Feminismos e pós-colonialismo no trabalho de Chimamanda Ngozi Adichie
violência e representações da literatura africana
Palavras-chave:
Feminismos, Pós-colonial, Literatura africana, ViolênciasResumo
A literatura africana tem se consolidado como um espaço de reflexão, denúncia de opressões sistêmicas e construção de identidades. A escritora Chimamanda Ngozi Adichie mostra em seus contos, agropados no título No seu pescoço, as experiências de mulheres e homens racializados delimitados pelas suas emoções e sentipensares na complexa dinâmica social e política na Nigeria e Os Estados Unidos sob uma perspetiva feminista e pós-colonial. Assim, apesar de existir uma resistência ao pós-colonial e ao feminismo como categorias analíticas na África, devido à homologação da subordinação imperial e do gênero, ambas abordagens têm permitido aprofundar na análise da submissão hegemônica a partir da expansão da modernidade capitalista colonial, mostrando as violências e propondo alternativas à estrutura sistêmica. Nos contos, Adichie enuncia, questiona e propõe alternativas frente aos eixos de dominação estruturais. De modo que neste texto se identificam algumas categorias de análise propostas por Adichie para responder às perguntas, de que maneira se narram essas opressões? e, como se vincula o descrito com as realidades africanas? Para isso, se explicarão brevemente os debates na África em torno do pós-colonial e os feminismos, para posteriormente recuperar cinco linhas de análise que se recuperam em No seu pescoço: (1) estereótipos e linguagem, (2) racismo e migração, (3) violências contra as mulheres, (4) lesbianismo e sexualidades africanas e (5) Estado, corrupção e desaparição.
Downloads
Referências
ADAMAKO, Akosua. Los estudios de género en África. Introducción y bibliografía. Africaneando. n. 9, 2012.
ADICHIE, Chimamanda N. El peligro de la historia única. Madrid: Literatura Random House. EPub, 2018.
ALLOO, Fatma. Aunque la imagen de las mujeres ha mejorado, no podemos afirmar que nuestros medios de comunicación hayan anulado la imagen de las mujeres como objetos sexuales o víctimas. En África necesitamos crear nuestras propias imágenes. En: Africana. Aportes para la descolonización del feminismo. Barcelona: oozebap, 2013.
ARNDT, Susan. Boundless Whiteness? Feminism and White Women in the Mirror of African Feminist Writing. En Veit-Wild, Flora; Naguschewski, D (ed.) Body, sexuality, and gender. Versions and subversions in African Literatures 1. Amsterdam: Rodopi, 2005.
ARNFRED, Signe. African Feminist on Sexualities. Canadian Journal of African Studies/La Revue canadienne des études africanies, vol. 43, n. 1, p. 151-159, 2009.
ASHCROFT, Bill; GRIFFITHS, Gareth; TIFFIN, Helen. The Empire Writes Back. Theory and practice in post-colonial literatures. 2. ed. Londres: Routledge, 2002.
AZUAH, Unoma. The emerging lesbian voice in nigerian feminist literature. En Veit-Wild, Flora; Naguschewski, D (ed.) Body, sexuality, and gender. Versions and subversions in African Literatures 1. Amsterdam: Rodopi, 2005.
BENNETT, Jane. “Circles and circles”: Notes on African feminist debates around gender and violence in the c21. Feminist Africa, n. 14. p. 1-6.
BENNETT, Jane. Editorial: Rethinking Gender Violence. Feminist Africa, n. 14. p. 1-6.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La hybris del punto cero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Pontificia Universidad Javariana, 2005.
CESAIRE, Aimé. Discurso sobre el nacionalismo. México: UNAM, 1979.
CRUZ González, Alonso. Postales del subdesarrollo: apuntes sobre representación y poder. En: Zavaleta Hernández, Sandra Kanety (coord). Seguridad y desarrollo. Riesgos globales, desigualdades y resistencias. México: La biblioteca, 2022.
ECHEVERRÍA, Bolívar. Modernidad y blanquitud. México: Ediciones Era, 2010.
EPHIRIM-DONKOR, Anthony. Akom: The Ultimate Mediumship Experience among the Akan. Journal of the American Academy of Religion, v. 76, n. 1, p. 54-81, 2008.
FANON, Frantz. Piel negra, máscaras blancas. Madrid: Akal, 2009.
HOOKS, bell. Black Feminism: Historical Perspective. En: Call and Response: The Riverside Anthology of African American Literary Tradition. Boston: Hughton, 1998.
Informes
IOM. World Migration Report 2020. International Organization for Migration. 2019, https://publications.iom.int/system/files/pdf/wmr_2020.pdf
KOCAÖNER, Rezzan. Postcolonial feminist discourse in Flora Nwapa’a women are different. Journal of Postcolonial Writing, v. 40, n. 1, p. 125-135, 2002.
MAMA, Amina. Las fuentes históricas nos dicen que incluso las mujeres blancas han mirado siempre hacia África para encontrar alternativas a su subordinación. En Africana. Aportes para la descolonización del feminismo. Barcelona: oozebap, 2013.
MAMDANI, Mahmood. Making Sense of Political Violence in Post-Colonial Africa. Social Register, v. 39, p. 132-151.
Miffling Company 1998.
MIRZA, Heidi, S. Plotting a history: Black and postcolonial feminisms in ‘new times’. Race Ethnicity and Education, v 12, n. 1, p. 1-10, 2009.
MOBOLANLE, Sotunsa. Feminismo. La búsqueda de una variante africana. Africaneando. n. 7, pp. 19-27.
MOHANTY, Chandra. Bajo los ojos de Occidente. Saber académico y discursos coloniales. En: Estudios Postcoloniales. Ensayos fundamentales. 1. ed. Madrid: Traficantes de sueños, 2008.
MUDIMBE, Valentin Y. The Invention of Africa. Gnosis, Philosophy, and the Order of Knowledge. Indiana: Indiana University Press, 1988.
OGATA, Jumko. La raza es una ilusión. Revista de la Universidad de México. Dossier Racismo, p. 14-19, 2020.
OGUNYEMI, Chikwenye O. Womanism: The dynamics of the contemporary black female novel in english. Signs. v. 11, n. 1, p. 63-80.
OYĚWÙMI, Oyèrónké. La invención de las mujeres. Una perspectiva africana sobre los discursos occidentales del género. Bogotá: en la frontera, 2016.
PANIZO, Laura M. Muerte, Desaparición y memoria: el caso de los desaparecidos de la última dictadura militar de Argentina. Historia, Antropología y Fuentes Orales, n. 42, p. 71-84, 2009.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. En: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-cultural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014.
REYES, Marco. Los homosexuales en África. La propuesta de ley anti homosexual en Uganda: la colonialidad de la sexualidad y los mecanismos actuales de la negación de la simultaneidad de la corposexualidad africana. En: Barona Castañeda, Claudia; Sánchez Modernidades africanas entre el eurocentrismo, el islamismo y el capitalismo confuciano. México: Tirant lo Blanch, 2018.
SHOHAT, Ella. Notas sobre lo «postcolonial». En: Estudios Postcoloniales. Ensayos fundamentales. 1. ed. Madrid: Traficantes de sueños, 2008.
SPIVAK, Gayatri. ¿Puede hablar el subalterno? Buenos Aires: El Cuenco de Plata, 2011.
TAMALE, Sylvia. African Sexualities. A reader. Ciudad del Cabo: Pambazuka Press, 2011. WA THIONG’U, Ngugi. Descolonizar la mente: La política lingüística de la literatura africana. Madrid: Debolsillo, 2015
TAMIR, Christine. Key findings about Black immigrants in the U.S. Pew Research Center, 2022. https://www.pewresearch.org/fact-tank/2022/01/27/key-findings-about-black-immigrants-in-the-u-s/
UGWUEZE, Michael I. Biafra War Documentaries: Explaining Continual Resurgence of Secessionist Agitations in the South-East Nigeria. Civil Wars, v. 23, n. 2, p. 207-233, 2021.
WAINAINA, Binyabanga. How to Write about Africa? GRANTA, https://granta.com/how-to-write-about-africa/
WARD, Kevin. Religious Institutions and Actors and Religious Attitudes to Homosexual Rights: South Africa and Uganda”. En: Lennox, C.; Waites, M. Human Rights, Sexual Orientation and Gender Identity in the Commonwealth: Struggles for Decriminalisation and Change. Londres: Human Rights Consortium, Institute of Commonwealth Studies, Londres: Human Rights Consortium, Institute of Commonwealth Studies, 2013.
WHITEHOUSE, Bruce. Overcoming the Economic Fallacy: Social Determinants from Voluntary Migration from the Sahel to the Congo Basin. En: Kane, A.; Leedy, T. H. African Migrations: Patterns and Perspectives. Indiana: Indiana University Press, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Adriana Franco Silva, Ilse Maricela Viquez Valdez
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.