PELA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA: O valor das narrativas históricas na (re)construção do passado

Autores

  • Jailson Costa da Silva
  • Marinaide Lima de Queiroz Freitas

Palavras-chave:

MOBRAL, História oral, Memória, Sertão alagoano, Sujeitos sertanejos.

Resumo

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada no período 2011-2012, que teve como foco situar, após quatro décadas, os impactos / contribuições do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) na formação dos sujeitos sertanejos. Neste artigo, temos como objetivo apresentar aos leitores as contribuições das narrativas memorialísticas dos sertanejos de Santana do Ipanema – Alagoas, partícipes das ações do MOBRAL no período de 1970 a 1985. O corpus constituiu-se a partir das narrativas advindas de entrevistas semiestruturadas. Devido à ausência de memória escrita recorremos, à abordagem qualitativa da história oral, tendo como base Bosi (1994), Halbwachs (2006), Pollak (1989), Portelli (1997) e Thompson P. (1992). Enfatizamos a importância da memória para a evocação do passado silenciado, pela ótica das pessoas que de fato vivenciaram o acontecimento, no caso os sujeitos desta investigação. Esse posicionamento de luta pela preservação da memória, no intuito de reinterpretar o passado por meio dos vestígios de memória, advém do pressuposto de que os fatos que não foram registrados pelos documentos oficiais têm, no testemunho oral, a oportunidade de serem contados por meio das narrativas dos sujeitos ordinários e anônimos das culturas minoritárias Certeau (2011a e b), Benjamin (2012) Thompson, E. P. (1998). As pessoas entrevistadas avaliaram de maneira positiva a atuação do Movimento no município de Santana do Ipanema – sertão alagoano, destacando com saudosismo as contribuições advindas das ações de alfabetização e outras, que foram implementadas pelo MOBRAL na comunidade sertaneja.

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