PROPOSTA PEDAGÓGICA INSTITUINTE: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • PATRICIA ALMEIDA MOURA
  • TÂNIA MARIA HETKOWSKI

Palavras-chave:

Formação de professores, Prática inovadora, Educação científica

Resumo

Este estudo aborda a formação de professores e a importância de processos formativos instituintes, como caminhos para o despertar de práticas inovadoras, reflexivas e colaborativas no cotidiano escolar. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida na Escola Municipal Governador Roberto Santos (EMGRS), conhecida carinhosamente por Robertinho, situada na cidade Salvador-BA, em 2015 e 2016. A proposta de formação foi pautada na construção instituinte de um saber contínuo dentro do ambiente escolar e embasada no projeto “A Rádio da Escola na Escola da Rádio”, com o objetivo de desterritorializar campos pouco discutidos em torno da forma-ação continuada e da construção de saberes e práticas no cotidiano escolar. Essa proposição didático-pedagógica envolveu o trabalho colaborativo e coletivo das professoras da EMGRS, além do uso de estratégias propícias à transformação e à construção de ações inovadoras, críticas e reflexivas, rompendo com propostas verticalizadas, estagnadas e inócuas, e também com paradigmas da educação científica e da educação inovadora. Autores como André (2001, 2016), Carlos Brandão (1993, 1999, 2006), Farias (2006), Freire (1991, 1996), Gatti (2008), Gatti e Barreto (2009), Hetkowski (2004, 2009, 2010, 201-?), Lima Jr. (2005) e outros foram o sustentáculo epistêmico necessário a este estudo. Os pressupostos metodológicos abarcam a abordagem participante, marcada pelo processo colaborativo e pelo engajamento das colegas de trabalho. No decorrer da pesquisa, foram realizados encontros formativos, discussões, reflexões, reuniões e debates em torno das temáticas relacionadas à proposta; permitindo assim, o vivenciar e o experienciar de propositivas voltadas para o pensar e o fazer pedagógico de saberes e aprendizagens construídas no cotidiano escolar, possibilitando, o rompimento em torno da padronização, uniformização e verticalização de aprendizagens. Assim, as professoras complementaram o planejamento e construíram em grupo ações que transcenderam os limites da sala de aula e os muros da escola, mobilizando a comunidade interna e externa. Essas ações – “Do Kabula ao Cabula: diversos olhares, olhares diversos”, “Pintando o muro” e “Professor pesquisador, aluno pesquisador” – resultaram do trabalho coletivo e das dinâmicas horizontais e criativas dos partícipes, demonstrando ser possível que alunos e professores descubram, construam e (re)construam juntos os processos formativos instituintes.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Educação científica e as dinâmicas socioespaciais