A REPRESENTAÇÃO DA VAGINA COMO UM FALO INVERTIDO E A DISSIDÊNCIA DE GÊNERO E SEXUALIDADE NO CONTO “A ESPADA E A ROSA” DE MARINA DE COLASANTI
THE REPRESENTATION OF THE VAGINA AS AN INVERTED PHALLUS AND THE DISSIDENCE OF GENDER AND SEXUALITY IN THE SHORT STORY “THE SWORD AND THE ROSE” BY MARINA DE COLASANTI
DOI:
https://doi.org/10.53500/missangas.v3i11.21718Palavras-chave:
Corpos; Dissidência; Falo; Gênero; Sexualidade.Resumo
No presente Artigo, analisa-se a pesquisa intitulada: “A representação da vagina como um falo invertido e a dissidência de gênero e sexualidade no conto ‘Entre a espada e a rosa’ de Marina Colasanti”, na qual pondera-se o processo gradativo social dialético que incide da diferença anatômica entre os sexos e as questões de gênero e sexualidade que envolvem os personagens, a saber: uma jovem Princesa e um jovem Rei. Nessa proposição, avalia-se o processo de adaptação e aceitação social que envolve uma dissidente de gênero (Princesa) e a ambígua expressão sexual do jovem Rei. Nesse contexto, a personagem feminina se destaca pelas suas idas e vindas entre acepções tradicionais versus progressismo, considerando a composição de temas atuais, a exemplos: gênero e sexualidade que se pluralizam no conjunto de discussões que envolvem as ciências sociais humanas. Corroboram, nessa pesquisa, com maior ênfase, os estudos de Sigmund Freud, no que se refere as consequências psíquicas que envolvem o complexo de castração, Judith Butler e Pierre Bourdieu a respeito das questões de gênero e sexualidade. Acresce, ainda, outros referenciais, de menor inferência teórica que também corroboram na efetivação da análise proposta no corpus do Artigo. Conclue-se que o conto “Entre a espada e a rosa” simboliza, alegoriza, metaforiza, em termos semânticos e semióticos, a perspectiva performática dos corpos que não se limitam nas acepções de gênero (masculino e feminino) e a sexualidade pautada pela heteronormatividade.
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