A EXPOSIÇÃO DEMASIADA JOVENS AOS APARELHOS ELETRÔNICOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL E SEUS EFEITOS NA FORMAÇÃO EDUCACONAL CONTEMPORANÊA
Palavras-chave:
Aparelhos Eletrônicos, Isolamento social, EducaçãoResumo
A discussão sobre o uso excessivo de aparelhos eletrônicos não é uma novidade para pesquisadores sociais, afinal, não é possível entrar em debates contemporâneos sem citar tal fenômeno. No entanto, o ano de 2020 ganhou destaque devido à necessidade de isolamento social em escala global – Pandemia do coronavírus, deste modo, as instituições educacionais sofreram adaptações socioespaciais, repentinamente, para suprir as condições do atual cenário. Neste contexto, faz-se urgente problematizar sobre a situação do jovem como um dos afetados sob a perspectiva educacional. O objetivo da presente pesquisa é estabelecer uma correlação entre o aumento de exposição de telas e os efeitos na deficiência dos estudos na educação básica. Para isso, o referente trabalho limita-se a analisar os vícios dos smartphones que contribuem para a “infoxicação” - neologismo criado pelo físico espanhol Alfons Cornella, fazendo referência aos prejuízos relacionados à quantidade de informação que consumimos através dos meios de comunicação - vivida pelos discentes de 14 a 18 anos. A metodologia aplicada para sustentar esse estudo é a pesquisa bibliográfica. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTeleBrasil), no período da quarentena foi registrado um aumento de 30% no tráfego de internet do Brasil. E um outro estudo apontado pela Sociedade Brasileira de Urologia afirma que antes da pandemia, 18% dos jovens relataram fazer uso das tecnologias digitais por mais de seis horas diárias; com o isolamento, esse número mais do que triplicou. Em razão disso, há um agravamento de problemas oftalmológicos já existentes, segundo especialistas, o que também acarreta no aumento de casos da Síndrome da Visão por Computador (CVS) causada pelo uso excessivo dos aparelhos digitais que emitem luz azul, prejudicial para a retina dos olhos, além da perda auditiva em decorrência do uso descuidado de fones de ouvido e postura inadequada enquanto manuseia os aparelhos, por exemplo. Ademais, tem-se uma queda também na saúde emocional: aumento da ansiedade, perda de foco e déficit de memória - esses são alguns dos problemas enfrentados pelos estudantes segundo a pesquisa “Educação não Presencial na Perspectiva dos Estudantes e suas Famílias” do Datafolha. Desse modo, é necessário pensar no estado psicológico dos estudantes e perceber como todos os efeitos de ordem físico-emocional são consequências da excessividade dos aparelhos eletrônicos. Em síntese, a normalização de uma má qualidade de vida leva os jovens a não questionarem hábitos nocivos e assim, encontram-se privados de um processo de ensino-aprendizagem proveitoso. E, consequentemente, ocorre o baixo desempenho escolar na faixa etária observada, resultado relevante para entender os desafios na formação educacional contemporânea em plena pandemia. Conclui-se, o isolamento social trouxe novos hábitos tecnológicos para a vida dos jovens, que ocasionou drásticas consequências devido ao uso excessivo de aparatos tecnológicos que junto ao isolamento em si dificultou o processo qualitativo da aprendizagem.
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