ÍNDICE DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA EMPRESAS DO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v9i3.7792

Palavras-chave:

Governança Corporativa, Teoria da Agência, Índice de Governança Corporativa, Análise de Componentes Principais

Resumo

O principal objetivo deste estudo foi elaborar um índice de governança corporativa (IGC) para as empresas negociadas na B3. A amostra foi constituída por 116 empresas de capital aberto com papéis em negociação ou já negociados na B3. A natureza do estudo é quantitativa e a construção do IGC aconteceu por meio da análise dos componentes principais (ACP). O período de análise deste trabalho está compreendido entre 2010 e 2016. O trabalho buscou identificar qual dimensão de governança corporativa tem maior peso na classificação das empresas em relação a sua governança. Para a elaboração do IGC, foram estudadas 5 dimensões de governança: (i) estrutura de propriedade e controle; (ii) divulgação e transparência da informação; (iii) composição do conselho de administração; (iv) incentivo aos administradores; (v) direito dos acionistas. A partir dos resultados da ACP, foi possível classificar as empresas em relação a seus atributos de governança. Os resultados apontaram que dimensão (iii) foi a que apresentou maior peso na composição do índice de governança. Ressalta-se a importância dos resultados encontrados, contribuindo para a discussão de governança das empresas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AL-MALKAWI, H-A. N.; PILLAI, R.; BHATTI, M. I. Corporate governance practices in emerging markets: the case of GCC countries. Economic Modelling, 38, 133–14, 2014.

BHAGAT, S.; BOLTON, B. Corporate governance and firm performance: The sequel. Journal of Corporate Finance, 58, 42–16, 2019.

BERLE, A. A.; MEANS, G. C. The modern corporation and private property. New York: MacMillan, 1932.

BERNADINO, F. F. M.; PEIXOTO, F. M.; NASCIMENTO, R. Governança corporativa e o valor da firma: um estudo brasileiro de empresas do setor elétrico. RECADM, v. 13, n. 2, Mai./Ago. 2014.

BESANKO, D; DRANOVE, D. SHANLEY, M.; SHAEFER, S. A economia da estratégia. Porto Alegre. Bookman, 2006.

BLAIR, M. M. For whom should corporations be run? An economic rationale for stakeholder management. Long Range Planning, v. 31, 1998.

CAIXE, D. F.; KRAUTER, E. Relação entre governança corporativa e valor de mercado: mitigando problemas de endogeneidade. Brazilian Business Review, v.11, n.1, p. 96, Jan.-Mar. 2014 p. 96

CASTRO JUNIOR, F. H.; YOSHINAGA, C. E. Coassimetria, cocurtose e as taxas de retorno das ações: uma análise com dados em painel. RAM, v.13, N.1. São Paulo, Jan/fev, 2012.

CLAESSENS, S.; YURTOGLU, B.B., Corporate governance in emerging markets: a survey. Emerging Markets Review (2012), doi:10.1016/j.ememar.2012.03.002

CLETO, P.; MACHADO, D. Fitch rebaixa rating e Brasil perde grau de investimento. Valor econômico, 2015. Disponível em: http://www.valor.com.br/financas/4360470/fitch-rebaixa-rating-e-brasil-perde-grau-de-investimento

COASE, R. H. The nature of the firm, Economica, v.4, n. 16, p. 386-405, 1937.

COLLARES, M. L. Governança Corporativa: Fator Preponderante no Ativismo de Acionistas no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, v. 24, n. 5, p. 414-431, 2020.

CORREIA, L. F. Um índice de governança para o Brasil (Tese). Universidade Federal de Minas Gerais, 2008.

CORREIA, L. F.; AMARAL, H. F.; LOUVET, P. Um índice de avaliação da qualidade da governança corporativa no Brasil. Revista de Contabilidade e Finanças, v. 22, n.55, p. 45-63, jan./fev./mar./abr. 2011.

CVM. Recomendações da CVM sobre governança corporativa. Rio de Janeiro: CVM, 2002. Disponível em www.cvm.org.br Acesso em: 20 out. 2014.

DAHYA, J.; GOLUBOV, A.; PETMEZAS, D.; TRAVLOS, N. G. Governance mandates, outside directors, and acquirer performance. Journal of Corporate Finance, 59, 218-238, 2019.

DU PLESSIS, J. J.; BAGARICK, M.; HARGOVAN, A. Principles of contemporany corporate governance. Cambridge University Press, 2011.

FAMA, E. F.; JENSEN, M. Agency Problems and Residual Claims. Journal of Law and Economics, 26, 327–349, 1983.

FÁVERO, L. P.; BELFIORE, P. Manual de análise de dados. 1. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

FERREIRA, D.; BAIDAYA, T. K.; DALBEM, M. C. Governança corporativa (GC) nas instituições de ensino superior: um mapeamento sistemático da produção científica nacional. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 11, número 4, p. 921-941, 2018.

FERREIRA, R. N.; SANTOS, A. C.; LOPES, A. L. M.; NAZARETH, L. G. C.; FON-SESA, R. A. Governança Corporativa, eficiência, produtividade e desempenho. Revista de Administração Mackenzie, v. 14, n. 4, p. 134-164, 2013.

IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. - São Paulo, SP: IBGC, 2015.

IBGC. Instituo Brasileiro de Governança Corporativa. http://www.ibgc.org.br/. Acesso em: 15/10/2020

JENSEN, M. C. Agency costs of free cash flow, corporate finance and takeovers. American Economic Review, 76 (2), 323-329, 1986.

JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Cost and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, 3, 305–360, 1976.

JENSEN, M. The modern industrial revolution, exit, and the failure of internal control systems. Journal of Finance, vol. 48, n. 3, p. 831-880, 1993.

KORONTAI, J. N.; FONSECA, M. W. Governança corporativa dos bancos e sua relação com indicadores de desempenho e risco. Enfoque Reflexão Contábil, v. 39, n. 3, p. 151-168, 2020.

MACHADO, J. H.; FAMÁ, R. Ativos intangíveis e governança corporativa no mercado de capitais brasileiro. Revista Contemporânea de Contabilidade, v.8, n°16, p. 89-110, jul./dez., 2011.

MAIA, C. S&P tira grau de investimento do Brasil. Valor econômico, 2015. Disponível em: http://www.valor.com.br/financas/4215984/sp-tira-grau-de-investimento-do-brasil

MORCK, R.; SHLEIFER, A.; VISHNY, R. W. Management ownership and market valuation: an empirical analysis. Journal of Financial Economics, 20, p. 293-315, 1988.

MOURA, L.; NORDEN, L. Does good corporate governance pay off in the long run? Evidence from stock market segment switches in Brazil. Revista Brasileira de Finanças (Online), Rio de Janeiro, Vol. 17, No. 3, September 2019, pp. 1–25.

NAGAR, A.L; BASU, S.R. In: ULLAH, A. et al (eds.). Weighting Socio-Economic Indicators of Human Development: A Latent Variable Approach. Handbook of Applied Econometrics and Statistical Inference, New York: Marcel Dekker, 2002.

OECD. G20/OECD Principles of corporate governance, OECD Publishing, Paris, 2015.

OECD. OECD economic surveys. Paris, 1998. Disponível em http://www.oecd.org. Acesso: 27 out 2016.

OLIVEIRA NETO, J. C. C.; MEDEIROS, O. B.; QUEIROZ, T. B. Governança corporativa e velocidade de incorporação de informações: lead-lag entre o IGC e o IBrX. Revista Brasileira de Finanças, vol 10, n. 1, pp. 149-172, 2012.

PANIAGUA, J.; RIVELLES, R.; SAPENA, J. Corporate governance and financial performance: the role of ownership board structure. Journal of Business Research, 89, 229–234, 2018.

PEIXOTO, F. M.; AMARAL, H. F.; CORREIA, L. F. NEVES, J. C. C. Governança corporativa e crises: mecanismos importantes durante ciclos econômicos distintos. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 39, p. 119-133, agosto 2014.

ROCHA, I.; PEREIRA, A. M.; BEZERRA, F. A.; NASCIMENTO, S. Análise da produção sobre teoria da agência e assimetria da informação. REGE, v. 19, n. 2, p. 327-340, 2012.

RODRIGUES, M. M. S.; MUNIZ, R. M.; AMARAL, H. F.; FRANCISCO, J. R. S. Estudo comparativo das empresas do setor energético que aderiram aos níveis diferenciados de governança corporativa. Economia e Gestão, v. 15, n. 38, Jan./Mar. 2015

ROSSETTI, J. P.; ANDRADE, A. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. (6a ed.). São Paulo: Atlas, 2012.

SERRA, S.; LEMOS, K. A influência da governança corporative e do auditor na divulgação sobre riscos. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, v. 8, n.3, p.106-124, Set./Dez. 2020.

SILVA, A. L. C.; LEAL, R. P. C. Corporate Governance Index, Firm Valuation and Performance in Brazil. Revista Brasileira de Finanças, 3, 1–18, 2005.

SILVEIRA, A. D. M. Governança corporativa e estrutura de propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil (Tese). Universidade de São Paulo, 2004.

SMITH, C. Option pricing: a review. Journal of Financial Economics, v. 3, n. 1/2, p. 3-52, 1976.

SONZA, I. B.; KLOECKNER, G. O. A governança corporativa influencia a eficiência das empresas brasileiras? Revista de Contabilidade e Finanças, v. 25, n. 65, p. 145-160, maio/jun./jul./ago. 2014.

THOMSEN, S., PEDERSEN, T., An empirical test of the corporate life cycle. Institute of International Economics and Management, Copenhagen Business School, 1997.

WILLIAMSON, O. E. Corporate Finance and Corporate Governance. The Journal of Finance, 43, 567–591, 1988.

WILLIAMSON, O. E. Corporate Governance. Yale Law Journal, 93, 1197–1230, 1984.

WILLIAMSON, O. E. Credible Commitments: Using Hostages to Support Exchange. The American Economic Review, 73, 519–540, 1983.

WILLIAMSON, O. E., The mechanisms of governance. Oxford University Press, 1996.

Downloads

Publicado

2020-11-22

Edição

Seção

ARTIGOS