A desconstrução do pensamento chega através da escritura das mulheres ancestrais

Autores

Resumo

Neste artigo objetivamos buscar na ancestralidade a força para pesquisar os próximos passos na luta pela efetiva libertação das descendentes de africanas transladadas para o Brasil. Rememoramos a diversidade étnica das africanas sequestradas e escravizadas. Narramos a solidariedade étnica experimentada nos calundus e nas religiões que lhe sucederam. Traçamos nossa herança para com as lutas iniciadas pelas kimbandas, ngangas e mbandas que organizaram as macumbas. Apontamos que ouvir a ancestralidade é fundamental como apelo pela democracia por–vir.

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Biografia do Autor

Fábio Borges-Rosario, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor de filosofia na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ). Pesquisador na Universidade Internacional das Periferias (UNIPERIFERIAS). Pesquisador da Filosofia Africana, Filosofia Francesa, Filosofia Brasileira, História e Cultura Africana, História e Cultura Negra (Diáspora Africana Moderna). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ensino de História da Filosofia (Africana, Americana, Asiática, Europeia e Oceânica), Ética, Estética e Política.

Patricia Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela UFRJ, professora do Departamento de Educação da UERJ São Gonçalo, mãe da Ashia e Mahin, vive se intelectualizando com a periferia que lhe ensina modos mais humanizados de sobrevivência e partilha. Meus temas de estudos circulam entre juventude de origem popular, escolarização/espaços educativos, periferias e questões raciais. 

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Publicado

2021-12-15

Como Citar

Borges-Rosario, F., & Santos, P. E. P. dos . (2021). A desconstrução do pensamento chega através da escritura das mulheres ancestrais. Abatirá - Revista De Ciências Humanas E Linguagens, 2(4), 115–142. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/abatira/article/view/13019

Edição

Seção

Dossiê: Os saberes dos povos e a desconstrução