PERFIL DO ALUNO DO ENSINO FUNDAMENTAL E A DEMANDA POR NOVAS TECNOLOGIAS: UMA ANÁLISE NO COLÉGIO CPM – LOBATO
Palavras-chave:
Novas Tecnologias, Ensino Fundamental, Colégio da Polícia MilitarResumo
A organização familiar, na cidade de Salvador vem passando por profundas transformações nos últimos anos. Isso se deve ao cenário geral de desestruturação política e econômica que impactou as condições materiais de existência das famílias brasileiras. Dentre os elementos da organização familiar, a educação figura como uma das principais preocupações no que tange a escolha de uma instituição de ensino de qualidade, consistindo em uma questão orçamentária de destaque. Por isso, muitas famílias que perderam a capacidade orçamentária de manter seus filhos em instituições particulares, culturalmente consideradas como de melhor qualidade, migraram para os Colégios da Polícia Militar (CPM) por acreditarem que as escolas militares oferecem essa qualidade com menor custo. Esta demanda gerou um significativo aumento no número de alunos egressos da rede particular de ensino matriculados nos CPMs. O objetivo desta pesquisa é analisar a relação entre o perfil desses alunos do ensino fundamental, egressos da Rede Particular de Ensino, e a demanda por novas tecnologias na sala de aula, especificamente no CPM Lobato/Unidade II. Para tanto, intenta-se mensurar o impacto da chegada desses alunos no planejamento da rotina dos professores, bem como as mudanças na forma de coordenação pedagógica e gestão, decorrentes da exigência de adaptação ao novo público. Na discussão teórica do texto foram utilizados os conceitos: tecnologia, ensino aprendizagem, currículo e gestão escolar. Os autores que compõe a base teórica são: ALONSO (1988), AMORIM (2012), FONTANA (2015), LIMA JUNIOR (2005), MACEDO (2007). A Metodologia utilizada é a pesquisa exploratória com coleta de dados e de depoimentos dos atores envolvidos no processo, são eles os estudantes, famílias, professores e gestores da Unidade de Ensino em questão. Como resultados parciais observa-se que a maioria dos alunos matriculados no quinto ano do ensino fundamental do CPM - Lobato é oriunda da rede particular de ensino, e que estes alunos, em sua realidade familiar, já manuseiam equipamentos eletrônicos e relacionam esses equipamentos com a possibilidade de incrementar a aprendizagem. Destaca-se que, em sua maioria, os pais já experimentaram, quando clientes da rede particular, o uso de novas tecnologias educacionais, seja como material didático, paradidático ou como ferramentas de gestão e comunicação institucional. As considerações finais acerca do problema estudado dão conta de que quando o aluno matriculado no CPM – Lobato é egresso da rede particular de ensino, ele e sua família demandam pela utilização de novas tecnologias educacionais, ainda que esta prática se mostre circunscrita à comunicação entre família e aluno, família e escola ou entre familiares entre si, ou a simples permissão para a posse e utilização dos equipamentos pelos alunos para registros acadêmicos ou recreação. Esse fenômeno exige dos professores, da coordenação e da gestão uma adaptação para a rápida integração das novas tecnologias à realidade da sala de aula, a escolha de materiais didáticos e paradidáticos que ofereçam novas tecnologias como recursos e a dotação da unidade escolar da estrutura necessária para a utilização das novas tecnologias.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2017-11-16
Edição
Seção
TIC, educação cartográfica e memória
Licença
Autores que publicam nestes Anais concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem aos Anais o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nestes Anais (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nestes Anais.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.