A IMPORTÂNCIA DOS CONHECIMENTOS CONTÁBEIS PARA OS DISCENTES EM ADMINISTRAÇÃO: UMA ANÁLISE A PARTIR DE INFLUENTES DE JULGAMENTO.
DOI:
https://doi.org/10.18028/rgfc.v5i1.574Palavras-chave:
Ensino de Administração, Contabilidade, Influentes de Julgamento.Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo analisar a importância conferida à área de contabilidade por discentes do curso de Administração, bem como se a avaliação discente é sensível à experiência com a disciplina “Contabilidade Geral e de Custos”, ofertada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Para execução do estudo, de natureza descritiva com abordagem predominantemente quantitativa, empregou-se como técnica de coleta de material empírico o questionário, assim como foram utilizados a ementa da referida disciplina e o projeto pedagógico do curso de administração como materiais analíticos complementares ao entendimento dos indicadores. A amostra analisada foi independente e aleatória, sendo empregada a técnica de diferença de médias contando com o suporte do software Excel®, considerando os valores críticos e estatística de teste padronizada z, com um nível mínimo de 10% de significância. Houve uma participação de 45,89% dos discentes e os resultados mostram um elevado julgamento de importância da área de contabilidade antes da disciplina ser cursada, porém, não se observou significância estatística na diferença entre as médias de julgamento da importância após os alunos cursarem a disciplina. A pesquisa iniciou uma abordagem de análise de importância atribuída por meio de Influentes de Julgamento (IJ), que são entendidos como características sócio-econômicas que podem interferir no julgamento da importância dos conhecimentos contábeis para os administradores. No entanto, mesmo considerando esses influentes, não se observou diferença estatística após os discentes terem cursado a disciplina. Os resultados se mostram emblemáticos no sentido de que o conhecimento em contabilidade é conteúdo obrigatório em cursos de administração e, assim, é vital para a formação técnica do administrador, embora este na condição de discente reconheça a importância antes do contato com a disciplina (conteúdo) e não incremente sua avaliação de importância com este contato.
Downloads
Referências
AKTOUF, O. Ensino de Administração: Por uma pedagogia para a mudança. Organizações e Sociedade, v. 12, n. 35, p. 151-159, out./dez. 2005.
AUSUBEL, D. P. Educational Psychology: A Cognitive View. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1968.
BALLESTER, C. P. M. Análisis de los factores que influyen en el desempeño académico de los alumons de contabilidade financeira a través de modelos de eléccion binaria. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 14, n. 5, p. 379-399, Out./Dez., 2012.
BARNARD, C. The Functions of the Executive. Cambridge: Harvard University Press, 1938.
BENNIS, W. G.; O’TOOLE, J. How business schools lost their way. Harvard Business Review. May, p. 96-104, 2005.
BERTERO, C. O. et al., T. Produção científica em Administração na década de 2000. Revista de Administração de Empresas, v. 53, n. 1, p.12-20, Jan./Fev., 2013.
BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, Jan./Fev./Mar., 2002.
BRASIL. Lei 4.769 de 9 de Setembro de 1965. Dispõe sobre o exercício da profissão de técnica em administração e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de Set. 1965.
CARRIJO, B. T. Análise da utilidade da contabilidade no exercício da profissão do administrador e do economista: Percepção dos discentes dos cursos de administração e economia da universidade federal de Uberlândia. In: Congresso UFSC de Iniciação Científica em Contabilidade, III, 5-7 Nov., Florianópolis (SC), 2009.
CASTRO, C. M. A prática da pesquisa. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Resolução 1.374/2011. Dá nova redação à NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de Dez. 2011.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CNE). CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR (CES). Resolução nº 4 de 13 de Julho de 2005. Institui as Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Administração, bacharelado e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de Jul. 2005.
COSTA, F. J. et al. Interesse e atitudes dos estudantes de administração em relação à área contábil. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 5, n. 1, art. 5, p. 99-120, Jan./Abr., 2010.
COSTA, F. J.; SOUSA FILHO, J. M.; LOBO, R. J. S. Aluno como cliente e como produto: Percepções e preferências dos alunos de ensino superior da área de negócios. Revista de Negócios, v. 16, n. 4, p. 91-106, Out/Dez, 2011.
FAYOL, H. Administração Industrial e Geral: Previsão, organização, comando, coordenação e controle. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
FERNANDES, F. C.; KLANN, R. C.; FIGUEREDO, M. S. A utilidade da informação contábil para a tomada de decisões: Uma pesquisa com gestores alunos. Revista Contabilidade Vista & Revista, v. 23, n. 3, p. 99-126, Jul./Set., 2011.
HORNGREN, C. T.; DATAR, S.; FOSTER, G. Contabilidade de Custos: Uma Abordagem Gerencial. v. 1, 11 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
JIANG, B.; MURPHY, P. J. Do business school professor make good executive managers? Academy of Management Perspectives, v. 21, n. 3, p. 29-50, August, 2007.
LARSON, R.; FARBER, B. Estatística aplicada. 4 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARTÍN, E.; SOLÉ, I. A aprendizagem significativa e a teoria da assimilação. In: COLL, C.; MARCHESI, Á.; PALÁCIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação: Psicologia da educação escolar. v. 2, 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, p. 60-76.
MARTINS, G. de A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação cientifica para ciências sociais aplicadas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MATTOS, P. L. C. L. O que diria Popper à literatura administrativa de mercado? Revista de Administração de Empresas, v.43, n.1, p. 60-69, jan./mar. 2003.
MAXIAMIANO, A. C. A. Introdução a administração. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007.
MENDONÇA NETO, O. R. et al. Ninguém aprende samba no colégio: A contribuição da prática para a formação do conhecimento contábil. Advances in Scientific and Applied Accouting, v. 4, n. 2, p. 184-200, 2011.
MINTZBERG, H. The nature of managerial work. New York: Harper & Eow, 1973.
MINTZBERG, H.; GOSLING, J. Educando administradores além das fronteiras. Revista de Administração de Empresas (RAE), v. 43, nº 2, Abr/Mai/Jun, 2003.
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
NAGATSUKA, D. A. da S.; TELLES, E. L. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
NICOLINI, A. Qual será o futuro das fábricas de administradores? Revista de Administração de empresas (RAE), v. 43, n. 2, Abr/Jun., 2003.
PFEFFER, J.; FONG, C. T. The end of Business School? Less Success than meets the eye. Academy of Management Learning and Education, v. 1, n. 1, p. 78-95, 2002.
QUINTANA, A. C. et al. Contabilidade pública: De acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e a lei de responsabilidade fiscal. São Paulo: Atlas, 2011.
RODRIGUES, F. X. F. A sociologia das profissões e a sociologia do esporte: Profissionalização e mercado de trabalho no futebol Gaúcho. In: Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), XXVI, 22-26 Out., Caxambu (SC), 2002.
SANTOS, A. F. A importância da disciplina contabilidade e planejamento tributário no curso de administração. In: Seminários em Administração (SEMEAD), XIV, 13-14 Out., São Paulo (SP), 2011.
SCHULZ, S. J.; BIAVATTI, V. T. Influência do desenho curricular na efetividade das práticas de interdisciplinaridade. In: Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administra (EnANPAD), XXXVII, 7-11 Set., Rio de Janeiro (RJ), 2013.
SIMON, H. Administrative Behavior. New York: The Free Press, 1947.
STONER, J. A. F.; FREEMAN, R.E. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Prentice-Hall do Bralis Ltda., 2000.
STROEHER, A. M.; FREITAS, H. O uso das informações contábeis na tomada de decisão em pequenas empresas. Revista de Administração – Eletrônica, v. 1, n. 1, art. 7, Jan./Jun., 2008.
TAYLOR, F. W. Princípios de Administração Científica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
THOMAS, H.; CORNUEL, E. Business school futures: Evaluation and perspectives. Journal of Management Development, v. 30, n. 5, p. 444-450, 2011.
UENO, R. B.; CASA NOVA, S. P. C. Um estudo sobre a percepção do micro e pequeno empresário sobre a importância da contabilidade no processo de tomada de decisão. In: Seminários de Administração FEA-USP, IX, 10-11 Agosto, São Paulo (SP), 2006.
VASQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
VICTORAVICH, L. M. Do management accountants perform decision analysis better than accounting students? Management Accounting Quartely, v. 12, n. 3, p. 28-36, 2011.
YELLE, L. E. The learning curve: Historical review and comprehensive survey. Decision Sciences, v. 10, p. 302-328, 1979.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na RGFC concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Porém deve-se observar que uma vez aprovado pelos avaliadores, o manuscrito não poderá sofrer mais alterações. Caso o autor deseje fazê-lo, deverá reiniciar o processo de submissão.