ASPECTOS DA MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E EXTRÍNSECA: UMA ANÁLISE COM DISCENTES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA BAHIA NA PERSPECTIVA DA TEORIA DA AUTODETERMINAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.18028/rgfc.v5i1.570Palavras-chave:
Motivação Intrínseca e Extrínseca. Teoria da Autodeterminação. Ensino em Contabilidade. Escala de Motivação Acadêmica.Resumo
O objetivo principal deste estudo foi verificar se existem diferenças significativas nos níveis de motivação entre alunos de Instituições de Ensino Superior públicas e privadas nos cursos de Ciências Contábeis na Bahia. Para tanto, foram aplicados questionários estruturados com base na Escala de Motivação Acadêmica (VALLERAND et al., 1992) em três regiões do estado, tendo sido formada uma amostra com 412 respostas válidas. Os dados coletados foram analisados com o SPSS® 15, por meio de análise descritiva, análise fatorial (AF) e teste de diferenças de média (teste t). Considerando as três perspectivas de motivação (extrínseca, intrínseca e desmotivação), apresentadas pela Teoria da Autodeterminação (DECI; RYAN, 1985), este estudo constatou que não há diferenças estatisticamente significativas entre a motivação dos alunos de IES públicas e privadas. No entanto, algumas diferenças são encontradas quando se analisa, isoladamente, gênero, estágio no curso e idade do aluno. As mulheres possuem, em média, mais motivação extrínseca por introjeção e motivação intrínseca para a realização do que os homens. Os alunos iniciantes do curso são mais motivados por introjeção e menos desmotivados do que aqueles que estão em fase de conclusão. Quanto à idade, só detectou-se diferenças em relação às medias da motivação extrínseca por controle externo. Assim, acredita-se que tais resultados do presente estudo contribuam para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem dos cursos de Ciências Contábeis.
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