EDITORIAL

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DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v10i1.10981

Resumo

Em seus quase dez anos de história, a Revista Gestão, Finanças e Contabilidade (RGFC) tem publicado artigos nas temáticas inerentes às áreas da Administração, Contabilidade e Finanças, apresentando uma importante colaboração aos estudiosos e interessados, nos seus diversos e múltiplos enfoques. Além disso, tem contribuído para a publicação diversificada na área, como pode ser visto na presente edição.

No estudo intitulado RELAÇÃO ENTRE O RISCO DE CARTEIRAS COM ALTOS DIVIDEND YIELDS E CARTEIRA DIVERSIFICADA NO MERCADO BRASILEIRO, os autores Vinícius Medeiros Magnani, Heloísa Cintra Pollo, Lívia Maria Lopes Stanzani e Marcelo Augusto Ambrozini, analisaram portfólios compostos pelas ações das empresas brasileiras que mais pagaram dividendos durante os anos de 1996 e 2017. Por meio de testes de média, comparou-se a média do risco apresentado pelas carteiras com alto nível de dividend yield e a média do risco do Ibovespa, sendo constatada que a relação existente entre o risco e o retorno das carteiras com altos dividend yields no Brasil é negativa. Assim, demonstrando uma peculiaridade do mercado brasileiro, no qual altos rendimentos de dividendos não estão ligados a um risco menor para o investidor, evidenciando um aspecto contrário à relação teórica esperada - empresas boas pagadoras de dividendos estejam associadas a um menor risco.

No artigo RELEVÂNCIA DOS INDÍCIOS DE GERENCIAMENTO DE RESULTADOS IDENTIFICADOS EM EMPRESAS SOB AS NORMAS DO FASB E DO IFRS, SOB A PERSPECTIVA DO INVESTIDOR, Jocelino Donizetti Teodoro e Katia Graciele Moraes Mapa, estudaram a relevância que os investidores em ações atribuem aos indícios de gerenciamento de resultados para sua decisão, conforme a plataforma teórica adotada, tendo selecionado companhias pertencentes à BM&F Bovespa, representantes das empresas que adotam as normas do IFRS, e companhias da Nasdaq, representando àquelas que adotam as normas do FASB. Verificaram que, embora existam poucos sinais de que o investidor em ações leve em consideração, ou mesmo perceba, os indícios de gerenciamento de resultado em suas decisões, dentre outros achados.

Já no artigo ESTRATÉGIAS PARA COMBATER A SONEGAÇÃO FISCAL:  UM MODELO PARA O ICMS BASEADO EM REDES NEURAIS ARTIFICIAIS, Francisco Nobre de Oliveira e Luis Paulo Guimarães dos Santos, demonstraram o desenvolvimento de um Sistema de Identificação de Risco de Contribuintes baseado em Redes Neurais para auxiliar a Administração Tributária Estadual na identificação de contribuintes mais propensos a assumir a condição de sonegadores do ICMS, com pressupostos de rede neural artificial, baseada num modelo perceptron de múltiplas camadas, do tipo alimentada adiante (feedforward), completamente conectada, composta por duas camadas ocultas e treinada com o algoritmo de retropropagação de erro (Backpropagation Error). Para isso, partiram de informações extraídas dos bancos de dados da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, alimentados por informações prestadas pelos contribuintes. Os resultados atestam a eficácia do modelo como instrumento de apoio às decisões de fiscalização no âmbito da Administração Tributária Estadual.

Por sua vez, analisando-se a associação entre práticas pedagógicas no ensino de contabilidade, apresentadas como ativas ou passivas, motivação acadêmica e nível percebido de aprendizagem, Emerson Andrade Gibaut e Adriano Leal Bruni, no artigo A SUA FORMA DE ENSINAR ME MOTIVA E EU PERCEBO QUE APRENDO? UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A MOTIVAÇÃO ACADÊMICA dos autores, fundamentando-se na Teoria da Autodeterminação, realizaram um estudo sobre as práticas ativas inferindo que estariam associadas a uma maior motivação e a um nível percebido de aprendizagem mais elevado. A amostra contou com 490 estudantes de Ciências Contábeis, de quatro instituições de ensino superior da Bahia, sendo os dados coletados mediante questionário contendo três escalas e em dois cenários. Com isso, restou evidenciado que práticas pedagógicas ativas estariam associadas a uma maior motivação acadêmica dos estudantes e a um maior nível percebido de aprendizagem.

Por fim, em AVALIAÇÃO DA ACEITAÇÃO DE UM ERP NO DEPARTAMENTO CONTÁBIL DE UMA EMPRESA PÚBLICA SEGUNDO O MODELO UTAUT, os autores Katiane Zancan Marques, Ariel Behr e Aline Vieira Malanovicz, analisaram fatores e condições que influenciam a aceitação de um sistema integrado de gestão (ERP) no departamento de contabilidade de uma empresa pública, por meio de um estudo de caso qualitativo, adotando o modelo UTAUT como fundamento. Os resultados obtidos pelo método da análise de conteúdo mostraram que as expectativas dos usuários estavam acima do que foi percebido após a implantação do sistema integrado, gerando a sensação de frustração e impactando negativamente a intenção de uso, além de outros achados.

Por fim, a avaliação pelos pares, como processo colaborativo, contribui para o aprimoramento da RGFC. Nesse sentido, nossos agradecimentos aos avaliadores que se empenham para assegurar a qualidade do que é divulgado pelo periódico.

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Publicado

02/27/2021

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