Claudete Botelho Ferreira, Bento Selau e Cristina Boéssio
| Plurais Revista Multidisciplinar, v.6, n.2, p. 178-195, mai./ago. 2021
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• 2º CASO: Aluno com Deciência Intelectual que necessitava de um monitor
para realizar as atividades diárias e as avaliações. A professora de Língua Portuguesa reduzia
as atividades, adaptando-as conforme o seu conhecimento, usando gravuras e aproveitando os
conteúdos trabalhados. O monitor sentava-se ao lado do aluno na hora das avaliações e pelo seu
despreparo, fazia toda a avaliação, deixando o aluno parado sem fazer nada e nem interagir com
ninguém. A professora titular teve que intervir para que a aprendizagem e a autonomia de seu
aluno não fossem mais prejudicadas (caso sugerido por uma professora).
• EXCERTO: “Cualquier insuciencia corporal (…) no solo modica la relación
del hombre con el mundo, sino, ante todo, se maniesta en las relaciones con la gente. El defec-
to orgánico se realiza como anormalidad social de la conducta. Incluso en el seno de la familia,
el niño ciego y el sordo es sobre todo un niño especial, surge hacia él una actitud excepcional,
inhabitual, que no es la misma que hacia los otros hijos. Su desgracia cambia en primer lugar la
posición social en el hogar. Y esto se maniesta no solo en las familias donde miran a ese niño
como una carga pesada y un castigo, sino también en aquellas donde rodean al hijo ciego de un
cariño redoblado, de una solicitud y una ternura decuplicadas. Precisamente allí, esas dosis ele-
vadas de atención y piedad constituyen una pesada carga para el niño y una valla que lo separa
de los demás (VYGOTSKI, 1997, p. 73).
• 3º CASO: João (nome ctício) é um aluno muito fácil de “lidar”: consegui “pe-
gar o lado que ele mais gosta” e, muitas vezes, vou desenvolvendo um trabalho em cima disso.
Vi uma palestra em que o autista sempre quer que os outros façam por ele e, em sala de aula,
tirei essa conclusão. O João começou a pedir para eu apagar o que ele errou, pedia para pegar o
lápis que caiu no chão, etc. (caso sugerido por um monitor).
• EXCERTO: “A interpretação do domínio da própria conduta feita anteriormen-
te, com base na teoria de Vygotski, pode ser observada quando o autor se refere ao desenvolvi-
mento da vontade na criança e no adolescente. Vygotski (1993) propõe que a atividade coletiva
da criança desempenha papel central no desenvolvimento da vontade. Para o autor, todos os
movimentos infantis primários que culminam em atos volitivos complexos são consequência
da atividade coletiva que tem a criança. As atividades coletivas estão carregadas de motivos
auxiliares por intermédio da introdução da linguagem externa que permeia toda a ação coletiva
entre as pessoas” (SILVA JÚNIOR, 2013, p. 134).
• 4º CASO: Manuel (nome ctício), de 07 anos de idade, que possui um diag-
nóstico de autismo, mora na da zona rural do município com seus pais. Este ano, foi matricu-
lado na educação infantil da escola. Além disso, frequenta a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais e é acompanhado por uma psicóloga. Convive pouco com outras crianças e seu
cotidiano se resume ao uso do celular, o que diculta a sua socialização com as outras crianças,
com a professora e, também, com a monitora. Sua “ssura” por equipamentos celulares é tanta
que, às vezes, “avança” nas pessoas ao perceber que elas portam os aparelhos. Diversas tenta-
tivas já foram feitas pela professora e monitora, inclusive valendo-se do uso de equipamentos
eletrônicos para atrair a atenção do aluno, na intenção de introduzir outras atividades, mas o
esforço não está resultando em avanços (caso sugerido por uma professora).
• EXCERTO: “Las condiciones sociales en las cuales debe arraigarse el niño
constituyen, por un lado, todo el ámbito de su inadaptación, del cual se derivan las fuerzas cre-
ativas de su desarrollo, la existencia de obstáculos que impulsan al niño al desarrollo residen en
las condiciones del ambiente social al cual debe incorporarse. Por otro lado, todo el desarrollo