LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA E AS TIC’S NA GEOGRAFIA ESCOLAR: UM ESTUDO SOBRE O DOCUMENTÁRIO “CONSTRUINDO O PLANETA TERRA”

Autores

  • MANUELA EVANGELISTA DA SILVA
  • MARISTELA ROCHA LIMA

Palavras-chave:

TIC’s, Linguagem Cinematográfica, PIBID

Resumo

Diante de uma sociedade cada vez mais interconectada é necessário pensarmos distintas formas de aprendizagem na sala de aula, tendo em vista, as (trans)formações técnicas, científicas e informacionais que, cotidianamente, influenciam os modos e tempos de ensinar e aprender. Portanto, é imprescindível que tornemos o ambiente escolar um espaço de indagações, no entanto, para que isto ocorra o processo de ensino-aprendizagem precisa ser/ter um par dialético, através do qual professor e aluno precisam estar em interação e visando o mesmo objetivo: a produção de conhecimento. Tendo como premissa, as Tecnologias de Informação e Comunicação no ensino de Geografia é que, destacamos a apropriação da linguagem cinematográfica enquanto um artefato didático-pedagógico e tecnológico, já que, está presente em muitas das situações cotidianas e, consegue reunir, de modo profícuo, som, imagem e movimento, atraindo a atenção para um fenômeno a ser estudado. Diante disso, é que estes escritos intencionam por apresentar algumas discussões teórico-metodológicas que direcionam para o uso da linguagem cinematográfica no contexto da sala de aula, enquanto instrumento tecnológico que possibilita aproximar as aulas de Geografia do espaço de vivência (realidade) do aluno. Trata-se, pois, de um relato de experiência desenvolvida no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID –, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Campus XI / Serrinha, no contexto do subprojeto Formação docente e Geografia escolar: das práticas e saberes espaciais à construção do conhecimento geográfico. As práticas realizadas foram decorrentes de uma das ações do projeto supracitado denominada Atelier Geográfico Temático III - A Geografia em imagens: fatos, fenômenos e processos geográficos – em uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental, na Escola Leandro Gonçalves da Silva, povoado de Amorosa, pertencente ao município de Conceição do Coité, Território de Identidade do Sisal, semiárido baiano. Assim, o percurso metodológico traçado foi iniciado no Espaço de Diálogos e Práticas, no qual ocorrem estudos temáticos que fundamentam e direcionam o uso da linguagem em questão, posteriormente, as práticas foram planejadas e executadas no contexto do Atelier Geográfico Temático. Neste sentido, foi utilizado um recorte do documentário Construindo o planeta Terra para nortear as discussões referentes às Eras geológicas e as primeiras formas de vida – seres unicelulares –. A escolha pela linguagem cinematográfica em um atelier com temática associada ao uso da linguagem imagética está ancorada na ideia de que aquela é uma imagem em movimento, tendo a possibilidade de reencontrar a cultura do cotidiano da escola através do uso pedagógico do filme em sala de aula. Não é a linguagem por si só que dinamiza as aulas de Geografia, mas a intenção pedagógica do professor, enquanto mediador e parte integrante, mas não peça principal, do processo de ensino-aprendizagem. Portanto, é importante educarmos para a construção de uma tecnologia participativa, que possibilite um espaço de reflexão e auxilie na consolidação de um conhecimento para além da sala de aula.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Educação, práticas inovadoras e currículo na contemporaneidade