MITOLOGIA E AS POÉTICAS DOS ORIXÁS EM JORGE AMADO: TRADIÇÕES ORAIS EM RESISTÊNCIA

Autores

  • Alisson Vital Oliveira Santos Universidade do Estado da Bahia

Resumo

O presente artigo intenta investigar as influências da
mitologia africana e negro-brasileira na obra de Jorge Amado, O
Compadre de Ogum, através de personagens que representam os
orixás, a citar Ogum e Exu. Para tanto, considerando o valor dos
mitos na construção da identidade cultural negra no Brasil, é
preciso entender as formas de resistência da oralidade no culto de
religiões negro-brasileiras como forma de manutenção e
transmissão de suas tradições. Para isso, busca-se ter como base o
pensamento teórico de Maria Ignez Ayala e Marcos Ayala no que
concerne às tradições orais. Tendo em vista a significativa
contribuição de elementos do candomblé, em especial das
mitologias dos negros, na construção da literatura amadiana,
analisaremos a obra Irê Ayó: mitos afro-brasileiros, de Carlos
Petrovich e Vanda Machado, para realizar estudo das
representações presentes nos mitos e na obra supracitada de Jorge
Amado. Pretende-se analisar as representações amadianas dos
orixás, especialmente do orixá Exu, como aspectos da cultura
negro-brasileira que se estende dos mitos religiosos até a
literatura, de modo a compreender as poéticas orais enquanto
dispositivo de resistência (AGAMBEN, 2009, p. 28) da cultura negra
na literatura de Jorge Amado.
Palavras-Chave: Poéticas dos orixás. Jorge Amado. Representação.

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Publicado

2022-12-10