A CRIANÇA, O MAQUINISTA E O HOMEM: A QUESTÃO DA FORMAÇÃO DA MASCULINIDADE NEGRA EM CANÇÃO PARA NINAR MENINO GRANDE, DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Autores

  • Wanderson Barbosa dos Santos Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.53500/missangas.v3i11.21258

Palavras-chave:

masculinidade negra, racismo, sexismo, Conceição Evaristo

Resumo

Este ensaio apresenta um retrato de Fio Jasmim, personagem do romance Canção para ninar menino grande de Conceição Evaristo. Na forma de uma crítica literária e de um retrato sociológico, este trabalho discute a questão da formação da masculinidade negra tendo como documento estético e histórico o romance supracitado. Ao longo do texto são discutidas ideias que orbitam ao tema da construção da masculinidade negra como a questão da autoestima, a afetividade e a repressão dos sentimentos. Nesse aspecto, o ensaio discute o modo como a subjetividade do negro atravessa dilemas sobre sua racialização e as formas de enfrentamento e a inferiorização de sua autoestima. Por fim, apresentamos algumas notas sobre a socialização masculina e os significados do “ser homem” no romance.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wanderson Barbosa dos Santos, Universidade de Brasília

Doutor em sociologia (2019-2022) pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília, na linha de pesquisa Teoria e pensamento social. Tem mestrado em Sociologia (2018), bacharelado em Sociologia (2016) e licenciatura em Ciências Sociais (2018) pela mesma Universidade. Foi membro do corpo editorial do periódico científico Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais (2019-2020). Tem como campo de interesse a área de Sociologia e pesquisa temas como: teoria crítica da sociedade, sociologia da educação, educação das relações étnico-raciais, ensino de sociologia, sociologia da literatura, pensamento social brasileiro, sociologia da arte e as obras de Georg Simmel e Walter Benjamin. Atuou como docente: Professor voluntário do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (2022-2023). Foi professor temporário da Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal (2022-2023). Atualmente é professor substituto do Departamento de Teoria e Fundamentos da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. No atual contexto, dedica-se ao debate da educação para as relações étnico-raciais na formação dos professores e a relação entre literatura, educação e formação.

Referências

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das letras, 2022.

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Editora Boitempo, 2022.

______. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.

EVARISTO, Conceição. Canção para ninar menino grande. Rio de Janeiro: Pallas, 2022.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

HOOKS, Bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Editora Elefante, 2021.

MARX, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos. São Paulo: Editora Boitempo, 2004.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

Downloads

Publicado

2024-12-29

Edição

v. 5 n. 11 (2024): Missangas: Estudos em Literatura e Linguística

Seção

Ensaios

Licença

Os artigos publicados na revista Missangas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, o pensamento dos editores.