A EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR NO ESTADO BURGUÊS: o que diz a UNESCO sobre aprendizagem e educação de adultos

Autores

  • Gorete Amorim
  • Susana Jimenez
  • Edna Bertoldo

Palavras-chave:

Estado burguês, necessidades do capital, UNESCO, aprendizagem ao longo da vida, educação de adultos

Resumo

Este artigo busca analisar criticamente o que revela a UNESCO sobre aprendizagem e educação de adultos, no atual contexto do Estado burguês. Para alcançar nosso objetivo, traçamos um entendimento preliminar acerca da gênese e função do Estado; em seguida, procuramos mostrar que a educação de classe institucionalizada pelo Estado burguês esteve sempre relacionada aos interesses da produção capitalista, conforme pode ser constatado nas duas formas, mais recentes, de organização do Estado: Bem-Estar Social e Neoliberal, aqui brevemente abordadas; e, no terceiro momento, submetemos, a uma análise crítica, os princípios anunciados pelo Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, elaborado pela UNESCO e direcionado à orientação de políticas educacionais em mais de 150 Estados-membros. O estudo toma como base teórica, as contribuições de: Marx (2007; 2008), Marx e Engels (2004), e alguns de seus intérpretes e comentadores: Mészáros (2003; 2008), Jimenez (2010), Lessa (2013), Tonet (2012), Mendes Segundo (2005), entre outros. O caráter preliminar do estudo foi suficiente, contudo, para revelar que, frente às atuais exigências do modelo produtivo do capital em crise estrutural, educar para o trabalho significa, mais do que tudo, preparar para a adaptação e readaptação permanente às mudanças do mundo da produção, inclusive para suportar condições particularmente perversas de exploração da força de trabalho, representando esta, conforme pressupomos, uma das principais alternativas encontradas pelo capital no enfrentamento da crise.

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