CONSTRUÇÃO DE ATLAS PARTICIPATIVOS NAS ESCOLAS E AS EXPRESSÕES ESPACIAIS

Autores

  • MURILO AGUIAR DE SOUZA
  • FRANCISCO JORGE DE OLIVEIRA BRITO
  • COSME JORGE PATRÍCIO QUEIROZ

Palavras-chave:

Atlas, Geotecnologias, Lugar

Resumo

A construção de um atlas convencional requer conhecimento sobre os espaços abordados. É nessa perspectiva que decidimos construir dois atlas que expressassem o entendimento espacial daqueles que o construíram. O Atlas de Poço Verde e o Atlas do Cabula foram desenvolvidos pelos estudantes da Escola Estadual Epifânio Dória “Epifânio”, localizada na Rua José Emídio dos Santos, s/n, município de Poço Verde, Sergipe e do Colégio Polivalente do Cabula “Poli”, localizado na Rua Silveira Martins, s/n, Salvador, Bahia. Neste trabalho, os estudantes do “Epifânio” desenvolveram pesquisas sobre alguns espaços do município, tais como povoado Malhadinha, Praça da Santa Cruz, Feira Livre, entre outros. Já os alunos do “Poli” desenvolveram pesquisas sobre localidades ao entorno do colégio, tais como a Baixinha do Santo Antônio, Engomadeira, Sussuarana, entre outros. Esses lugares foram escolhidos pelos estudantes por apresentarem algum tipo de relação com os mesmos. Portanto, esses atlas são expressões espaciais construídas pelos pesquisadores juniores diante de “seus” lugares. Assim, as Geotecnologias e as Tecnologias da Informação e Comunicação tornam-se potencializadoras na mediação do conhecimento dos lugares e a memória de eventos e fatos que os constituem. Ou seja, pesquisar/conhecer o lugar, nos possibilita ao entendimento deste e, consequentemente, do mundo. O objetivo desse trabalho é analisar as expressões espaciais construídas pelos alunos/pesquisadores. A construção dos atlas faz parte do projeto A Rádio da Escola na Escola da Rádio coordenado pelo Grupo de Pesquisa em Geotecnologia, Educação e Contemporaneidade - GEOTEC, da Universidade do Estado da Bahia. Para essa construção, utilizamos uma abordagem coloborativa-participativa, na qual os envolvidos, (professores, estudantes e comunidade escolar) são atores e autores do processo. Para sustentar nossa investigação, as pesquisas sobre os lugares contaram com entrevistas a pessoas que conhecem ou vivenciaram a história dos lugares, levantamento bibliográfico, bem como acervos de documentos e imagens particulares. Além disso, foram desenvolvidos encontros formativos com o objetivo de trabalharmos alguns aspectos utilizados em pesquisa, tais como: produção textual, história oral e memória, fotografias, técnicas em pesquisas demográficas, entre outras. A construção dos atlas proporcionou o entendimento do espaço vivido pelos alunos, a experiência científica, a divulgação das pesquisas, e a expressão espacial construídas durante todo o processo. Portanto, podemos afirmar que a construção dos atlas foram alicerçada nas práticas inovadoras de ensino mediadas pelas geotecnologias. Assim, compreendemos que para expressar o espaço é necessário, antes, entendê-lo. Entender o lugar é compreender o mundo, pois tanto os fragmentos quanto a totalidade desenham um espaço cada vez mais globalizado. O espaço vivido torna-se ponto de partida para a compreensão de espaços outros.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Jogos digitais, história e geotecnologias