IMPLANTAÇÃO DE VIVEIRO E PRODUÇÃO DE MUDAS NATIVAS DO CERRADO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.36112/issn2595-1890.v9.i13.e9132402Palavras-chave:
Educação Ambiental, Produção de Mudas, Sementes, Cerrado, ViveiroResumo
Educação Ambiental é um processo contínuo e permanente, que compreende de ações educativas para a formação de cidadãos relacionadas à preservação e conservação do meio ambiente. A temática ambiental se mostra cada vez mais relevante nos espaços escolares, um bom instrumento para desenvolver atividades educativas na escola é o viveiro, pois é capaz de desenvolver a conscientização teórica e prática sobre as questões ambientais. A partir disso, especula-se de que modo a produção de Mudas Nativas em um viveiro contribuirá na formação crítica-ambiental de estudantes de uma escola pública? Objetivou-se nesse trabalho construir, de modo participativo, um viveiro de mudas com produção de espécies nativas do Cerrado dentro de uma escola, visando promover o aprendizado e reflexões que tragam um olhar crítico sobre questões relevantes para a Educação Ambiental, além de promover e incentivar a arborização na comunidade. O projeto foi implantado numa escola na cidade de Luís Eduardo Magalhães, Bahia. O desenvolvimento da pesquisa-ação foi realizado com 32 estudantes e duas professoras de Ciências. Foi realizado a aplicação de questionários, implantação do viveiro e escrita de diário de bordo. Ao analisar a percepção ambiental dos estudantes nos questionários percebeu-se que o conhecimento existente não permitiu argumentação e análises críticas. Após a realização das atividades observou-se a ampliação do senso de reflexão dos alunos sobre questões ambientais. Ao todo foram produzidas 539 mudas nativas do Cerrado para plantio e distribuição na comunidade. As sementes utilizadas foram provenientes de matrizes sadias e vigorosas. As coletas foram realizadas pelas pesquisadoras em áreas rurais da mesma cidade de execução do projeto. As espécies escolhidas para o estudo foram: o jatobá, o tamboril, a lobeira, a sucupira, o cajuí, o buriti, o ipê amarelo e a mutamba. Sendo que, O ipê e o tamboril foram as espécies que obtiveram uma maior quantidade de mudas sadias, um total de 83 mudas cada. E o buriti foi a espécie que alcançou menor quantidade de mudas sadias, apenas 16. Concluiu-se que as atividades de Educação Ambiental foram de fundamental importância para o aprendizado dos estudantes participantes, pois através do conhecimento prático adquirido no viveiro se pode aprimorar o senso crítico dos participantes acerca de conteúdos relacionados as questões ambientais.
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