O JOVEM DA ESCOLA PÚBLICA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DIGITAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores

  • ANA BEATRIZ TELESFORO
  • ADELSON SILVA DA COSTA

Palavras-chave:

Jovem, Tecnologias da Informação e Comunicação, Pandemia

Resumo

Esta pesquisa aborda os basilares desafios e dilemas dos estudantes de escola pública com a inserção das mídias tecnológicas no seu dia a dia a partir da pandemia iniciada em 2020 aqui no Brasil. Dialogamos com (HETKOWSKI, PRETTO e SANTOS), para discutir ensino remoto emergencial e Tecnologias da Informação e Comunicação, refletindo sobre os jovens (DAYRELL) nos influencia, escola e educação (FREIRE) e pesquisa participante (BRANDÃO). Temos como objetivo geral: analisar desafios e dilemas de jovens da escola pública frente às aulas on-line em tempos de pandemia, observando novos paradigmas na visão dos alunos. Os objetivos específicos são: compreender como os jovens, de uma escola pública em Salvador, estão lidando com uso diário de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) com fins educativos; investigar se o acesso a dados de internet por parte dos jovens estudantes, lhes dão possibilidade de aprender os conteúdos ofertados pela escola; diagnosticar políticas públicas emergenciais, que estão sendo utilizadas com fins a proporcionar processos de ensino-aprendizagens satisfatórios à alunos do CPM (Colégio da Policia Militar). Caminhamos neste trabalho com a metodologia denominada pesquisa participante de cunho qualitativa, que se revelou como singular possibilidade interpretativa do fenômeno em curso, ou seja, uma pesquisa é “participante” não porque atores sociais populares participam como coadjuvantes dela, mas sim porque ela se projeta, porque realiza desdobres através da participação ativa e crescente desses atores (BRANDÃO, 2006, p. 31). Nesta perspectiva há o protagonismo dos sujeitos da pesquisa, a solidariedade e a implicação do pesquisador na/com a pesquisa e a compreensão de que “somos sujeitos, jamais objetos”. Nesta proposta há um protagonismo coletivo em prol da pesquisa, assim como percebemos na nossa investigação com estudantes do lócus de pesquisa, espaço que agrega a cooperação coletiva das atividades e as figuras pesquisador/pesquisado se imbricam, se ressignificam. São sujeitos da pesquisa dez estudantes do 3º ano do ensino médio do CPM – unidade Dendezeiros. Na experiência de campo alguns resultados são dignos de análise (são resultados preliminares, pois, a pesquisa encontra-se em andamento). problemas como: dificuldade de acesso, rápida adaptação para apresentar competências digitais tendo que se adequar a este “novo” modelo de ensino, necessidade de superação das próprias limitações por parte dos estudantes, adaptação de acordo com a idade, recursos e matérias, certificação da efetividade do ensino on-line, equidade e inclusão para alunos sem acesso a artifícios tecnológicos associado a falta de recursos e ambiente propício para aprendizado. Envolta na pesquisa como aluna pesquisadora do Grupo de Pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade (GEOTEC), posso concluir parcialmente, pois, ainda não são dados definitivos, que o fenômeno estudado pela singularidade e transformações provocados pela temática acima nos faz refletir que o momento pandêmico abriu caminhos para incluirmos as tecnologias no sistema educacional público brasileiro, porém, é indispensável amplas políticas públicas em educação no país para que a educação digital evolua ainda mais proporcionando oportunidades maiores para todos e criando uma oportunidade para equidade social que abrigue alunos de escolas públicas.

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Publicado

2021-08-30

Edição

Seção

Categoria II: Jovens Pesquisadores do Projeto da Rádio e da Educação Básica