“SÓ QUEM TEM CORPO ABERTO CONSEGUE OUVIR TRAVESTI”: PERFORMANCE E ORALITURA NA POESIA FALADA DE BIXARTE

THE REPRESENTATION OF THE VAGINA AS AN INVERTED PHALLUS AND THE DISSIDENCE OF GENDER AND SEXUALITY IN THE SHORT STORY “THE SWORD AND THE ROSE” BY MARINA DE COLASANTI

Resumo

Pessoas trans e travestis estão a cada dia adentrando nos espaços artísticos que um dia lhes foram refutados. As artes produzidas por estes corpos estão, desta forma, sendo valorizadas, ao passo que pessoas trans e travestis vêm ganhando visibilidade. Pensando nisso, o presente trabalho procura estabelecer um estudo de corpos trans no mundo artístico do poetry slam, tendo como principal investigação a multiartista Bianca Manicongo, mais conhecida como Bixarte. A pesquisa se pautará em três performances realizadas no Slam Cúir FLUP RJ, ocorrido de forma virtual em 2020. Para isso, será feita uma revisão bibliográfica a respeito do poetry slam em Roberta Estrela D’Alva (2019) e utilizaremos como aporte teórico-metodológico os estudos de Paul Zumthor (2010) que aborda a performance, e a oralitura em Leda Maria Martins (2003). O slam é atravessado por uma estética na qual são expressas a identidade e a resistência. Assim, será observada, nos textos que constituem essas performances, tanto a oralitura quanto a potência das mensagens de corpos que falam. Dessa forma, o trabalho procura evidenciar a visibilidade das artes desses corpos trans, trazendo as batalhas de slam que estão inseridas numa visão da contemporaneidade através da performance da oralitura.