Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 1
ESTRESSE OCUPACIONAL DE PROFESSORES DE UM INSTITUTO FEDERAL
DURANTE A PANDEMIA
ESTRÉS LABORAL DE DOCENTES DE UN INSTITUTO FEDERAL DURANTE LA
PANDEMIA
OCCUPATIONAL STRESS OF TEACHERS AT A FEDERAL INSTITUTE DURING
THE PANDEMIC
Sandra BISPO1
e-mail: prof.sandrat@gmail.com
Ana Maria Vieira dos SANTOS2
e-mail: anapujol@ulbra.br
Guilherme AROSSI3
e-mail: garossi@umaryland.edu
Como referenciar este artigo:
BISPO, S.; SANTOS, A. M. V.; AROSI, G. Estresse
ocupacional de professores de um Instituto Federal durante
a pandemia. Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador,
v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884
| Submetido em: 07/07/2023.
| Revisões requeridas em: 07/11/2023
| Aprovado em: 27/11/2023
| Publicado em: 12/07/2024
Editoras:
Profa. Dra. Célia Tanajura Machado
Profa. Dra. Kathia Marise Borges Sales
Profa. Dra. Rosângela da Luz Matos
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Instituto Federal de Brasília (IFBR), Brasília DF Brasil. Professora do IFBR.
2
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Canoas RS Brasil. Professora do Mestrado em Promoção da
Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade.
3
Universidade de Maryland, Baltimore Estados Unidos. Professor do Departamento de Clínica Geral.
Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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RESUMO: O objetivo deste estudo foi investigar o nível de estresse no ambiente de trabalho
dos professores do Ensino Médio e Técnico do Instituto Federal de Brasília (IFB) durante a
pandemia. Pesquisa analítica, quantitativa e transversal, realizada em 10 campi da instituição,
com a participação de 250 professores. Foi utilizado a plataforma Google Forms contendo
perguntas sobre dados sociodemográficos e de trabalho e a Escala de Estresse no Trabalho
(EET). A maioria dos professores apresentou níveis elevados e intermediários de estresse
(59,6%). Os níveis mais elevados de estresse foram no sexo feminino, aqueles com treinamento
insatisfatório para o ensino remoto, que apresentaram atestados médicos relacionados ao
estresse e que trabalhavam em três turnos (p≤0,05). As dimensões Autonomia e Controle,
Papéis e Ambiente de Trabalho destacaram-se como as que apresentaram maiores níveis de
estresse, enquanto Relacionamento com o Chefe foi a menos afetada.
PALAVRAS-CHAVE: Estresse ocupacional. Professores escolares. Covid-19.
RESUMEN: El objetivo de este estudio fue investigar el nivel de estrés en el ambiente de
trabajo de profesores de escuelas secundarias y técnicas del Instituto Federal de Brasilia (IFB)
durante la pandemia. Investigación analítica, cuantitativa y transversal, realizada en 10
campus de la instituición, con la participación de 250 docentes. Se utilizó la plataforma Google
Forms que contiene preguntas sobre datos sociodemográficos, laborales y la Escala de Estrés
Laboral (EET). La mayoría de los docentes presentó niveles de estrés altos e intermedios
(59,6%). Los mayores niveles de estrés se presentaron entre las mujeres, que tenían formación
insatisfactoria para la docencia a distancia, que presentaban certificados médicos
relacionados con estrés y que trabajaban en tres turnos (p≤0,05). Las dimensiones Autonomía
y Control, Roles y Clima Laboral se destacaron como las de mayor nivel de estrés, mientras
que Relación con el Jefe fue la menos afectada.
PALABRAS CLAVE: Estrés laboral. Maestros de escuela. COVID-19.
ABSTRACT: The aim of this study was to investigate the level of stress in the work environment
of high school and technical course faculty at the Federal Institute of Brasília (IFB) during the
COVID-19 pandemic. This was analytical, quantitative, and transversal research carried out
on 250 faculty at 10 campuses. The Google Forms platform was used to collect data, using a
sociodemographic and work information questionnaire and the Work Stress Scale (EET). Most
faculty presented high or intermediate levels of stress (59.6%). The highest levels of stress were
among females, those who had unsatisfactory training for remote teaching, those who presented
medical certificates related to stress, and those who worked three shifts (p≤0.05). The
dimensions Autonomy and Control, as well as Roles and Work Environment, stood out as those
with the highest levels of stress, while Relationship with the Boss was the least
affected dimension.
KEYWORDS: Occupational stress. School teachers. Covid-19.
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS e Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Introdução
A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2,
potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. Com a pandemia
da Covid-19, o Ministério da Educação (MEC) determinou a suspensão das aulas presenciais
em março de 2020 até maio de 2022, a fim de reduzir a disseminação da doença. Como
resultado, os professores passaram a trabalhar em regime casa, com ensino remoto em tempo
integral, realizando suas atividades profissionais em casa. Essa mudança exigiu adaptações nos
espaços utilizados para o ensino, tanto em aulas síncronas quanto assíncronas, e os professores
tiveram que dividir sua atenção entre as demandas profissionais e familiares de forma
simultânea (Almeida et al., 2021; Bernardo; Maia; Bridi, 2020; Souza et al., 2021).
Pesquisas mostraram que professores de vários países podem apresentar níveis elevados
de estresse, o que pode levar a problemas psicológicos e físicos (Baasch; Trevisan; Cruz, 2017;
Macaia; Fischer, 2015; Machado; Limongi, 2019; Luz et al., 2019). No entanto, o trabalho não
é apenas uma fonte de doença, mas também pode proporcionar bem-estar e prazer, dependendo
das condições em que é realizado (Dejours, 1992).
As pessoas têm dificuldade em transferir competências de um contexto para outro,
pensam muito por compartimentos. Os professores também sofrem dessa dificuldade, e a
exigência do ensino em ambiente virtual, imposta pela Covid-19, tornou isso evidente (Parreira;
Lehmann; Oliveira, 2021). A conciliação entre as atividades profissionais e a rotina doméstica
apresentou desafios, enquanto alguns não enfrentaram problemas e outros enfrentaram muitas
dificuldades. Apesar das vantagens de trabalhar em casa e da necessidade de implementar o
ensino remoto como alternativa à manutenção das atividades de ensino, evidenciou-se parcela
expressiva de professores sintomáticos para ansiedade, estresse e depressão, inclusive em nível
patológico (Silva et al., 2023).
O estresse resultante das rápidas adaptações nas formas de ensino e trabalho no sistema
educacional, em um contexto de pandemia, teve impacto na saúde dos professores,
prejudicando sua capacidade de realizar suas atividades laborais (Pedrolo et al., 2021).
Mudanças na pedagogia do trabalho requerem estruturas e recursos adequados para o bom
desenvolvimento das atividades (Yang et al., 2011). Infelizmente, a saúde emocional dos
professores não é priorizada pelos gestores educacionais, uma vez que os riscos associados ao
bem-estar dos professores muitas vezes não são reconhecidos (Carlotto et al., 2019). É
fundamental que os gestores compreendam os motivos pelos quais seus funcionários estão
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adoecendo no trabalho, a fim de propor ações que minimizem os danos e promovam uma
melhor saúde dos professores.
Diante da importância desse tema, este estudo tem como objetivo investigar o nível de
estresse no ambiente de trabalho de professores do Ensino Médio e/ou Técnico de um Instituto
Federal durante o período de aulas remotas impostas pela pandemia de Covid-19. Conhecer os
agentes estressores e formas de lidar com eles a partir da experiência e das causas em que esses
ocorrem, constitui-se em um conhecimento indispensável para aprofundar o entendimento
sobre o estresse ocupacional e, assim, propor alternativas eficazes de promoção da saúde. Uma
das principais contribuições deste estudo foi a sua realização durante o período da pandemia de
Covid-19, o que permitiu avaliar o impacto do trabalho realizado em casa na vida dos
professores.
Método
Pesquisa analítica, transversal e quantitativa realizada no Instituto Federal de Brasília
(IFB). A pesquisa analítica, transversal e quantitativa constitui uma abordagem metodológica
que visa aprofundar a compreensão das relações causais entre variáveis específicas. Nesse
contexto, a pesquisa é analítica, concentrando-se na identificação de padrões e tendências
subjacentes aos fenômenos estudados. A natureza transversal da pesquisa implica que a coleta
de dados ocorre em um único ponto no tempo, proporcionando uma visão instantânea das
características em estudo. Essa metodologia visa proporcionar uma compreensão robusta e
geral por meio de uma análise estatística detalhada, contribuindo para a construção de
conhecimento sólido em um determinado campo de estudo (Gil, 2010; Marconi; Lakatos,
2018).
No momento da pesquisa, o IFB contava com 717 professores que lecionavam no
Ensino Médio e/ou Técnico, distribuídos em 10 campi: Brasília, Ceilândia, Estrutural, Gama,
Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião e Taguatinga. Para o
cálculo amostral, considerou-se uma precisão de 5% e um intervalo de confiança de 95%,
resultando em uma amostra de 250 professores. A amostra foi selecionada por conveniência
(envolve a escolha de indivíduos com base em sua disponibilidade e acessibilidade), sendo que
os critérios de inclusão para participar da pesquisa foram: exercer a função de professor de
Ensino Médio e/ou Técnico, ter pelo menos um ano de atuação exclusiva no IFB e não possuir
outra ocupação remunerada. A pesquisa foi realizada nos meses de maio a julho de 2021.
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Um e-mail de convite para participação na pesquisa foi enviado a todos os professores
do IFB. Aqueles que aceitaram participar foram solicitados a assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), disponibilizado na plataforma Google Forms. Após o
consentimento, os professores preencheram os instrumentos de coleta de dados utilizando a
mesma plataforma.
Para a coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos. O primeiro foi um
questionário sociodemográfico, que abordou questões como idade, sexo, estado civil, número
de filhos, renda per capita, campus de atuação, tempo de docência, vínculo empregatício, carga
horária semanal e nível de ensino em que atuam. O segundo instrumento foi a Escala de Estresse
no Trabalho (EET), uma versão reduzida com 13 questões desenvolvida e validada por Paschoal
e Tamayo (2004), que aborda tanto os estressores quanto as reações associadas. As respostas
foram categorizadas em uma escala de concordância tipo Likert de cinco pontos: 1 (discordo
totalmente), 2 (discordo), 3 (concordo em parte), 4 (concordo) e 5 (concordo totalmente). Para
a análise dos níveis de estresse, utilizaram-se valores de pontuação indicados pelos autores do
instrumento, sendo considerados valores abaixo de 2,5 como baixo nível de estresse, valores
iguais a 2,5 como nível intermediário e valores acima de 2,5 como alto nível de estresse. A
consistência interna dos instrumentos foi verificada por meio do coeficiente alfa de Cronbach,
sendo que todas as cinco dimensões analisadas apresentaram valores superiores a 0,70, e o fator
global obteve um valor de 0,91. A análise interna do instrumento foi considerada satisfatória,
pois todos os itens apresentaram valores de alfa de Cronbach acima de 0,70, o que é considerado
aceitável (Ribas; Vieira, 2011).
Os dados extraídos da Google Forms foram tabulados em planilhas elaboradas no
programa Excel versão 2019 e, posteriormente, analisados no programa Statistical Package For
Social Science For Windows (SPSS), versão 23, para realizar a análise estatística descritiva e
analítica. Os resultados das variáveis contínuas foram expressos através de medidas de posição
(média e mediana) e de dispersão (desvio padrão, mínimo, máximo, quartis) e os resultados das
variáveis categóricas foram expressos através de análises de frequência. Para fazer a
comparação do nível de estresse com as demais variáveis categóricas foi utilizado o teste exato
de Fisher. Quando as suposições não foram atendidas em relação às frequências esperadas foi
utilizado o teste exato de Fisher conforme o algoritmo de Mehta e Patel. Os mesmos testes
foram utilizados para fazer o comparativo entre níveis de estresse em cada dimensão com as
demais variáveis de estudo de acordo com as suposições dos testes. Estipulou-se nível de
significância de 0,05.
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O projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Luterana do Brasil e
aprovado (CAAE 46759821.80000.5349).
Resultados
Na pesquisa participaram um total de 345 docentes do Instituto Federal. No entanto,
foram excluídos dados de 95 professores por não atenderem aos critérios de inclusão, que eram
atuar no Ensino Médio e/ou Técnico, ter pelo menos um ano de experiência na instituição e não
trabalhar em outra instituição. Dessa forma, a amostra final foi composta por 250 professores.
A maioria dos participantes era do sexo feminino, representando 54% do total. Em relação à
faixa etária, a maioria dos professores estava na faixa de 31 a 40 anos, representando 55,2% do
grupo. Apenas dois professores tinham mais de 60 anos.
Sobre a constituição familiar, a maior parte dos participantes da pesquisa estava casada
ou em união estável (73,2%), havendo apenas um viúvo (0,4%), e 41,2% não tinham filhos.
Dentre os que tinham filhos, 28% tinham apenas um, enquanto 22,8% tinham dois. A média de
idade dos filhos era de cerca de nove anos. Quanto à residência, 15,2% dos professores
indicaram viver sozinhos. Daqueles que não viviam sozinhos, a maioria compartilhava a
moradia com o cônjuge ou companheiro(a) (73,6%), e 60,8% tinham dependentes sob seus
cuidados. Em relação à renda individual, a faixa mais frequente situava-se entre 9 a 11 salários-
mínimos (36,8%), seguida por 6 a 8 salários (29,2%).
Ao serem indagados sobre experiência docente prévia no ensino remoto, a maioria dos
professores afirmou ter tal vivência (51,2%). Ademais, a maioria possuía mais de 10 anos de
experiência como docente (60,8%). Quanto ao turno de trabalho, a predominância era para
aqueles que trabalhavam em mais de um turno, sendo o turno da tarde o mais predominante
(81,2%). Em relação à carga horária semanal de ensino, 41,6% dos professores lecionavam de
13 a 15 horas, 38% de 8 a 12 horas e 13,2% acima de 16 horas. Em relação à maior formação
acadêmica, a maioria era de mestre (46,4%), seguido de doutores (39,6%) e especialistas
(9,6%). O campus com maior representação na pesquisa foi o de Brasília, com 16,8%, seguido
pelo de Planaltina, com 15,2%. A maioria dos participantes estava vinculada ao regime
estatutário (95,2%).
A maioria dos professores (54%), além de ministrar aulas nos anos de 2020 e 2021,
também desempenhou funções administrativas no IFB. No período entre janeiro de 2020 e julho
de 2021, 8,8% dos professores haviam apresentado atestados médicos relacionados ao
estresse, e 10 desses professores estavam envolvidos em mais de uma atividade na instituição.
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Em relação ao treinamento para o ensino remoto, 32% dos professores afirmaram não
ter recebido nenhum tipo de qualificação. Dos que receberam, 44% declararam que os
treinamentos relacionados ao uso das ferramentas digitais/interativas adotadas pela instituição
não atenderam às suas necessidades, enquanto 24% afirmaram que suas necessidades foram
supridas. Quanto ao uso destas ferramentas para ministrar aulas remotas, 41,6% dos
participantes relataram dificuldades. Além disso, 44,4% dos professores afirmaram não possuir
equipamentos adequados, como computador, fone de ouvido, microfone ou outros dispositivos
tecnológicos para o ensino remoto.
No que diz respeito ao suporte pedagógico para as aulas remotas, 28,8% dos professores
afirmaram ter recebido apoio, mas indicaram que esse suporte não atendeu às suas necessidades.
Ao mesmo tempo, 30% relataram não ter recebido qualquer tipo de auxílio, enquanto para
41,2% o suporte oferecido foi suficiente para suprir as suas necessidades.
Mais da metade dos professores (50,8%) afirmaram possuir um espaço de trabalho
adequado em casa para elaborar materiais, atender alunos e ministrar aulas remotas. Dentre as
dificuldades enfrentadas no ensino remoto, 35,6% dos professores citaram o ruído externo ao
ambiente residencial, considerando-o como algo ruim ou péssimo. Esse ruído inclui questões
como trânsito, latidos de cachorro, obras, carros de som e barulhos de parquinhos infantis, entre
outros. Adicionalmente, 58% dos professores classificaram o ruído interno na residência,
decorrente de fontes como televisão, som e conversas de pessoas, entre as categorias de
péssimo, ruim ou regular. Em relação ao acesso à internet, 56,8% dos professores classificaram-
no como bom ou ótimo, 30,8% como regular, e 12,4% como ruim ou péssimo.
Por meio do inventário EET, foi possível classificar o nível de estresse dos professores
que lecionam no Ensino Médio e/ou Técnico nos 10 campi do Instituto Federal de Brasília
durante o ensino remoto. A análise revelou que a maioria dos professores (53,6%) apresentam
um nível alto de estresse ocupacional, seguido de 40,4% de nível baixo e 6,0% de nível
intermediário.
Os níveis de estresse foram classificados com base na pontuação geral e posteriormente
analisados em relação às outras variáveis do estudo, conforme apresentado na Tabela 1.
Observou-se associação significativa entre algumas variáveis e os níveis de estresse. O sexo
dos professores revelou uma associação significativa (p=0,04), indicando que as professoras do
sexo feminino apresentaram uma proporção mais elevada de estresse elevado (57%) em
comparação com os professores do sexo masculino (49,6%). Verificou-se também que os
profissionais que apresentaram atestados médicos relacionados ao estresse exibiram níveis mais
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elevados de estresse (p=0,02). Adicionalmente, mais da metade dos professores que não
receberam nenhum tipo de treinamento para o ensino remoto também apresentaram também
demonstraram níveis mais elevados de estresse (p=0,01).
Tabela 1- Comparação entre o nível de estresse dos docentes do Instituto Federal de Brasília
com as variáveis sociodemográficas, ocupacionais e os desafios do ensino remoto
em tempos de pandemia de Covid-19 (2021)
Baixo
(n =101)
Intermediário
(n = 15)
Alto
(n = 134)
p
n (%)
n (%)
n (%)
0,39
8 (57,1)
0 (0)
6 (42,9)
52(37,7)
9 (6,5)
77 (55,8)
24(38,7)
3 (4,8)
35 (35,5)
16(47,1)
2 (5,9)
16 (47,1)
1 (50)
1 (50)
0 (0)
0,04**
56(41,5)
2 (1,5)
77 (57)
45(39,1)
13 (11,3)
57 (49,6)
0,38
11(27,5)
2 (5)
27 (67,5)
10(38,5)
1 (3,8)
15 (57,7)
79(43,2)
12 (6,6)
92 (50,3)
1 (100)
0 (0)
0 (0)
0,65
88(41,5)
13 (6,1)
111 (52,4)
13(34,2)
2 (5,3)
23 (60,5)
0,66
38(41,3)
8 (8,7)
46 (50)
28(38,4)
6 (8,2)
39 (53,4)
13(39,4)
1 (3)
19 (57,6)
17(40,5)
0 (0)
25 (59,5)
5 (50)
0 (0)
5 (50)
Experiência docente anterior no ensino não presencial: 2
0,89
50(39,1)
8 (6,3)
70 (54,7)
51(39,8)
7 (5,5)
64 (50)
0,62
7 (46,7)
2 (13,3)
6 (40)
12 (48)
2 (8)
11 (44)
61(40,1)
8 (5,3)
83 (54,6)
7 (28)
2 (8)
16 (64)
14(42,4)
1 (3)
18 (54,5)
0,68
2 (33,3)
0 (0)
4 (66,7)
51(51,1)
6 (5,3)
56 (49,6)
48(36,6)
9 (6,9)
74 (56,6)
Em 2020 e 2021 ministra aula e exerceu ou exerce funções administrativas: 2
0,75
49(42,6)
6 (5,2)
60 (52,2)
52(38,5)
9 (6,7)
74 (54,8)
Atestados relacionado ao estresse: 1
0,02**
4 (22,2)
0 (0)
14 (77,8)
0 (0)
0 (0)
4 (100)
97(42,5)
15 (6,6)
116 (50,9)
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Teve treinamento para o ensino remoto: 1
0,01**
31(28,1)
7 (6,4)
72 (65,5)
39 (65)
3 (5)
18 (30)
31(38,7)
5 (6,3)
44 (55)
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
1 Teste Exato de Fisher; 2 Teste Qui Quadrado; **Significativo ao nível de 0,05.
Os níveis de estresse estratificados em relação às cinco dimensões da Escala de Estresse
no Trabalho são apresentados na Figura 1. O maior nível de estresse foi obtido na dimensão
Autonomia e Controle, seguido dos Papéis e Ambiente de Trabalho.
Figura 1- Níveis de estresse dos professores do Instituto Federal de Brasília estratificados nas
cinco dimensões da Escala de Estresse no trabalho em tempos de pandemia de Covid-19
(2021)
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
Análises foram conduzidas para investigar associações entre os níveis de estresse em
cada dimensão e variáveis do estudo. As variáveis sexo, estado civil, residir sozinho, renda
individual, experiência docente, experiência anterior no ensino não presencial e desempenho
de funções administrativas não apresentaram diferenças significativas (p>0,05). As tabelas 2 e
3 apresentam as variáveis com diferenças significativas. A variável referente ao treinamento
recebido para o ensino remoto demonstrou associação com todas as dimensões (p≤0,05). Na
dimensão de Autonomia e Controle, o estresse apresentou correlação com a quantidade de
turnos trabalhados (p=0,04), a idade (p=0,05) e o tipo de vínculo empregatício (p=0,02). Além
disso, a dimensão Crescimento e Valorização associou-se ao estado civil (p=0,04) e à
quantidade de turnos trabalhados (p=0,04). Os Relacionamentos Interpessoais correlacionaram-
se à ocorrência de atestados médicos relacionados ao estresse (p=0,05).
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Tabela 2 - Comparação entre os níveis de estresse nas dimensões Autonomia e Controle e
Papéis e Ambiente de Trabalho em professores do IFB em tempos de pandemia
associadas com variáveis sociodemográficas e de trabalho (2021)
Variáveis
Autonomia e Controle
Papéis e Ambiente de trabalho
Baixo
n (%)
Intermediário
n (%)
Alto
n (%)
p
Baixo
n (%)
Intermediário
n (%)
Alto
n (%)
Idade:1
0,05**
0,06
26 a 30 ano
3 (21,4%)
2 (14,3%)
9 (64,3%)
6 (42,9%)
8 (57,1%)
31 a 40 anos
25 (18,1%)
13 (9,4%)
100 (72,5%)
45 (32,6%)
93 (67,4%)
41 a 50 anos
15 (24,2%)
4 (6,5%)
43 (69,4%)
26 (45,2%)
34 (54,8%)
51 a 60 anos
16 (47,1%)
3 (8,8%)
15 (44,1%)
16 (47,1%)
18 (52,9%)
Mais de 60 anos
0 (0%)
0 (0%)
2 (100%)
1 (50%)
1 (50%)
Estado civil: 1
0,21
Solteiro
8 (20,8%)
2 (5%)
30 (75%)
11 (27,5%)
29 (72,5%)
Divorciado
8 (30,8%)
1 (3,8%)
17 (65,4%)
9 (34,6%)
17 (65,4%)
Casado
42 (23%)
19 (10,4%)
122 (66,7%)
75 (41%)
108 (59%)
Viúvo
1 (100%)
0 (0%)
0 (0%)
1 (100%)
0 (0%)
Quantidade de turnos trabalhados: 1
0,04**
0,36
Um
2 (33,3%)
0 (0%)
4 (66,7%)
1 (16,7%)
5 (83,3%)
Dois
36 (31,9%)
8(7,1%)
69 (61,1%)
48 (42,8%)
65 (57,5%)
Três
21 (16%)
14 (10,7%)
96 (73,3%)
47 (35,9%)
84 (64,1%)
Vínculo empregatício: 1
0,02**
0,22
Estatutário
52 (21,8%)
22(9,2%)
164 (68,9%)
89 (37,4%)
149 (62,6%)
Contrato temporário
7 (58,3%)
0(0%)
5 (41,7%)
7 (58,3%)
5 (41,7%)
Atestados relacionado ao estresse:1
0,08
0,26
2020
1 (5,6%)
0(0%)
17 (94,4%)
4 (22,2%)
14 (77,8%)
2021
0 (0%)
0 (0%)
4 (100%)
1 (25%)
3 (75%)
Não
58 (25,4%)
22 (9,6%)
148 (64,9%)
91 (39,9%)
137 (60,1%)
Treinamento para o ensino remoto:2
0,01**
0,01**
Sim, mas não atenderam as minhas
necessidades
13 (11,8%)
7 (6,4%)
90 (81,8%)
26 (23,6%)
84 (76,4%)
Sim, supriram minhas
necessidades
28 (46,7%)
7 (11,7%)
25 (41,7%)
37 (61,7%)
23 (38,3%)
Não recebi treinamento
18 (22,5%)
8 (10%)
54 (67,5%)
33 (41,3%
47 (58,8%)
Fonte: dados da pesquisa (2021); 1 Teste Exato de Fischer; 2 Teste Qui Quadrado
**Significativo ao nível de 0,05.
Tabela 3 - Comparação entre os níveis de estresse nas dimensões Relacionamento com o
Chefe, Relacionamentos Interpessoais e Crescimento e Valorização em professores do IFB
em tempos de pandemia associadas com variáveis sociodemográficas e de trabalho (2021)
Variáve
is
Relacionamento com o Chefe
Relacionamentos Interpessoais
Crescimento e Valorização
Baixo
n (%)
Intermedi
ário
n (%)
Alto
n (%)
p
Baixo
n (%)
Intermedi
ário
n (%)
Alto
n (%)
p
Baixo
n (%)
Intermedi
ário
n (%)
Alto
n (%)
p
Idade:1
0,83
0,43
0,71
26 a 30
anos
8
(57,1%
)
2
(14,3%)
4
(28,6
%)
9
(64,3%)
0(0%)
5
(35,7
%)
7(50%)
2(14,3%)
5(35,7)
31 a 40
anos
85
(61,6%
)
12
(8,7%)
41
(29,7
%)
66
(47,8%)
20
(14,5%)
52
(37,7
%)
64
(46,6%)
29 (21%)
45(32,6
%)
41 a 50
anos
34
(54,8%
)
8
(12,9%)
20
(32,3
%)
28
(45,2%)
9
(14,5%)
25
(40,3
%)
27
(43,5%)
10
(16,1%)
25
(40,3%
)
51 a 60
anos
21
(61,8%
)
4
(11,8%)
9
(26,5
%)
18
(52,9%)
1 (2,9%)
15
(44,1
%)
19
(55,9%)
3 (8,8%)
12(35,3
%)
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS e Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 11
Mais de
60 anos
2(100%
)
0(0%)
0(0%)
2
(100%)
0 (0%)
0
(0%)
2
(100%)
0 (0%)
0 (0%)
Estado
civil: 1
0,07
0,33
0,04
**
Solteiro
17
(42,5%
)
7
(17,5%)
16
(40%)
13
(32,5%)
6(15%)
21
(52,5
%)
13
(32,5%)
12(30%)
15
(37,5%
)
Divorci
ado
13(50%
)
2(7,7%)
11
(42,3
%)
14
(53,8%)
3
(11,5%)
9
(34,6
%)
17
(65,4%)
1(3,8%)
8
(30,8%
)
Casado
119
(65%)
17
(9,3%)
47
(25,7
%)
95
(51,9%)
21(11,5
%)
67
(36,6
%)
88
(48,1%)
31(16,9
%)
64
(35%)
Viúvo
1
(100%)
0 (0%)
0(0%)
1(100%
)
0 (0%)
0
(0%)
1(100%
)
0 (0%)
0(0%)
Turnos
trabalhados: 1
0,2
0,49
0,04
**
Um
3(50%)
0 (0%)
3(50%
)
2
(33,3%)
1(16,7%)
3
(50%)
1
(16,7%)
1(16,7%)
4(66,7
%)
Dois
75
(66,4%
)
8 (7,1%)
30
(26,5
%)
6
(53,1%)
10(8,8%)
43
(38,1
%)
61(54%
)
13
(11,5%)
39
(34,5%
)
Três
72(55%
)
18(13,7
%)
41
(31,3
%)
61
(46,6%)
19
(14,5%)
51
(38,9
%)
57
(43,5%)
30
(22,9%)
44
(33,6%
)
Vínculo empregatício: 1
0,62
0,2
0,18
Estatutá
rio
141(59,
2%)
25(10,5
%)
72
(30,3
%)
114(47,
9%)
30
(12,6%)
94
(39,5
%)
110(46,
2%)
43(18,1
%)
85
(35,7%
)
Contrat
o
temporá
rio
9
(75%)
1(8,3%)
2
(16,7
%)
9(75%)
0(0%)
3
(25%)
9(75%)
1(8,3%)
2(16,7
%)
Atestados relacionado ao
estresse:1
0,68
0,05
**
0,11
2020
9(50%)
2(11,1%)
7
(38,9
%)
6
(33,3%)
4
(22,2%)
8
(44,4
%)
4
(22,2%)
3
(16,7%)
11
(61,1%
)
2021
2(50%)
0 (0%)
2
(50%)
0(0%)
0 (0%)
4(100
%)
1(25%)
1 (25%)
2(50%)
Não
139
(61%)
24(10,5
%)
65
(28,5
%)
117(51,
3%)
26
(11,4%)
85
(37,3
%)
114
(50%)
40(17,5
%)
74
(32,5%
)
Treinamento para o ensino
remoto:2
0,01*
*
0,03
**
0,01
**
Sim,
mas não
atendera
m as
minhas
necessid
ades
54 (49,1%)
16(14,5
%)
40(36,4
%)
43(39,1
%)
19
(17,3%
)
48
(46,6
%)
41
(37,3%)
25
(22,7%)
44(40
%)
Sim,
suprira
m
minhas
necessid
ades
53 (88,3%)
1(1,7%
)
6
(10%)
40(66,7
%)
6
(10%)
14
(23,3
%)
43
(71,7%)
7(11,7
%)
10
(16,7
%)
Não
recebi
treinam
ento
43 (53,8%)
9
(11,3%
)
28
(34,9%
)
40(50%)
5(5,6%
)
35
(43,8
%)
35
(43,8%)
12
(15%)
33
(41,3
%)
Fonte: dados da pesquisa (2021); 1 Teste Exato de Fischer; 2 Teste Qui Quadrado **Significativo
ao nível de 0,05.
Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 12
Discussão
Neste estudo investigou-se o nível de estresse de professores do Ensino Médio e/ou
Técnico do IFB durante a pandemia de Covid-19. Os resultados indicaram que a maioria dos
docentes estão com nível alto e intermediário de estresse (59,6%). Esses resultados são
semelhantes aos encontrados em uma pesquisa realizada em uma Instituição Federal de Ensino
da região sul do Brasil durante a pandemia de Covid-19, na qual 54,95% dos professores
relataram sentir-se estressados devido às atividades realizadas em casa durante a pandemia
(Pedrolo et al., 2021). O estresse na profissão docente pode exercer um impacto significativo
na saúde dos professores escolares, especialmente durante a pandemia, quando houve a
necessidade de compreender e utilizar processos tecnológicos para aprimorar as metodologias
educacionais. Isso demandou investimentos e capacitação significativos.
Antes mesmo da pandemia, os professores experimentavam uma carga de trabalho
desafiadora, marcada por remuneração inadequada, longas jornadas, a necessidade de levar
tarefas para casa e fatores sociais que permeavam a sala de aula sem o devido suporte para suas
atividades e sem o reconhecimento social merecido (Nascimento; Seixas, 2020). Durante a
pandemia da Covid-19, houve um aumento nos sintomas de depressão, ansiedade e estresse
entre os docentes (Freitas et al., 2021; Melo et al., 2022; Moraes Cruz et al., 2020). O
distanciamento social foi apontado como um importante fator que contribui para essa elevação
na prevalência de sintomas psicossomáticos entre os professores. No contexto específico do
IFB, foi constatado que 8,8% dos professores apresentaram atestados médicos relacionados ao
adoecimento por estresse no período compreendido entre o ano de 2020 e metade de 2021.
Durante o ano de 2020, houve a transição para o ensino remoto no IFB, possivelmente
resultando em desafios significativos de adaptação ao novo modelo de ensino. É relevante
ressaltar que todos os professores que necessitaram de atestados médicos apresentavam um
nível elevado de estresse.
Nesse contexto, a transição emergencial, imposta e desorganizada para o ensino remoto
resultou em um aumento significativo das horas de trabalho, envolvendo não apenas as
atividades profissionais, mas também as domésticas, de lazer, físicas e os cuidados com filhos
e/ou idosos (Silva et al., 2023). Essa situação impactou especialmente as professoras do sexo
feminino, que apresentaram níveis mais elevados de estresse em comparação aos professores
do sexo masculino no IFB (p=0,04). Os aspectos negativos impactam ambos os sexos, mas de
maneira distinta devido às desigualdades na divisão social do trabalho. Isso se reflete na
Sandra BISPO, Ana Maria Vieira dos SANTOS, Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. 01, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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responsabilidade mais frequente das mulheres, tendo que equilibrar múltiplos papéis, como a
gestão da casa, dos filhos e das tarefas domésticas (Araujo et al., 2020; Bernardo; Maia; Bridi,
2020; Magalhães et al., 2023; Troitinho et al., 2021). Além disso, famílias que têm membros
que demandam cuidados, enfrentaram desafios adicionais ao conciliar o trabalho em casa com
as responsabilidades domésticas durante a pandemia (Oliveira, 2020) Essa foi a realidade para
mais de 60% dos participantes deste estudo que tinham dependentes sob seus cuidados.
Os professores estão expostos a diversas situações estressantes, que podem afetar
negativamente a saúde e o bem-estar dos professores (Diehl; Marin, 2016; Santos; Fernandes
Neto, 2021). Neste estudo, o tempo de docência e ter experiência anterior no ensino não
presencial não teve um efeito sobre o nível de estresse percebido pelos professores do IFB
(p>0,05). Resultados similares foram observados em um estudo realizado no Brasil durante a
pandemia, envolvendo 456 professores, no qual não foi identificado diferença significativa no
estresse entre aqueles que receberam capacitação para o uso de tecnologias digitais antes ou
durante a pandemia de Covid-19 (Araujo et al., 2020). Uma hipótese para justificar estes
resultados são que as práticas de ensino e o ambiente educacional estão em constante evolução.
Professores percebem que a flexibilidade e a capacidade de adaptação constituem o cerne da
resposta aos desafios do futuro (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021) Portanto, a experiência
anterior pode não ser um indicador direto do estresse percebido em contextos de ensino
contemporâneos. Professores podem ter adaptado ao ensino não presencial, independentemente
da experiência prévia, mitigando o estresse percebido.
Um fator que contribuiu para o estresse neste estudo foi o treinamento recebido para o
ensino remoto, que demonstrou associação com os níveis de estresse em todas as dimensões do
EET (p≤0,05). Os professores que mencionaram a falta ou a ineficácia dos treinamentos para
o ensino remoto apresentaram os níveis elevados de estresse (p=0,01). Essa constatação está
alinhada com diversos estudos que exploraram a relação entre o adoecimento dos professores e
o estresse decorrente da falta de treinamento (Canova; Porto, 2010; Pedrolo et al., 2021; Santos;
Fernandes Neto, 2021; Yang et al., 2011;). Essas pesquisas destacam que recursos como
treinamento apropriado e eficaz têm o potencial de mitigar e reduzir o estresse relacionado ao
trabalho. Outro estudo conduzido com professores universitários de todas as regiões do Brasil
entre junho e setembro de 2021, sobre o ensino remoto, revelou que, mesmo após receberem
formação continuada, mais de 70% ainda se percebiam em estágios iniciais de desenvolvimento
de habilidades e competências para a utilização de tecnologias digitais. Além disso, a maioria
associou o aumento do estresse ao uso intensivo das Tecnologias Digitais de Informação e
Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 14
Comunicação durante o ensino remoto (Jesus; Rebolo, 2023). O investimento em treinamento
é essencial em todos os níveis hierárquicos para aprimorar os conhecimentos e habilidades das
pessoas em organizações públicas e privadas (Manas; Justo; Martinez, 2011).
Adicionalmente, é relevante considerar que a prática pedagógica predominante na
maioria dos Institutos Federais era presencial, possivelmente não proporcionando um estímulo
suficiente para que os professores se familiarizassem com a alfabetização digital, dominassem
técnicas, bem como tecnologias, metodologias e estratégias de ensino (Castaman; Rodrigues,
2020). A ausência de suporte para lidar com a transição do modelo de ensino presencial
"analógico" para um totalmente remoto pode estar relacionada à falta de habilidades para a
transposição didática, considerando os recursos disponíveis. Neste estudo, mais da metade dos
professores do IFB não receberam apoio adequado ou estavam insatisfeitos com o suporte
oferecido pelo setor pedagógico para conduzir as aulas remotas.
Adicionalmente, é importante notar que a prática pedagógica predominante na maioria
dos Institutos Federais era presencial, possivelmente não proporcionando um estímulo
suficiente para que os professores se familiarizassem com a alfabetização digital, dominassem
técnicas, bem como tecnologias, metodologias e estratégias de ensino.
Os professores podem experimentar ansiedade ou estresse como resultado do uso da
tecnologia educacional em sala de aula. O perfeccionismo pode levar as pessoas a ficarem
excessivamente estressadas. Altos níveis de exigência no domínio da tecnologia podem ter um
impacto negativo na saúde mental dos professores, resultando em questões como estresse e/ou
ansiedade (Gonçalves et al., 2022). É importante capacitar os trabalhadores de forma adequada
para a realização de suas tarefas, o que contribui para reduzir as situações estressantes. Nessa
perspectiva, as organizações podem ter uma influência positiva ou negativa nos níveis de
estresse ocupacional dos professores (Santos; Fernandes Neto, 2021; Yang et al., 2011). As
novas demandas educacionais têm resultado em um aumento involuntário da carga horária
online para os docentes. Isso significa que os professores estão dedicando um período
significativamente maior às suas atividades, sem receber uma remuneração adequada por esse
trabalho adicional (Santos; Silva; Belmonte, 2021).
A partir o instrumento EET, os professores do IFB demonstraram os níveis mais
elevados de estresse na dimensão associada à Autonomia e Controle. Professores que enfrentam
restrições na autonomia para conduzir suas atividades letivas experimentam um bem-estar
prejudicado, contribuindo para o aumento de licenças médicas associadas ao estresse
ocupacional. Portanto, a autonomia desempenha um papel favorável na saúde mental dos
Sandra BISPO, Ana Maria Vieira dos SANTOS, Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. 01, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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profissionais da educação (Canova; Porto, 2010; Macaia; Fischer, 2015; Machado; Limongi,
2019; Moreira; Rodrigues, 2018; Oliveira et al., 2020). Nesse sentido, as organizações podem
ter um impacto positivo na saúde dos professores, reduzindo a pressão no trabalho e
proporcionando maior autonomia na construção do conhecimento e no processo de ensino-
aprendizagem (Tabeleao; Tomasi; Neves, 2011).
Na dimensão Autonomia e Controle, os professores estatutários e que trabalham três
turnos estão mais propensos a fatores estressores, provavelmente devido ao grau de
responsabilidade estabelecido e às exigências da instituição (p=0,02; p=0,04). Por serem de
dedicação exclusiva, ficam à disposição da instituição nos três turnos, desde que estejam dentro
da carga horária estabelecida. Um achado semelhante foi observado em uma pesquisa
conduzida com professores da rede básica de um município brasileiro, indicando que aqueles
que eram concursados e possuíam uma carga horária mais extensa de trabalho apresentaram
uma prevalência maior de estresse (Magalhães et al.,2023). Adicionalmente, é válido considerar
que, durante a pandemia, essa condição tornou-se mais acentuada, visto que os professores
tiveram que ajustar suas práticas pedagógicas, incluindo a gravação de videoaulas, além das
aulas remotas realizadas ao vivo, muitas vezes com uma participação limitada dos alunos. Nesse
cenário, os professores frequentemente se sentem pressionados e obrigados a adotar estratégias
para atrair a atenção dos estudantes (Freitas et al. 2021).
Por outro lado, nessa dimensão, os professores entre 51 e 60 anos evidenciaram um
nível mais reduzido de estresse (p=0,05). Professores mais experientes tendem a ter uma
bagagem extensa no campo educacional, o que pode conferir maior habilidade na gestão de
situações desafiadoras, como a transição para o ensino remoto. Também, possuem uma
compreensão mais sólida de sua própria prática pedagógica, o que pode contribuir para uma
maior autonomia e controle sobre o ambiente de trabalho, minimizando o estresse.
Possivelmente, ao longo do tempo, adquiriram progressivamente habilidades de tomada de
decisão, autonomia, discernimento e autorregulação do comportamento, resolvendo
internamente essas questões (Machado; Alves; Caetano, 2020).
Os professores do IFB também revelaram níveis altos de estresse na dimensão de Papéis
e Ambiente de Trabalho. Durante o ensino remoto, os professores do IFB enfrentaram uma série
de desafios relacionados ao local de trabalho, impactando significativamente o exercício de
suas atividades. Muitos professores tiveram que compartilhar o espaço doméstico com suas
famílias para poderem trabalhar em casa (49,2%), o que provavelmente aumentou os níveis de
estresse. A transição abrupta para o ambiente virtual trouxe dificuldades logísticas, como a
Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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adaptação a espaços domésticos nem sempre adequados para fins educacionais. Estes
professores enfrentaram a falta de estrutura, como a ausência de um local adequado e
equipamentos para ministrar aulas, conexão de internet instável, além de ruídos internos
(televisão, conversas, som) e externos (trânsito, latidos, obras). O ensino remoto ofereceu aos
professores a oportunidade de realizar suas tarefas profissionais com maior flexibilidade de
horário, por outro lado teve um impacto negativo ao integrar o trabalho ao contexto familiar
(Silva et al., 2023). Estudos mostraram que os professores relataram exaustão, dificuldade em
conciliar família e trabalho, rotinas de trabalho cansativas e falta de concentração (Almeida et
al., 2021; Troitinho et al., 2021). Os problemas relacionados ao local de trabalho destacaram a
importância de oferecer suporte adequado aos professores, abordando tanto as necessidades
práticas quanto as emocionais para garantir um ambiente de trabalho mais saudável e eficaz.
Em relação à dimensão Crescimento e Valorização, foi observado que os professores
que eram solteiros apresentavam níveis de estresse mais altos de estresse (p=0,04). Esses
resultados corroboram com o que foi mencionado por Pedrolo et al. (2021), destacando que ter
um companheiro para compartilhar preocupações mostrou-se um fator positivo para a melhoria
da qualidade de vida dos professores, auxiliando no enfrentamento dos desafios no contexto da
pandemia. Possivelmente, os professores do IFB que possuíam um apoio emocional e um
vínculo familiar apresentaram menor estresse, o que contribui para a saúde e evita o
adoecimento. A maioria dos professores era casada ou estava em união estável e tinham filhos.
Os professores do IFB apresentaram níveis mais baixos de estresse nas dimensões de
Relacionamento com o Chefe e Interpessoais. Esse resultado pode ser atribuído a diversos
fatores, incluindo uma comunicação eficaz e suporte por parte dos superiores hierárquicos, a
colaboração efetiva entre colegas e a promoção de relações interpessoais positivas. A clareza
nas expectativas e uma gestão eficiente também podem ter contribuído para um ambiente de
trabalho mais saudável, refletindo em menores níveis de estresse nessas dimensões específicas.
Apesar do cenário pandêmico, os professores demonstraram competência para se
adaptar, se reinventar e desenvolver metodologias que possibilitassem a continuidade da
aprendizagem (Alves et al., 2021). O período de trabalho em casa durante a pandemia de Covid-
19 foi desafiador tanto no aspecto profissional quanto no familiar, demandando reorganização,
planejamento e adaptação à nova rotina online, o que se revelou complexo. A necessidade de
receber treinamentos adequados para utilizar as ferramentas tecnológicas, aliada ao suporte
pedagógico ajustado às reais necessidades, foram apontados como cruciais pelos professores,
sendo também considerados fontes de estresse neste estudo. Embora tenha havido a
Sandra BISPO, Ana Maria Vieira dos SANTOS, Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. 01, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 17
oportunidade de passar mais tempo em casa e interagir mais com os filhos, a conveniência do
trabalho remoto também trouxe consigo a ocupação significativa da rotina, sem uma distinção
clara entre o ambiente de trabalho e o doméstico. Isso resultou, em muitos momentos, em uma
carga de trabalho mais intensa (Waltermann, Martins, Gedrat, 2022). A transição para o ensino
remoto não apenas requer estratégias de treinamento, mas também uma reconfiguração do
trabalho para mitigar os efeitos da telepresença, da competição com as responsabilidades
domésticas e da desidentificação dos professores com sua própria profissão (Troitinho et al.,
2021).
Considerações finais
Os resultados deste estudo evidenciam que a maioria dos professores do Ensino Médio
e/ou Técnico que lecionaram no formato de ensino remoto apresentaram níveis elevados e
intermediários de estresse. Nas dimensões da Escala de Estresse no Trabalho diversos fatores,
como a quantidade de turnos trabalhados, o vínculo empregatício, o treinamento recebido, o
estado civil e a ocorrência de atestados médicos relacionados ao estresse, influenciaram a saúde
dos docentes durante o período da pandemia de Covid-19.
Diante desses resultados, é importante que os gestores proporcionem autonomia aos
professores, permitindo que eles realizem suas atividades letivas de forma mais criativa. Além
disso, é recomendado que os docentes ajustem seus horários de trabalho, uma vez que o trabalho
em casa resultou na sobreposição de atividades profissionais e domésticas, exigindo uma
reorganização para não comprometer a qualidade do trabalho em ambas as áreas.
O estudo também apontou a necessidade de oferecer treinamentos mais abrangentes e
de qualidade para os professores, de modo a atender às suas reais necessidades pedagógicas.
Estratégias de apoio pedagógico devem ser consideradas como parte essencial do planejamento
do trabalho para o ensino remoto, com o objetivo de mitigar possíveis problemas de saúde
mental relacionados ao estresse ocupacional.
A realização deste estudo contribui para a compreensão das causas de estresse
associadas às atividades escolares. Com base nesses resultados, podem ser propostas e
implementadas ações de promoção da saúde voltadas para esse grupo de profissionais. É
sugerido que docentes e gestores trabalhem juntos na elaboração de estratégias que visem
reduzir os níveis de estresse e melhorar a qualidade de vida dos professores no ambiente de
trabalho. Por fim, recomenda-se a realização de mais pesquisas que avaliem o impacto
Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
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psicológico do estresse ocupacional em professores da área educacional após a pandemia, em
diferentes regiões do Brasil. Esses estudos contribuirão para a identificação de intervenções
efetivas e direcionadas, visando à saúde mental e ao bem-estar desses profissionais.
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Estresse ocupacional de professores de um Instituto Federal durante a pandemia
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Instituto Federal de Brasília pela concessão da licença de trabalho para a
mestranda Sandra de Araújo Teixeira Bispo desenvolver sua pesquisa no período de maio
de 2021 a janeiro de 2022
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas da
Universidade Luterana do Brasil/ULBRA (CAAE 46759821.80000.5349).
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Concepção e desenho do estudo: Sandra de Araújo Teixeira
Bispo, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos e Guilherme Anziliero Arossi. Aquisição de
dados: Sandra de Araújo Teixeira Bispo. Análise e interpretação de dados: Sandra de Araújo
Teixeira Bispo, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos e Guilherme Anziliero Arossi.
Elaboração e revisão intelectual do manuscrito: Sandra de Araújo Teixeira Bispo, Ana
Maria Pujol Vieira dos Santos e Guilherme Anziliero Arossi.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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OCCUPATIONAL STRESS OF TEACHERS AT A FEDERAL INSTITUTE DURING
THE PANDEMIC
ESTRESSE OCUPACIONAL DE PROFESSORES DE UM INSTITUTO FEDERAL
DURANTE A PANDEMIA
ESTRÉS LABORAL DE DOCENTES DE UN INSTITUTO FEDERAL DURANTE LA
PANDEMIA
Sandra BISPO1
e-mail: prof.sandrat@gmail.com
Ana Maria Vieira dos SANTOS2
e-mail: anapujol@ulbra.br
Guilherme AROSSI3
e-mail: garossi@umaryland.edu
How to reference this article:
BISPO, S.; SANTOS, A. M. V.; AROSI, G Occupational
stress of teachers at a federal institute during the pandemic.
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp.
1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060. DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884
| Submitted: 07/07/2023.
| Required revisions: 07/11/2023
| Approved: 27/11/2023
| Published: 12/07/2024
Editors:
Prof. Dr. Célia Tanajura Machado
Prof. Dr. Kathia Marise Borges Sales
Prof. Dr. Rosângela da Luz Matos
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal Institute of Brasília (IFBR), Brasília DF Brazil. Professor at IFBR.
2
Lutheran University of Brazil (ULBRA), Canoas RS Brazil. Professor of the Master's Degree in Health
Promotion, Human Development and Society.
3
University of Maryland, Baltimore United States. Professor in the Department of General Practice.
Occupational stress of teachers at a federal institute during the pandemic
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ABSTRACT: The aim of this study was to investigate the level of stress in the work
environment of high school and technical course faculty at the Federal Institute of Brasília (IFB)
during the COVID-19 pandemic. This was analytical, quantitative, and transversal research
carried out on 250 faculty at 10 campuses. The Google Forms platform was used to collect data,
using a sociodemographic and work information questionnaire and the Work Stress Scale
(EET). Most faculty presented high or intermediate levels of stress (59.6%). The highest levels
of stress were among females, those who had unsatisfactory training for remote teaching, those
who presented medical certificates related to stress, and those who worked three shifts (p≤0.05).
The dimensions Autonomy and Control, as well as Roles and Work Environment, stood out as
those with the highest levels of stress, while Relationship with the Boss was the least
affected dimension.
KEYWORDS: Occupational stress. School teachers. Covid-19.
RESUMO: O objetivo deste estudo foi investigar o nível de estresse no ambiente de trabalho
dos professores do Ensino Médio e Técnico do Instituto Federal de Brasília (IFB) durante a
pandemia. Pesquisa analítica, quantitativa e transversal, realizada em 10 campi da instituição,
com a participação de 250 professores. Foi utilizado a plataforma Google Forms contendo
perguntas sobre dados sociodemográficos e de trabalho e a Escala de Estresse no Trabalho
(EET). A maioria dos professores apresentou níveis elevados e intermediários de estresse
(59,6%). Os níveis mais elevados de estresse foram no sexo feminino, aqueles com treinamento
insatisfatório para o ensino remoto, que apresentaram atestados médicos relacionados ao
estresse e que trabalhavam em três turnos (p≤0,05). As dimensões Autonomia e Controle,
Papéis e Ambiente de Trabalho destacaram-se como as que apresentaram maiores níveis de
estresse, enquanto Relacionamento com o Chefe foi a menos afetada.
PALAVRAS-CHAVE: Estresse ocupacional. Professores escolares. Covid-19.
RESUMEN: El objetivo de este estudio fue investigar el nivel de estrés en el ambiente de
trabajo de profesores de escuelas secundarias y técnicas del Instituto Federal de Brasilia (IFB)
durante la pandemia. Investigación analítica, cuantitativa y transversal, realizada en 10
campus de la instituición, con la participación de 250 docentes. Se utilizó la plataforma Google
Forms que contiene preguntas sobre datos sociodemográficos, laborales y la Escala de Estrés
Laboral (EET). La mayoría de los docentes presentó niveles de estrés altos e intermedios
(59,6%). Los mayores niveles de estrés se presentaron entre las mujeres, que tenían formación
insatisfactoria para la docencia a distancia, que presentaban certificados médicos
relacionados con estrés y que trabajaban en tres turnos (p≤0,05). Las dimensiones Autonomía
y Control, Roles y Clima Laboral se destacaron como las de mayor nivel de estrés, mientras
que Relación con el Jefe fue la menos afectada.
PALABRAS CLAVE: Estrés laboral. Maestros de escuela. COVID-19.
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS;Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Introduction
Covid-19 is an acute respiratory infection caused by the SARS-CoV-2 coronavirus,
which is potentially serious, highly transmissible and globally distributed. With the Covid-19
pandemic, the Ministry of Education (MEC) ordered the suspension of face-to-face classes in
March 2020 until May 2022, in order to reduce the spread of the disease. As a result, teachers
began to work from home, with full-time remote teaching, carrying out their professional
activities from home. This change required adaptations to the spaces used for teaching, both in
synchronous and asynchronous classes, and teachers had to divide their attention between
professional and family demands simultaneously (Almeida et al., 2021; Bernardo; Maia; Bridi,
2020; Souza et al., 2021).
Research has shown that teachers in various countries can have high levels of stress,
which can lead to psychological and physical problems (Baasch; Trevisan; Cruz, 2017; Macaia;
Fischer, 2015; Machado; Limongi, 2019; Luz et al., 2019). However, work is not only a source
of illness, but can also provide well-being and pleasure, depending on the conditions in which
it is carried out (Dejours, 1992).
People find it difficult to transfer skills from one context to another, they think too much
in compartments. Teachers also suffer from this difficulty, and the requirement to teach in a
virtual environment, imposed by Covid-19, has made this evident (Parreira; Lehmann; Oliveira,
2021). Reconciling professional activities and the domestic routine presented challenges, while
some faced no problems and others faced many difficulties. Despite the advantages of working
from home and the need to implement remote teaching as an alternative to maintaining teaching
activities, a significant proportion of teachers were symptomatic for anxiety, stress and
depression, including at a pathological level (Silva et al., 2023).
The stress resulting from the rapid adaptations in the ways of teaching and working in
the educational system, in a context of a pandemic, has had an impact on teachers' health,
impairing their ability to carry out their work activities (Pedrolo et al., 2021). Changes in work
pedagogy require adequate structures and resources for the proper development of activities
(Yang et al., 2011). Unfortunately, teachers' emotional health is not prioritized by educational
managers, as the risks associated with teachers' well-being are often not recognized (Carlotto
et al., 2019). It is essential that managers understand the reasons why their employees are falling
ill at work, in order to propose actions that minimize the damage and promote better teacher
health.
Occupational stress of teachers at a federal institute during the pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Given the importance of this topic, this study aims to investigate the level of stress in
the work environment of high school and/or technical teachers at a federal institute during the
period of remote classes imposed by the Covid-19 pandemic. Knowing the stressors and ways
of dealing with them, based on experience and the causes in which they occur, is indispensable
knowledge for deepening our understanding of occupational stress and thus proposing effective
health promotion alternatives. One of the main contributions of this study was that it was carried
out during the Covid-19 pandemic, which made it possible to assess the impact of working from
home on teachers' lives.
Method
Analytical, cross-sectional and quantitative research carried out at the Federal Institute
of Brasilia (IFB, Portuguese initials). Analytical, cross-sectional and quantitative research is a
methodological approach that aims to deepen the understanding of causal relationships between
specific variables. In this context, the research is analytical, focusing on identifying patterns
and trends underlying the phenomena studied. The cross-sectional nature of the research implies
that data collection takes place at a single point in time, providing a snapshot of the
characteristics under study. This methodology aims to provide a robust and general
understanding through detailed statistical analysis, contributing to the construction of solid
knowledge in a given field of study (Gil, 2010; Marconi; Lakatos, 2018).
At the time of the survey, the IFB had 717 teachers who taught in secondary and/or
technical education, spread across 10 campuses: Brasília, Ceilândia, Estrutural, Gama,
Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião and Taguatinga. For
the sample calculation, a precision of 5% and a confidence interval of 95% were considered,
resulting in a sample of 250 teachers. The sample was selected by convenience (it involves
choosing individuals based on their availability and accessibility), and the inclusion criteria for
taking part in the survey were: working as a secondary and/or technical school teacher, having
worked exclusively at the IFB for at least one year and not having another paid occupation. The
survey was carried out between May and July 2021.
An e-mail inviting all IFB teachers to take part in the research was sent. Those who
agreed to take part were asked to sign the Informed Consent Form (ICF), made available on the
Google Forms platform. Once they had given their consent, the teachers filled in the data
collection instruments using the same platform.
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS;Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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Two instruments were used to collect the data. The first was a sociodemographic
questionnaire, which covered issues such as age, gender, marital status, number of children, per
capita income, campus of work, length of time teaching, employment, weekly working hours
and the level of teaching in which they work. The second instrument was the Work Stress Scale
(WSS), a reduced version with 13 questions developed and validated by Paschoal and Tamayo
(2004), which addresses both stressors and associated reactions. The answers were categorized
on a five-point Likert scale: 1 (totally disagree), 2 (disagree), 3 (partly agree), 4 (agree) and 5
(totally agree). For the analysis of stress levels, score values indicated by the authors of the
instrument were used, with values below 2.5 being considered a low level of stress, values equal
to 2.5 an intermediate level and values above 2.5 a high level of stress. The internal consistency
of the instruments was verified using the Cronbach's alpha coefficient, with all five dimensions
analyzed showing values above 0.70, and the overall factor obtaining a value of 0.91. The
internal analysis of the instrument was considered satisfactory, as all the items had Cronbach's
alpha values above 0.70, which is considered acceptable (Ribas; Vieira, 2011).
The data extracted from Google Forms was tabulated in spreadsheets prepared in Excel
version 2019 and then analyzed in the Statistical Package for Social Science For Windows
(SPSS), version 23, to carry out descriptive and analytical statistical analysis. The results of the
continuous variables were expressed using measures of position (mean and median) and
dispersion (standard deviation, minimum, maximum, quartiles) and the results of the
categorical variables were expressed using frequency analysis. Fisher's exact test was used to
compare the level of stress with the other categorical variables. When the assumptions were not
met in relation to the expected frequencies, Fisher's exact test was used according to Mehta and
Patel's algorithm. The same tests were used to compare stress levels in each dimension with the
other study variables, according to the test assumptions. A significance level of 0.05 was set.
The project was submitted to the Ethics Committee of the Lutheran University of Brazil
and approved (CAAE 46759821.80000.5349).
Results
A total of 345 teachers from the Federal Institute took part in the survey. However, data
from 95 teachers was excluded because they did not meet the inclusion criteria, which were
working in secondary and/or technical education, having at least one year's experience at the
institution and not working at another institution. The final sample therefore consisted of 250
teachers. The majority of participants were female, representing 54% of the total. In terms of
Occupational stress of teachers at a federal institute during the pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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age, most of the teachers were between 31 and 40 years old, representing 55.2% of the group.
Only two teachers were over 60.
Regarding family formation, most of the survey participants were married or in a stable
union (73.2%), with only one widower (0.4%), and 41.2% had no children. Of those who had
children, 28% had only one, while 22.8% had two. The average age of the children was around
nine years. As for where they lived, 15.2% of teachers said they lived alone. Of those who did
not live alone, the majority shared their home with their spouse or partner (73.6%), and 60.8%
had dependents under their care. In terms of individual income, the most frequent range was
between 9 and 11 minimum wages (36.8%), followed by 6 to 8 wages (29.2%).
When asked about previous teaching experience in remote education, most teachers said
they had such experience (51.2%). In addition, the majority had more than 10 years' teaching
experience (60.8%). As for the work shift, the predominance was for those who worked more
than one shift, with the afternoon shift being the most prevalent (81.2%). In terms of weekly
teaching hours, 41.6% of the teachers taught between 13 and 15 hours, 38% between 8 and 12
hours and 13.2% over 16 hours. In terms of academic background, most of them had a master's
degree (46.4%), followed by PhDs (39.6%) and specialists (9.6%). The campus with the highest
representation in the survey was Brasília, with 16.8%, followed by Planaltina, with 15.2%. Most
participants were employed under the statutory system (95.2%).
The majority of teachers (54%), in addition to teaching in 2020 and 2021, also
performed administrative duties at the IFB. In the period between January 2020 and July 2021,
8.8% of teachers had already submitted stress-related medical certificates, and 10 of these
teachers were involved in more than one activity at the institution.
With regard to training for remote teaching, 32% of teachers said they had not received
any kind of qualification. Of those who had, 44% said that the training related to the use of the
digital/interactive tools adopted by the institution did not meet their needs, while 24% said that
their needs had been met. As for using these tools to teach remote classes, 41.6% of the
participants reported difficulties. In addition, 44.4% of the teachers said they did not have
suitable equipment, such as a computer, headset, microphone or other technological devices for
remote teaching.
In terms of pedagogical support for remote classes, 28.8% of teachers said they had
received support, but indicated that this support did not meet their needs. At the same time, 30%
reported not having received any kind of help, while for 41.2% the support offered was
sufficient to meet their needs.
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS;Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
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More than half of the teachers (50.8%) said they had an adequate workspace at home to
prepare materials, attend to students and teach remote classes. Among the difficulties faced in
remote teaching, 35.6% of teachers cited noise outside their home environment as bad or
terrible. This noise includes issues such as traffic, barking dogs, construction work, loud cars
and noise from children's playgrounds, among others. In addition, 58% of the teachers classified
the noise inside their homes, from sources such as television, sound and people talking to each
other, as bad, poor or fair. Regarding internet access, 56.8% of teachers rated it as good or
excellent, 30.8% as fair, and 12.4% as bad or terrible.
Using the EET inventory, it was possible to classify the stress level of teachers who
teach secondary and/or technical education at the 10 campuses of the Federal Institute of
Brasilia during remote teaching. The analysis revealed that the majority of teachers (53.6%)
have a high level of occupational stress, followed by 40.4% with a low level and 6.0% with an
intermediate level.
Stress levels were classified based on the overall score and then analyzed in relation to
the other study variables, as shown in Table 1. A significant association was observed between
some variables and stress levels. The gender of the teachers revealed a significant association
(p=0.04), indicating that female teachers had a higher proportion of high stress (57%) compared
to male teachers (49.6%). It was also found that professionals who had stress-related medical
certificates had higher levels of stress (p=0.02). In addition, more than half of the teachers who
had not received any type of training for remote teaching also showed higher levels of stress
(p=0.01).
Table 1 - Comparison between the stress level of teachers at the Federal Institute of Brasilia
with sociodemographic and occupational variables and the challenges of remote
teaching in times of the Covid-19 pandemic (2021)
Variables
Low
(n =101)
Intermediary
(n = 15)
High
(n = 134)
p
n (%)
n (%)
n (%)
Age: 1
0.39
from 26 to 30 years
8 (57.1)
0 (0)
6 (42.9)
31 to 40 years
52(37.7)
9 (6.5)
77 (55.8)
41 to 50 years
24(38.7)
3 (4.8)
35 (35.5)
51 to 60 years
16(47.1)
2 (5.9)
16 (47.1)
More than 60 years
1 (50)
1 (50)
0 (0)
Sex: 1
0.04**
Feminine
56(41.5)
2 (1.5)
77 (57)
Masculine
45(39.1)
13 (11.3)
57 (49.6)
Marital status: 1
0.38
Single
11(27.5)
2 (5)
27 (67.5)
Divorced/separated
10(38.5)
1 (3.8)
15 (57.7)
Occupational stress of teachers at a federal institute during the pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 8
Married/civil union
79(43.2)
12 (6.6)
92 (50.3)
Widowed
1 (100)
0 (0)
0 (0)
Live alone: 1
0.65
No
88(41.5)
13 (6.1)
111 (52.4)
Yes
13(34.2)
2 (5.3)
23 (60.5)
Individual income: 1
0.66
9 to 11 minimum wages
38(41.3)
8 (8.7)
46 (50)
6 to 8 minimum wages
28(38.4)
6 (8.2)
39 (53.4)
4 to 5 minimum wages
13(39.4)
1 (3)
19 (57.6)
12 to 15 minimum wages
17(40.5)
0 (0)
25 (59.5)
More than 15 minimum wages
5 (50)
0 (0)
5 (50)
Previous teaching experience in non-face-to-face teaching: 2
0.89
Yes
50(39.1)
8 (6.3)
70 (54.7)
No
51(39.8)
7 (5.5)
64 (50)
Teaching experience: 1
0.62
5 to 6 years
7 (46.7)
2 (13.3)
6 (40)
3 to 4 years
12 (48)
2 (8)
11 (44)
More than 10 years
61(40.1)
8 (5.3)
83 (54.6)
7 to 8 years
7 (28)
2 (8)
16 (64)
9 to 10 years
14(42.4)
1 (3)
18 (54.5)
Shifts worked: 1
0.68
One
2 (33.3)
0 (0)
4 (66.7)
Two
51(51.1)
6 (5.3)
56 (49.6)
Three
48(36.6)
9 (6.9)
74 (56.6)
In 2020 and 2021 teaches and has held or is holding administrative positions: 2
0.75
Yes
49(42.6)
6 (5.2)
60 (52.2)
No
52(38.5)
9 (6.7)
74 (54.8)
Stress-related medical certificates: 1
0.02**
2020
4 (22.2)
0 (0)
14 (77.8)
2021(until July)
0 (0)
0 (0)
4 (100)
I did not provide a certificate
97(42.5)
15 (6.6)
116 (50.9)
Training for remote teaching: 1
0.01**
Yes, but it did not meet my needs
31(28.1)
7 (6.4)
72 (65.5)
Yes, my needs were met
39 (65)
3 (5)
18 (30)
I received no training
31(38.7)
5 (6.3)
44 (55)
Source: Research data (2021)
1 Fisher's Exact Test; 2 Chi Square Test; ** Significant at the 0.05 level.
The levels of stress stratified in relation to the five dimensions of the Work Stress Scale
are shown in Figure 1. The highest level of stress was obtained in the Autonomy and Control
dimension, followed by Roles and Work Environment.
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS;Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 9
Figure 1- Stress levels of teachers at the Federal Institute of Brasilia stratified in the five
dimensions of the Work Stress Scale in times of the Covid-19 pandemic (2021)
Source: Research data (2021)
Analyses were conducted to investigate associations between stress levels in each
dimension and study variables. The variables gender, marital status, living alone, individual
income, teaching experience, previous experience in non-face-to-face teaching and
performance of administrative duties did not show significant differences (p>0.05). Tables 2
and 3 show the variables with significant differences. The variable referring to the training
received for remote teaching showed an association with all the dimensions (p≤0.05). In the
Autonomy and Control dimension, stress was correlated with the number of shifts worked
(p=0.04), age (p=0.05) and type of employment (p=0.02). In addition, the Growth and
Appreciation dimension was associated with marital status (p=0.04) and the number of shifts
worked (p=0.04). Interpersonal Relationships were correlated with the occurrence of stress-
related medical certificates (p=0.05).
Table 2 - Comparison between stress levels in the Autonomy and Control and Roles and
Work Environment dimensions in IFB teachers in times of pandemic associated with
sociodemographic and work variables (2021)
Variables
Autonomy and Control
Roles and work environment
Low
n (%)
Intermediary
n (%)
High
n (%)
p
Low
n (%)
Intermediary
n (%)
High
n (%)
Age: 1
0,05**
0.06
26 to 30 years
3 (21.4%)
2 (14.3%)
9 (64.3%)
6 (42.9%)
8 (57.1%)
31 to 40 years
25 (18.1%)
13 (9.4%)
100 (72.5%)
45 (32.6%)
93 (67.4%)
41 to 50 years
15 (24.2%)
4 (6.5%)
43 (69.4%)
26 (45.2%)
34 (54.8%)
51 to 60 years
16 (47.1%)
3 (8.8%)
15 (44.1%)
16 (47.1%)
18 (52.9%)
More than 60 years
0 (0%)
0 (0%)
2 (100%)
1 (50%)
1 (50%)
Occupational stress of teachers at a federal institute during the pandemic
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 10
Marital status: 1
0.21
Single
8 (20.8%)
2 (5%)
30 (75%)
11 (27.5%)
29 (72.5%)
Divorced/separated
8 (30.8%)
1 (3.8%)
17 (65.4%)
9 (34.6%)
17 (65.4%)
Married/civil union
42 (23%)
19 (10.4%)
122 (66.7%)
75 (41%)
108 (59%)
Widowed
1 (100%)
0 (0%)
0 (0%)
1 (100%)
0 (0%)
Shifts worked: 1
0.04**
0.36
One
2 (33.3%)
0 (0%)
4 (66.7%)
1 (16.7%)
5 (83.3%)
Two
36 (31.9%)
8(7.1%)
69 (61.1%)
48 (42.8%)
65 (57.5%)
Three
21 (16%)
14 (10.7%)
96 (73.3%)
47 (35.9%)
84 (64.1%)
Employment bond: 1
0.02**
0.22
Statutory
52 (21.8%)
22(9.2%)
164 (68.9%)
89 (37.4%)
149 (62.6%)
Temporary contract
7 (58.3%)
0(0%)
5 (41.7%)
7 (58.3%)
5 (41.7%)
Stress-related medical certificates:1
0.08
0.26
2020
1 (5.6%)
0(0%)
17 (94.4%)
4 (22.2%)
14 (77.8%)
2021
0 (0%)
0 (0%)
4 (100%)
1 (25%)
3 (75%)
No
58 (25.4%)
22 (9.6%)
148 (64.9%)
91 (39.9%)
137 (60.1%)
Training for remote teaching: 1
0.01**
0.01**
Yes, but it did not meet my needs
13 (11.8%)
7 (6.4%)
90 (81.8%)
26 (23.6%)
84 (76.4%)
Yes, my needs were met
28 (46.7%)
7 (11.7%)
25 (41.7%)
37 (61.7%)
23 (38.3%)
I received no training
18 (22.5%)
8 (10%)
54 (67.5%)
33 (41.3%
47 (58.8%)
Source: Research data (2021); 1 Fischer's Exact Test; 2 Chi Square Test ** Significant at the 0.05
level.
Table 3 - Comparison between stress levels in the dimensions Relationship with the Boss,
Interpersonal Relationships and Growth and Appreciation in IFB teachers in times of
pandemic associated with sociodemographic and work variables (2021)
Variables
Relationship with the boss
Interpersonal Relationships
Growth and Appreciation
Low
n (%)
Intermed
iary
n (%)
High
n (%)
p
Low
n (%)
Interme
diary
n (%)
High
n (%)
p
Low
n (%)
Interme
diary
n (%)
High
n (%)
p
Age: 1
0.83
0.43
0.71
26 to 30
years
8
(57.1%
)
2
(14.3%)
4
(28.6
%)
9
(64.3%)
0(0%)
5
(35.7
%)
7(50%)
2(14.3%
)
5(35.7)
31 to 40
years
85
(61.6%
)
12
(8.7%)
41
(29.7
%)
66
(47.8%)
20
(14.5%)
52
(37.7
%)
64
(46.6%)
29
(21%)
45(32.
6%)
41 to 50
years
34
(54.8%
)
8
(12.9%)
20
(32.3
%)
28
(45.2%)
9
(14.5%)
25
(40.3
%)
27
(43.5%)
10
(16.1%)
25
(40.3%
)
51 to 60
years
21
(61.8%
)
4
(11.8%)
9
(26.5
%)
18
(52.9%)
1 (2.9%)
15
(44.1
%)
19
(55.9%)
3 (8.8%)
12(35.
3%)
More than
60 years
2(100
%)
0(0%)
0(0%)
2
(100%)
0 (0%)
0
(0%)
2
(100%)
0 (0%)
0 (0%)
Marital
status: 1
0.07
0.33
0.04
**
Single
17
(42.5%
)
7
(17.5%)
16
(40%)
13
(32.5%)
6(15%)
21
(52.5
%)
13
(32.5%)
12(30%)
15
(37.5%
)
Divorced/se
parated
13(50
%)
2(7.7%)
11
(42.3
%)
14
(53.8%)
3
(11.5%)
9
(34.6
%)
17
(65.4%)
1(3.8%)
8
(30.8%
)
Married/civi
l union
119
(65%)
17
(9.3%)
47
(25.7
%)
95
(51.9%)
21(11.5
%)
67
(36.6
%)
88
(48.1%)
31(16.9
%)
64
(35%)
Widowed
1
(100%)
0 (0%)
0(0%)
1(100%
)
0 (0%)
0
(0%)
1(100%
)
0 (0%)
0(0%)
Shifts worked: 1
0.2
0.49
0.04
**
Sandra BISPO; Ana Maria Vieira dos SANTOS;Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 11
One
3(50%)
0 (0%)
3(50%
)
2
(33.3%)
1(16.7%
)
3
(50%)
1
(16.7%)
1(16.7%
)
4(66.7
%)
Two
75
(66.4%
)
8 (7.1%)
30
(26.5
%)
6
(53.1%)
10(8.8%
)
43
(38.1
%)
61(54%
)
13
(11.5%)
39
(34.5%
)
Three
72(55
%)
18(13.7
%)
41
(31.3
%)
61
(46.6%)
19
(14.5%)
51
(38.9
%)
57
(43.5%)
30
(22.9%)
44
(33.6%
)
Employment bond: 1
0.62
0.2
0.18
Statutory
141(59
.2%)
25(10.5
%)
72
(30.3
%)
114(47.
9%)
30
(12.6%)
94
(39.5
%)
110(46.
2%)
43(18.1
%)
85
(35.7%
)
Temporary
contract
9
(75%)
1(8.3%)
2
(16.7
%)
9(75%)
0(0%)
3
(25%)
9(75%)
1(8.3%)
2(16.7
%)
Stress-related medical
certificates:1
0.68
0.05
**
0.11
2020
9(50%)
2(11.1%
)
7
(38.9
%)
6
(33.3%)
4
(22.2%)
8
(44.4
%)
4
(22.2%)
3
(16.7%)
11
(61.1%
)
2021
2(50%)
0 (0%)
2
(50%)
0(0%)
0 (0%)
4(100
%)
1(25%)
1 (25%)
2(50%)
No
139
(61%)
24(10.5
%)
65
(28.5
%)
117(51.
3%)
26
(11.4%)
85
(37.3
%)
114
(50%)
40(17.5
%)
74
(32.5%
)
Training for remote teaching:
1
0.01
**
0.03
**
0.01
**
Yes, but it
did not meet
my needs
54 (49.1%)
16(14.
5%)
40(36.
4%)
43(39.1
%)
19
(17.3%
)
48
(46.6
%)
41
(37.3%)
25
(22.7%
)
44(40
%)
Yes, my
needs were
met
53 (88.3%)
1(1.7%
)
6
(10%)
40(66.7
%)
6
(10%)
14
(23.3
%)
43
(71.7%)
7(11.7
%)
10
(16.7
%)
I received
no training
43 (53.8%)
9
(11.3%
)
28
(34.9%
)
40(50%
)
5(5.6%
)
35
(43.8
%)
35
(43.8%)
12
(15%)
33
(41.3
%)
Source: Research data (2021); 1 Fischer's Exact Test; 2 Chi Square Test ** Significant at the 0.05
level.
Discussion
This study investigated the stress levels of high school and/or technical school teachers
at the IFB during the Covid-19 pandemic. The results indicate that the majority of teachers have
a high or intermediate level of stress (59.6%). These results are similar to those found in a
survey carried out at a Federal Educational Institution in the southern region of Brazil during
the Covid-19 pandemic, in which 54.95% of teachers reported feeling stressed due to activities
carried out at home during the pandemic (Pedrolo et al., 2021). Stress in the teaching profession
can have a significant impact on the health of school teachers, especially during the pandemic,
when there was a need to understand and use technological processes to improve educational
methodologies. This required significant investment and qualification.
Even before the pandemic, teachers were already experiencing a challenging workload,
marked by inadequate pay, long working hours, the need to take tasks home and social factors
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that permeated the classroom without proper support for their activities and without the social
recognition they deserved (Nascimento; Seixas, 2020). During the Covid-19 pandemic, there
was an increase in symptoms of depression, anxiety and stress among teachers (Freitas et al.,
2021; Melo et al., 2022; Moraes Cruz et al., 2020). Social distancing has been identified as an
important factor contributing to this increase in the prevalence of psychosomatic symptoms
among teachers. In the specific context of the IFB, it was found that 8.8% of teachers had
medical certificates related to stress-related illness in the period between 2020 and mid-2021.
During 2020, there was a transition to remote teaching at the IFB, possibly resulting in
significant challenges in adapting to the new teaching model. It is important to note that all the
teachers who needed medical certificates had a high level of stress.
In this context, the emergency, imposed and disorganized transition to remote teaching
has resulted in a significant increase in working hours, involving not only professional
activities, but also domestic, leisure, physical activities and caring for children and/or the
elderly (Silva et al., 2023). This situation had a particular impact on female teachers, who
showed higher levels of stress compared to male teachers at the IFB (p=0.04). The negative
aspects affect both sexes, but in different ways due to inequalities in the social division of labor.
This is reflected in women's more frequent responsibility, having to balance multiple roles, such
as managing the home, children and household chores (Araujo et al., 2020; Bernardo; Maia;
Bridi, 2020; Magalhães et al., 2023; Troitinho et al., 2021). In addition, families who have
members who require care have faced additional challenges in reconciling work at home with
domestic responsibilities during the pandemic (Oliveira, 2020). This was the reality for more
than 60% of the participants in this study who had dependents under their care.
Teachers are exposed to various stressful situations, which can negatively affect their
health and well-being (Diehl; Marin, 2016; Santos; Fernandes Neto, 2021). In this study, the
length of time teaching and having previous experience in non-face-to-face teaching had no
effect on the level of stress perceived by IFB teachers (p>0.05). Similar results were observed
in a study carried out in Brazil during the pandemic, involving 456 teachers, in which no
significant difference in stress was identified between those who received training in the use of
digital technologies before or during the Covid-19 pandemic (Araujo et al., 2020). One
hypothesis to justify these results is that teaching practices and the educational environment are
constantly evolving. Teachers realize that flexibility and adaptability are at the heart of
responding to the challenges of the future (Parreira; Lehmann; Oliveira, 2021). Therefore,
previous experience may not be a direct indicator of perceived stress in contemporary teaching
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contexts. Teachers may have adapted to non-face-to-face teaching, regardless of previous
experience, mitigating perceived stress.
One factor that contributed to stress in this study was the training received for remote
teaching, which showed an association with stress levels in all dimensions of the TSE (p≤0.05).
Teachers who mentioned the lack or ineffectiveness of training for remote teaching had high
levels of stress (p=0.01). This finding is in line with several studies that have explored the
relationship between teacher illness and stress resulting from a lack of training (Canova; Porto,
2010; Pedrolo et al., 2021; Santos; Fernandes Neto, 2021; Yang et al., 2011). These studies
highlight that resources such as appropriate and effective training have the potential to mitigate
and reduce work-related stress. Another study conducted with university professors from all
regions of Brazil between June and September 2021, on remote teaching, revealed that even
after receiving continuing training, more than 70% still perceived themselves to be in the early
stages of developing skills and competencies for using digital technologies. In addition, the
majority associated increased stress with the intensive use of Digital Information and
Communication Technologies during remote teaching (Jesus; Rebolo, 2023). Investment in
training is essential at all hierarchical levels to improve people's knowledge and skills in public
and private organizations (Manas; Justo; Martinez, 2011).
In addition, it is important to consider that the predominant pedagogical practice in most
Federal Institutes was face-to-face, possibly not providing sufficient stimulus for teachers to
become familiar with digital literacy, master techniques, as well as teaching technologies,
methodologies and strategies (Castaman; Rodrigues, 2020). The lack of support to deal with
the transition from the "analog" face-to-face teaching model to a totally remote one may be
related to the lack of skills for didactic transposition, considering the resources available. In this
study, more than half of the IFB teachers did not receive adequate support or were dissatisfied
with the support offered by the pedagogical sector to conduct remote classes.
In addition, it is important to note that the predominant pedagogical practice in most
Federal Institutes was face-to-face, possibly not providing sufficient stimulus for teachers to
become familiar with digital literacy, mastering techniques as well as technologies,
methodologies and teaching strategies.
Teachers can experience anxiety or stress as a result of using educational technology in
the classroom. Perfectionism can lead people to become overly stressed. High levels of demand
in mastering technology can have a negative impact on teachers' mental health, resulting in
issues such as stress and/or anxiety (Gonçalves et al., 2022). It is important to train workers
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adequately to carry out their tasks, which helps to reduce stressful situations. From this
perspective, organizations can have a positive or negative influence on teachers' occupational
stress levels (Santos; Fernandes Neto, 2021; Yang et al., 2011). New educational demands have
resulted in an involuntary increase in online workload for teachers. This means that teachers
are dedicating significantly more time to their activities, without receiving adequate
remuneration for this additional work (Santos; Silva; Belmonte, 2021).
Using the EET instrument, IFB teachers showed the highest levels of stress in the
dimension associated with Autonomy and Control. Teachers who face restrictions on their
autonomy to conduct their teaching activities experience impaired well-being, contributing to
an increase in sick leave associated with occupational stress. Therefore, autonomy plays a
favorable role in the mental health of education professionals (Canova; Porto, 2010; Macaia;
Fischer, 2015; Machado; Limongi, 2019; Moreira; Rodrigues, 2018; Oliveira et al., 2020). In
this sense, organizations can have a positive impact on teachers' health, reducing pressure at
work and providing greater autonomy in the construction of knowledge and in the teaching-
learning process (Tabeleao; Tomasi; Neves, 2011).
In the Autonomy and Control dimension, statutory teachers who work three shifts are
more prone to stress factors, probably due to the degree of responsibility and the demands of
the institution (p=0.02; p=0.04). Because they are exclusively dedicated, they are available to
the institution on all three shifts, as long as they keep to the established workload. A similar
finding was observed in a study carried out with primary school teachers in a Brazilian
municipality, indicating that those who were recruited and had a more extensive workload had
a higher prevalence of stress (Magalhães et al.,2023). In addition, it is worth considering that,
during the pandemic, this condition has become more pronounced, as teachers have had to
adjust their teaching practices, including the recording of video classes, as well as remote
classes held live, often with limited student participation. In this scenario, teachers often feel
pressured and forced to adopt strategies to attract students' attention (Freitas et al. 2021).
On the other hand, in this dimension, teachers aged between 51 and 60 showed a lower
level of stress (p=0.05). More experienced teachers tend to have an extensive background in
education, which can give them greater ability to manage challenging situations, such as the
transition to remote teaching. They also have a more solid understanding of their own teaching
practice, which can contribute to greater autonomy and control over the work environment,
minimizing stress. Possibly, over time, they have progressively acquired decision-making
skills, autonomy, discernment and self-regulation of behavior, resolving these issues internally
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(Machado; Alves; Caetano, 2020).
IFB teachers also revealed high levels of stress in the Roles and Work Environment
dimension. During remote teaching, IFB teachers faced a number of challenges related to the
workplace, significantly impacting the exercise of their activities. Many teachers had to share
domestic space with their families in order to work from home (49.2%), which probably
increased stress levels. The abrupt transition to the virtual environment brought logistical
difficulties, such as adapting to home spaces that are not always suitable for educational
purposes. These teachers faced a lack of structure, such as the absence of a suitable location
and equipment for teaching classes, an unstable internet connection, as well as internal noise
(television, conversations, sound) and external noise (traffic, barking, construction work).
Remote teaching has offered teachers the opportunity to carry out their professional tasks with
greater flexibility, but on the other hand it has had a negative impact on integrating work into
the family context (Silva et al., 2023). Studies have shown that teachers report exhaustion,
difficulty reconciling family and work, tiring work routines and lack of concentration (Almeida
et al., 2021; Troitinho et al., 2021). Workplace-related problems highlighted the importance of
providing adequate support to teachers, addressing both practical and emotional needs to ensure
a healthier and more effective working environment.
In relation to the Growth and Appreciation dimension, it was observed that teachers
who were single had higher levels of stress (p=0.04). These results corroborate what was
mentioned by Pedrolo et al. (2021), highlighting that having a partner to share concerns with
proved to be a positive factor in improving teachers' quality of life, helping them to face the
challenges in the context of the pandemic. It is possible that IFB teachers who had emotional
support and a family bond showed less stress, which contributes to health and prevents illness.
Most teachers were married or in a stable union and had children.
Teachers at the IFB showed lower levels of stress in the Relationship with the Boss and
Interpersonal dimensions. This result can be attributed to several factors, including effective
communication and support from superiors, effective collaboration between colleagues and the
promotion of positive interpersonal relationships. Clear expectations and efficient management
may also have contributed to a healthier working environment, reflecting lower levels of stress
in these specific dimensions.
Despite the pandemic scenario, teachers have shown the ability to adapt, reinvent
themselves and develop methodologies that enable learning to continue (Alves et al., 2021).
The period of working from home during the Covid-19 pandemic was challenging from both a
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professional and family perspective, requiring reorganization, planning and adaptation to the
new online routine, which proved to be complex. The need to receive adequate training to use
technological tools, combined with pedagogical support tailored to real needs, were pointed out
as crucial by teachers, and were also considered sources of stress in this study. Although there
was the opportunity to spend more time at home and interact more with their children, the
convenience of remote working also brought with it a significant occupation of the routine,
without a clear distinction between the work and home environment. This has often resulted in
a more intense workload (Waltermann, Martins, Gedrat, 2022). The transition to remote
teaching not only requires training strategies, but also a reconfiguration of work to mitigate the
effects of telepresence, competition with domestic responsibilities and teachers'
disidentification with their own profession (Troitinho et al., 2021).
Final considerations
The results of this study show that the majority of secondary and/or technical school
teachers who taught remotely had high and intermediate levels of stress. In the dimensions of
the Work Stress Scale, various factors, such as the number of shifts worked, employment status,
training received, marital status and the occurrence of stress-related medical certificates,
influenced the health of teachers during the Covid-19 pandemic.
Given these results, it is important for managers to give teachers autonomy, allowing
them to carry out their teaching activities in a more creative way. In addition, it is recommended
that teachers adjust their work schedules, since working from home has resulted in overlapping
professional and domestic activities, requiring reorganization so as not to compromise the
quality of work in both areas.
The study also pointed to the need to offer more comprehensive, quality training for
teachers in order to meet their real pedagogical needs. Pedagogical support strategies should be
considered as an essential part of work planning for remote teaching, with the aim of mitigating
possible mental health problems related to occupational stress.
This study contributes to understanding the causes of stress associated with school
activities. Based on these results, health promotion actions can be proposed and implemented
for this group of professionals. It is suggested that teachers and managers work together to
develop strategies aimed at reducing stress levels and improving teachers' quality of life in the
workplace. Finally, it is recommended that more research be carried out to assess the
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psychological impact of occupational stress on teachers in the educational field after the
pandemic, in different regions of Brazil. These studies will help to identify effective and
targeted interventions aimed at the mental health and well-being of these professionals.
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Sandra BISPO, Ana Maria Vieira dos SANTOS, Guilherme AROSSI
Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 9, n. esp. 1, e024016, 2024. e-ISSN: 2177-5060
DOI: https://doi.org/10.29378/plurais.v9iesp.1.17884 21
CRediT Author Statement
Acknowledgements: Not applicable.
Funding: Federal Institute of Brasília for granting a work permit for master's student Sandra
de Araújo Teixeira Bispo to carry out her research from May 2021 to January 2022
Conflict of interest: No conflicts of interest.
Ethical approval: The study was approved by the Research Ethics Committee of Lutheran
University of Brazil /ULBRA (CAAE 46759821.80000.5349).
Availability of data and material: Not applicable.
Authors' contributions: Study conception and design: Sandra de Araújo Teixeira Bispo,
Ana Maria Pujol Vieira dos Santos and Guilherme Anziliero Arossi. Data acquisition:
Sandra de Araújo Teixeira Bispo. Data analysis and interpretation: Sandra de Araújo
Teixeira Bispo, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos and Guilherme Anziliero Arossi.
Elaboration and intellectual revision of the manuscript: Sandra de Araújo Teixeira Bispo,
Ana Maria Pujol Vieira dos Santos and Guilherme Anziliero Arossi.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.