MUDANÇA DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NOS ANOS FINAIS DO FUNDAMENTAL E OS IMPACTOS NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

Autores

  • ROSÂNGELA DOS SANTOS DA SILVA DIAS
  • MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO MARQUES

Palavras-chave:

Educação, Pesquisa, Mudança

Resumo

Ao longo do ensino fundamental, a área de ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento da educação científica, isto é, a capacidade de compreender o mundo e também de transformá-lo. Na Educação Básica as disciplinas Biologia, Química e Física, compõem a área de Ciências da Natureza, presentes no 9° ano do Fundamental. Os professores de Ciências precisam alinhar os conteúdos às novas exigências da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, que incentiva a pesquisa científica na Educação Básica. O objetivo geral da pesquisa é compreender a nova organização dos conteúdos exigidos em Ciências da Natureza do 9º ano e a relevância da mudança para a produção científica dos estudantes da Educação Básica. Um dos objetivos específicos é identificaras dificuldades encontradas na escola para implementação da proposta e o outro objetivo é relacionar as possíveis soluções entre os professores para enfrentamento das dificuldades encontradas. A Base Nacional apresenta desafios, como o de incluir investigação no processo d e aprendizagem, trabalhar com educação científica e sistematização de conhecimento com as habilidades desenvolvidas pelo estudante ano a ano. O ensino de Ciências alinhado à Base será feito em torno de três unidades temáticas, com objetivo de facilitar a construção d os conceitos gradativamente e com complexidade maior ao longo do tempo, conforme avança a maturidade dos alunos. O percurso metodológico utilizado foi o da Pesquisa Qualitativa, através de questionário com perguntas abertas, para professores, leitura de textos científicos sobre educação científica e mudanças curriculares, análise do documento da BNCC, observações dos espaços da escola. Investir na educação científica é a peça chave para a formação de uma sociedade democrática, economicamente produtiva, mais humana e sustentável. O aprendizado de Ciências não decorre apenas da curiosidade, a o desenvolver a capacidade de fazer uso social daquilo que se aprende modifica-se o espaço no qual o jovem vive. A partir do momento em que o estudante produz seu próprio conhecimento e desenvolve os conteúdos de forma científica passa a ser um colaborador no processo pedagógico. Os professores d a área de Ciências da Natureza no Colégio da Polícia Militar – Dendezeiros consideraram relevante a inserção da educação científica na escola, porque o desenvolvimento da pesquisa motiva uma transformação social efetiva, porém apresenta desafios, como a falta de recursos necessários, inclusive laboratório equipado que não é disponibilizado nas escolas públicas de um modo geral, além da dificuldade em orientar os jovens da educação básica que não estão habituados ainda com esse tipo de formação, esse será o primeiro contato do estudante com a pesquisa, evidentemente se o jovem for bem orientado, provavelmente continuará a fazer outras pesquisas e depois será orientador de outra geração de estudantes pesquisadores. Outra dificuldade apresentada é falta de interesse do jovem pelo aprofundamento nos estudos, que deve ser aguçado logo nos anos iniciais do Fundamental, pois atualmente os alunos não têm contato com pesquisa científica. Uma alternativa para melhorar esse cenário é a relação professor-aluno, onde o professor motiva o aluno a pensar, a discutir, a instigar, a pesquisar e o aluno passa a ter prazer em aprofundar a amizade com o saber, desenvolvendo algumas características fundamentais para sua vida. Esses estudantes serão cidadãos mais críticos e mais conscientes e a escola terá uma educação científica mais significativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-12-26

Edição

Seção

RÁDIO – Lugar e dinâmicas socioespaciais