenho (Silva; Ghizoni; Cecchin, 2023). Observa-se o impacto destes fenômenos no
desenvolvimento socioemocional dos estudantes universitários.
Diante do exposto, a realização de estudos que buscam olhar cientificamente e com
profundidade para o estudante da graduação das universidades públicas, se coloca como de
grande relevância acadêmica e social. Pesquisas dessa natureza oferecem caminhos para se
pensar sobre a saúde mental dos seus estudantes, bem como para agir preventivamente, antes
que os índices de afastamentos por motivos psicológicos se ampliem e se agravem. É notória a
necessidade de ampliação dos estudos e a publicização de resultados com a temática da saúde
mental de estudantes universitários (Pedrelli; Nyer; Yeung; Zulauf; Wilens, 2015; Ariño
2018/2023; Silva, 2019; Macêdo Silva, 2021, Perez; Brum; Rodrigues, 2019; Silva; Ghizoni;
Cecchin, 2022).
Outro antecedente direto deste estudo foi a análise dos resultados da disciplina "Prazer
e Sofrimento na Universidade" em 2019, ministrada pela primeira autora deste estudo, para
alunos de administração e de jornalismo. As participantes eram predominantemente mulheres,
solteiras, entre 20 e 29 anos de idade, muitas das quais trabalhavam longas horas. Em alguns
casos foram relatados pensamentos suicidas, além das experiências de sofrimento, que incluíam
pressão, cansaço, dificuldade em concluir tarefas, falta de motivação, medo de não concluir o
Trabalho de Conclusão de Curso e dificuldades com professores. As fontes de prazer
envolveram amizades, relações interpessoais, a perspectiva de concluir o curso e a realização
do sonho de graduar-se em uma universidade pública federal.
Prazer e sofrimento na vida universitária em estudantes de administração de uma universidade pública do Tocantins
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Diante do exposto, este estudo tem como objetivo analisar as vivências de prazer-
sofrimento em estudantes universitários do curso de Administração da Universidade Federal do
Tocantins (UFT).
Método
Foi conduzida uma pesquisa descritiva-quantitativa em uma população de 427
estudantes matriculados no curso de Administração da Universidade Federal de Tocantins
(UFT), em 2022. A amostra selecionada, não probabilística, consistiu em 135 participantes,
maiores de 18 anos. Foram excluídos da amostra, estudantes com a matrícula trancada, ou na
condição de estudantes com matrícula especial ou ouvintes, assim como aqueles que não
concluíram todos as respostas do instrumento de coleta de dados.
Foram adotados todos os cuidados éticos que regem a pesquisa com seres humanos,
destarte, somente o desdobramento deste estudo, intitulado “Saúde Mental em estudantes
universitários” que passou pela Plataforma Brasil, tendo em vista fazer uso de um instrumento
validado e com a participação de estudantes de 17 cursos de graduação desta mesma
universidade. A participação foi anônima, confidencial e voluntária, tendo sido garantida aos
participantes possibilidade de recusa em participar da pesquisa. E, caso aceitasse, havia a
garantia de retirada do consentimento, a qualquer tempo, sem nenhum prejuízo.
O instrumento utilizado foi uma adaptação do questionário de Prazer-Sofrimento na
Vida Universitária, elaborado pelo grupo de pesquisa Trabalho e Emancipação: Coletivo de
Pesquisa e Extensão (Silva, 2019). Esse questionário utiliza uma escala Likert de 5 pontos
(nunca, raramente, às vezes, frequentemente, sempre), organizado em 4 eixos: Eixo 1 -
Organização do Trabalho das atividades acadêmicas; Eixo 2 - Fontes de Prazer na realização
das atividades acadêmicas; Eixo 3 - Fontes de Sofrimento na realização das atividades
acadêmicas e Eixo 4 - Destinos dados aos sofrimentos na realização das atividades acadêmicas,
adicionalmente dados sociodemográficos (Silva; Ghizoni, Cecchin, 2023).
O questionário aplicado foi hospedado na plataforma Unipark
(https://www.unipark.com/en/) e disponibilizado on-line aos participantes entre outubro e
novembro de 2022. Para os procedimentos de coleta de dados foram adotadas três estratégias:
1) Divulgação na rede social WhatsApp do curso de Administração via card e com chamadas
diárias com o link para acessar a pesquisa; 2) Apoio dos docentes; 3) Participação de três
estudantes da disciplina de Estudos e Pesquisas em Administração (2022/2).
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA e Roberto Moraes CRUZ
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Do total de 234 acessos, 135 participantes concluíram as respostas. Os dados foram pré-
processados no software Microsoft Excel e o programa estatístico SPSS (Statistical Package
for the Social Sciences) foi utilizado para realizar as análises estatísticas descritivas. Sua escolha
se sustenta na alta reputação e confiabilidade de uso nas áreas das ciências sociais e saúde, na
disponibilidade de licenciamento, bem como na familiaridade dos pesquisadores com seu uso.
Resultados
Características sociodemográficas dos participantes e a organização do trabalho nas
atividades acadêmicas
O perfil sociodemográfico dos participantes da pesquisa está sintetizado na Tabela 1.
Dentre os participantes, 37% têm idade entre 21 e 25 anos, declararam não ter deficiência
94,1%, são, em sua maioria, mulheres (58,5%), heterossexuais (78,5%), evangélicos (34,8%),
solteiros (80%), sem filhos (84,4%), pardos (59,3%). Além de estudar, 82,2% trabalham em
outras instituições, sendo 34,8% com carteira assinada. Em relação ao estágio, observou-se que
9,6% fazem estágio curricular (no curso corresponde ao Trabalho de Conclusão de Curso) e
12,6% realizam estágio extracurricular. Esses dados indicam que os estudantes do curso de
administração pesquisados, de forma majoritária, buscam conciliar a realização do curso
universitário com outra atividade empregatícia, aspecto que tende a dificultar o engajamento
dos estudantes em outras atividades acadêmicas, além das previstas em sala de aula.
Tabela 1 - Características dos participantes estudantes de administração da UFT
Porcentagem (%)
Sexo
Masculino
41,5
Feminino
58,5
Orientação sexual
Heterosexual
78,5
LGBT+
19,3
Orientação religiosa
Evangélica
34,8
Católica Apostólica
28,9
Agnóstico (sem religião)
12.6
Tem filhos?
Sim
14,8
Não
84,4
Qual sua cor ou raça?
Parda
59,3
Preta
17,8
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Branca
17,8
Você trabalha atualmente?
Sim
82,2
Não
17,8
Já se consultou com algum psicólogo(a) antes?
Sim
46,7
Não
53,3
Faz acompanhamento psiquiátrico?
Sim
5,9
Não
94,1
Você possui diagnóstico de agravo à saúde mental?
Não
85,2
Sim
9,6
Fonte: Elaborada pelos autores (2023).
A maioria dos participantes (94,1%) declarou não fazer acompanhamento psiquiátrico,
sendo que 77% nunca consultaram um médico psiquiatra. Quanto ao diagnóstico de transtornos
mentais ou globais de desenvolvimento (TDAH, Dislexia, Autismo), 85,2% afirmaram não
possuir. Em relação ao acompanhamento psicoterápico, 91,1% não estão em tratamento no
momento, embora 46,7% tenham consultado um psicólogo, enquanto 53,3% nunca o fizeram.
Na autoavaliação da saúde mental, apenas 21% dos participantes a classificaram como
ruim, enquanto 42% a consideraram razoável e 36% como boa ou excelente. Essa variação nas
respostas destaca a complexidade da autopercepção da saúde mental entre os estudantes
universitários, influenciada por fatores como carga acadêmica, apoio social e estratégias de
enfrentamento ao estresse e desafios da vida universitária.
Um aspecto importante foi sobre a possibilidade de desistir do curso. Dentre os
respondentes, 47% afirmaram fazê-lo frequentemente ou sempre, 20% eventualmente, e 32%
raras vezes ou nunca. Esses resultados indicam que a possibilidade de desistência do curso é
uma preocupação significativa para uma parcela considerável dos estudantes, indicando que
desafios e pressões que podem impactar negativamente a trajetória acadêmica. Fatores como
carga acadêmica, suporte emocional, satisfação com o curso e estratégias de enfrentamento
podem desempenhar papéis cruciais nesse contexto.
Em relação à organização do trabalho acadêmico, os participantes referem dedicar, em
média, de 0 a 5 horas por semana à sala de aula (32,6%) e de 11 a 20 horas (28,1%), o que
equivale a cursarem de 1 a 5 disciplinas simultaneamente. Quanto às horas dedicadas aos
estudos fora da sala de aula, 60% afirmam ser de 0 a 5 horas, enquanto 36,3% dedicam pelo
menos 40 horas semanais ao trabalho. Essa dedicação intensa ao trabalho fora da universidade
reflete nas poucas horas dedicadas aos estudos.
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No que diz respeito às relações no ambiente acadêmico, os participantes consideram a
relação com os professores do curso como boa (49,6%) e muito boa (24,4%). Sobre a
comunicação com os professores, 41,5% a consideram boa, 24,4% muito boa e 23% razoável.
A relação com os colegas do curso é avaliada como boa (40,7%) e muito boa (27,4%). A relação
com o coordenador do curso atual (gestão de abril de 2021 a abril de 2023) é classificada como
razoável (29,6%) e boa (28,1%). Em relação à comunicação com a coordenação, 28,1% a
consideram razoável, 24,4% boa e 17,8% ruim. Quanto ao ritmo de trabalho imposto pelos
professores, 76,3% afirmam ser adequado; no entanto, 40% se sentem pressionados às vezes, e
24,4% frequentemente.
Fontes de prazer-sofrimento na realização das atividades acadêmicas
O âmbito das fontes de prazer, foi identificada uma alta valoração (bom ou excelente)
nas possibilidades de construção de laços de cooperação e solidariedade (81%), seguido pelo
sentimento de reconhecimento pelas atividades acadêmicas que realiza (63%) e a construção de
coletivos de trabalho para realização das atividades acadêmicas (60%). Esses são os principais
aspectos valorados como excelentes pelos estudantes, menos da metade expressam ter
conseguido participar de espaços públicos de discussão e deliberação (47%) e de forma razoável
manifestam conseguir colocar em prática a sua inteligência/astúcia (46%).
Destaca-se a forte ênfase dada ao sentido de ser estudante de administração, considerado
bom ou excelente por 88% dos participantes. Esse valor se assemelha ao observado no aspecto
das atividades acadêmicas, também com 88%, sugerindo uma conexão sólida dos estudantes
com o propósito do trabalho acadêmico e uma identificação significativa com as atividades do
curso, transformando potenciais fontes de sofrimento em prazer.
Tabela 2 - Fontes de prazer-sofrimento avaliados pelos estudantes
Fontes de prazer-sofrimento
Ruim/
Nunca
Razoável
Bom-Excelente/
Frequentemente/
Sempre
1.Nas suas atividades acadêmicas você consegue
colocar em prática a sua inteligência/astúcia.
21%
46%
33%
2.No dia a dia na universidade você tem conseguido
construir e/ou participar de espaços públicos de
discussão e deliberação
15%
36%
47%
3.Como estudante de graduação você já construiu
coletivos de trabalho para realizar as atividades
acadêmicas.
19%
16%
60%
Prazer e sofrimento na vida universitária em estudantes de administração de uma universidade pública do Tocantins
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4.Na sua vivência universitária você consegue
construir laços de cooperação e solidariedade
3%
15%
81%
5.Como estudante de graduação você se sente
reconhecido pelas atividades acadêmicas que realiza?
9%
22%
63%
6. O seu trabalho como estudante universitário possui
um sentido?
2%
6%
88%
7. Você sente que o trabalho acadêmico que você
desenvolve é irrelevante para o desenvolvimento da
sociedade?
38%
20%
38%
8.Você se sente improdutivo com o trabalho que
desenvolve na academia?
13%
24%
60%
9.Você se identifica com as atividades acadêmicas que
desenvolve no curso?
2%
10%
88%
10. Você se sente desmotivado com as atividades
acadêmicas que desenvolve no curso?
13%
17%
69%
Fonte: Elaboração dos autores
Os resultados da avaliação das fontes de prazer e sofrimento pelos estudantes revelam
nuances importantes em sua vivência acadêmica. Destaca-se a presença de possíveis
sentimentos de sofrimento, notadamente na desmotivação com as atividades acadêmicas do
curso (69%) e o sentimento de improdutividade com os trabalhos (60%). Além disso, os
sentimentos de irrelevância do trabalho acadêmico para a sociedade (38% classificaram como
ruim e 20% como razoável) representam desafios percebidos pelos estudantes durante suas
atividades acadêmicas.
Ao examinar como os estudantes estão lidando com o sofrimento, considerando os
programas de suporte estudantil disponíveis na UFT, verificou-se que aproximadamente 70%
dos participantes afirmaram nunca ter ouvido falar do Programa Mais Vida, desenvolvido pela
própria instituição para promoção da saúde mental dos estudantes e 89,6% desconheciam
qualquer ação por ele desenvolvida.
Apesar da falta de familiaridade com o Programa Mais Vida, 45,9% dos estudantes têm
conhecimento dos auxílios oferecidos pela UFT (auxílio-moradia, auxílio-alimentação, auxílio
permanência). No entanto, 72,6% nunca utilizaram esses auxílios. Quanto à Coordenação de
Estágio e Assistência Estudantil do Câmpus de Palmas, 59,3% afirmaram desconhecer sua
existência. Mesmo entre os 38,5% que a conheciam, 80% nunca participaram de suas ações.
Outro recurso potencial de apoio é o Serviço de Apoio Social, Pedagógico e Psicológico
(SASPP - Campus de Palmas). A respeito desse serviço, 57% afirmaram total desconhecimento,
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e 75,6% nunca participaram de suas atividades. Em relação a iniciativas como oficinas,
palestras ou seminários sobre "Prazer e Sofrimento na Universidade", 74,1% dos participantes
afirmaram nunca ter participado de nenhuma atividade desse tipo. Esses resultados indicam
uma lacuna significativa no aproveitamento dos recursos de suporte disponíveis aos estudantes
da UFT.
Discussão
Os resultados obtidos sugerem que a organização do trabalho a que os estudantes estão
submetidos tem adotado bom ritmo de trabalho, com prazos flexíveis, boa orientação dos
professores e boa relação e comunicação entre os participantes, professores e coordenação.
Destarte observou-se sobrecarga para a realização das atividades acadêmicas e sentimento de
pressão para atender as exigências do curso. Infere-se ainda que os participantes não cursam
todas as disciplinas propostas para o semestre (6 disciplinas), observa-se uma baixa dedicação
de horas de estudo dentro de sala de aula (0 a 5 horas 32,6%) e fora dela (0 a 5 horas 60%). O
que aponta para uma falta de engajamento e comprometimento destes estudantes com a sua
formação.
Destarte as vivências de prazer dos participantes encontram-se sobretudo na construção
de grupos ou coletivos de trabalho para a realização das atividades acadêmicas e na construção
dos laços de solidariedade e cooperação. Esse é um dado importante discutido pela
psicodinâmica do trabalho que destaca a cooperação como instrumento de enfrentamento do
real (Dejours, 2011). Fortalecer esses laços de solidariedade se apresenta, portanto, como um
caminho importante para os estudantes universitários, de modo que se criem em espaço público
de discussão que favoreçam o uso da inteligência prática desses estudantes, o que constitui um
dos pilares do prazer no trabalho.
Além das relações de cooperação, os participantes veem sentido do seu trabalho como
acadêmicos de administração, percebem que as tarefas realizadas têm significado relevante para
a sociedade e uma parte significativa nunca pensou em desistir do curso. Tais elementos são
também catalisadores do prazer no trabalho (Dejours, 2011).
Um alerta é ativado para o sentimento de adoecimento mental expressado pelos
participantes (46,7%). Estudos desenvolvidos nos últimos anos têm demonstrado uma
prevalência alta para o desenvolvimento de transtornos mentais e comportamentais de
universitários, quando comparados aos índices da população geral (Ariño 2018; Ariño et al.,
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2023; Hartley, 2011; Kraft, 2011; Schlindwein et al., 2019). E, o fato de quase metade dos
participantes terem expressado esse sentimento, é um fator que merece atenção.
Aliado a esse sentimento de adoecimento mental, as vivências de sofrimento observadas
entre os participantes foram: sentimento de improdutividade, falta de identificação com as
atividades do curso e desmotivação. Torna-se relevante para o curso pensar formas de combater
o desgaste, cansaço e sobrecarga que o trabalho acadêmico tem provocado. O investimento na
saúde mental de universitários é um elemento que contribui para o sucesso acadêmico, o qual
reverbera no sucesso profissional, e nesse cenário a sociedade se beneficia por ter cidadãos que
possuem bons níveis de bem-estar psicológico (Hartley, 2011; Pedrelli, et al., 2015).
Verificou-se um desencontro entre o que os participantes sentem e o que a universidade
tem ofertado de cuidados à saúde biopsicossocial dos estudantes. um nítido desencontro
entre quem oferece e quem necessita, o que nos leva a inferir sobre as formas de
divulgação/comunicação entre os serviços oferecidos e os estudantes de administração, de
modo que é importante estreitar laços e assim haja um maior fortalecimento da política
institucional de atenção à saúde mental dos estudantes da UFT.
Observou-se que o desconhecimento dos participantes sobre o Programa Mais Vida
pode ser pelo fato dele ter sido extinto durante a pandemia. Tratava-se de um projeto que atuou
por mais de 2 anos nas questões de saúde mental dos estudantes de todos os Câmpus da UFT,
mas que não se tornou uma política institucional. Por outro lado, observa-se que os participantes
se dividem entre não conhecer os auxílios que a UFT concede aos estudantes (50,4%) e os que
conhecem (45,9%), porém destes que conhecem, 72,6% nunca fizeram uso do benefício. Chama
atenção também o fato de os estudantes não conhecerem a Coordenação de Estágio e
Assistência Estudantil e, 80% nunca participaram das ações desenvolvidas pelo setor. Um outro
setor importante e pouco acessado pelos participantes é o SASPP, Serviço de Apoio Social
Pedagógico e Psicológico do Campus de Palmas, 57% não conhecem e 75,6% nunca
participaram das atividades do setor. Por fim observou-se que 74,1% afirmaram não terem
participado de nenhuma atividade, seja oficina, palestra, seminários sobre o tema “prazer e
sofrimento na universidade”.
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Considerações finais
Este estudo teve como objetivo identificar as experiências de prazer e sofrimento
percebidas pelos estudantes de administração da Universidade Federal do Tocantins Campus
Palmas, analisando as características da organização do trabalho e os desdobramentos do
sofrimento que os estudantes enfrentam. Em relação à saúde mental autopercebida, constatou-
se que apenas 21% dos participantes classificaram sua saúde mental como ruim, enquanto 42%
a avaliaram como razoável e 36% como bom - excelente.
As fontes de prazer identificadas estão diretamente ligadas à construção de laços de
cooperação para a realização das atividades acadêmicas, bem como ao sentimento de
reconhecimento pelo trabalho realizado. A formação de coletivos de trabalho para atender às
demandas acadêmicas também foi destacada como uma fonte positiva de satisfação. Por outro
lado, o estudo revelou que o sentimento de improdutividade, a falta de identificação com as
atividades do curso e a desmotivação são as principais vivências de sofrimento dos estudantes.
Diante desse cenário, torna-se imperativo que as universidades adotem estratégias para
combater o desgaste, o cansaço e a sobrecarga causados pelo trabalho acadêmico.
O baixo conhecimento e utilização dos programas de suporte estudantil disponíveis na
UFT indicam a necessidade de um maior investimento na comunicação interna desses serviços,
especialmente no que diz respeito às políticas de Assistência Estudantil no Campus de Palmas.
Sugere-se a ampliação dos canais de comunicação, incluindo suportes visuais dentro do campus
e nos prédios onde os alunos têm aulas, considerando que parte da comunicação ocorre por
meio de redes sociais (Instagram) e páginas na internet. Uma questão crucial destacada no
estudo é a falta de exploração do campus pelos estudantes de administração, que frequentam
principalmente o bloco onde têm suas aulas. Nesse contexto, é urgente a implementação de uma
política específica para a atenção à saúde mental dos estudantes de graduação e pós-graduação
dentro da instituição.
O estudo apresenta algumas limitações, como o fato de se basear em uma amostra não
aleatória e específica de estudantes de administração. Portanto, os resultados devem ser
interpretados como iniciais e não podem ser generalizados para outras populações. Recomenda-
se que futuras pesquisas abranjam diversas populações, tanto em instituições de graduação
quanto de pós-graduação, visando gerar evidências de validade sobre os instrumentos
utilizados. Sugere-se ainda que as estratégias adotadas pelos estudantes para lidar com os
desafios da vida acadêmica sejam também exploradas, pois, como se observou neste estudo,
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um desencontro entre o que a universidade tem oferecido e o que os estudantes acessam para o
autocuidado.
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Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA e Roberto Moraes CRUZ
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CRediT Author Statement
Agradecimentos: Agradecemos a Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins pela
concessão de bolsa por 6 meses em conformidade com o edital FAPT no 01/2019 Bolsa de
produtividade em pesquisa para a primeira autora.
Financiamento: Não há.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: O trabalho respeitou todos os cuidados éticos durante a pesquisa. Fez-se
uso do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido onde foram esclarecidos os riscos e
benefícios do estudo.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis para acesso.
Contribuições dos autores: Autor 1: Administração do Projeto, Obtenção de
Financiamento, Conceituação, Curadoria de Dados, Escrita: Revisão final do texto e ajustes
para o template. Autor 2: Escrita: análises e revisão conceitual, discussão dos resultados.
Autor 3: Análise estatística dos dados e escrita explicativa do processo de análise. Autor
4: Revisão da análise dos dados, validação dos resultados e edição do texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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PLEASURE AND SUFFERING IN THE UNIVERSITY LIFE OF STUDENTS FROM
A PUBLIC UNIVERSITY OF TOCANTINS
PRAZER E SOFRIMENTO NA VIDA UNIVERSITÁRIA EM ESTUDANTES DE
ADMINISTRAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO TOCANTINS
PLACER Y SUFRIMIENTO EN LA VIDA UNIVERSITARIA DE ESTUDIANTES DE
ADMINISTRACIÓN EN UNA UNIVERSIDAD PÚBLICA DE TOCANTINS
Liliam Deisy GHIZONI1
e-mail: ldghizoni@gmail.com
Eduardo Breno Nascimento BEZERRA2
e-mail: eduardobreno@hotmail.com
Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA3
e-mail: jjrl.brasil@gmail.com
Roberto Moraes CRUZ4
e-mail: robertocruzdr@gmail.com
How to reference this article:
GHIZONI, L. D.; BEZERRA, E. B. N.; RAMIREZ-
LANDAETA, J. J.; CRUZ R. M. Pleasure and
suffering in the university life of students from a public
university of Tocantins. Plurais - Revista
Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024013,
2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19320
| Submitted: 11/12/2023
| Required revisions: 28/12/2023
| Approved: 25/01/2024
| Published: 12/07/2024
Editors:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal University of Tocantins (UFT), Palmas TO Brazil. PhD in Social, Work and Organizational Psychology,
post-doctorate in Administration, Professor in the Administration Course and in the Postgraduate Program in
Communication and Society. Post-doctoral researcher in the Psychology Postgraduate Program at UFSC. Leader of the
Labor and Emancipation Research Group (UFT).
2
Federal University of Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brazil. PhD in Psychology, Professor in the Department of
Psychology
3
Federal University of Santa Catarina (UFSC), Florianópolis SC Brazil. PhD in Education, postdoctoral fellow in
the Psychology Postgraduate Program at UFSC.
4
Federal University of Santa Catarina (UFSC), Florianópolis SC Brazil. PhD in Production Engineering, post-
doctorate in Methods and Diagnosis in Psychology and in Collective Health, Professor and researcher in the Department
and Postgraduate Program in Psychology at UFSC. Leader of the Human Factor Laboratory (UFSC).
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA and Roberto Moraes CRUZ
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19320 2
ABSTRACT: This study investigated the pleasure and suffering experiences of Administration
students at the Federal University of Tocantins. Considering that being a university student
implies being a worker in the subjective dimension of academic work, Work Psychodynamics
was adopted as the theoretical basis. An online questionnaire was answered by 135 students,
predominantly women (58.5%), heterosexuals (78.5%), mixed-race (59.3%), and childless
(84.4%). Sources of pleasure included the formation of work collectives and cooperation bonds,
while feelings of unproductivity, lack of identification with course activities, and demotivation
were pointed out as sources of suffering. Alarmingly, 46.7% reported feelings of mental illness.
Faced with these results, it is crucial for universities to strategically address the burnout caused
by academic work, directing special attention to students' feelings of discouragement,
frustration, suffering, and dissatisfaction.
KEYWORDS: Mental Health in Students. Pleasure- Suffering. Organization of academic
work.
RESUMO: Este estudo investigou as experiências de prazer e sofrimento de estudantes de
Administração na Universidade Federal do Tocantins. Sob a perspectiva de que ser estudante
universitário implica ser um trabalhador na dimensão subjetiva do trabalho acadêmico, a
Psicodinâmica do Trabalho foi adotada como base teórica. Um questionário online foi
respondido por 135 estudantes, predominantemente mulheres (58,5%), heterossexuais
(78,5%), pardos (59,3%) e sem filhos (84,4%). Fontes de prazer incluíram a formação de
coletivos de trabalho e laços de cooperação, enquanto sentimentos de improdutividade, falta
de identificação com as atividades do curso e desmotivação foram apontados como fontes de
sofrimento. Alarmantemente, 46,7% relataram sentimentos de adoecimento mental. Diante
desses resultados, é crucial que as universidades abordem estrategicamente o desgaste
provocado pelo trabalho acadêmico, direcionando uma atenção especial aos sentimentos de
desânimo, frustração, sofrimento e insatisfação dos estudantes.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental em estudantes. Prazer-sofrimento. Organização do
Trabalho acadêmico.
RESUMEN: Este estudio investigó las experiencias de placer y sufrimiento de estudiantes de
Administración en la Universidad Federal de Tocantins. Desde la perspectiva de que ser
estudiante universitario implica ser un trabajador en la dimensión subjetiva del trabajo
académico, se adoptó la Psicodinámica del Trabajo como base teórica. Un cuestionario en
línea fue respondido por 135 estudiantes, predominantemente mujeres (58,5%), heterosexuales
(78,5%), pardos (59,3%) y sin hijos (84,4%). Las fuentes de placer incluyeron la formación de
colectivos de trabajo y lazos de cooperación, mientras que los sentimientos de improductividad,
falta de identificación con las actividades del curso y desmotivación fueron señalados como
fuentes de sufrimiento. Alarmantemente, el 46,7% reportó sentimientos de enfermedad mental.
Ante estos resultados, es crucial que las universidades aborden estratégicamente el desgaste
provocado por el trabajo académico, prestando especial atención a los sentimientos de
desánimo, frustración, sufrimiento e insatisfacción de los estudiantes.
PALABRAS CLAVE: Salud mental en estudiantes. Placer-sufrimiento. Organización del
trabajo académico.
Pleasure and suffering in the university life of students from a public university of Tocantins
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DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.19320 3
Introduction
In this article, we start from the premise that being a university student is equivalent to
being a worker, not just because of the fact that they perform specific tasks under certain
functional requirements, but because of the equivalence between the organization and working
relationships with the modus operandi of university life, which involves pressures, deadlines
and responsibilities associated with academic results and performance. In addition to these
aspects, there is the need to constantly seek to reconcile university work with other aspects of
life, manage conflicts and develop skills to deal with the challenges of a professional career
(Niquini et al., 2015; Moraes et al., 2021; Silva; Ghizoni; Cecchin, 2022).
This premise is supported by the theoretical contributions of Work Psychodynamics,
disseminated in Brazil in the 1980s through the work "A loucura do trabalho: estudo de
psicopatologia do trabalho" (The madness of work: a study of the psychopathology of work)
(Dejours, 1987) and, in the 1990s, in "Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola
dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho" (Psychodynamics of work:
contributions from the Dejoursian school to the analysis of the relationship between pleasure,
suffering and work) (Dejours; Abdoucheli; Jayet, 1994). The core of the contributions of Work
Psychodynamics lies in the analysis of the relationship between suffering and pleasure at work,
based on listening to and understanding the subjective processes of workers and identifying the
psychic defense mechanisms activated by workers in the face of work demands and conditions
(Mendes, 2007).
Based on the Psychodynamics of Work, the organization of work at university imposes
a clear division of tasks and responsibilities on students, reflected in prescribed controls, such
as class schedules, minimum attendance, preparation of assignments and tests, deadlines for
delivery, as well as other elements inherent to academic life (Silva; Ghizoni; Cecchin, 2022;
Ariño, 2023). According to Work Psychodynamics, the concept of work transcends the
execution of tasks and is understood as a process of transformation of the subject, mediated by
work, playing a crucial role in the construction of identity and the preservation of mental health
(Dejours, 2011; Mendes, 2007).
The dynamics of higher education highlight the pleasure of work with the professional
recognition of teachers, autonomy, solidarity between colleagues and the development of
teachers and students. In this academic context, suffering is related to teachers' stress, emotional
exhaustion and dissatisfaction, leading them to present mental health problems such as anxiety
and professional burnout (Silva, 2023). Coping strategies have included seeking support from
Liliam Deisy GHIZONI; Eduardo Breno Nascimento BEZERRA; Jorge J. RAMIREZ-LANDAETA and Roberto Moraes CRUZ
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university colleagues, developing communication and cooperation skills, and prioritizing
aspects of work that provide pleasure and satisfaction (Silva, 2023). The university, like any
other workspace, promotes health, but also illness, so it is important that students, teachers,
technicians and outsourced workers are attentive, creating places to talk about their work,
weaving bonds of solidarity and cooperation between peers to deal with the experiences
characteristic of this workspace.
In academic practice, students not only dedicate themselves to their studies as a means
of contributing to the transformation of the world, but they also get involved in a process of
personal transformation (Hartley, 2011; Kraft, 2011, Ariño; Bardagi, 2018; Ariño; Cruz; Ródio-
Trevisan; Gai, 2023). This involvement is intrinsically linked to the production and revelation
of one's own identity, forged in the complex webs of established social relationships and the
recognition experienced. From this perspective, based on the concept of the subject in the
Psychodynamics of Work, the student is the one who seeks to preserve mental health,
navigating contradictions and internal conflicts, driven by inventiveness, creativity and
practical intelligence in the face of the limitations of the machines (Facas; Silva; Araujo, 2013).
In addition to the fact that the act of studying is not properly recognized socially as a
form of work, especially in the Brazilian context, this invisibility also extends to the university
environment (Moraes et al., 2021). It is important to consider that university life means a
process of adaptation to the environment, as university activities are permeated by novelties
and personal and professional expectations, but also by doubts and insecurities about how to
meet the demands of the academic environment, including previous school performance (Ariño
et al., 2023). In this context, there are resignifications, reconfigurations and an upsurge in
suffering and vulnerabilities, resembling, in some respects, the experience of the contemporary
paid worker.
Students in general, or in the complementary roles of trainees, extension workers or
research beginners, often see their activities neglected, contributing to a situation of identity-
social transition. Particularly in these cases, it is a question of developing creative work, the
consequences of which go significantly beyond completing a task and obtaining a certificate.
This difficulty in fully recognizing the value of studying as creative work reveals the need for
a deeper reflection on the role of the university in society and the importance of recognizing
and valuing academic activities by the various actors involved in the university context (Moraes
et al., 2021).
Pleasure and suffering in the university life of students from a public university of Tocantins
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The activity of studying reveals itself as an experience full of duality, permeated by
moments of pleasure and suffering. Pleasure is not only an experience, but also a fundamental
impulse for work, representing an experience of self-realization (Mendes; Muller, 2013). We
can mention three facets related to pleasure: the joy of invention and meaning, the satisfaction
of meeting others and the pleasure derived from dissonance (Ferreira, 2011). Creation amplifies
the production of meaning at work, contributing to the promotion of health in the labor process.
On the other hand, suffering is inherent to work activity, arising from the conflict
between the norms of work organization and the psychic demands of the subject, guided by
desire (Dejours, 2011; Moraes, 2013). When students face experiences of failure, suffering
emerges. However, this suffering can trigger two distinct paths: paralyzing and pathogenic fear,
and action, where the student, faced with challenges, seeks solutions to alleviate suffering. This
subjective movement of struggle by the suffering subject, applying their intelligence to
overcome obstacles, represents the transformation of suffering into pleasure and the search for
health (Cunha; Ghizoni, 2018; Ferreira; Ghizoni, 2018; Moraes, 2013; Schlindwein et al.,
2019).
The university population is vulnerable to the development of mental disorders,
particularly the manifestation of anxiety, depression, stress and burnout (Kraft, 2011; Hartley,
2011; Beiter et al., 2015; Pedrelli, et al., 2015; Ariño; Bardagi, 2018; Ariño et al., 2023).
Students at a Brazilian public university showed a high prevalence (71.52%, N = 5133) of
Common Mental Disorders (CMD) (Barros; Peixoto, 2023). For these authors, living conditions
and stress-producing events among university students end up being associated with CMD. This
is not specific to the Brazilian university population. University students in Ohio had three main
concerns: academic performance, pressure to succeed and post-graduation plans. This study
found that the most stressed, anxious and depressed students were transfers, veterans and those
living off campus (Beiter et al., 2015). Turkish university students had higher anxiety and stress
scores among women. They observed that first and second year students had higher depression,
anxiety and stress scores than the rest. Participants who were satisfied with their education had
lower depression, anxiety and stress scores than those who were not satisfied (Bayram; Bilgel,
2008).
Based on the contributions of the Psychodynamics of Work, we turned our attention to
the experiences of pleasure-suffering in academic life. On the one hand, creative processes,
satisfaction with the choice of career, expectations of professional development. On the other
hand, experiences of suffering, associated with withdrawals from studies, prolongation of
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academic life and, in extreme cases, suicides (Silva; Todaro; Reis, 2020; Liu et al., 2019).
Understanding these dynamics is essential in order to address and mitigate the negative impacts
on the well-being of university students and enhance the process of health and well-being in
academic activity.
Experiences of pleasure at university can be linked to satisfaction with the course
(75.6%) and the advisor (75%), while experiences of suffering can be found in the difficulty of
reconciling studies with paid work, pressure for scientific production, financial difficulties, self-
blame and negative feelings about performance (Silva; Ghizoni; Cecchin, 2023). We can see
the impact of these phenomena on the socio-emotional development of university students.
In view of the above, studies that seek to take a scientific and in-depth look at
undergraduate students at public universities are of great academic and social relevance.
Research of this nature offers ways to think about the mental health of their students, as well as
to act preventively, before the rates of absence for psychological reasons increase and worsen.
There is a clear need to expand studies and publicize results on the subject of the mental health
of university students (Pedrelli; Nyer; Yeung; Zulauf; Wilens, 2015; Ariño 2018/2023; Silva,
2019; Macêdo Silva, 2021, Perez; Brum; Rodrigues, 2019; Silva; Ghizoni; Cecchin, 2022).
Another direct antecedent to this study was the analysis of the results of the course
"Pleasure and Suffering at University" in 2019, taught by the first author of this study, to
business and journalism students. The participants were predominantly women, single, between
20 and 29 years old, many of whom worked long hours. In some cases, suicidal thoughts were
reported, in addition to experiences of suffering, which included pressure, tiredness, difficulty
in completing tasks, lack of motivation, fear of not completing the Final Project and difficulties
with teachers. Sources of pleasure involved friendships, interpersonal relationships, the
prospect of completing the course and realizing the dream of graduating from a federal public
university.
In view of the above, this study aims to analyze the experiences of pleasure-suffering in
university students of the Administration course at the Federal University of Tocantins (UFT).
Method
A descriptive-quantitative survey was conducted on a population of 427 students
enrolled in the Administration course at the Federal University of Tocantins (UFT) in 2022.
The non-probabilistic sample selected consisted of 135 participants over the age of 18. The
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sample excluded students with their enrollment suspended, or as students with special
enrollment or listeners, as well as those who did not complete all the answers to the data
collection instrument.
All the ethical precautions that govern research with human beings were adopted, so it
was only the development of this study, entitled "Mental Health in University Students" that
was approved by the Brazil Platform, in view of the use of a validated instrument and with the
participation of students from 17 undergraduate courses at this same university. Participation
was anonymous, confidential and voluntary, and participants were guaranteed the possibility of
refusing to take part in the research. And if they did, they were guaranteed the right to withdraw
their consent at any time, without any prejudice.
The instrument used was an adaptation of the Pleasure-Suffering in University Life
questionnaire, prepared by the research group Trabalho e Emancipação: Coletivo de Pesquisa
e Extensão (Silva, 2019). This questionnaire uses a 5-point Likert scale (never, rarely,
sometimes, often, always), organized into 4 axes: Axis 1 - Work Organization of academic
activities; Axis 2 - Sources of Pleasure in carrying out academic activities; Axis 3 - Sources of
Suffering in carrying out academic activities and Axis 4 - Destinations given to suffering in
carrying out academic activities, in addition to sociodemographic data (Silva; Ghizoni,
Cecchin, 2023).
The questionnaire was hosted on the Unipark platform (https://www.unipark.com/en/)
and made available online to participants between October and November 2022. Three
strategies were adopted for the data collection procedures: 1) Dissemination on the
Administration course's WhatsApp social network via card and daily calls with the link to
access the survey; 2) Support from teachers; 3) Participation of three students from the Studies
and Research in Administration subject (2022/2).
Of the total of 234 accesses, 135 participants completed the answers. The data was pre-
processed in Microsoft Excel software and the statistical program SPSS (Statistical Package for
the Social Sciences) was used to carry out the descriptive statistical analyses. It was chosen
because of its high reputation and reliability in the social sciences and health fields, the
availability of licensing, and the familiarity of researchers with its use.
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Results
Socio-demographic characteristics of the participants and the organization of work in
academic activities
The sociodemographic profile of the survey participants is summarized in Table 1. Of
the participants, 37% were aged between 21 and 25, 94.1% declared that they did not have a
disability, the majority were women (58.5%), heterosexual (78.5%), evangelical (34.8%),
single (80%), without children (84.4%) and brown (59.3%). As well as studying, 82.2% work
in other institutions, 34.8% of whom are employed. Regarding internships, 9.6% do curricular
internships (in the course this corresponds to the Course Conclusion Work) and 12.6% do
extracurricular internships. These figures indicate that the majority of the business students
surveyed are trying to combine their university course with another employment activity, an
aspect that tends to make it difficult for students to engage in other academic activities, in
addition to those planned in the classroom.
Table 1 - Characteristics of the participants - UFT administration students
Percentage (%)
Sex
Masculine
41.5
Feminine
58.5
Sexual orientation
Heterosexual
78.5
LGBT+
19.3
Religious orientation
Evangelical
34.8
Catholic Apostolic
28.9
Agnostic (no religion)
12.6
Do you have children?
Yes
14.8
No
84.4
What color or race are you?
Brown
59.3
Black
17.8
White
17.8
Are you currently working?
Yes
82.2
No
17.8
Have you ever seen a psychologist before?
Yes
46.7
No
53.3
Do you receive psychiatric care?
Yes
5.9
No
94.1
Pleasure and suffering in the university life of students from a public university of Tocantins
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Have you been diagnosed with a mental health problem?
No
85.2
Yes
9.6
Source: Devised by the authors (2023).
The majority of participants (94.1%) stated that they did not receive psychiatric care,
and 77% had never consulted a psychiatrist. As for a diagnosis of mental or global
developmental disorders (ADHD, dyslexia, autism), 85.2% said they did not have one.
Regarding psychotherapy, 91.1% are not currently undergoing treatment, although 46.7% have
consulted a psychologist, while 53.3% have never done so.
In the self-assessment of mental health, only 21% of participants rated it as poor, while
42% considered it reasonable and 36% as good or excellent. This variation in responses
highlights the complexity of self-perceived mental health among university students, influenced
by factors such as academic load, social support and coping strategies for stress and the
challenges of university life.
An important aspect was the possibility of dropping out of the course. Among the
respondents, 47% said they often or always do so, 20% occasionally, and 32% rarely or never.
These results indicate that the possibility of dropping out is a significant concern for a
considerable proportion of students, indicating that there are challenges and pressures that can
have a negative impact on their academic career. Factors such as academic load, emotional
support, satisfaction with the course and coping strategies can play crucial roles in this context.
With regard to the organization of their academic work, the participants reported
dedicating an average of 0 to 5 hours a week to the classroom (32.6%) and 11 to 20 hours
(28.1%), which is equivalent to taking 1 to 5 subjects simultaneously. As for the hours spent
studying outside the classroom, 60% said they spent between 0 and 5 hours, while 36.3% spent
at least 40 hours a week working. This intense dedication to work outside the university is
reflected in the few hours dedicated to studying.
When it comes to relationships in the academic environment, the participants consider
their relationship with their teachers to be good (49.6%) and very good (24.4%). Regarding
communication with teachers, 41.5% consider it good, 24.4% very good and 23% reasonable.
Relationships with fellow students are rated as good (40.7%) and very good (27.4%). The
relationship with the current course coordinator (in charge from April 2021 to April 2023) is
rated as reasonable (29.6%) and good (28.1%). Regarding communication with the coordinator,
28.1% consider it reasonable, 24.4% good and 17.8% poor. As for the pace of work imposed
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by teachers, 76.3% say it is adequate; however, 40% feel pressured sometimes, and 24.4%
often.
Sources of pleasure-suffering in carrying out academic activities
In the area of sources of pleasure, a high rating (good or excellent) was identified for
the possibilities of building bonds of cooperation and solidarity (81%), followed by the feeling
of recognition for the academic activities carried out (63%) and the building of work groups to
carry out academic activities (60%). These are the main aspects rated as excellent by the
students, less than half say they have been able to participate in public spaces for discussion
and deliberation (47%) and reasonably say they have been able to put their
intelligence/astuteness into practice (46%).
Of particular note is the strong emphasis given to the sense of being a business student,
considered good or excellent by 88% of the participants. This figure is similar to that observed
in the aspect of academic activities, also with 88%, suggesting a solid connection between
students and the purpose of academic work and a significant identification with course
activities, transforming potential sources of suffering into pleasure.
Table 2 - Sources of pleasure-suffering evaluated by students
Sources of pleasure-suffering
Bad/ Never
Reasonable
Good-
Excellent/
Often/
Always
1 In your academic activities, you manage to put your
intelligence/astuteness into practice.
21%
46%
33%
2 In your day-to-day life at university, have you been able to
build and/or participate in public spaces for discussion and
deliberation?
15%
36%
47%
3 As an undergraduate student, you have already built
working groups to carry out your academic activities.
19%
16%
60%
4 In your university experience, you manage to build bonds
of cooperation and solidarity
3%
15%
81%
5 As an undergraduate student, do you feel recognized for
the academic activities you carry out?
9%
22%
63%
6 Does your work as a university student have meaning?
2%
6%
88%
7 Do you feel that your academic work is irrelevant to the
development of society?
38%
20%
38%
8 Do you feel unproductive with your work in academia?
13%
24%
60%
Pleasure and suffering in the university life of students from a public university of Tocantins
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9 Do you identify with the academic activities you do on the
course?
2%
10%
88%
10 Do you feel unmotivated by the academic activities you
do on the course?
13%
17%
69%
Source: Devised by the authors
The results of the students' assessment of the sources of pleasure and suffering reveal
important nuances in their academic experience. The presence of possible feelings of suffering
stands out, notably demotivation with the academic activities of the course (69%) and the
feeling of unproductivity with the work (60%). In addition, the feelings of irrelevance of
academic work to society (38% rated it as bad and 20% as reasonable) represent challenges
perceived by students during their academic activities.
When examining how students are dealing with suffering, considering the student
support programs available at UFT, it was found that approximately 70% of the participants
said they had never heard of the Mais Vida Program, developed by the institution itself to
promote students' mental health, and 89.6% were unaware of any action it had taken.
Despite their lack of familiarity with the Mais Vida Program, 45.9% of students are
aware of the aid offered by UFT (housing allowance, food allowance, residence allowance).
However, 72.6% have never used these aids. As for the Palmas Campus Internship and Student
Assistance Coordination, 59.3% said they were unaware of its existence. Even among the
38.5% who knew about it, 80% had never participated in its activities. Another potential support
resource is the Social, Pedagogical and Psychological Support Service (SASPP - Palmas
Campus). 57% said they were completely unaware of this service and 75.6% had never taken
part in its activities. As for initiatives such as workshops, lectures or seminars on "Pleasure and
Suffering at University", 74.1% of the participants said they had never taken part in any such
activity. These results indicate a significant gap in the use of support resources available to UFT
students.
Discussion
The results obtained suggest that the organization of the work to which the students are
subjected has adopted a good working rhythm, with flexible deadlines, good guidance from the
teachers and good relations and communication between the participants, teachers and
coordinators. Thus, there was an overload of academic activities and a feeling of pressure to
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meet the demands of the course. It can also be inferred that the participants did not take all the
subjects proposed for the semester (6 subjects), there was a low dedication of study hours in the
classroom (0 to 5 hours 32.6%) and outside the classroom (0 to 5 hours 60%). This points to a
lack of engagement and commitment on the part of these students with their formation.
Therefore, the participants' experiences of pleasure can be found above all in the
construction of work groups or collectives to carry out academic activities and in the building
of bonds of solidarity and cooperation. This is an important fact discussed by the
psychodynamics of work, which highlights cooperation as an instrument for coping with reality
(Dejours, 2011). Strengthening these bonds of solidarity is therefore an important way forward
for university students, in order to create a public space for discussion that favors the use of
their practical intelligence, which is one of the pillars of pleasure at work.
In addition to the cooperative relationships, the participants see meaning in their work
as business students, perceive that the tasks they carry out have relevant significance for society
and a significant proportion have never thought of giving up the course. These elements are
also catalysts for pleasure at work (Dejours, 2011).
An alert is activated for the feeling of mental illness expressed by the participants
(46.7%). Studies in recent years have shown a high prevalence of mental and behavioral
disorders among university students, when compared to the general population (Ariño 2018;
Ariño et al., 2023; Hartley, 2011; Kraft, 2011; Schlindwein et al., 2019). And the fact that
almost half of the participants expressed this feeling is a factor that deserves attention.
In addition to this feeling of mental illness, the experiences of suffering observed among
the participants were: feeling unproductive, lack of identification with the course activities and
demotivation. It is important for the course to think of ways to combat the wear and tear,
tiredness and overload that academic work has caused. Investing in the mental health of
university students is an element that contributes to academic success, which reverberates in
professional success, and in this scenario society benefits from having citizens who have good
levels of psychological well-being (Hartley, 2011; Pedrelli et al., 2015).
There was a mismatch between what the participants felt and what the university offered
in terms of biopsychosocial health care for students. There is a clear mismatch between those
who offer it and those who need it, which leads us to infer about the forms of
dissemination/communication between the services offered and administration students, so that
it is important to strengthen ties and thus further strengthen the institutional policy of mental
health care for UFT students.
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It was observed that the participants' lack of knowledge about the Mais Vida Program
may be due to the fact that it was abolished during the pandemic. It was a project that worked
for more than two years on the mental health issues of students at all UFT campuses, but which
did not become an institutional policy. On the other hand, it can be seen that the participants
are divided between not knowing about the aid that the UFT grants to students (50.4%) and
those who do know (45.9%), but of those who do know, 72.6% have never used the benefit.
Also noteworthy is the fact that students are not aware of the Internship and Student Assistance
Coordination and 80% have never taken part in the activities developed by the sector. Another
important sector that the participants had little access to was the SASPP, the Social, Pedagogical
and Psychological Support Service at the Palmas Campus, 57% of whom did not know about it
and 75.6% of whom had never taken part in its activities. Finally, 74.1% said they had not taken
part in any activity, be it a workshop, lecture or seminar on the subject of "pleasure and suffering
at university".
Final considerations
The aim of this study was to identify the experiences of pleasure and suffering perceived
by management students at the Federal University of Tocantins - Palmas Campus, analyzing
the characteristics of work organization and the consequences of the suffering faced by students.
In relation to self-perceived mental health, it was found that only 21% of participants rated their
mental health as poor, while 42% rated it as reasonable and 36% as good - excellent.
The sources of pleasure identified are directly linked to the building of cooperative ties
to carry out academic activities, as well as the feeling of recognition for the work done. The
formation of work groups to meet academic demands was also highlighted as a positive source
of satisfaction. On the other hand, the study revealed that the feeling of unproductivity, lack of
identification with the course activities and demotivation are the students' main experiences of
suffering. Given this scenario, it is imperative that universities adopt strategies to combat the
wear and tear, tiredness and overload caused by academic work.
The low level of awareness and use of the student support programs available at UFT
indicates the need for greater investment in the internal communication of these services,
especially with regard to the Student Assistance policies at the Palmas Campus. It is suggested
that communication channels be expanded, including visual supports within the campus and in
the buildings where students have classes, considering that part of the communication takes
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place through social networks (Instagram) and web pages. A crucial issue highlighted in the
study is the lack of exploration of the campus by business students, who mainly attend the block
where they have their classes. In this context, there is an urgent need to implement a specific
policy for the mental health care of undergraduate and postgraduate students within the
institution.
The study has some limitations, such as the fact that it was based on a non-random and
specific sample of business students. Therefore, the results should be interpreted as initial and
cannot be generalized to other populations. It is recommended that future research should cover
different populations, both in undergraduate and postgraduate institutions, in order to generate
evidence of the validity of the instruments used. It is also suggested that the strategies adopted
by students to deal with the challenges of academic life should also be explored, since, as
observed in this study, there is a mismatch between what the university has offered and what
students access for self-care.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: We would like to thank the Tocantins Research Support Foundation
for granting the first author a scholarship for 6 months in accordance with FAPT notice no.
01/2019 - Research productivity scholarship.
Funding: There is none.
Conflict of interest: No conflicts of interest.
Ethical approval: The work respected all ethical precautions during the research. The Free and
Informed Consent Form was used to explain the risks and benefits of the study.
Availability of data and material: The data and materials used in the work are available for
access.
Authors' contributions: Author 1: Project Management, Obtaining Funding,
Conceptualization, Data Curation, Writing: Final revision of the text and adjustments to the
template. Author 2: Writing: analysis and conceptual review, discussion of results. Author 3:
Statistical analysis of the data and explanatory writing on the analysis process. Author 4:
Reviewing the data analysis, validating the results and editing the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.