DO TEXTO AO CONTEXTO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL NA SALA DE AULA

Autores

  • ROSIANE PIMENTA BORGES

Palavras-chave:

Práticas, Letramento digital, Sala de aula

Resumo

A presença dos recursos tecnológicos na sociedade, especificamente a internet, vem moldando a maneira dos indivíduos se comunicarem, se relacionarem e construírem conhecimentos. O homem, a partir dessa interação, constrói a realidade comunicacional, instaura novos conhecimentos e reescreve a sua história a partir das diversas potencialidades que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) apresentam neste contexto. Situadas no contexto da sociedade contemporânea, a inserção das tecnologias digitais na Educação pode potencializar diferentes modos de ler e formas de escrever, constituindo um espaço significativo para a construção da autoria e escrita colaborativa. É principalmente na escola que as novas gerações têm a oportunidade de vivenciar diferentes práticas e usos da leitura e da escrita, e, pelo menos em tese, apropriar-se disso para produzir sentidos. O objetivo desse trabalho consiste em trazer um relato da minha experiência, enquanto professora e agente do letramento, num Projeto desenvolvido numa escola Pública no município de Esplanada - Bahia, e tinha como propósito discutir as diversas possibilidades de inserir o computador na sala de aula como instrumento pedagógico, através da produção de atividades utilizando um software educativo. A abordagem qualitativa foi a metodologia das investigações e a pesquisa participante o método escolhido. O corpus da pesquisa foi constituído por professores e estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II, da Escola Municipal São José, no município de Esplanada (BA). Como aporte teórico, a pesquisa está centrada nos estudos de Ângela Kleiman (2008), Magda Soares (1996) e Roxane Rojo (2009), para discutir os conceitos de Letramento; Antônio Carlos Xavier (2005), Luiz Antônio Marcuschi (2005), para discutir sobre Letramento e inclusão digital; José Armando Valente (1999), para fazer uma abordagem do computador na sociedade do conhecimento, contextualizando historicamente o uso da Informática na Educação no Brasil; Lynn Alves (1998), para investigar as possibilidades de aprendizagem que emergem diante novas tecnologias; Edgar Morin (2006), para fazer uma reflexão da prática pedagógica em ambientes virtuais de aprendizagem; Antônio Carlos Gil (2008) e Pedro Demo (2000) para direcionar os caminhos da pesquisa, dentre outros. Verificou-se como a inserção dessa tecnologia, aliada à educação, pode trazer novos significados para as práticas de ensino, uma vez que possibilita diferentes contextos de trabalhar a construção do conhecimento, estimulando a criatividade, autonomia, percepção e interação dos alunos. Todavia, a nossa escola ainda consegue minimizar certas práticas de letramento e isso me fez perceber que existe um longo caminho a ser percorrido quando se fala em trabalhar com as novas tecnologias na sala de aula. A inserção das práticas de letramento digital na escola perpassa por uma série de questões que precisam e devem ser discutidas. As nossas instituições escolares precisam acompanhar esta virada epistemológica, traçar novos mapas e estar abertas a modificações constantes, afinal vivemos na era da sociedade da informação e a nossa escola não pode fechar os seus muros e ficar a margem disso, tampouco furtar dos alunos o direito a esse acesso.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

TIC, educação cartográfica e memória