Seção Livre

BABEL, Alagoinhas - BA, 2021, v. 11: e11948.

BRAWERMAN-ALBINI, Andressa; LUZ, Ana Priscila Montanarim da. O que os pais esperam sobre o aprendizado de inglês dos seus filhos? Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 2021, v. 11, e11948.

O que os pais esperam sobre o aprendizado de inglês dos seus filhos?

What do parents expect from their children´s English learning?

Andressa Brawerman-Albini
Ana Priscila Montanarim da Luz

Resumo: Com a atual importância de se saber inglês, os pais podem pensar desde cedo em diferentes formas para seus filhos aprenderem a língua. Assim, surgiu o tema desta pesquisa: analisar as expectativas dos pais com relação ao ensino de inglês de seus filhos a partir de um questionário com 23 pais. Para isso, são levantadas as vantagens e desvantagens de se ensinar inglês para crianças, além de discutir o papel dos pais na educação dos filhos e como isso pode afetar a relação entre família e escola e de abordar as expectativas dos pais com relação ao ensino geral de seus filhos. O questionário contém algumas partes distintas. Na primeira, os participantes deveriam marcar o quanto concordavam com 13 afirmações. Depois, deveriam assinalar a importância de cada habilidade e elemento e a frequência com que algumas atividades devem ocorrer nas aulas de inglês dos seus filhos. Por fim, eles responderam três perguntas sobre a importância de saber inglês e reflexões sobre o questionário. Percebe-se que os pais dão importância a todas as habilidades e elementos, buscam por atividades diversas além do livro didático e parecem concordar com alguns dos pressupostos do Inglês como Língua Franca.

Palavras-chave: Inglês para Crianças. Expectativa dos Pais. Família-Escola.

Abstract: Parents might think about different ways for their children to learn English from an early age because of the current importance of the English Language. Thus, the theme of this research came up: to analyze parents´ expectations about their children’s English learning using a questionnaire applied to 23 parents. To this end, the advantages and disadvantages of teaching English to children, the parents’ role in their children’s education and how this affects the relationship between school and family are discussed as well as parents´ expectations about their children’s education in general. The questionnaire had some distinct parts. In the first one, the participants were supposed to assign how much they agreed with 13 statements. After that, they had to assign the importance of each skill and element and the frequency with which some activities should happen in their children´s English class. Finally, they answered three questions about the importance of knowing English and reflections about the questionnaire. It can be noticed that these parents consider all skills and elements important, search for different activities besides the textbook, and seem to agree with some of the English as a Lingua Franca postulates.

Keywords: English for Children. Parents’ Expectations. School-Family.

Introdução

No mundo globalizado, a importância de se ter o conhecimento de inglês faz com que os pais, desde cedo, matriculem seus filhos em aulas dessa língua estrangeira (LE) em escolas regulares particulares e em cursos livres. Com as diversas metodologias existentes e os vários conhecimentos que adquire na faculdade, o professor de língua se questiona como serão as suas aulas e se serão ou não aceitas pelo seu público. A maneira com que se dá a aula e a visão de língua que é adquirida pelo professor também são itens importantes para repensar a formação de professores de inglês das escolas brasileiras.

O número crescente de escolas bilíngues[1] e internacionais[2] reflete, justamente, a atual demanda dos pais sobre o aprendizado de inglês para seus filhos. Podem-se encontrar várias escolas, com visões de língua e metodologias diferentes, à disposição de todos os pais que estão em busca do ensino dessa LE para seus filhos. É importante, à vista disso, que as escolas tenham consciência da visão de língua que os pais das crianças têm para que, assim, possam realizar sua função sem discordâncias com os responsáveis, colaborando para que a relação pais-escola permaneça harmoniosa. Desse modo, surge uma questão central a ser debatida, que é a expectativa dos pais com relação ao ensino de inglês de seus filhos, foco desta pesquisa.

Estudos atuais mostram que uma boa relação entre família e escola melhora o processo de aprendizagem e afeta os resultados acadêmicos (BHERING; SIRAJ-BLATCHFORD, 1999; EPSTEIN, 2011 apud SARAIVA; WAGNER, 2013). Portanto, partindo do pressuposto de que as expectativas dos pais afetam a relação família-escola, seria importante levá-los em consideração ao escolher a metodologia utilizada no planejamento de aulas e, antes disso, da metodologia da escola em si. Dessa maneira, poderia ser possível manter essa relação harmoniosa para que as crianças tenham mais possibilidades de aprender a LE.

Deve-se lembrar que a ausência de documentos oficiais para o ensino de LE no Ensino Fundamental (EF) I [3], já que os documentos abordam a obrigatoriedade do ensino da língua inglesa (LI) a partir do sexto ano, é uma circunstância que pode deixar os professores sem diretrizes de como ensinar inglês para essa faixa etária. Ainda, foram feitas poucas pesquisas com relação às expectativas dos pais com relação ao ensino de LI de seus filhos. Portanto, o presente trabalho torna-se significativo ao buscar investigar essas expectativas.

Neste trabalho, primeiramente, serão discutidos os benefícios e desvantagens do ensino de inglês para crianças e o papel da ludicidade nas salas de aula de língua dos pequenos. Em seguida, será explorada a relação entre família e escola e, também, as expectativas dos pais no ensino integral de seus filhos. Posteriormente, será exposta a metodologia utilizada para a pesquisa e a análise dos dados para, então, chegarmos às considerações finais.

Ensino de língua inglesa na infância

A necessidade atual de se usar o inglês de forma global pode fazer com que os pais queiram que seus filhos comecem a ter aulas dessa língua o quanto antes. Ao falar do ensino de inglês para crianças, não se pode deixar de refletir sobre as teorias de aprendizagem para essa faixa etária. Há a Hipótese do Período Crítico, a qual postula que os animais, incluindo os humanos, são geneticamente programados para adquirir alguns tipos de conhecimento em pontos específicos da vida (LIGHTBOWN e SPADA, 2013). A linguagem é um tipo de conhecimento que se encaixa nas premissas dessa hipótese. Portanto, segundo os autores, as crianças que não são expostas à uma lingua(gem), nunca seriam capazes de aprendê-la por completo depois do passar dos anos.

Lenneberg (1967 apud VILKEVICIUS, 2018) afirma que o lado esquerdo do cérebro, que é onde acontece o desenvolvimento da linguagem, deveria ser estimulado durante a infância. Pereira e Peres (2011) explicam que para o autor a criança consegue aprender uma LE sem muito esforço até os 12 anos. Percebe-se, então, que o postulado de Lenneberg (1967) e a Hipótese do Período Crítico citada por Lightbown e Spada (2013) concordam que as maiores possibilidades de se aprender uma LE são encontradas na infância.

Ellis (2005), por sua vez, diferencia os conhecimentos implícitos e explícitos. O autor postula que o conhecimento explícito é mais controlado, acontecendo de forma mais consciente. Já o conhecimento implícito acontece de forma intuitiva, natural. Assim, quando pensamos na distinção proposta por Krashen (1981), podemos ligar a aquisição, que é o processo que ocorre no subconsciente, com o conhecimento implícito de Ellis (2005) e, dessa maneira, a aprendizagem, que depende de um empenho racional, ao conhecimento explícito. Pode-se dizer que “a aprendizagem de uma LE para o aluno criança acontece de forma implícita, pois ocorre de maneira natural em que o aluno aprende por intuição” (VILKEVICIUS, 2018, p. 18). As crianças, assim, não necessariamente percebem que estão nas aulas de inglês para conhecer uma nova língua. Já os adultos, geralmente, aprendem uma nova língua de maneira explícita, isto é, tendo a consciência de que estão nas aulas para aprender e podem sentir a necessidade de instrução formal para isso.

Krashen (1981) também menciona a Hipótese do Filtro Afetivo como sendo um ponto importante no processo de ensino e aprendizagem de uma língua. Segundo o autor, os alunos que têm o filtro afetivo baixo têm maior possibilidade de sucesso na aprendizagem. Já os que têm o filtro alto não conseguem aprender com facilidade, pois ficam ansiosos e com a autoestima baixa. Ele afirma que essa é a diferença entre o adulto e a criança nas aulas de língua. A criança, segundo ele, tem o filtro afetivo baixo e, por essa razão, foca na mensagem e não percebe que está aprendendo uma outra língua. Já o adulto, com o filtro possivelmente alto, não consegue tal desempenho igual a uma criança nas aulas de LE. Dessa maneira, é importante lembrar que a faixa etária infantil é capaz de assumir riscos e é curiosa, pois não se sente pressionada pela aprovação dos outros e, portanto, não sente medo de errar na língua (BROWN, 2001; CAMERON, 2001 apud ANTONINI, 2009). Portanto, isso pode denotar que as crianças aprendem uma LE com mais facilidade e que é benéfico quando os pais as matriculam para aprender inglês.

Entretanto, segundo Ur (2012), as crianças podem ter dificuldades ao aprender uma língua estrangeira, pois são muitas horas investidas no processo de ensino e aprendizagem e pouco retorno. Para a autora, os adultos tiram mais proveito das aulas de LE e fazem melhor uso do tempo de aula. Diante disso, pode-se fazer uma conexão com Brown (2007), que aponta o fato de que o foco de atenção das crianças é diferente do adulto: a criança tem um foco periférico e se distrai com mais facilidade, enquanto o adulto é consciente para ter foco nos assuntos da aula. Isso talvez faça com que o processo de ensino e aprendizagem do adulto seja mais rápido.

Sobre a demora no processo de aprendizagem da criança, Lightbown e Spada (2013) abordam o “drip-feed approach”, que é o processo que acontece com as crianças na maioria dos casos: elas têm, por vários anos, pouquíssimas aulas de inglês por semana, o que faz a aprendizagem demorar muito tempo. Por conta disso, elas acabam frustradas, achando que o problema de não aprender são elas mesmas e, assim, pode ser levantado o filtro afetivo e dificultar ainda mais a aprendizagem da língua. Entretanto, “as crianças na faixa etária da educação infantil são mais centradas em si mesmas, o que propicia um aprendizado centrado nas experiências e interesses próprios” (ROLLING, 2004 apud ESTEVES, 2009, p. 7), isto é, mesmo que o processo realmente seja mais lento do que o de um adulto, as crianças são centradas nos acontecimentos das aulas. O fato de que, segundo Ellis (2005), as crianças são mais curiosas e livres de preconceito proporciona aos professores a possibilidade de fazer, utilizando as metodologias adequadas, com que as crianças aproveitem melhor o processo de ensino e aprendizagem.

Portanto, pode-se entender que um dos benefícios de se ensinar inglês às crianças é que elas não têm medo de se expor ou de errar por conta de terem o filtro afetivo baixo. Por outro lado, uma desvantagem é que elas levam muito tempo para conseguir, de fato, aprender a língua e, assim, podem acabar, com o tempo, aumentando o filtro pois podem passar a acreditar que não são capazes de aprender a LE, visto que estudaram por tanto tempo e ainda não conseguem falar fluentemente.

Além de pensar em quando, é importante pensar em como ensinar a língua à criança. Aí a palavra-chave parece ser ludicidade. Quando pensamos em crianças, pensamos em brincadeiras. Certamente, brincar ajuda as crianças a desenvolver confiança e habilidades essenciais, físicas, sociais e de linguagem (QUEENSLAND, 2015).

Não há como falar em ensino de inglês na infância sem pensar nas metodologias que ajudam no funcionamento das aulas. Como citado anteriormente, as crianças são mais curiosas e não têm o preconceito ou o medo de errar que os adultos têm (ELLIS, 2005). Por essa razão, as atividades lúdicas são, muitas vezes, utilizadas em aulas de inglês para crianças:

A educação de crianças em um ambiente sensorialmente enriquecedor desde a mais tenra idade pode ter um impacto sobre suas capacidades cognitivas e de memória futuras. A presença de cor, música, sensações [...], variedade de interação com colegas e parentes das mais variadas idades, exercícios corporais e mentais podem ser benéficos [...]. (CARDOSO e SABBATINI, 2006, n.p.)

Gilmour (2016), ao dar sugestões para ensinar crianças, indica que é importante que os professores percebam e usem a curiosidade natural das crianças a seu favor durante as aulas. Para isso, a autora diz que aprender através de brincadeiras é uma boa opção, pois assim elas se divertem enquanto aprendem. Ao falar desse tema, Villarroel (2015) aponta que é preciso propiciar às crianças o uso de todos os sentidos dentro da sala de aula para que seja atingido o objetivo de envolvê-las no processo de aprendizagem. Por essa razão, ele defende que os jogos devem ser usados sempre que possível pelos professores durante as aulas de inglês.

O papel dos pais na educação

A respeito dessa relação entre pais e escola, Saraiva e Wagner (2013) realizaram um estudo sobre esse elo sob a ótica de professores e pais de crianças que frequentam o Ensino Fundamental. Para a pesquisa, as autoras gravaram entrevistas em áudio e vídeo e aplicaram um questionário de dados sociodemográficos a 10 docentes da rede pública e privada e sete mães de alunos. Os roteiros foram elaborados para abordar a forma como cada grupo entendia, percebia e vivenciava essa relação e para apurar como as demandas das famílias são realizadas pelos professores e vice-versa. Como resultado, as autoras listam termos que foram citados várias vezes em cada um dos grupos. Um dos termos relevantes referidos pelas professoras é o “clientelismo”, palavra que foi utilizada para definir a atitude da escola em recuar diante dos pedidos dos pais para não perder clientes. Por outro lado, uma das palavras mais citadas pelas mães é “comunicação”. Segundo elas, é bastante difícil conseguir falar com os professores sobre o resultado das avaliações de seus filhos e a escola não é flexível com relação a isso.

Fang (2018) fez uma análise de falas de pais em cinco artigos escolhidos com base nas palavras-chave “escola” e “família”. Ao investigar trechos dos textos selecionados, ela percebeu que nas situações em que os pais consideram que há muita cobrança da escola sobre os seus filhos, eles se sentem desesperados e questionam o posicionamento da equipe escolar. Além disso, os pais, quando sentem muita dificuldade com uma escola, acabam por colocar o filho em outra instituição de ensino. A autora ainda percebeu que há uma certa dificuldade por parte das famílias para entender qual é realmente seu papel na relação entre família, escola e criança. Ela conclui que existem muitos problemas de comunicação entre família e escola a serem resolvidos e que, além disso, as duas entidades precisam se aproximar para que essa relação ocorra.

Sobre as expectativas dos pais em relação à educação de seus filhos, Rozemberg (2018), ao citar os fatores mais procurados pelos pais na hora de matricular seus filhos em uma escola, aponta que a prioridade de alguns é a garantia de que o filho entrará em uma boa universidade e conseguirá melhores oportunidades de emprego no futuro. Por outro lado, a autora também cita que existem pais que se preocupam mais com a formação artística e com o senso crítico de seus filhos. Além desses, segundo ela, há os pais que procuram escolas que disponibilizam atividades extracurriculares, ou seja, existem muitos tipos de pais, cada um com suas expectativas e, no meio deles, várias escolas oferecendo diferentes propostas.

Em outra pesquisa realizada sobre o assunto, Damasceno (2017) evidencia as expectativas educacionais de pais de alunos do 1º ao 5º ano do EF em três escolas públicas em São João da Barra - RJ. O pesquisador aplicou um questionário composto por questões fechadas que continham variáveis que podem ser levadas em conta ao escolher uma escola para matricular seus filhos. Os responsáveis deveriam assinalar as cinco variáveis mais importantes para eles. A opção mais assinalada pelos pais foi a que aborda a importância de ser ter uma comunicação contínua com a escola. A segunda, sobre a proposta pedagógica da escola e, a terceira, sobre a experiência dos professores. O único fator externo à escola que foi bastante assinalado pelos pais foi a proximidade de casa. É possível fazer uma ligação entre esse estudo com Saraiva e Wagner (2013) e com Fang (2018), visto que as autoras mostraram que a comunicação é um dos pontos mais importantes da relação família e escola e, ao analisar o resultado que Damasceno (2017) obteve, percebe-se que a comunicação contínua com a escola é um aspecto que os pais procuram ao matricular seus filhos até mesmo em escolas públicas.

Vale a pena ressaltar a viabilidade ou não de a escola conseguir atender as expectativas dos pais. Para isso, a pesquisa de Damasceno (2017) aponta que as expectativas dos pais supervalorizam e sobrecarregam a escola, visto que, em sua maioria, os pais querem que a instituição cumpra três aspectos diferentes: preparar os alunos para o mercado de trabalho, formá-los pedagogicamente e construir valores humanos. As escolas, provavelmente, sentem dificuldades e/ou não têm a possibilidade de desenvolver todas essas multitarefas por serem muitas e, às vezes, opostas e, por conta disso, a relação entre família e escola pode ser afetada quando ambas têm expectativas diferentes.

Não foram encontradas pesquisas relacionadas às expectativas dos pais com relação ao ensino especificamente de uma LE. Dessa maneira, o trabalho que será apresentado a partir da próxima seção tenta ocupar esse espaço ao discutir o tema.

Metolologia

Nesta seção, será descrita a metodologia utilizada nesta pesquisa e as características dos pais e filhos investigados. Para esta pesquisa qualitativa, foi utilizado um questionário construído de acordo com Dornÿei (2003) a partir de questões abertas e fechadas e elaborado na plataforma online e gratuita “Google Forms”. Essa ferramenta foi escolhida pela agilidade de ser enviada aos participantes e pela facilidade de ser respondida por eles.

O questionário contém cinco seções de questões de múltipla escolha e tem, no total, 26 questões, sendo 23 abertas e três fechadas. A Seção I, “Dados Gerais”, tem como objetivo traçar um perfil dos pais participantes, com questões como a percepção deles sobre seu nível de competência na LI e se já moraram em algum país falante dessa língua. Tem o propósito, também, de coletar dados de seus filhos, como a idade e se já faziam aulas de inglês. Já a segunda seção pede aos pais para marcarem a extensão em que concordam ou discordam de afirmações previamente selecionadas. Na terceira seção, é requisitado aos pais para indicarem a importância das seguintes habilidades e elementos para a aprendizagem de inglês de seus filhos: escrita, leitura, escuta, fala, vocabulário, gramática e pronúncia. Na Seção IV, os pais indicam a frequência que certas atividades devem acontecer nas aulas de inglês de seus filhos de acordo com suas opiniões. Por fim, na última seção há três questões abertas que trazem reflexões sobre o questionário. Todas as questões tentam fazer um levantamento sobre quem são esses pais e como eles acreditam que devam ser as aulas de inglês de seus filhos. Para o questionário ser válido e assegurar os direitos dos participantes, também foi apresentado aos pais um “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” enviado juntamente com o questionário online para conhecimento e concordância dos procedimentos referentes à pesquisa.

Todos os 23 responsáveis que participaram da pesquisa são brasileiros, sendo 15 mães e oito pais. Pode-se destacar que 19 deles possuem Ensino Superior (ES) completo e quatro, Ensino Médio (EM) completo. Percebe-se também que os pais têm entre 27 e 46 anos, com média de 38 anos de idade. Apenas um já morou em um país falante de língua inglesa e 14 já estudaram inglês formalmente fora da escola regular. Nota-se, ainda, que 10 dos pais consideram ter nível básico na LI, enquanto sete se consideram no nível intermediário, cinco no avançado e somente um nulo. É importante, ainda, destacar que 11 deles são pais de alunos de uma mesma escola privada. Essa escola está entre as mais conhecidas de Curitiba, possui turmas desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio e fica numa área de fácil acesso. Outros seis são pais de alunos de outras diversas escolas privadas. Os demais pais (seis) têm seus filhos matriculados em escolas públicas.

Em relação aos filhos dos participantes, percebe-se que eles têm entre seis meses e 11 anos, com uma média de idade de seis anos. Além disso, mais da metade dos pais (13) citaram que gostariam que seus filhos aprendessem inglês na escola regular e 15 dos pais falaram que seus filhos ainda não fazem aulas de inglês.

A próxima seção trará os resultados dos questionários e uma análise deles.

Análise e resultados

Nesta seção serão discutidas as respostas obtidas por meio do questionário a partir de quadros. O Quadro 1 apresenta as respostas dos pais para a primeira seção do questionário, em que eles deveriam indicar a intensidade em que concordam ou não com cada afirmação.

Pergunta Concordo completamente Concordo Não sei Discordo Discordo completamente
5- As aulas de inglês de meu filho devem ser completamente em inglês. 6 1 1 5 0
6- A tradução escrita de textos é um bom método e pode ser usada nas aulas de inglês de meu filho. 1 12 6 2 2
7- O professor de inglês de meu filho deve falar inglês igual a um nativo. 3 11 2 7 0
8- O professor de inglês de meu filho deve ter morado no exterior. 3 4 2 12 2
9- O professor de inglês de meu filho deve ser graduado em Letras. 7 10 2 4 0
10- Meu filho deve aprender na escola a falar inglês igual a um nativo. 1 7 3 11 1
11- Meu filho precisa apenas ter o conhecimento de língua das variedades mais utilizadas da língua inglesa (americana e britânica). 0 17 1 5 0
12- É aceitável que meu filho aprenda na escola a ser compreendido ao utilizar a língua inglesa, sem necessariamente falar igual a um nativo. 2 17 1 3 0
13- É possível aprender inglês sem morar em um país falante de inglês. 7 15 1 0 0
14- É possível ser fluente em inglês em um curso de 2 anos. 1 1 7 12 2
15- O curso de língua/a disciplina de língua inglesa deve utilizar um livro didático. 2 11 6 4 0
16- O professor deve sempre basear suas atividades no livro didático. 0 2 4 17 0
17- A Língua Portuguesa pode ser utilizada nas aulas de inglês de meu filho. 0 11 2 8 2

Quadro 1 - Respostas dos participantes para a primeira seção
Fonte: Elaboração das autoras (2021)

Observando-se as respostas relacionadas ao curso de inglês e livro didático (questões 14, 15 e 16), percebe-se que a maioria dos pais não acredita que seja possível aprender inglês em um curto período (assim como em um curso de dois anos) e, além disso, consideram que livros didáticos devem ser utilizados. Porém, a grande maioria dos pais aceita que os professores usem outras atividades além do livro. É importante dar atenção às respostas das questões 14 e 15, pois vários pais (7 e 6, respectivamente) responderam “não sei” a elas. Isso talvez aconteça pelo fato de que não sejam questionamentos que eles se fazem regularmente.

Ao analisar as respostas relacionadas ao uso da Língua Portuguesa em sala de aula (questões 5, 6 e 17), nota-se que esse é um ponto controverso pois, de um lado, mais da metade dos pais acreditam que as aulas de inglês devem acontecer completamente em inglês, enquanto, por outro lado, metade (11 de 23) dos pais também acredita que a Língua Portuguesa pode ser utilizada em sala. Além disso, a maioria (13 de 23) acredita que a tradução seria um bom método para ser utilizado durante as aulas.

Isso mostra que alguns pais podem se contradizer na hora de dizer o que querem. Porém, individualmente, apenas cinco pais se contradisseram nas respostas das questões 6 e 17. Já outros 12 pais seguiram respostas que conversam entre si: ou dizem que nem a Língua Portuguesa e nem a tradução são boas em sala de aula ou dizem que ambas são ok. Os demais pais (6) responderam que não sabem em uma das perguntas. Isso mostra que, no geral, os pais chegam sabendo se querem ou não o uso da Língua Portuguesa em sala de aula. Porém, pode ser bastante difícil para a escola agradar a todos, pois os pais podem não concordar entre si.

As questões 10, 11 e 12 discutem as expectativas dos pais sobre o ensino de inglês de seus filhos. Primeiramente, a questão 11 demonstra que a maioria dos pais acredita que seus filhos precisam ter apenas o conhecimento do inglês americano e/ou britânico, não considerando as outras variedades da língua tão importantes. Nas questões 10 e 12 há opostos: se os pais esperam que os filhos aprendam a falar igual a nativos e se os pais acreditam que seus filhos podem apenas ser compreendidos sem falar igual a um nativo. Ao analisar as respostas obtidas, percebem-se respostas harmônicas: metade dos pais acreditam que seus filhos não precisam aprender a falar inglês igual a nativos e 19 (soma das opções “concordo completamente” e “concordo”) dos 23 pais aceitam que seus filhos sejam compreendidos sem necessariamente se parecerem com nativos.

Sobre as expectativas dos pais com relação aos professores de inglês (questões 7, 8 e 9), a maioria dos pais acredita que os professores devem falar igual a nativos da língua, mas que não devem ter, necessariamente, morado no exterior. Essa concepção dos pais na questão 8 foi um tanto quanto surpreendente, pois era esperado que os pais quisessem um professor que já tivesse morado fora do país, visto que muito se ouve sobre isso no dia a dia. Sobre a graduação de quem leciona (questão 9), a grande maioria dos participantes acredita que o professor deve ser graduado em Letras. Isso pode ser conectado à concepção encontrada na questão 8, pois os pais podem estar percebendo que apenas morar fora não necessariamente torna a pessoa apta a lecionar.

Ainda sobre vivência no exterior, pode-se comparar as respostas das questões 8 e 13: a primeira, já mencionada, é sobre a necessidade de o professor já ter morado fora, enquanto a segunda questiona sobre a possibilidade de se aprender inglês sem morar em um país que tem a língua como nativa. Nessas questões, os pais foram lineares nas respostas e mostraram que além de não esperar que o professor de inglês de seus filhos tenha que ter morado no exterior, 22 dos 23 pais acreditam que é, sim, possível aprender inglês sem morar num país falante de língua inglesa.

Para discutir as variedades do inglês e o papel do falante nativo, que são pontos importantes que os pais podem levar em consideração na hora de escolher onde seus filhos vão estudar inglês, nota-se que as respostas das questões 7, 10, 11 e 12 defendem que o professor fale semelhantemente a um nativo, mas que os filhos não necessariamente precisem falar igual a um. Além disso, também está sendo diminuída a importância de morar no exterior, pois a maioria dos pais acredita que nem o professor e nem os filhos precisam morar fora para aprender a língua.

A questão 18 foca mais na sala de aula em si, tratando as diferentes habilidades e elementos na aprendizagem de inglês. Para isso, serão comparados os elementos (vocabulário, gramática e pronúncia) e as habilidades de produção (fala e escrita) e de recepção (leitura e escuta). O Quadro 2 apresenta as respostas dos pais para a questão 18, em que eles deveriam marcar o quanto consideram cada habilidade/elemento mais ou menos importante.

Habilidade/elemento Muito importante Importante Pouco importante
Escrita 12 11 0
Leitura 20 3 0
Escuta 19 4 0
Fala 19 4 0
Vocabulário 18 4 1
Gramática 13 9 1
Pronúncia 15 8 0

Quadro 2: Respostas dos participantes para a segunda seção
Fonte: Elaboração das autoras (2021)

O primeiro ponto que se pode notar com as respostas desta seção é que esses pais consideram todas as habilidades e elementos essenciais para se aprender uma língua. Os únicos tópicos marcados como “pouco importante” foram vocabulário e pronúncia e, no entanto, apenas um pai em cada. Isso mostra que os pais têm a expectativa de que seus filhos tenham em aula todas essas habilidades e elementos trabalhados, não podendo nenhum ser deixado de lado.

Ao comparar as habilidades de produção (escrita e fala) e de recepção (leitura e escuta), percebemos que as de recepção foram mais consideradas como “muito importante” pelos pais do que as de produção. Porém, não é uma diferença muito grande entre elas pois os números são bastante parecidos. A diferença maior é entre escrita, que teve 12 pais a considerando “muito importante” e a leitura, que teve 20. Talvez essa grande diferença aconteça pois os pais pensam que, no futuro, seus filhos terão que prestar vestibulares e o ENEM e, nessas provas, a língua estrangeira aparece apenas como interpretação de texto. Já a fala e a escuta estão empatadas com 19 pais para cada na opção “muito importante”. É possível que os pais considerem essas habilidades como tão importantes por acreditarem que possam ser importantes em viagens e/ou intercâmbios ou, até mesmo, em comunicações no dia a dia. Lembra-se, aqui, que os pais poderiam marcar “muito importante” em mais de uma opção, se assim quisessem.

A frequência em que os pais esperam que algumas atividades aconteçam em sala de aula também é importante para o momento de planejar as aulas pois, se não estiver de acordo com o que os pais querem, isso pode afetar a relação entre família e escola. Isso foi abordado nas questões 19 a 23 e as respostas estão expostas no Quadro 3:

Atividade Frequentemente De vez em quando Nunca
Filmes 9 14 0
Músicas 14 9 0
Leitura e compreensão de livros 19 4 0
Jogos 12 11 0
Desenhos animados 10 13 0

Quadro 3: Respostas dos participantes para a terceira seção
Fonte: Elaboração das autoras (2021)

Pode-se perceber que a atividade que mais foi selecionada para acontecer frequentemente foi “leitura e compreensão de livros”. Com isso, podemos perceber a linearidade dos pais com relação ao elemento/habilidade considerada como a mais importante na seção anterior do questionário: a leitura. Nesta questão, além disso, nenhum dos pais selecionou a opção “nunca”. Isso pode ter acontecido pelo fato de os pais acreditarem que tudo é bem-vindo, porém numa dosagem certa.

As expectativas sobre o uso de jogos em sala de aula estão bastante equilibradas entre “frequentemente” e “de vez em quando”, assim como o uso de desenhos animados. Talvez isso aconteça, pois os pais de crianças sabem que tudo tem que acontecer em uma dosagem certa. Além disso, os pais possivelmente acreditam que essas sejam atividades recreativas e não de estudo.

Nas questões abertas 25 e 26, os pais foram questionados sobre os efeitos do questionário sobre eles. A maioria dos pais (14 de 23) afirma que já havia refletido sobre os assuntos tratados no questionário e em muitas das justificativas foi comentado a importância do inglês para os filhos. Isso mostra que os pais podem considerar o inglês como um diferencial importante que seus filhos tenham. Um dos pais, inclusive, citou “se o professor tem curso em Letras” (Participante U) nos porquês de já ter pensado nos assuntos do questionário.

Já ao responder se prestariam mais atenção na proposta da escola em que seus filhos estudam/estudarão inglês, após responder ao questionário (questão 26), os pais ficaram bastante divididos: metade (12 de 23) disse que sim e metade (11 de 23) disse que não. Porém, alguns dos pais que falaram que não justificaram dizendo que já eram atenciosos com o tópico mesmo antes do questionário: “Não. Sempre fui atenta a esse quesito” (Participante T). Os pais que falaram que sim, novamente, comentaram sobre a importância do inglês: “Sim, porque isso me fez lembrar o quão importante será o conhecimento de outro idioma para meu filho” (Participante L).

Por fim, o Quadro 4 traz as respostas da questão 24, que é, basicamente, sobre o porquê de aprender inglês.

"Aprender inglês é___________ porque_________."
A necessário para o currículo.
B importante porque o inglês é um idioma falado em todo mundo
C importante para a comunicação e utilização de software em muitas profissões, por isso é cada vez mais essencial o estudo do inglês.
D abrir uma nova porta porque é a língua mais falada no mundo.
E fundamental para se comunicar em qualquer lugar do mundo
F essencial / abre portas no mercado de trabalho.
G essencial porque cada vez mais precisamos no mercado de trabalho
H obrigatório porque o mundo globalizado exclui do sucesso quem não tem
I necessário porque o mundo é globalizado
J Fundamental
K muito importante porque tudo gira em torno do inglês.
L importante porque é um dos se não o mais falado pelo mundo
M é importante porque amplia a visão de mundo e abre oportunidades.
N interessante porque amplia possibilidades (de relacionamentos, profissionais, de entretenimento)
O Fundamental
P obrigatório/ conectar com o mundo
Q importante porque muitas documentações são em inglês e para o mercado de trabalho
R é importante porque é essencial para uma vida de sucesso.
S importante, é uma língua universal
T imprescindível/ o mundo é acessível
U importante / leva as melhores vagas de emprego e ao caminho do sucesso.
V aprender inglês é fundamental porque é a língua universal, depois do português, para nós é a mais usada
W essencial/Possibilita a comunicação no mundo todo.

Quadro 4: Respostas dos participantes para a questão 24
Fonte: Elaboração das autoras (2021)

Nessa questão, percebe-se que os pais D e F trouxeram metáforas em suas respostas, pois ambos comentaram que o inglês “abre portas”. Com isso, é possível refletir sobre que portas são essas e para onde elas levam. Talvez, sejam portas para uma vida melhor e empregos com salários dignos, temas que apareceram nas respostas dos pais. Além disso, pode-se entender, dessa maneira, que saber inglês seria a chave para abrir essas portas e que, portanto, seria essa a importância da língua para esses pais.

O assunto que mais aparece nas respostas é o mundo globalizado juntamente com o fato de que a língua pode ser usada para a comunicação com qualquer pessoa no mundo. Isso mostra um padrão nas respostas dos pais, visto que na questão 18, eles consideraram as habilidades de fala e de escuta como muito importantes. Além disso, outro tema que é bastante citado é a importância do inglês para o mercado de trabalho. Uma justificativa para que isso aconteça é que os pais podem ter sentido na pele a importância da língua para se conseguir uma vaga.

Nota-se, também, que a palavra “importante” foi citada nove vezes e, talvez, essa importância seja para conseguir abrir as tais portas citadas pelos pais, que, em tese, os levariam à uma vida melhor. A palavra “fundamental” foi duas vezes colocada como única palavra na resposta. Isso pode ter acontecido pois, para esses pais, apenas essa palavra descreve tudo o que precisam e os porquês seriam óbvios.

Com esta análise geral do questionário, percebe-se que os pais, em sua maioria, acreditam que não é possível aprender inglês em dois anos e, além disso, parecem ser condizentes com alguns pressupostos do Inglês como Língua Franca. Isso é percebido, pois eles parecem concordar que seus filhos sejam compreendidos sem precisar falar igual a nativos. Porém, os pais acreditam que apenas as variações mais conhecidas do inglês devem ser aprendidas por seus filhos, o que contradiz o ensino de inglês como Língua Franca. Além disso, eles consideram todas as habilidades e elementos da língua como importantes e, em sua maioria, desejam que os professores de inglês de seus filhos sejam formados em Letras.

Considerações finais

Neste trabalho, foi feita uma análise das expectativas dos pais com relação ao ensino de inglês de seus filhos. Em um primeiro momento, buscaram-se os benefícios e desvantagens de se ensinar inglês para crianças e abordou-se a ludicidade no ensino de inglês. Na sequência, foram discutidas pesquisas sobre o papel dos pais na educação de seus filhos e sobre as expectativas deles. Por fim, a metodologia foi descrita e foram analisados os dados obtidos no questionário.

Levando em consideração esses dados, foi possível perceber que os pais, no geral, acreditam que não é possível se aprender inglês rapidamente (em dois anos, por exemplo). Além disso, eles acreditam que livros didáticos devem ser utilizados, porém outras atividades devem ser levadas para dentro da sala de aula. A respeito da visão de língua desses pais, entendeu-se que eles concordam com alguns pressupostos do Inglês como Língua Franca, pois afirmaram que é aceitável que seus filhos consigam se comunicar sem se parecerem com nativos. Entretanto, há uma contradição nessa visão, pois percebeu-se também que os pais acreditam que as variantes importantes para serem trabalhadas dentro de sala de aula são apenas a americana e a britânica. Além disso, os pais estavam bastante divididos com relação ao uso da Língua Portuguesa dentro da sala de aula de LI. Porém, a maioria parece acreditar que a tradução é um bom método a ser utilizado.

Ainda sobre o papel do nativo, constatou-se que os pais esperam que os professores de inglês de seus filhos falem como nativos. Todavia, notou-se que eles não acham importante que os professores já tenham morado fora do país, pois consideram que é possível aprender inglês sem morar em um país que fala essa língua. Além do mais, eles acreditam que os professores devem ser formados em Letras, o que pode valorizar nossa formação.

As habilidades de leitura, escrita, fala e escuta e os elementos gramaticais, de vocabulário e de pronúncia foram todos considerados como importantes para os pais e, dessa maneira, nenhum deveria ser deixado de fora das salas de aula de inglês para crianças. Entretanto, dentre todos esses, a leitura foi a mais valorizada pelos pais, provavelmente por conta da consciência de que seus filhos terão que, no futuro, prestar vestibulares e ENEM. Além da leitura de livros, as atividades mais prezadas pelos pais para serem utilizadas dentro de sala de aula foram músicas e desenhos animados.

Espera-se que esta pesquisa ajude escolas e professores a entenderem um pouco mais as expectativas dos pais com relação ao ensino de inglês de seus filhos para que, assim, possa-se manter amigável a relação entre família e escola. Além disso, pretende-se que os participantes que tenham acesso a esta pesquisa (e outros pais que acabem por lê-la) entendam, por sua vez, o lado das escolas na hora de acatar, ou não, as expectativas deles.

Andressa Brawerman-Albini - Doutora em Letras e professora do Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. Desenvolve pesquisas sobre ensino e aquisição de inglês como LE e pronúncia da língua inglesa. E-mail: andbraw@utfpr.edu.br.

Ana Priscila Montanarim da Luz - Graduada em Letras Inglês pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR e professora no Grupo Positivo. E-mail: amontanarim@gmail.com.

Notas

  1. Segundo Boas (apud FERNANDES, 2018), as escolas bilíngues seguem o currículo brasileiro e dão aulas parte em inglês e parte em português.
  2. Segundo Boas (apud FERNANDES, 2018), as escolas internacionais seguem o currículo de seu país de origem e, além disso, tudo é ensinado em inglês, havendo a disciplina de Língua Portuguesa.
  3. Apenas o estado de Goiás possui esse documento.
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Referências

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Recebido em: 02-jun-2021
Aceito em: 14-nov-2021

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