TERRITORIALIDADE DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS NA BACIA DO RIO GRANDE NOS MUNICÍPIOS DE COTEGIPE E WANDERLEY NO OESTE DA BAHIA

Autores

  • Márcia Virgínia Pinto Bomfim

Resumo

Diversos territórios pertencentes às comunidades tradicionais na bacia do Rio Grande se encontram em disputas e conflitos desde sua ocupação, ainda no século XIX, mas estes processos têm se intensificado nos últimos 40 anos em decorrência da agricultura de commodities, principalmente soja, milho e algodão, e a expansão da pecuária itensiva que avança para incorporar terras nos fundos de vales tradicionalmente ocupadas por comunidades de diversas identidades: geraizeiras, quilombolas, fundo e fecho de pasto, indígenas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores, entre outras. A substituição do bioma cerrado pelas atividades agroexportadoras que se caracterizam basicamente pela produção de ração para o gado e comercializadas nas bolsas de valores internacionais, intensificam a disputa por terra e água no Oeste da Bahia. O objetivo deste trabalho é analisar o processo de apropriação, ocupação e organização espacial das comunidades tradicionais quilombolas localizadas às margens do Rio Grande nos municípios de Cotegipe e Wanderley, que se encontram em situação de vulnerabilidade socioterritorial. As relações sociais mantidas espacialmente por estas comunidades nestes territórios evidenciam, conforme Soja (1971), uma identidade espacial que marca sua territorialidade. Este estudo vem sendo desenvolvido no âmbito do Projeto de Pesquisa e Extensão intitulado “Territorialidade das Comunidades Tradicionais na Bacia do Rio Grande” do Núcleo de Estudos em Ensino de Geografia para a Educação Básica (NEEGEB-UNEB- Campus IX) e é parte de estudos realizados durante o Curso de Extensão em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (UNEB-IFBA-UFOB). Propõe-se a conhecer o contexto sócio-histórico-espacial que caracteriza as tradições culturais, a forma de vida e permanência das comunidades negras rurais no entorno da bacia do Rio Grande.
Palavras-chave: Comunidades Tradicionais. Quilombolas. Territorialidade.

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Publicado

2017-11-24