MODELAGEM DE NICHO ECOLÓGICO DO GÊNERO Utetheisa (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) EM ÁREA DE PLANTIO NO BRASIL

 

Ana Carla Walfredo da Conceição1*, Jose Augusto Teston2

 

1Doutoranda pela Universidade Federal do Oeste do Pará pela Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - PPG BIONORTE.

2Professor Titular do Programa de Ciências Naturais (PCNAT) do Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) – Laboratório de Estudos de Lepidópteros Neotropicais (LELN).

*Autor para correspondência E-mail: acwconceicao@gmail.com

 

Recebido: 06.07. 2023      Aceito: 27.11. 2023

 

 

RESUMO: Utetheisa é um gênero de mariposa que possui distribuição mundial, em seu período larval são desfolhadoras de plantas cultivadas. O conhecimento da ocorrência e seu método de distribuição em áreas de plantio, onde estão inseridas, é considerado de grande importância para o entendimento da biodiversidade desses ecossistemas cada vez mais comuns no Brasil. Investigamos a ocorrência das espécies de Utetheisa em áreas de plantio, inseridas em diversos  domínios fitogeográficos do território brasileiro, para entender a distribuição potencial das espécies que ocorrem no Brasil, bem como conhecer as condições ideais para seu estabelecimento e propagação. Para isso foi utilizado o algoritmo maxent para modelar o nicho ecológico e a distribuição potencial de Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758) e Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758). Identificamos que a abundância do gênero no levantamento amostral foi de 10.442 (N), U. ornatrix com 10.299 (N) e U. pulchella com 143(N), em relação aos pontos de ocorrência no total foram obtidos 147 para aplicação na modelagem de nicho ecológico 133 para U. ornatrix e 17 para U. pulchella, sendo que três pontos amostrais, das coletas sistematizadas, de U. ornatrix se repetiram para U. pulchella. As variáveis com maior influência na distribuição de U. ornatrix foi a temperatura máxima do mês mais quente para e, para U. pulchella foi a precipitação do trimestre mais frio.

 

Palavras-chave: Arctiinae, distribuição, caracterização, conservação.

 

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MODELING OF AN ECOLOGICAL NICHE OF THE GENUS Utetheisa (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) IN A PLANTING AREA IN BRAZIL

 

ABSTRACT: Utetheisa is a genus of moth that has a worldwide distribution, in their larval period they are defoliators of cultivated plants. Knowledge of the occurrence and its method of distribution in plantation areas, where they are inserted, is considered highly importantfor understanding the biodiversity of these increasingly common ecosystems in Brazil. We investigated the occurrence of Utetheisa species in plantation areasinserted in several phytogeographic domains of the Brazilian territory, to understand the potential distribution of the species that occur in Brazil, as well as to know the ideal conditions for their establishment and propagation. For this, the maxent algorithm was used to model the ecological niche and potential distribution of Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758) and Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758). We identified that the abundance of the genus in the sample survey was 10,442 (N), U. ornatrix with 10,299 (N) and U. pulchella with 143 (N), in relation to the points of occurrence in total, 147 were obtained for application in ecological niche modeling 133 for U. ornatrix and 17 for U. pulchella, with three sample points, from the systematized collections, of U. ornatrix being repeated for U. pulchella. The variables with the greatest influence on the distribution of U. ornatrix were the warmest maximum temperatures and, for U. pulchella it was the precipitation of the coldest quarter.

 

Keywords: Arctiinae, distribution, characterization, conservation.

 

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MODELADO DEL NICHO ECOLÓGICO DEL GÉNERO Utetheisa (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) EN UN ÁREA DE PLANTACIÓN EN BRASIL

 

RESUMEN: Utetheisa es un género de polilla que tiene una distribución mundial, en su período larvario sale de las plantas cultivadas. El conocimiento de la ocurrencia y su distribución en las áreas de plantación donde están ubicados se considera de gran importancia para comprender la biodiversidad de estos ecosistemas, que son cada vez más comunes en Brasil. Investigamos la ocurrencia de especies de Utetheisa en áreas de plantación, insertas en varios dominios fitogeográficos del territorio brasileño, para comprender la distribución potencial de las especies que ocurren en Brasil, así como para conocer las condiciones ideales para su establecimiento y propagación. Para ello, se utilizó el algoritmo maxent para modelar el nicho ecológico y la distribución potencial de Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758) y Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758). Identificamos que la abundancia del género en la encuesta muestral fue de 10 442 (N), U. ornatrix con 10 299 (N) y U. pulchella con 143 (N), en relación a los puntos de ocurrencia en los totales obtenidos 147 para el aplicación en el modelado del nicho ecológico 133 para U. ornatrix y 17 para U. pulchella, y se repitieron los tres puntos mostrados, a partir de colectas sistematizadas, desde U. ornatrix hasta U. pulchella. Las variables con mayor influencia en la distribución de U. ornatrix fueron la temperatura máxima del mes más caluroso para y, para U. pulchella fue la precipitación del trimestre más frío.

 

Palabras clave: Arctiinae, distribución, caracterización, conservación.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O gênero Utetheisa Hübner, [1819] pertence à subtribo Callimorphina e, compreende cerca de 20 espécies de mariposas diurnas geralmente coloridas que ocorrem em todo mundo, incluindo pequenas ilhas oceânicas e atóis (Da Costa, 2010). Sua distribuição mundial (Teston et al., 2019), faz com que habite em diversas fitofisionomias. No Brasil são encontradas apenas Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758) (Iglesias, 1916; Monte, 1934; Lima, 1936; Biezanko e Freitas, 1938; Biezanko e Seta, 1939; Biezanko et al., 1949; Silva et al., 1968; Zikan e Zikan, 1968; Ferreira et al., 1995; Tella, 1995; Zanuncio et al., 1998; Teston e Corseuil, 2004; Ferro et al., 2006; Teston et al., 2006; Signoretti et al., 2008; Dias et al., 2009; Ferro e Teston, 2009; Peres Filho et al., 2009; Teston et al., 2009; Diniz Filho et al., 2010; Teston e Delfina, 2010; Suares et al., 2011; Tavares et al., 2011; Timossi et al., 2011; Costa et al., 2012; Ferro et al., 2012; Oliveira et al., 2012; Delfina e Teston, 2013; Franco e Cogni, 2013; Favretto et al., 2013; Hoina et al., 2013; Moreno et al., 2015; Ramos, Timossi e Felisberto, 2015; Moreno e Ferro, 2016; Castro e Montalvão, 2018; Luz et al.,2019) e U. pulchela (Carvalho e Carvalho, 1939; Travassos, 1946; Ferro e Diniz, 2010; Teston et al., 2019).

As lagartas de U. ornatrix, se alimentam de leguminosas do gênero Crotalaria (Fabaceae), no período larval (Iyengar et al., 2001), e usa alcaloides pirrolizidínicos (APs), adquiridos durante sua alimentação, na defesa contra predadores e como precursores de feromônios sexuais em machos (Eisner e Meinwald, 1995; Conner et al., 1990). Já lagartas de U. pulchella, alimentam-se de plantas hospedeiras nativas e cultivadas pertencentes às famílias: Boraginaceae, Solanaceae, Fabaceae, Plantaginaceae e Liliacea. Esta espécie possui por biótopo lugares quentes, nas regiões quentes ou subtropicais, podem hibernar nos estados mais jovens, mas não sobrevive a invernos frios (Vieira, 2012).

As espécies de Utetheisa encontradas no Brasil estão distribuídas em regiões com fitofisionomias diferentes e possuem uma estreita relação com plantas cultivadas pelo homem. O conhecimento da distribuição potencial do gênero e os fatores que corroboram para a mesma ocorrer, podem ser determinados com a geração de modelos de nicho ecológicos (Phillips et al., 2006; Peterson et al., 2011). Este estudo tem o objetivo de caracterizar a distribuição e abundância das duas espécies do gênero Utetheisa que ocorrem no Brasil, investigar a ocorrência das mesmas em áreas de plantio, inseridas em diversos domínios fitogeográficos do território brasileiro, para entender sua distribuição potencial, aplicando modelagem de nicho ecológico e identificar quais fatores ambientais influenciam na sua distribuição.

 

 

 

 

MATERIAL E MÉTODOS

 

Registro de ocorrência

Foram utilizados dados obtidos de coleções entomológicas (Museu de Zoologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) - Laboratório de Estudos de Lepidópteros Neotropical (LELN), em Santarém - PA e Coleção Zoológica do Maranhão (CZMA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) - Laboratório de Estudos dos Lepidópteros (LEL), em Caxias - MA), literatura científica, de bancos de dados online Mecanismo Global de Informação sobre Biodiversidade (www.gbif.org) e coletas sistematizadas em áreas de plantios distribuídas pelo Brasil.

As coletas ocorreram durante dois anos consecutivos (junho de 2015 a maio 2017), no decorrer de duas safras, a cada novilúnio em cinco noites consecutivas, com uso de duas armadilhas luminosas por localidade, na área de plantio, sendo uma no centro e outra na borda da lavoura, totalizando 34 pontos amostrais distribuídos em 17 localidades inseridas em diferentes domínios fitogeográficos como: Amazônia (Alto Alegre - RR, Boa Vista - RR, Mojuí dos Campos - PA, Sinop - MT e Rio Branco - AC) Caatinga (Petrolina - PE), Cerrado (Angical - BA, Chapadão do Sul - MS, Luís Eduardo Magalhães - BA, Porto Nacional - TO e Planaltina-DF), Mata Atlântica (Alegre - ES, Londrina - PR, Passo Fundo - RS e Uberaba- MG), Pampa (Bagé - RS) Pantanal (Miranda - MS).

Após as coletas, as espécies de Arctiini foram triadas na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) unidade Cerrados e encaminhados ao Laboratório de Estudos de Lepidópteros Neotropical (LELN) e, incorporados na coleção do Museu de Zoologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Os registros de ocorrência de Utetheisa foram processados em um banco de dados e posteriormente analisados em um sistema de informação geográfica (GIS; ArcMap 9.3).

 

Tratamento e análise dos dados

Os dados geo-climáticos para construção dos modelos foram obtidos a partir da base WorldClim e utilizamos para a modelagem 19 variáveis climáticas utilizado o programa de Entropia Máxima (MAXENT). Executado com 25% dos dados para teste e 75% para treinamento, a saída logística com o teste de validação cruzada e 1.000 iterações (Suárez-Mota et al., 2021). Um total de 147 pontos de ocorrência foi delimitado para todo Brasil. Para cada espécie do gênero foi estruturado um modelo de distribuição potencial utilizando todas as variáveis e outro modelo construído apenas com as variáveis que apresentaram maiores percentuais de contribuição pelo teste de Jackknife (Suárez-Mota et al., 2021).

A área sob a curva (AUC) foi utilizada para avaliar o modelo final para todo o Brasil. Onde, o valor representa a proporção de como classificar corretamente previsões para diferentes limites de probabilidade, os modelos com AUC acima de 0,75 são aplicações precisas utilizáveis, variando de 0 a 1, onde uma pontuação de 1 indica discriminação perfeita (Elith et al., 2006; Phillips, 2008).

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Levantamento amostral das coletas sistematizadas:

Utetheisa foi registrada em 13 das 17 localidades (Tabela 1 e Tabela 2) contemplando os domínios fitogeográficos: Amazônia (Alto Alegre - RR, Boa Vista - RR, Mojuí dos Campos - PA, Sinop - MT e Rio Branco - AC) Caatinga (Petrolina - PE), Cerrado (Chapadão do Sul - MS, Porto Nacional - TO e Planaltina - DF), Mata Atlântica (Alegre - ES, Londrina - PR, Passo Fundo - RS e Uberaba- MG). Em trabalhos anteriores o gênero já foi registrado nos domínios fitogeográficos: Amazônia (Iglesias, 1916; Teston e Delfina, 2010; Suares et al., 2011; Delfina e Teston, 2013; Teston et al., 2019), Caatinga (Carvalho e Carvalho, 1939; Travassos, 1946; Dias et al., 2009; Moreno et al., 2015), Cerrado (Peres Filho et al., 2009; Timossi, Wisintainer, Santos, Pereira e Porto, 2011; Oliveira et al., 2012; Ramos, et al., 2015; Moreno e Ferro, 2016; Castro e Montalvão, 2018; Luz et al., 2019), Mata Altântica (Becker e Miller, 2002; Ferro e Teston, 2009; Monte, 1934; Lima, 1936; Zanuncio et al., 1998; Ferreira et al., 1995; Tella, 1995; Teston e Corseuil, 2004; Ferro, Guimarães Jr., e Trigo, 2006; Signoretti et al., 2008; Teston et al., 2009; Ferro e Diniz 2010; Tavares et al., 2011; Costa et al., 2012; Ferro, Resende, e Duarte, 2012; Favretto et al., 2013; Franco e Cogni, 2013; Hoina et al., 2013; Nascimento, Ferro, e Monteiro, 2016) e Pampa (Ferro e Teston, 2009; Teston et al., 2006).

Foram encontradas as duas espécies já registradas para o Brasil. U. ornatrix ocorreu em 13 localidades e 25 pontos amostrais (Tabela 1) e U. pulchella foi registrada em 4 pontos de 3 localidades amostradas (Tabela 2). A abundância do gênero foi de 10.442 (N), U. ornatrix com 10.299 (N) e U. pulchella com 143 (N).

 

Tabela 1. Localidades e as coordenadas geográficas registradas de Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758) capturados com armadilha luminosa em 17 localidades no período de junho de 2015 a maio de 2017.

Localidade

Área

Latitude

Longitude

Alt (m)

Alegre - ES

Borda

-20.73156°

-41.489745°

121

Alto Alegre - RR

Borda

2.860102°

-60.661615°

81

Alto Alegre - RR

Centro

2.938492°

-61.004930°

87

Boa Vista - RR

Centro

2.665250°

-60.841333°

78

Boa Vista - RR

Centro

2.666667°

-60.852500°

80

Boa Vista -RR

Centro

2.664333°

-60.839917°

80

Chapadão do Sul - MS

Borda

-18.74995°

-52.518041°

804

Chapadão do Sul -MS

Centro

-18.780416°

-52.517043°

806

Londrina - PR

Borda

-23.189704°

-51.171861°

545

Londrina - PR

Centro

-23.195583

-51.175972°

594

Mojuí dos Campos - PA

Borda

-2.696461°

-54.570240°

114

Mojuí dos Campos - PA

Centro

-2.693434°

-54.570422°

130

Passo Fundo - RS

Borda

-28.230602°

-52.404654°

671

Petrolina - PE

Borda

-9.137333°

-40.302056°

365

Petrolina - PE

Centro

-9.065102°

-40.173218°

365

Planaltina - GO

Centro

-15.601972°

-47.712964°

1.000

Planaltina - GO

Borda

-15.606339°

-47.743772°

1.169

Porto Nacional - TO

Centro

-10,510188°

-48.314135°

254

Porto Nacional - TO

Borda

-10.519042°

-48.2933300°

262

Rio Branco - AC

Borda 

-10.032803°

-67.703539°

183

Rio Branco - AC

Centro

-10.031657°

-67.624201°

207

Sinop - MT

Borda

-11.867083°

-55.600608°

362

Sinop – MT

Centro

-11.876036°

-55.597822°

380

Uberaba – MG

Borda

-19.664806°

-47.963843°

784

Uberaba – MG

Centro

-19.654700°

-47.966842°

819

 

Tabela 2. Localidades e as coordenadas geográficas registradas de Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758) capturados com armadilha luminosa em 17 localidades no período de junho de 2015 a maio de 2017.

Localidade

Área

Latitude

Longitude

Alt (m)

Alegre – ES

Borda

2.860102°

-60.661615°

81

Mojuí dos Campos- PA

Centro

-2.693434°

-54.570422°

130

Petrolina – PE

Borda

-9.137333°

-40.302056°

365

Petrolina – PE

Centro

-9.065102°

-40.173218°

365

Os resultados mostram que o gênero foi registrado em 86% (13 das 17) das localidades amostrais, corroborando a hipótese de que esta mariposa esteja presente em todo o Brasil. Segundo Castro e Montalvão (2018) U. ornatrix apresenta uma ampla distribuição no território brasileiro e, segundo Dias et al. (2009), essa espécie é uma das mais importantes atuando como praga em plantio de plantas do gênero Crotalaria.

Em relação às áreas de coleta, a mais abundante foi à área de centro da lavoura (N= 7.558) registrando N= 7.536 para U. ornatrix e N= 22 de U. pulchella, na área borda da lavoura obtivemos N= 2.863, sendo 2.742 (N) para U. ornatrix e 121(N) de U. pulchella e, 21 de U. pulchella em áreas cuja a vegetação ainda não foi identificada. A preferência de U. ornatrix por áreas perturbadas, já foi evidenciada tanto na América do Norte, quanto América do Sul (Argentina, Brasil e Chile) (Pease, 1968). A ocorrência de U. pulchella foi registrada em área de plantio inserida na Amazônia e Caatinga e em floresta nativa na Caatinga e Mata Atlântica, anteriormente ela só havia sido registrada em regiões de savana ou semiáridas (Carvalho e Carvalho 1939, Travassos 1946, Becker e Miller 2002, Ferro e Diniz 2010). Seu primeiro registro na Amazônia foi feito por Teston et al. (2019) que atribui a presença desta espécie no domínio fitogeográfico devido a ocupação agrícola recente, pois, além de proporcionar áreas abertas, essa ocupação, reduz a umidade relativa do ar e proporciona plantas hospedeiras preferenciais da espécie, tanto cultivadas quanto plantas daninhas.

 

Levantamento amostral bibliográfico:

Na pesquisa bibliográfica foram levantados 136 pontos amostrais sendo: 108 pontos de ocorrência de U. ornatrix e 13 para U. pulchella (Tabela 3 e 4).

 

Tabela 3. Localidades e as coordenadas geográficas registradas na Coleção Zoologica do Maranhão (CZMA) e no levantamento amostral bibliográfico de Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758).

 

(continua)

Local

Autor/Fonte

Ano

Latitude

Longitude

Alt(m)

Água Boa - MG

Gbif

2020

-18.000000°

-42.413544°

496

Aldeias Altas - MA

CZMA

2015

 -4.574061°

 -43.293716°

124

Alegrete - RS

Ferro e Teston

2009

-29.7831°

-55.7919°

102

Altamira - PA

Delfina e Teston

2013

-3.12278º

-52.254722º

130

Altamira - PA

Teston e Delfina

2010

-3.072135º

-52.151685º

130

Altinópolis - SP

Gbif

2021

-21.107799°

-47.542294°

528

Altinópolis - SP

Gbif

2021

-21.109320°

-47.542723°

532

Angra dos Reis - RJ

Nascimento et al.

2016

-23.006662°

-44.318077°

6

Aracaju - SE

Gbif

2010

-10.953483°

-37.049374°

3

Araçatuba - SP

Gbif

2021

-21.213206°

-50.450174°

408

Aracruz - ES

Zanuncio et al.

1998

 -19.828030°

 -40.265781°

63

Areias - SP

Gbif

2020

-22.583688°

-44.694879°

528

Areias - SP

Gbif

2020

-22.58429°

-44.69548°

538

Ariquemes - RO

Gbif

2021

-9.956564°

-63.010652°

128

Armação dos Búzios - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.746900°

-41.881697°

3

Bocaina de Minas - MG

Zikán e Zikán

1968

 -22.307207°

-44.604342°

1.500

Botucatu- SP

Franco e Cogni

2013

 -22.779104°

 -48.4003880°

527

Brasília - DF

Castro e Montalvão

2018

 -15.854101°

 -48.032551°

1.208

Cabaceiras - PB

Gbif

2021

-7.426988°

-36.361429°

406

Cacaulândia - RO

Gbif

1992

-10.2986°

-62.8686°

174

Camaquã - RS

Ferro e Teston

2009

-30.8511°

-51.8122°

144

Camaquã - RS

Teston e Corseuil

2004

-30.750000º

-51.866667º

144

Campinas - SP

Ferro et al.

2006

-22.820607°

-47.056487°

644

Campinas-SP

Franco e Cogni

2013

-22.753333°

-47.055556°

661

Carolina - MA

CZMA

2009

-7.224094°

-47.430958°

194

Caruaru - PE

Gbif

2019

-8.166256°

-36.000000°

799

Casimiro de Abreu - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.480595°

-42.204190°

17

Caxias - MA

CZMA

2004

-4.920906°

 -43.350903°

82

Caxias - MA

CZMA

2006

 -4.865694°

 -43.355850°

105

Caxias - MA

CZMA

2006

-4.891671°

-43.414722°

97

Derrubadas - RS

Teston et al.

2006

-29.925017°

 -55.781903°

93

Dourados - MS

Oliveira et al.

2012

-22.140561°

-54.492057°

452

Feliz Natal - MT

Gbif

2021

-12.3820733°

-54.936976°

361

Florianopolis - SC

Gbif

2018

-27.655625°

-48.478101°

7

Florianópolis - SC

Gbif

2021

-27.685078°

-48.497317°

11

Florianópolis - SC

Gbif

2021

-27.594804°

-48.556929°

18

Florianópolis - SC

Gbif

2018

-27.683495°

-48.4858579°

9

Florianópolis - SC

Gbif

2018

-27.683083°

-48.487108°

8

Gov. Jorge Teixeira - RO

Gbif

1991

-10.533333°

 -62.800000°

240

Guarani das Missões - RS

Ferro e Teston

2009

-28.1408°

-54.5581°

267

Guararema - SP

Gbif

2021

-23.426855°

-45.977830°

637

Guimarães - MA

Iglesias

1916

 -2.133036°

 -44.602191°

32

Ipameri - GO

Timossi et al.

2011

 -17.717542°

 -48.143521°

794

Iraí - RS

Ferro e Teston

2009

-27.1936°

-53.2506°

235

Iraí - RS

Teston et al.

2009

 -27.200000º

-53.222878º

235

Itatiaia - RJ

Zikán e Zikán

1968

-22.471916°

-44.575229°

527

Itatiaia - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.496091°

-44.563297°

600

Jaboticabal - SP

Gbif

2021

-21.242973°

-48.299007°

616

Jaboticabal - SP

Gbif

2020

-21.227066°

-48.361721°

622

Jataí - GO

Ramos et al.

2015

 -17.55465°

-51.42826°

915

Jequiá da Praia - AL

Gbif

2021

-9.999211°

-36.001810°

18

Joinville - SC

Ferro et al.

2012

 -26.279095°

-48.833560°

15

Juquiá - SP

Franco e Cogni

2013

-24.3319440°

-47.637500°

16

Lagoa Vermelha –RS

Ferro e Teston

2009

-28.2086°

-51.5258°

830

Laguna - SC

Gbif

2021

-28.479772°

-48.76645°

1

Laguna - SC

Gbif

2021

-28.484584°

-48.765999°

5

Lavras - MG

Gbif

1979

 -21.24573°

-44.99978°

925

Macaé - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.370735°

-41.786893°

2

Maragogi - AL

Gbif

2021

-9.000000°

-35.000000°

12

Maranguape - CE

Gbif

2019

-3.999925°

-38.847582°

320

Marcelândia - MT

Gbif

2020

-11.000000°

-54.000000°

280

Maricá - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.919375°

-42.818599°

5

Mateiros - TO

Moreno et al.

2015

 -11.17152°

 -46.57340°

657

Mineiros - GO

Moreno e Ferro

2016

 -18.079043°

 -52.934531°

855

Mineiros - GO

Moreno e Ferro

2016

 -17.912571°

 -52.991243°

872

Mineiros - GO

Moreno e Ferro

2016

 -17.906267°

 -52.974813°

883

Mineiros - GO

Moreno e Ferro

2016

 -18.016266°

 -52.945609°

859

Mirador - MA

CZMA

2008

-6.412957°

-44.479722°

291

Mucugê - BA

Gbif

2020

-13.0647222°

-41.4422222°

1.009

Nova Friburgo – RJ

Nascimento et al.

2016

-22.28195°

-42.531095°

846

Nova Palmeira – PB

Gbif

2021

-6.685482°

-36.409549°

573

Paraty - RJ

Gbif

2021

-23.218080°

-44.710276°

1

Parelhas - RN

Gbif

2021

-6.6858425°

-36.660248°

271

Paudalho - PE

Gbif

2020

-7.923772°

-35.1645002°

138

Paulista - PE

Gbif

2020

-7.875774°

-34.841492°

11

Paulista – PE

Gbif

2020

-7.8425610°

-34.840004°

0

Pelotas – RS

Ferro e Teston

2009

-31.7719°

-52.3425°

17

Petrópolis - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.504866°

-43.178500°

809

Piracicaba - SP

Signoretti et al.

2008

 -22.733982°

 -47.697238°

498

Piracicaba - SP

Gbif

2021

-22.730562°

-47.609362°

589

Porto Velho - RO

Suares et al.

2011

-8.794522°

 -63.846093°

83

Pres. Prudente - SP

Gbif

2021

-22.132916°

-51.397290°

430

Queimados - RJ

Gbif

2021

-22.708768°

-43.561152°

32

Recife - PE

Gbif

2020

-8.05026°

-34.90033°

5

Recife - PE

Gbif

1972

-8.050000°

-34.900000°

6

Rio Branco do Sul - PR

Gbif

2016

-24.953668°

-49.426024°

553

Rio de Janeiro - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.902824°

-43.207550°

2

Rio Largo - AL

Dias et al.

2009

-9.476964°

 -35.836240°

127

Rosário Oeste - MT

Peres Filho et al.

2009

-14.826913°

 -56.437295°

217

Salgadinho – PB

Gbif

1959

-7.096913°

-36.836636°

428

Salvador do Sul - RS

Ferro e Teston

2009

-29.4383°

-51.5114°

493

Santa Maria do Suaçuí - MG

Gbif

2020

-18.187607°

-42.4140941°

509

São Francisco de Paula - RS

Ferro e Teston

2009

 - 29.4481°

-50.5836°

907

São Leopoldo-RS

Ferro e Teston

 

 

2009

 - 29.7603°

 -51.1472°

15

Tabela 3. Localidades e as coordenadas geográficas registradas na Coleção Zoologica do Maranhão (CZMA) e no levantamento amostral bibliográfico de Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758).

 

(conclusão)

 

Local  Autor/Fonte  Ano  Latitude Longitude Alt(m)

 

 

 

 

 

 

São Mateus - ES

Zanuncio et al.

1998

 - 18.731592°

 -39.856315°

30

São Paulo - SP

Gbif

2021

-23.462685°

-46.636879°

819

Seara - SC

Gbif

2020

-27.159978°

-52.417123°

351

Seropédica - RJ

Gbif

2018

-22.747178°

-43.699595°

38

 

Seropédica - RJ

Gbif

2020

-22.702078°

-43.693815°

35

Serra - ES

Gbif

2019

-20.152718°

-40.251914°

36

Sete Lagoas - MG

Costa et al.

2012

 -19.466667°

 -44.250000°

750

Sete Lagoas - MG

Tavares et al.

2011

 -19.466814°

-44.250007°

726

Sete Lagoas-MG

Gbif

2021

-19.000000°

-44.000000°

884

Taperoá - PB

Gbif

2017

-7.428938°

-38.484246°

591

Taperoá - PB

Gbif

2020

-7.210182°

-36.824369°

533

Teresópolis - RJ

Nascimento et al.

2016

-22.412156°

-42.965598°

871

Timon - MA

CZMA

2005

-5.019877°

 -43.027096°

124

Viçosa - MG

Ferreira et al.

1995

 -20.749933°

-42.849972°

809

 

Tabela 4. Localidades e as coordenadas geográficas registradas no levantamento amostral bibliográfico de Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758).

 

(continua)

Local

Autor/Fonte

Ano

Lat

Log

Alt(m)

Campina Grande - PB

Travassos

1946

-7.253006°

-35.915056°

487

Correntina - BA

Travassos

1946

-13.478611°

-46.155278°

955

Guassi - CE

Gbif

2018

-4.186959°

-38.851381°

350

Iguatu - CE

Gbif

2021

-6.397533°

-39.283328°

213

Jaíba - MG

Ferro e Diniz

2010

-15.340694°

-43.681799°

474

João Pessoa - PB

Gbif

2010

-7.221039°

-34.808417°

3

Mojui dos Campos – PA

 

Teston et al.

2019

-2.695597°

-54.570650°

130

Tabela 4. Localidades e as coordenadas geográficas registradas no levantamento amostral bibliográfico de Utetheisa pulchella (Linnaeus, 1758).

 

(conclusão)

Local

Autor/Fonte

Ano

Lat

Log

Alt(m)

Natal -RN

Travassos

1946

-5.828603°

-35.188533°

60

Nova Palmeira - PB

Gbif

2021

-6.6774777°

-36.424738°

555

Olho d'Água das Flores - AL

Gbif

2021

-9.527723°

-37.292202°

300

Pedra - PE

Carvalho e Carvalho

1939

-8.868914°

-36.948064°

433

Planaltina -DF

Becker e Miller

2002

-15.616161°

-47.652394°

976

Sr. do Bonfim - BA

Travassos

1946

-10.511003°

-40.164842°

492

 

Modelo de distribuição potencial e nicho ecológico:

Após triagem do material coletado, revisão de literatura disponível e coleta de dados na plataforma Gbif, obtivemos as coordenadas geográficas dos locais de ocorrência de Utetheisa. No total foram obtidos 147 pontos amostrais para aplicação na modelagem de nicho ecológico sendo 133 para U. ornatrix e 17 para U. pulchella (Tabela 3 e 4). Sendo que três pontos amostrais, das coletas sistematizadas, de U. ornatrix se repetiram para U. pulchella.

O modelo de nicho ecológico de U. ornatrix nas regiões do Brasil tiveram um valor médio de AUC para o teste dados de 0,956, com desvio padrão de 0,033, indicando uma boa previsão pelo modelo. Para U. pulchella, também obtivemos uma boa previsão, o valor médio de AUC foi de 0,999. O teste Jackknife revelou a variável com a maior contribuição de 33,6% foi a variável temperatura máxima do mês mais quente para U. ornatrix e, para U. pulchella foi de 40,3% e variável precipitação do trimestre mais frio (Tabela 5). Os valores de AUC estão acima de 0.89 indicam que os modelos são adequados indicados por seus valores parciais de ROC (Elith et al., 2006; Phillips, 2008).

 

 

Tabela 5. Variáveis usadas para gerar os modelos de nicho ecológico de U. ornatrix e U. pulchella no Brasil e estimativas de contribuições relativas das variáveis ambientais para o modelo Maxent.

 

% de contribuição

Variáveis Climáticas

U. Ornatrix

U. pulchella

Temperatura máxima do mês mais quente

33.6

7.7

Precipitação do trimestre mais frio

31.1

40.3

Temperatura média do trimestre mais frio

10.4

0

Precipitação do mês mais seco

6.9

34.6

Precipitação do trimestre mais quente

4.8

0

Precipitação do mês mais chuvoso

3.4

0

Precipitação do trimestre mais seco

3.4

0

Temperatura mínima do mês mais frio

2

6

Precipitação do trimestre mais chuvoso

1.9

0

Temperatura média anual

1.2

0

Temperatura média do trimestre mais úmido

0.5

3.8

Precipitação Anual

0.4

0

Temperatura média do trimestre mais quente

0.4

7.5

Temperatura média do trimestre mais seco

0

0.2

Variação Diurna Média de Temperatura (Média mensal (Tmax-Tmin))

0

0

Sazonalidade da Temperatura (desvio padrão100)

0

0

Sazonalidade da Precipitação (coeficiente de variação)

0

0

Isotermalidade

0

0

Amplitude térmica anual

0

0

 

No mapa estão indicados os prováveis locais ideais para U. ornatrix e U. pulchella ocorrerem no Brasil (Figura 1). As regiões em vermelho mostram as áreas com as condições mais favoráveis para o desenvolvimento das espécies. Em contraste, as zonas verdes são áreas inadequadas para ocorrência das espécies. Para Diniz Filho et al. (2010) mapas de modelos de nicho devem ser utilizados de forma conservadora, pois, permitem uma previsão da descrição da estrutura interna das áreas geográficas, em termos de estabelecimento de áreas climaticamente adequadas para a espécie.


Figura 1. Mapas de modelagem de nicho ecológico de U. ornatrix (A) e U. pulchella (B) no Brasil.

 

 

CONCLUSÃO

 

Podemos concluir que os dados deste estudo melhoram nossa estimativa da área geográfica e distribuição do gênero Utetheisa nas regiões do Brasil, podendo ser  utilizados para orientar futuras estratégias de conservação. Entretanto, grande parte das regiões brasileiras ainda não foram inventariadas, sendo necessário estudos que gerem listas de espécies de locais nunca amostrados, onde irão corroborar para o melhor entendimento da biogeografia do gênero estudado em relação a utilização do território amostrado.

Referente à riqueza apenas duas espécies, U. ornatrix e U. pulchella foram registradas, e a abundância das espécies em nosso levantamento amostral segue o padrão encontrado em trabalhos anteriores, sendo que U. ornatrix é a mais abundante em todo território amostrado. Entretanto, podemos enfatizar que U. pulchella está sendo encontrada em novos habitats como nas florestas Atlântica e Amazônica, onde as mudanças na vegetação e no clima dessas regiões, vem ocorrendo nos últimos anos devido o avanço das fronteiras agrícolas, favorecendo assim sua ocorrência nesses habitats, esses registros servem de alerta para as mudanças climáticas presentes nessas regiões.

Este estudo é um dos poucos que determinam o potencial nicho ecológico das espécies de Utetheisa em áreas de lavouras no Brasil e fornece previsões das áreas climaticamente adequada para a ocorrência das espécies com bom desempenho, de acordo com os resultados parciais de ROC definidos na área sob a curva AUC. E, determinado as variáveis climáticas que mais influenciam na modelagem de nicho ecológico do gênero Utetheisa em comunidades.

 

 

AGRADECIMENTOS

 

Os autores agradecem aos senhores Marcos Coradini, Gabriel Coradini, Maicon Coradini, Erivaldo Aristides dos Santos, João Bosco Gomes Santos Filho, José Salazar Zanuncio Junior e Leonardo Mardgan pela ajuda na coleta com as armadilhas luminosas; ao apoio financeiro do Programa de Fomento à Elaboração de Teses (PROTESE/UFOPA), ao Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP/PPGBIONORTE) (portaria nº 156/2014), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (processos nº 403376/2013-0, 306601/2016-8), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (Sec MP2 n° 02.13.14.006.00.00) pela logística e financiamento das coletas, a FAPESPA pela bolsa de estudo convênio nº 009/2019. Ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente (MMA) pela autorização para Atividades Científicas SISBIO (nº. 48218-2) e Licença Permanente para Coleta Material Zoológico (18132-3).

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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Revista Ouricuri, Juazeiro, Bahia, v.14, n.1. 2024, p.03 - 22. jan./jul., Publicação contínua http://www.revistas.uneb.br/index.php/ouricuri | ISSN 2317-0131