A PRESENÇA DA IRONIA COMO DADO INTEGRANTE DE DISCURSOS NARRATIVOS DE CONTOS BRASILEIROS
THE PRESENCE OF IRONY AS AN INTEGRAL DATUN OF NARRATIVE DISCOURSES OF BRAZILIAN TALES
DOI:
https://doi.org/10.53500/missangas.v5i10.21474Parole chiave:
Narrativas brasileiras. Ironia. Sátira. Engenho.Abstract
A análise refere-se à presença do elemento irônico em diferentes narrativas de autores da literatura brasileira, como a de Machado de Assis, Lima Barreto, Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Na maioria das vezes, o narrador se apodera de uma ironia ora sutil, ora sagaz que provoca o mais alto grau de rebaixamento das figuras outrora consideradas marginais e/ou maiorais dentro de diferentes espaços culturais e temporais. O estudo identifica as distintas formas com que os autores se utilizam da ironia, a fim de por em relevo as conversões culturais, sociais ideológicas, paradigmáticas, entre outros, que vem ocorrendo ao longo do tempo. O suporte teórico respalda-se em BENJAMIN (1980); BOSI (2007); PEREIRA (2001); BARBOSA (1995); PONTIERI (1999); SANTIAGO (1989), entre outros. Neste, é considerada a existência de uma teia irônica, tecida com engenho magistral pelos autores, sobretudo quando desejam satirizar a existência humana em detrimento da sua inserção nos seguimentos sociais.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ASSIS, Machado. Noite de almirante. In: História sem data. São Paulo: Ática, 1998.
BARBOSA, Francisco Assis. Lima Barreto e a reforma da sociedade. Recife: Pool,
BARBOSA, Francisco Assis. A vida de Lima Barreto. 7ª ed.. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
BARBOSA, Francisco Assis. Prefácio. In: BARRET, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. 9ª ed.. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
BARRETO, Lima. Os melhores contos. [Seleção de Francisco de Assis Barbosa]. Rio de Janeiro: Global, 1986.
BENJAMIN, Walter. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980; p. 57 a 74.
BENJAMIN, Walter. O narrador: observações sobre a obra de Nikolai Leskow. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
BOSI, Alfredo. Machado de Assis: O enigma do olhar. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
COUTO, Edvaldo Souza & MILANI DAMIÃO, Carla. Considerações sobre narrativa e narrador em colóquio com Walter Benjamin. In: Walter Benjamin: formas de percepção estética na modernidade. Salvador-Ba: Quarteto Editora, 2008.
CRUZ, Maria de Fátima. A leveza de Almira. In: Cadernos de Literatura e Diversidade. Feira de Santana-Ba: UEFS, v.2, n.4, 2003.
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. [Trad. Hildegard Feist]. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
LEONEL, Maria Célia. Primeira e outras estórias. In: Scripta . Número especial do III Seminário Internacional Guimarães Rosa. Belo Horizonte: PUC Minas, v.9, nº 17, 2º sem., 2005.
LISPECTOR, Clarice. A solução. In: A legião estrangeira. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
LISPECTOR, Clarice. A língua do “P”. In: A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.
MARIA, Luzia de. O que é o conto. 4ª d. São Paulo: Brasiliense, 1992.
MUECKE, D.C.. Ironia e o irônico. São Paulo: Editora Pespectiva, 1995.
PEREIRA, Elvya Shirley Ribeiro. Lima Barreto: um olhar deslocando-se. In: Légua & Meia. Feira de Santana, PpgLDC, 2001. P.224 – 236 – v.1
PONTIERI, Regina. Clarice Lispector: uma poética do olhar. São Paulo: Ateliê editorial, 1999.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. 1ª ed. Especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteria, 2005.
SÁ, Olga de. A escritura de Clarice Lispector. 2ª ed. Petrópolis: Vozes; Lorena: Faculdades Integradas Tereza D’Avila,1979.
SHIPLEY, Josephe apud SANTA’ANNA, Affonso Romano de. Paródia, paráfrase & Cia. 7ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
SANTIAGO, Silviano. A aula inaugural de Clarice. In: Narrativas da modernidade. MIRANDA, Wander Melo (org.). Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
SANTIAGO, Silviano. Nas malhas da letra. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
SILVA, Alberto da Costa e. Estas primeiras estórias. In: ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. 1ª ed. Especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteria, 2005.
Downloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Os artigos publicados na revista Missangas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, o pensamento dos editores.