POLÍCIA MILITAR DA BAHIA: HÁ 194 ANOS CONSTRUINDO MEMÓRIAS

Autores

  • NELSON RUBENS
  • RÊMULO VELOSO DOS SANTOS

Palavras-chave:

PMBA, História, Memória

Resumo

“Das primeiras a surgir no Brasil”. Este trecho da Canção Força Invicta, hino da Polícia Militar da Bahia – PMBA revela há quanto tempo esta Instituição faz parte da vida de baianos. A PMBA foi criada oficialmente em 17 de fevereiro de 1825, pelo então imperador da época Dom Pedro I, pelo motivo do desmanche das tropas dos corpos encarregados da época. Provisoriamente foi criado o "Corpo de Polícia da Bahia" em 1 de janeiro de 1825, com o 1º comandante Major Manoel Joaquim Pinto Paca, esta “tropa provisória" composta apenas por 238 homens no primeiro efetivo oficializou a Polícia Militar. Atualmente já com seus quase dois séculos (194 anos) de existência, tem como seu objetivo principal a execução, com exclusividade, do policiamento ostensivo fardado com vistas à preservação da Ordem Pública. Sua ação é tipicamente preventiva, ou seja, atua no sentido de evitar que ocorra o delito, sendo o órgão principal da segurança pública na Bahia. O objetivo dessa pesquisa é resgatar lembranças das pessoas em relação a PMBA, possibilitando a construção do registro da memória e história da referida Instituição na vida das pessoas entrevistadas. Para isso foi desenvolvido como instrumento um questionário com perguntas relacionadas às experiências que as pessoas já tiveram com a PMBA e o que para elas ficaram na memória. Além de uma pesquisa de campo à Ouvidoria da PMBA para conhecer o que o comando da Instituição recebe de elogios, denúncias ou críticas. É sabido que para dar conta da missão de manter a ordem pública a Policia Militar conta com grandes funcionários/combatentes altamente treinados para intervir em qualquer que seja a situação necessitada pela população, desde poluição sonora, agressão a mulher, atentados com bombas, assaltos a bancos, dentre outros, e essas ações são entendidas pelas pessoas de formas diferentes. A PMBA está dividida em Batalhões (que abrangem a segurança e a ordem de áreas maiores como cidades de interior a grandes bairros da capital) e as CIPM (Companhias Independentes, que tem uma atuação mais próxima da comunidade por abrangerem áreas menores com efetivos menores). Após essa pesquisa constatou-se que a PMBA, apesar de muitos problemas enfrentados, ainda é vista pelos baianos como uma Instituição de respeito e que sem ela os problemas sociais seriam bem piores. As pessoas que falam negativamente da Polícia demonstram uma falta de conhecimento e muitos preconceitos em relação a Instituição. Percebemos também com a pesquisa que outros trabalhos precisam ser desenvolvidos para possibilitar outros olhares sobre a PMBA, tendo em vista o grande esforço que há entre os seus servidores para prestar um serviço de qualidade a população baiana, mesmo com o risco da própria vida, revelando-se em muitos depoimentos como verdadeiros e verdadeiras “heróis de farda”.

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Publicado

2019-12-26

Edição

Seção

RÁDIO – História e memória