O GRUPO CHEGANÇA E O REFLEXO DA HISTÓRIA E MEMÓRIA DA CIDADE DE TAPEROÁ-BA
Palavras-chave:
História, Memória, CulturaResumo
O grupo cultural Chegança, teve como grande colaborador o natural poeta Osmar Pinheiro, o qual trouxe em 2006 a marujada (nome recebido pelo fato de representarem navegantes que irão ao mar) de volta para a cultura de Taperoá-Ba, uma vez que, o grupo havia parado com as apresentações desde 1980. A apresentação é composta por dança, cantigas e batuques que representam a história da cidade de Taperoá, e a luta dos cristãos pelo batismo dos Mouros. Sendo que os eventos geralmente acontecem em frente às igrejas, simbolizando que uma embarcação de madeira é montada para o desenvolvimento das jornadas, pois alegam que as lutas entre os mouros e os portugueses no período da invasão dos muçulmanos na Península Ibérica. Deste modo, este estudo tem como ideia central compreender a relevância do grupo Chegança, levando em conta que esse é um patrimônio cultural da cidade para povo taperoense, e por isso os membros apresentam o contexto histórico do lugar. Sabendo-se que os encontros ou apresentações dos componentes são mais presentes em épocas festivas da cidade, como a festa do padroeiro São Brás, aniversário da cidade, apresentações culturais locais, dentre outras ocasiões festivas, nas quais presenteiam o público com a história do padroeiro da cidade, história das navegações, pois o nome Chegança vem de “chegar” e história dos mestres (que são os membros mais velhos do grupo), que lutaram ou continuam lutando por maior visibilidade dessa atividade cultural. Sendo assim, vale ressaltar que todas essas apresentações são expressas através da música com rimas acompanhadas do toque do pandeiro. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é pautado em promover a preservação da história contada por aqueles agentes culturais, para que se mantenha viva a identidade da própria cultura da cidade. Para isso, buscaremos ao longo da investigativa, enaltecer a cultura da cidade de Taperoá contada através do relato das apresentações desse grupo, ao passo de demonstrar a importância das marujadas como forma de herança histórica, já que a tradição é passada de pai para filho. Estes apresentam a história e memória de Taperoá embaladas através de suas rimas e batuques. No caminhar metodológico, para além do acompanhamento do grupo em algumas de suas apresentações, o levantamento bibliográfico acerca da temática que envolva grupos culturais regionais possibilitará uma melhor compreensão da proposta aqui presente. Paralelo a isso, ações como aplicação de questionários e entrevistas, reforçarão a parte viva dessa pesquisa, pois ouvir a comunidade e os agentes envolvidos na Chegança consistirá no arcabouço das memórias vivas de nosso trabalho. Nesse sentido, supõe-se que os integrantes bem como o público (população taperoense), por sua vez, contam a história dos acontecimentos que marcaram a identidade cultural da cidade, respectivamente, seja através de suas rimas ou pela própria história oral do lugar. Isso porque, a memória contada por membros antigos do grupo ou da comunidade, possibilita o entendimento do passado histórico do lugar aos jovens nativos, bem como aos visitantes da cidade, ressaltando para esses, os fatos inerentes ao espaço vivido e experenciado pelos mestres da marujada. Visto isso, buscamos ao final deste processo investigativo, chamarmos a atenção da comunidade em geral para o grupo Chegança, pois esse se embasa na história contada pelas pessoas mais velhas que a guardou em sua memória, e através das manifestações culturais, elas ganham vida e movimento, promovendo um espetáculo de sons, cores, ritmos e emoções, transbordando história e cultura pelas ruas de Taperoá, contando um pouco de tudo e de todos que representam uma pequena cidade ao sul da Bahia.Downloads
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Publicado
2019-12-26
Edição
Seção
RÁDIO – História e memória
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