Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino
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<p> <strong>ISSN – 2595-6361 Qualis Periódicos B1 (2017-2020) </strong></p> <p><strong>Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino</strong> é um periódico semestral, online, associado ao grupo de pesquisa Núcleo de História Social e Práticas de Ensino (Nhipe/Cnpq) do Departamento de Ciências Humanas, campus VI, da Universidade do Estado da Bahia, localizado na cidade de Caetité, Bahia, e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS) do Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, da Universidade do Estado da Bahia. A Revista tem por objetivo divulgar produções originais e inéditas de relevância científica na área de História com ênfase na História Social, na História da Educação e Pesquisa e Práticas de Ensino de História. A Revista dialoga com a literatura, a filosofia, a antropologia, a sociologia, a arqueologia, as variadas linguagens imagéticas e sonoras (cinema, fotografia, iconografia, música) e com as tecnologias de informação e de comunicação na pesquisa e no ensino. A Revista alcançou o <strong>Qualis Periódico B1</strong> no quadriênio 2017-2020.</p>pt-BRPerspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino2595-6361Maria Beatriz Borba Florenzano: memória de uma trajetória acadêmica
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<p><strong>Apresentação</strong></p> <p>Maria Beatriz Borba Florenzano, ou simplesmente Bia, assim chamada pelos amigos e tantos admiradores, é professora aposentada da Universidade de São Paulo. Ela dedicou os últimos 50 anos da sua vida à construção de uma trajetória acadêmica de grande prestígio nas áreas da História Antiga e Arqueologia. Esteve na construção e consolidação do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo(USP), sua segunda casa, e primeira muitas vezes. Do seu legado, um dos pontos altos foi a criação, juntamente com as Professoras, Elaine Veloso Hiratae Maria Cristina Kormikiari, do Labeca (Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga), no ano de 2006.Este segue servindo de modelo para tantos outros laboratórios no País. Esta entrevista1,concedida em sua sala, no MAE, em março de 2023, a mim, Márcia Cristina Lacerda Ribeiro, sua orientanda da Pós-graduação ao estágio Pós-doutoral (2010-2019), apresenta um tom diferente daquelas que a Professora tem concedido2. O objetivo aqui é rememorar sua trajetória, acompanhar alguns dos seus passos de menina, no Perú, envolvida com muitos artefatos arqueológicos(e sendo por eles envolvida), vivendo cercada pelos sítios andinos, falar sobre seu fascínio pela História e pela Arqueologia(ou pela Arqueologia e pela História, ou simplesmente por aprender).A entrevista segue em clima agradável, amoroso, em que Bia vai buscando suas memórias e nos dando a conhecê-las. Mais do que os temas pesquisados por ela, o meu interesse era descobrir a mulher por trás da genial pesquisadora, os passos para a construção e consolidação de uma carreira. Para conhecer um pouco mais sobre a nossa entrevistada, deixamos a referência de um belíssimo livro, justa homenagem a uma plêiade que se dedicou a escrever a história da Antiguidade no Brasil, Pesquisadores da Antiguidade: a formação de um campo interdisciplinar no Brasil(MOERBECK; FRIZZO, 2023). Nele, tive a honra e o prazer de homenagear a Bia, juntamente com os meus queridos amigos e colegas, também eles seus ex orientandos, o Vagner Porto e a Cristina Kormikiari (RIBEIRO; PORTO; KORMIKIARI, 2023). Depois de 50 anos, ao se fecharem as cortinas, ouço o canto da sua alma, tal qual Frank Sinatra, <em>I did it my way</em>. </p>Marcia Cristina Lacerda Ribeiro
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2023-12-312023-12-31612191206 As comemorações do Dois de Julho no Ginásio Baiano, do Dr. Abílio César Borges
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<p>No ensejo das reflexões que envolveram o bicentenário da(s) Independência(s) no Brasil, neste artigo abordamos certa cultura escolar relacionada a esta efeméride, considerando sua relação com o ensino de História. Mais especificamente, abordamos o tema a partir da reconstituição de conteúdo(s) e forma(s) observáveis nas comemorações em homenagem ao Dois de Julho que aconteciam no Ginásio Baiano, comandado por Abílio César Borges, no início dos anos de 1860. Nesse sentido, o texto recupera algumas práticas escolares e reflete sobre o lugar da história escolar na constituição de uma memória coletiva, constituída no diálogo com o imaginário romântico, cujo objetivo central seria formar cidadãos nacionais e inventar tradições que permitissem aos sujeitos se entenderem parte de uma “comunidade imaginada” (local e nacional), e que, em última instância, fazia parte da formação escolar e fora idealizada pelas elites.</p>Carollina Carvalho Ramos de Lima
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2023-12-312023-12-31612732O agreste em guerra: um estudo histórico sobre Itapicuru no contexto da participação da Bahia na independência do Brasil (1822-1823).
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<p>No ano do bicentenário da participação da Bahia na guerra de independência do Brasil, muitas produções historiográficas destacaram novas problematizações que enriquecem a discussão do tema proposto e muda o enfoque da historiografia clássica, baseada no âmbito militar de rivalidades entre as tropas dos exércitos português, alocado na Capital baiana, em oposição ao exército pacificador, cuja base de operações estava no Recôncavo. Com base nessa perspectiva, este artigo tem por objetivo problematizar sobre como Itapicuru, uma das vilas mais antigas da Bahia e representante da região Agreste, conseguiu reunir localidades vizinhas no apoio e reforço nas batalhas em prol da consolidação da independência do Brasil. Os resultados dessa pesquisa, respaldada na História social de viés regional, mostram que outros espaços e sujeitos sociais do extenso território baiano, foram significativos e estratégicos no âmbito do reforço nas batalhas que legitimam o 2 de julho.</p>Thiago Pinto DantasLuciana Conceição de Almeida Martins
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2023-12-312023-12-316123345Maria Felipa de Oliveira, mulher negra na memória nacional: entrou sem permissão e existe sem autorização
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<p><strong>Resumo</strong></p> <p>Este artigo analisa as memórias e as representações sobre Maria Felipa de Oliveira, que circulam em sociedade, nele problematizamos o silêncio dos arquivos no que se refere às narrativas sobre a participação das mulheres negras na história. Para isso, elegemos como fonte as memórias de moradores da ilha de Itaparica reunidas pela pesquisadora Eny Kleyde Farias (2010) e publicadas na obra, <em>Maria Felipa de Oliveira: Heroína da independência da Bahia</em>. Além das memórias, recorremos à revisão historiográfica e análises das ações dos movimentos sociais pelo reconhecimento de Maria Felipa, que enfrentam a invisibilização da heroína. Deste modo, em oposição à invisibilidade histórica e silenciamento sobre o protagonismo e reconhecimento de trajetórias femininas negras marcadas por hierarquizações de raça e gênero, apresentamos saberes que revelam resistência, luta e expressão da mulher negra na história.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Maria Felipa de Oliveira; Memória; Independência da Bahia.</p>Marina Maia da SilvaClaudia Pons Cardoso
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2023-12-312023-12-316124665Um espaço guardião da memória da heroína negra da independência: a casa de Maria Filipa
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<p>Este trabalho tem como objetivo apresentar a história, organização, projetos, realizações e a divulgação do Centro de Visitação, Estudos, Pesquisas e Empreendimentos Étnico-Culturais - Casa de Maria Felipa. Partindo das questões: Como foi constituído esse acervo e como podemos utilizá-lo para promover a educação étnico-racial, a valorização da identidade e a preservação da memória de Maria Felipa de Oliveira? Iniciamos como uma pesquisa bibliográfica e documental tradicional e no período pandemia de COVID19, desenvolvemos alternativas para colher as informações em meios digitais e por meios digitais, adaptando instrumentos para serem utilizados de forma remota. As análises foram realizadas cruzando dados bibliográficos e os colhidos nas plataformas e redes digitais. Constatamos que a memória de Maria Felipa, heroína negra da Independência na Bahia, de acordo com a Lei nº 13.697/2018, tem na Casa que leva seu nome um importante local de preservação de sua memória, que pode ser utilizado didaticamente de diversas formas e contando com uma pequena equipe extremamente engajada e competente, porém com pequeno orçamento para manter adequadamente esse grande equipamento para pesquisas e projetos didáticos.</p>Raphael Rodrigues Vieira FilhoLucineide Santos Vieira
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2023-12-312023-12-316126682O uso de imagens para dar visibilidade às comemorações escolares da independência: a experiência do GPEC
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<p>O artigo que ora apresentamos é um relato coletivo construído em torno da experiência de planejar e realizar exposições escolares. Traz em suas seções informações sobre como os temas festas escolares e comemorações cívicas estão relacionados com o objeto do Grupo de Pesquisa em Educação e Currículo - GPEC; registra questões sobre o uso das fotografias como fonte para a história da educação; e trata, brevemente, dos principais aportes teóricos que serviram de base para a construção da <em>Exposição Bicentenário da Independência da Bahia </em>veiculada no Blog Modos de Fazer Educação, o Blog do GPEC</p>Elizabete SantanaLadjane Alves SousaLília de Jesus NascimentoTiane Melo dos AnjosVerônica de Jesus BrandãoCândida Pereira dos Santos Monteiro
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2023-12-312023-12-3161283103 As imagens da Independência do Brasil na Bahia: o 2 de Julho em iconografias históricas – de pinturas às histórias em quadrinhos
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<p>O texto produz análise crítica das imagens produzidas para os registros de memórias da Independência do Brasil na Bahia. Além de revisão bibliográfica, o trabalho faz abordagem qualitativa das imagens produzidas, de pinturas, passando por estatuária, até por cinema e histórias em quadrinhos. Memórias e imaginários sociais estão em intensas disputas nas produções e reproduções das imagens que retratam os eventos mais significativos, ou assim escolhidos, da guerra e seus personagens mais célebres. Produções artísticas de diversos suportes traduzem muito mais expectativas de populares ou mesmo da elite política que a realidade crua do conflito separatista. Cenas da guerra, comemorações de seu desfecho, fazem parte das fontes primárias aqui eleitas para a análise crítica. Mas são as imagens de três mulheres, Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica, que consagram a abordagem mais precisa. Tais representações visuais sobreviveram enquanto uma cultura visual própria e definiram as aparências e estéticas em produções cinematográficas e histórias em quadrinhos, em seus usos pedagógicos.</p>Savio Queiroz Lima
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2023-12-312023-12-31612104123Bicentenário na Bahia: memórias ipitanguenses
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<p>O Presente artigo trata da participação de Santo Amaro do Ipitanga, município atualmente denominado Lauro de Freitas, da independência do Brasil na Bahia. Demonstra fatos pouco conhecidos e organiza tais conhecimentos históricos, visibilizando conteúdos pouco conhecidos e não acessibilizados. Traz a importância da difusão de conhecimento, sobretudo os fatos históricos invisibilizados enquanto Memória territorial favorecendo o fortalecimento da identidade pessoal e coletiva e apropriação de saberes sobre si e sua comunidade, ampliando repertórios, e possibilitando uma apropriação de memória de alto nível proposta por Candau (2008), ultrapassando o senso comum e ressignificando a própria história.</p>Gildasio FreitasCarlos Eduardo Carvalho de SantanaMiliane de Lemos Vieira
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2023-12-312023-12-31612124132Expediente 2023.2
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<p>Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino Volume 06, n. 12, Jun – Dez,2023. ISSN – 2595-6361 Qualis/Capes B1 (2017-2020)</p>Marcia Cristina Lacerda Ribeiro
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2023-12-312023-12-31612Black Earth Rising: Ruanda e a história do tempo presente
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<p>Ruanda esteve em grande parte do século XX imersa numa complexa e sangrenta guerra civil. O ápice deste processo, possível de ser compreendido sob o aporte da longa duração, foi o ano de 1994, momento em que por aproximados cem dias (entre os meses de abril a julho) foram assassinadas entre oitocentas e um milhão de pessoas. O final desta guerra civil ocorreu com a entrada das tropas da Frente Patriótica Ruandesa (FPR) na capital, Kigali. Logo após derrotar o exército e as milícias ligadas ao antigo governo de Juvénal Habyarimana, a FPR instaurou um novo regime que persiste até os dias atuais. Este artigo tem como objetivo discutir o contexto ruandês posterior a 1994, tendo como ponto de partida a série Black Earth Rising, produzida pelo canal de Streaming Netflix. Os episódios desta série apresentam os crimes praticados pela FPR, seja sob os ataques perpetrados contra os campos de refugiados ruandeses, situados na República Democrática do Congo (RDC), seja na eliminação física ou prisão dos opositores ao atual governante, Paul Kagamé. Para este artigo, foi feita uma revisão bibliográfica específica e análise da série à luz da bibliografia sobre o tema. A produção audiovisual, e os mais diversos produtos do fazer humano, servem como fonte para perceber pistas, indícios, de como os seres humanos agiram, pensaram e se colocaram perante o tempo em que viveram, tal como sugere a série em apreço. the literature on the subject. Audiovisual production, and the most diverse product sof human end eavour, serve as asource for perceiving clues, indications, of how human being sacted, thought and placed themselves before the times in which they lived, as the series in question suggests.</p>Ivaldo Marciano de França Lima
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2023-12-312023-12-31612133150Elementos para estudar o desenvolvimento da arquitetura religiosa grega: dez templos Dóricos Perípteros de transição proporcional das colunas [1:6]–[1:7] construídos entre os séculos V e II a.C.
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<p>Este artigo explora o desenvolvimento da Arquitetura Religiosa Grega através da apresentação de dez templos dóricos perípteros hexastilos, construídos entre os séculos V e II a.C. Esses templos foram escolhidos por apresentarem uma variação na proporção entre o diâmetro da base da coluna e a altura, variando entre [1:6] e [1:7]. Esse intervalo de proporções é significativo porque corrobora com as descrições de Vitrúvio em seu <em>Tratado de Arquitetura</em> de 30-20 a.C., especificamente no livro IV, capítulo 1, parágrafos 6 e 8. O estudo examina a evolução da arquitetura religiosa grega, destacando como as mudanças nas proporções das colunas podem refletir tendências e influências culturais ao longo do tempo. Além disso, são fornecidas informações históricas sobre cada um dos templos selecionados, incluindo datas de construção, localização e contexto. O artigo também inclui uma bibliografia seletiva para orientar os leitores interessados em aprofundar seu conhecimento sobre o assunto. Além disso, apresenta fotos, elevações e plantas dos templos estudados, permitindo uma compreensão visual das características arquitetônicas e das proporções das colunas. As dimensões e os módulos utilizados na construção dos templos são detalhadamente compilados, proporcionando uma visão abrangente de como essas estruturas foram projetadas e construídas. Por fim, um glossário é disponibilizado para esclarecer os termos técnicos e arquitetônicos utilizados ao longo do artigo.</p>Claudio Walter Gomez Duarte
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2023-12-312023-12-31612151190Editorial
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<p>Editorial 2023.2</p>Marcia Cristina Lacerda Ribeiro
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2023-12-312023-12-3161212