BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA: A HISTÓRIA, MEMÓRIA E AS GEOTECNOLOGIAS COMO ESTRATÉGIAS DE ENSINO NO COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR/BA

Autores

  • MARCOS ANTÔNIO MORAIS FERREIRA

Palavras-chave:

História, Memória, Geotecnologia

Resumo

As práticas sociais que ocorrem no âmbito dos lugares em que os sujeitos dialogam criam marcas, símbolos e características que permitem que sejam decifrados pela posteridade, permitindo assim serem matérias-primas para a escrita da História. Portanto, como esses elementos se caracterizam como processos criativos para o entendimento do lugar? Esta é a principal questão que buscamos compreender neste trabalho, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade (GEOTEC), da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Nesse sentido, trago ao centro da discussão as geotecnologias como elemento potencializador de processos formativos no ensino de História, partindo das produções do sujeito no lugar como núcleo dialógico e intercessor das vivências e experiências à educação formal. O Lócus de pesquisa foi o Colégio Militar de Salvador (CMS), ponto de partida de onde as atividades foram realizadas juntamente com os alunos do ensino fundamental (7ª ano) e médio (1ºano). As atividades giraram em torno do fortalecimento do campo conceitual de História, Memória e Geotecnologias, com aulas de campo, atividades pautadas em produção textual e produção de vídeo. Logo, o objetivo principal desse trabalho é analisar as Histórias e Memórias dos Discentes do CMS enleadas aos processos geotecnológico mobilizando estratégias de ensino de História, possuindo como aporte metodológico a abordagem qualitativa, no âmbito participante. Nesse aspecto, essa pesquisa visou a utilização de vários instrumentos de observação, entrevista semi-estruturada, registros (diários de bordo) e análise em que serão salientadas as ações, discursos e escritas construídos entre os educandos e professores. Pois, nessa perspectiva, vê-se o sujeito atrelado ao objeto, não apenas como fornecedores de dados, mas como sujeitos de conhecimento. O percurso investigativo pelo qual caminhou esta pesquisa, permitiu verificar que um projeto aplicado, vivo e dinâmico demanda tempo, resiliência e dedicação, pois a cada encontro, a cada palavra, a cada relação vai delineando novas provocações, outros olhares que estão para além de um tempo cronológico e sim o tempo do espaço, do lugar onde as pessoas habitam. Assim, podemos considerar que as estratégias de ensino a partir do potencial das geotecnologias, não devem estar atreladas como mais um item do trabalho docente e sim como a apresentação da vida destes alunos à escola como ponto fundante, mobilizador e autônomo.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

TIC, educação cartográfica e memória