NO EQUILÍBRIO DE DUAS RODAS, QUAIS HISTÓRIAS HÁ PARA SE ESCUTAR?

Autores

  • Carlos Eduardo de Campos UFPR

Palavras-chave:

Bicicleta, Geoarte, Narração de histórias, Cartografia

Resumo

Quando se está em cima de uma bicicleta, com o corpo exposto, em equilíbrio, um mundo de possibilidades se abre para inúmeros percursos. E quando esse mesmo corpo exposto em equilíbrio sustentado pelo movimento, em deslocamento sensível pelos lugares, quais as histórias que as paisagens e territórios têm para contar? Um contador de histórias que pedala pela cidade se torna esse escutador das inúmeras e infinitas narrativas que sua geograficidade o faz encontrar. Emergir na urgência do compartilhamento dessas experiências espaciais e narrativas o fazem vocalizar e escrevê-las. Esse contador de histórias ciclista é também pesquisador artista, e incorpora seu processo artístico ao seu fazer acadêmico, no entendimento de sua prática artística como pesquisa. Seus percursos afetivos se tornam caminhos que se constroem enquanto se caminha/pedala para narras as histórias com e na cidade.

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Referências

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Publicado

04.05.2025

Como Citar

de Campos, C. E. (2025). NO EQUILÍBRIO DE DUAS RODAS, QUAIS HISTÓRIAS HÁ PARA SE ESCUTAR?. Revista CHO - Contação De Histórias E Oralidade, 4(1 Dossiê temático), 222–244. Recuperado de https://revistas.uneb.br/cho/article/view/23159